quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Governo de Pernambuco divulga os dez novos Patrimônios Vivos do Estado



Escolha dos nomes foi realizada nesta quinta-feira (10), durante reunião presencial do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, na Academia Pernambucana de Letras




O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), divulga, nesta quinta-feira (10), o resultado final da seleção do concurso anual de Registro de Patrimônios Vivos de Pernambuco (RPV-PE). Foram escolhidos mais dez mestres, mestras e grupos. Assim, o Estado passa a ter 95 Patrimônios Vivos registrados de diferentes regiões do Estado. A eleição ocorreu durante reunião presencial do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE), na Academia Pernambucana de Letras. Os dez novos eleitos participaram do edital que contou com 103 candidaturas inscritas e 101 habilitadas.

Os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco são: As Cantadeiras do Povo Indígena Pankararu, de Tacaratu (Sertão de Itaparica); Afoxé Alafin Oyó, de Olinda (Região Metropolitana do Recife); Reisado da Comunidade Quilombola do Saruê, de Santa Maria da Boa Vista (Sertão do São Francisco); Caboclinho Canindé de Goiana (Zona da Mata Norte); Troça Carnavalesca Mista Pitombeira dos Quatro Cantos, de Olinda (Região Metropolitana do Recife); forrozeiro Assisão, de Serra Talhada (Sertão do Pajeú); Coco de Roda Negros e Negras do Leitão da Carapuça, de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú); Mestra Nilza Bezerra da Bonequinha da Sorte de Gravatá (Agreste Central); Ilé Axé Oxalá Talabi, de Paulista (Região Metropolitana do Recife); e Mestra Vera Brito, de Vicência (Zona da Mata Norte), artesã que confecciona bonecas com fibra de bananeira e palha de milho.

A titulação dos dez novos Patrimônios Vivos está marcada para a próxima quinta-feira (17), Dia Nacional do Patrimônio Histórico, durante cerimônia da 16ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, a ser realizada no Teatro Santa Isabel. Na ocasião também será feita a entrega do Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho, premiação promovida pela Fundarpe.

Na reunião, na qual foram eleitos os dez novos Patrimônios Vivos, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural fez a leitura dos critérios e diretrizes que foram norteadores para a difícil missão da avaliação das candidaturas e escolha dos contemplados.

Felipe Souto Maior/Secult-PE/Fundarpe

Felipe Souto Maior/Secult-PE/Fundarpe

Eleição do CEPPC/PE para escolha dos dez novos Patrimônios Vivos de Pernambuco foi realizada, nesta quinta-feira (10), na Academia Pernambucana de Letras

Entre os pontos construídos pelo próprio CEPPC-PE, foi orientado que se percebesse: o risco de desaparecimento de determinadas linguagens; os segmentos que não tenham sido contemplados; a priorização das interseccionalidades (gênero, risco social, etnia/raça); os que têm pouca visibilidade e acessam menos os editais; a vulnerabilidade social; a relevância do grupo ou pessoa; a regionalização através da representatividade dos municípios; a oportunidade para que pessoas e grupos que não acessam editais de fomento e têm dificuldade na manutenção de suas prática; a relevância do trabalho em prol da cultura, a idade do candidato ou antiguidade do grupo, a avaliação da situação de carência social do candidato, entre outras.

“Com grande alegria nós acompanhamos, nesta manhã, a eleição dos mais novos Patrimônios Vivos de Pernambuco, Estado pioneiro nessa política de preservação e que chega ao número de 95 titulações. Além do reconhecimento, essas pessoas e grupos culturais assumem a responsabilidade de transmitir seus saberes e tradições às gerações do presente e futuro”, celebra Renata Borba, presidente da Fundarpe e secretária em exercício da Secult-PE.

“O Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco parabeniza os dez novos Patrimônios Vivos que passam a integrar a lista do Estado e que certamente vão contribuir para a propagação dos seus saberes e das suas culturas entre a sua comunidade e pelo mundo, e também para a preservação dos nossos saberes e fazeres culturais”, destaca Ana Barbosa, presidente do CEPPC/PE.

Felipe Souto Maior/Secult-PE/Fundarpe

Felipe Souto Maior/Secult-PE/Fundarpe

Os dez novos eleitos participaram do edital que contou com 103 candidaturas inscritas e 101 habilitadas

HISTÓRIA - Pernambuco foi o primeiro Estado a implantar efetivamente uma política de registro das tradições culturais populares e de valorização dos detentores desses conhecimentos tradicionais.

A Lei Estadual nº 12.196, de 02 de maio de 2002, instituiu a concessão do título de Patrimônio Vivo do Estado Pernambuco (RPV-PE), que prevê o pagamento de uma pensão vitalícia para os mestres e ou grupos culturais, selecionados por meio de edital público, lançado anualmente.

Como contrapartida, é dever do Patrimônio Vivo participar de programas de ensino e de aprendizagem dos seus conhecimentos e técnicas organizados pela Secretaria de Cultura do Estado.

Tem-se, desta forma, a garantia que os saberes de um povo não se extingam, com a morte de um mestre ou grupo da arte de fazer, mas que se perpetue, com seus alunos e aprendizes.

Quando passou a vigorar, ficou estabelecido que a cada ano deveriam ser registrados três novos nomes. Em 2016, em virtude do aumento significativo de inscrições para concorrer ao RPV-PE, houve a necessidade de ampliar o número de bolsas concedidas.

Assim, a Lei nº 15.944, de dezembro de 2016, aumentou de três para seis o número de bolsas anuais outorgadas aos mestres, mestras e grupos da cultura popular pernambucana.

LEI DO PATRIMÔNIO VIVO - A Lei de Registro do Patrimônio Vivo significa um grande avanço das políticas públicas para salvaguardar os patrimônios culturais de natureza imaterial do Estado. Ao longo dos últimos anos o incremento das inscrições de candidaturas em todas as regiões de Pernambuco, levou a necessidade de ampliar mais uma vez o número de bolsas concedidas.

Já a Lei nº 17.489, de 25 de novembro de 2021, aumentou de seis para dez o quantitativo máximo de candidatos contemplados no RPV-PE. Atualmente, para pessoa física, a bolsa é de R$ 2.041,53 (dois mil reais, e quarenta e um reais e cinquenta e três centavos) e para pessoa jurídica, R$ 4.083,10 (quatro mil reais, e oitenta e três reais e dez centavos).

A última atualização legislativa para a política pública foi a Lei nº 18.126, de 28 de dezembro de 2022 alterou a Lei nº 12.196, de 2 de maio de 2002, para possibilitar a autoindicação de candidaturas para concorrer ao processo de inscrição do RPV-PE. 

Fonte: Portal Cultura de Pernambuco


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Por que cientistas defendem livros didáticos em papel





Criança em biblioteca, em foto de arquivo
Legenda da foto,

Pesquisas indicam que a leitura aprofundada e prazerosa ainda é favorecida pelo texto em papel

  • Author,Paula Adamo Idoeta
  • Role,Da BBC News Brasil em Londres

Dá para abrir mão de livros físicos e estudar só nas telas? Como isso afeta o desempenho dos alunos em idade escolar - e a sua capacidade de leitura?

Essa discussão foi alimentada pelo anúncio, agora parcialmente revertido, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, de que alunos da rede pública nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio contariam apenas com livros didáticos digitais, e não mais em papel.

O Ministério Público Estadual abriu uma apuração do caso (mais detalhes abaixo na reportagem), e o governador Tarcísio de Freitas acabou afirmando que tanto livros didáticos impressos quanto digitais serão ofertados.

Diferentes acadêmicos e entidades debatem o quanto do material didático deve ou não migrar ao ambiente digital, mas evidências científicas sugerem que o papel ainda é o meio mais eficiente para ensinar a habilidade de leitura aprofundada e crítica - particularmente em países com tantas desigualdades como o Brasil.


A leitura em papel

Alguns dados importantes nessa discussão vêm do Pisa, o principal exame internacional a comparar o aprendizado em vários países


No ano passado, a entidade organizadora do exame, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), identificou que estudantes de 15 anos que tinham o hábito de lerem livros em papel fizeram em média 49 pontos a mais na prova de leitura do Pisa 2018, em comparação com os jovens que raramente ou nunca liam livros.

Esses 49 pontos equivalem a mais ou menos 10% da pontuação média total dos países na prova de leitura do Pisa.

Além disso, estudantes com o hábito de ler em papel também costumavam demonstrar mais prazer com a leitura do que aqueles que liam textos digitais.

"Os resultados do Pisa confirmam que o acesso a capital cultural, como livros, é um forte preditor do desempenho dos estudantes", aponta a OCDE.

A leitura digital tem vantagens importantes, como poder rapidamente buscar fontes de informação e checar dados. Mas uma preocupação dos cientistas é de que, nas telas, nossa leitura seja mais superficial do que no papel - ou seja, de que "passamos os olhos", em vez de ler de verdade.

"As pesquisas dos últimos dez anos mostram que, se você medir a compreensão - o quantas pessoas se lembram do que leem -, ela é quase sempre melhor no texto impresso, especialmente para textos longos", diz à BBC News Brasil a pesquisadora Naomi S. Baron, professora emérita de Linguística da American University em Washington (EUA).

O texto impresso convida a uma leitura mais lenta e concentrada do que o texto em tela, que geralmente é ditado pelo ritmo das redes sociais e do multitasking, agrega Baron.

"Muito do que fazemos no mundo digital é veloz: olhar para um post no Facebook, uma foto no Instagram, os resultados de jogos de futebol, e daí seguir adiante. Com o texto impresso, presumindo que você não vai estar checando o seu telefone, você tende a focar mais."

Leitura crítica e 'impaciência cognitiva'

Jovens estudando em escola no Tibete, em foto de junho de 2023

CRÉDITO,EPA

Legenda da foto,

'Se você medir a compreensão - o quantas pessoas se lembram do que leem -, ela é quase sempre melhor no texto impresso, especialmente para textos longos', diz acadêmica

A experiência sensorial do texto impresso - de manusear e voltar ou avançar páginas manualmente - também parece favorecer a concentração, segundo Baron.

Nas suas pesquisas com jovens em idade escolar, diz ela, "eles nos dizem que, se estão lendo uma história de ficção, conseguem ser muito mais absorvidos pela leitura (em papel) e se identificar com personagens".

Ponto semelhante já foi levantado pela neurocientista americana Maryanne Wolf, cujas pesquisas sugerem que a leitura superficial poderia prejudicar a capacidade humana de entender argumentos complexos, de fazer análises críticas e até de criar empatia por pontos de vista diferentes.

Em entrevista à BBC News Brasil em 2019, ela argumentou que nossa habilidade de ler e interpretar não é inata: depende de circuitos cerebrais que levaram milhares de anos para serem desenvolvidos até o ponto atual, em que conseguimos processar argumentos, sutilezas, ironias e emoções expressos na forma de texto.

"É isso o que me preocupa nos mais jovens: eles estão desenvolvendo uma impaciência cognitiva que não favorece (a leitura crítica)", disse na época Wolf, que é pesquisadora da Universidade da Califórnia em Los Angeles e autora de O Cérebro no Mundo Digital - Os desafios da leitura na nossa era.

"Deixamos de estar profundamente engajados no que estamos lendo, o que torna menos provável que sejamos transportados para um entendimento real dos sentimentos e pensamentos de outra pessoa."

No âmbito da educação pública, um caso que tem sido observado por especialistas é o da Suécia, que a partir de 2015 investiu na digitalização de seus materiais didáticos a partir da pré-escola, mas agora avalia ter ido "longe demais".

Em entrevista à imprensa local, a ministra de Educação, Lotta Edholm, se queixou do excesso de telas e de os livros estarem mais ausentes da vida das crianças desde a digitalização.

"Agora, estamos fazendo o oposto: lançando nosso maior investimento em livros didáticos. (...) Sabemos pelas pesquisas que há um entendimento mais profundo da leitura em livros em comparação com a leitura na tela", declarou.

Criança no notebook

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Pesquisadora teme que leitura na tela seja mais superficial e amplie a 'impaciência cognitiva'

Qualidade dos livros

Mas há questões importantes que se perdem quando o debate meramente coloca os dois meios de leitura em campos opostos, em vez de identificar qual o melhor contexto para cada um, diz à BBC News Brasil a professora Natalia Kucirkova, que pesquisa o tema na Universidade de Stavanger, na Noruega.

"É uma pena que por tanto tempo se persista nessa dicotomia de 'impresso versus digital', porque, na verdade, as tecnologias já estão integradas nas experiências do dia a dia", argumenta Kucirkova.

Ela defende que o foco seja direcionado à qualidade dos livros (impressos ou digitais) e como cada meio pode proporcionar uma experiência de aprendizado e de engajamento diferente.

Como exemplo, Kucirkova diz que tem experimentado com livros digitais sensoriais, que incorporem na leitura em tela a experiência tátil e olfativa que é tão valiosa na leitura em papel.

Ela também defende livros digitais que não sejam meras cópias em PDF de seus pares impressos, mas sim agreguem personagens que interajam ou sejam controlados pelo jovem leitor.

O desafio, aí, é garantir que essa experiência interativa engaje a criança, em vez de distraí-la da leitura, explica a pesquisadora. Mas, se esse obstáculo for superado, livros do tipo têm potencial de favorecer a leitura em contextos novos.

"Por exemplo, de avós que possam compartilhar pelo Zoom o mesmo livro digital com netos que estejam distantes. (...) Já existe também uma biblioteca de livros digitais criada para atender crianças ucranianas refugiadas, que foram separadas de seus livros físicos", ela explica.

Além disso, Kucirkova diz que crianças que demonstram menos interesse pela leitura - os quais ela chama de "leitores relutantes" - também podem ter a chance de encontrar prazer nas histórias digitais.

Mas como esse debate se insere no Brasil, que ainda não equalizou o acesso nem à educação, nem à tecnologia?

Brasil e São Paulo

Em novembro de 2020, em plena pandemia de covid-19, o Unicef (braço da ONU para a infância) calculou que 5 milhões de crianças brasileiras estavam sem acesso à educação, que naquele momento havia migrado para o ambiente digital.

Foi um retrocesso ao mesmo índice que o Brasil tinha 20 anos antes, no início dos anos 2000.

"A pandemia nos mostrou que temos uma enorme desigualdade de acesso à internet de banda larga e a equipamentos. Então causa estranhamento uma política pública sem que haja condições para que ela possa ser implementada", diz à BBC News Brasil Anna Helena Altenfelder, da organização educacional Cenpec, em referência ao projeto proposto pelo governo de São Paulo para 2024.

O governo paulista quer usar apenas material didático próprio - em vez de livros do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD), do Ministério da Educação - e migrar todo esse material para o ambiente digital, para alunos a partir do 6° ano.

O Ministério Público estadual abriu um inquérito civil para investigar um "potencial prejuízo à continuidade do processo educacional" e "eventual desperdício de recursos públicos", já que os livros do PNLD foram adquiridos pelo governo federal - e produzir material próprio poderia implicar, em tese, em gastos adicionais ao Estado.

A Secretaria de Educação paulista afirmou à Folha de S. Paulo que pretende usar material próprio para manter a "coerência pedagógica" com o currículo escolar estadual.

Depois da repercussão do caso, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que houve falhas de comunicação da decisão e agregou: "nós vamos encadernar (os livros didáticos) e entregar impresso, encadernado" para os alunos que assim quiserem.

Mesmo assim, Altenfelder acha que persistem dúvidas sobre a eficácia do projeto na rede estadual paulista.

"Muitas salas de aula têm 40 alunos e televisões de 32 polegadas. Como os alunos vão enxergar (a exposição do material digital)? E o grande desafio é pensar na qualidade desse material, porque eles (São Paulo) estão abrindo mão de livros didáticos do PNLD, que são produzidos a partir de um edital, cuidadosamente elaborado em um programa federal que tem mais de 30 anos e que tem qualidade."

Competências digitais

Sala de aula na Escócia em foto de arquivo

CRÉDITO,PA MEDIA

Legenda da foto,

'As crianças podem aprender (sem a tecnologia). No entanto, a educação delas dificilmente será tão relevante sem a tecnologia', diz Unesco

No mundo, um relatório da Unesco (braço da ONU para a educação e cultura) traçou um panorama da tecnologia nas escolas do mundo inteiro e aponta que o impacto desse uso no aprendizado ainda é dúbio.

E um dos motivos é justamente a dificuldade de acesso: apesar de 91% dos países terem usados plataformas de ensino digital durante o fechamento das escolas por causa da covid-19, essas plataformas só alcançaram 25% dos alunos globais.

"A atenção excessiva à tecnologia geralmente tem um alto custo. Recursos despendidos em tecnologia, em vez de em sala de aula, professores e livros didáticos para crianças em países de renda baixa a média-baixa, que não têm acesso a esses recursos, provavelmente colocarão o mundo em uma posição ainda mais distante de alcançar o objetivo mundial de educação (inclusiva, igualitária e de qualidade)", aponta o relatório da Unesco.

Mesmo assim, o relatório destaca a importância da tecnologia em um mundo cada vez mais digital: "As crianças podem aprender (sem a tecnologia). No entanto, a educação delas dificilmente será tão relevante sem a tecnologia".

Para Altenfelder, a chave é encontrar formas de combinar as experiências analógicas e digitais, a depender das habilidades que precisem ser ensinadas.

"Sem dúvida nenhuma é papel da escola desenvolver as competências digitais de que os alunos precisam. (...) O grande problema é ser exclusivamente digital e perdermos as habilidades de leitura do impresso, que possibilitam uma reflexão maior", diz ela.

Para Naomi Baron, da American University, um ponto crucial é treinar as crianças a se concentrarem, reduzirem o ritmo e de fato submergirem na leitura. Feito isso, elas serão capaz de migrar do papel ao digital (e vice-versa) com menos prejuízos.

"Precisamos ensinar tanto crianças quanto adultos a baixar os olhos, acalmar a mente e a focar em uma quantidade de parágrafos que tenha coerência, (...) a voltar no texto, a reler - o que é parte de construir um aprendizado", ela diz.

"Muitas pessoas me perguntam: 'será que não lemos mais palavras digitalmente do que leríamos em papel?' Eu respondo que provavelmente nós temos contato com mais palavras, mas será que estamos pausando o suficiente para entendê-las e recordar delas? Acho que estamos fazendo isso menos, porque o meio digital está sempre nos forçando a avançar, a sermos mais rápidos, a rolar a página."


Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 16 de julho de 2023

VIOLÊNCIA: "Bolsonarismo - da guerra cultural ao terrorismo doméstico"






Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 9 de julho de 2023

Estradas asfaltadas se acabando em Bom Jardim




A pavimentação das estradas vicinais  que contemplam comunidades de Pindobinha  e Tamboatá  realizadas no ano de 2022, parceria entre Estado e Município de Bom Jardim não deram certo. As obras feitas com uma fina camada asfáltica já se apresentam em estado elevado de destruição.

Moradores criticam a situação que a cada dia fica mais grave durante este período de chuvas. Protestos são registrados em redes sociais. O ex-prefeito João Lira critica o atual prefeito João Neto, Janjão. Os vereadores Lenilson e Irmão Bia também cobram ação, não perdem o momento para engrossar o caldo das críticas.

Dor de cabeça para a Empresa contratada, para Prefeitura e para o Estado. A população fica no prejuízo. A temporada de inverno nordestino vai até o fim de agosto. Até chegar o início da primavera haverá mais chuvas, mais desgastes das estradas, mais críticas de toda população, mais prejuízos para o contribuinte. 

É preciso fazer caminhos, saídas para a água em muitos trechos da estrada. Nos locais onde a água se acumula surge buracos enormes. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bom Jardim presente na 23ª FENEARTE




A arte de Bom Jardim se faz representar no Centro de Convenções em Olinda - PE,  que nesta época é a capital do artesanato brasileiro.  O governo municipal, por meio da Secretaria de Esportes, Cultura e Turismo, patrocinou  a locação de um estande para representar o artesanato bonjardinense na 23ª FENEARTE, a maior feira de artesanato da América Latina. Para comprar nossa produção visite o estande 326 na Rua 12.




Nos anos 2014 - 2016 a prefeitura de Bom Jardim patrocinou a participação dos artesãos bonjardinenses na FENEARTE. Foi um grande sucesso de público e de  vendas.  Neste mesmo período o Secretário de Turismo, Cultura e Esportes, na gestão do ex-prefeito Miguel Barbosa,  também idealizou o Feirão de Oportunidades do Natal, a Feira Cultural, criou a Casa do Artesanato,  realizou capacitações com o SEBRAE, SENAR, o artesão de Bom Jardim recebeu apoio e incentivo para expor e comercializar seus produtos  nas feiras de  artesanato de Orobó, João Alfredo, Tracunhaém, Carpina, Porto de Galinha, no  Encontro da Confederação Nacional dos Municípios ( Recife) e na Vaquejada de Surubim.  Também neste período o artesão local teve acesso a carteira e a comercialização no Centro de Artesanato de Pernambuco. 




O tema  da FENEARTE neste ano 2023 é: " Loiceiros de Pernambuco  Arte da terra, Poesia das mãos".  No período de 5 a 16 de julho o público poderá apreciar, curtir e comprar produtos de mais de 5 mil artesãos do Brasil e de outros países. 
Maria de Jesus, Ivanilda , Joylma, Maria José, Edna, Rosane e Alexandra esperam fazer bons negócios.


*Imagens: fenearte.gov,pe.gov.br  / Banco de Imagens Museu de Bom Jardim
Professor Edgar Bom Jardim - PE