SANTIAGO (EFE) - Dirigentes dos estudantes chilenos rejeitaram ontem o cronograma de trabalho proposto pelo Governo do presidente Sebastián Piñera com o objetivo de por fim ao conflito estudantil que se prolonga por mais de três meses. Depois de mais de dez horas de debate na cidade de Talca, a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) exigiu, entre outros pontos, a suspensão da tramitação dos projetos de lei sobre a educação que estão sendo debatidos no Congresso.
Após a reunião com o presidente Sebastián Piñera sábado passado, estudantes e professores receberam na última segunda-feira um plano do ministro da Educação chileno, Felipe Bulnes, que contemplava três mesas de trabalho e um calendário de reuniões para este mês. Os eixos das mesas de diálogo, que deviam funcionar desde a próxima segunda-feira, são o financiamento estudantil e institucional, o fortalecimento da educação pública e as mudanças constitucionais, mas antes estudantes e docentes tinham de submeter esta proposta a suas bases.
Ontem o presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, Giorgio Jackson, disse em entrevista coletiva que “é prioridade suspender a tramitação dos projetos de lei relacionados com a educação que foram enviados ao Parlamento para integrar as mesas de diálogo colocadas pelo Executivo”. O dirigente precisou que a estrutura das mesas de trabalho deve ter como eixos principais aqueles temas “que definimos entre os mais transcendentais, como o lucro na educação”.
Os estudantes estão em greve desde meados de maio para exigir que o Governo volte a administrar a educação primária e secundária, que proíba as instituições privadas de lucrar com a educação e que fique garantido na Constituição o direito a uma educação pública e de qualidade. No Chile, com 17 milhões de habitantes, há 1 milhão de alunos na educação superior, incluindo universidades e institutos técnicos, mas essa ampla cobertura contrasta com as elevadas dívidas que os jovens devem contrair para financiar seus estudos.
A presidente da Federação de Estudantes do Chile, Camila Vallejo, indicou ontem que pelo bem da união nacional é preciso por fim à repressão policial contra os estudantes. O Colégio de Professores já tinha rejeitado a proposta do Executivo chileno na última quarta. Na próxima segunda-feira, os dirigentes universitários e docentes devem entregar ao Governo uma contraproposta para prosseguir com as conversas.
Fonte:folhape.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
sábado, 10 de setembro de 2011
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