sábado, 1 de maio de 2021
Revolução Russa
sexta-feira, 30 de abril de 2021
O chefão e o Brasil das maldades
Desde quando isso se tornou aceitável? Como aceitar um ministro que vê a própria população como inimiga da economia? Um ministro que odeia pessoas pobres. Arte de Daniel Lafa.
João Campos defende unidade em torno de vacinação contra a Covid no Brasil
No dia em que esteve reunido com a Embaixada da China para articular a aquisição de vacinas contra covid-19, o prefeito João Campos reforçou a necessidade de unir esforços e buscar uma unidade nacional em torno da agenda da imunização. O Recife integra o Consórcio Conectar, que reúne mais de 2 mil municípios brasileiros para viabilizar a compra de vacinas diretamente com as empresas de diversos países. Em entrevista à CNN Brasil, o prefeito defendeu a boa relação do Brasil com a China e a aproximação em torno de soluções para a pandemia.
“A China é o principal parceiro comercial brasileiro, aproximadamente 80% das vacinas aplicadas no Brasil são de tecnologia chinesa. Todos os prefeitos e representantes de prefeituras que estavam presentes na reunião de hoje fizeram questão de mencionar a importância que a China tem, sobretudo na aquisição de vacinas para o Brasil. Nos colocamos à disposição para fazer esse diálogo de maneira harmoniosa”, afirmou João Campos. “Recife tem um dos três consulados chineses no Brasil e temos parcerias com o país. Agora é hora de deixar brigas de lado e colocar como prioridade a vacina, a abertura de novos leitos, fornecimento de equipamentos e insumos para viabilizar que esses leitos sejam assistidos. Essa deve ser a agenda brasileira”, defendeu o prefeito.
João Campos, que é vice-presidente de Relações Institucionais do Conectar, destacou os esforços feitos pelos cerca de 2,6 mil municípios que integram o consórcio, articulado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). “A gente precisa de vacinas. Não podemos perder tempo com debates vazios. Temos que ir atrás em qualquer lugar do mundo. Somos mais de 2,6 mil municípios. O momento é de unir esforços, não de dissipar energia”, argumentou. O prefeito ainda se solidarizou com as famílias das vítimas. “Hoje é um dia a se lamentar. Chegamos a 400 mil mortes por covid-19 e quero prestar minha solidariedade às famílias brasileiras que perderam entes queridos.”
Mais cedo nesta quinta-feira, em reunião online com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, o prefeito solicitou um encontro com a diretoria do laboratório Sinopharm para formalizar um pedido de 15 milhões de doses de vacina para o País, sendo 6 milhões de doses para trabalhadores da educação do Brasil. O encontro contou com a participação de outros oito prefeitos de municípios brasileiros que também fazem parte do consórcio de vacinas.
quinta-feira, 29 de abril de 2021
Dia Mundial da Dança: Homenagem do Museu de Bom Jardim
30% das cidades brasileiras ficaram sem vacina para 2ª dose nesta semana, aponta pesquisa
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que quase um terço das cidades brasileiras ficaram sem a segunda dose da vacina contra a covid-19 nesta semana.
No levantamento, foram consultados 2.824 municípios - mais que a metade do total -, entre 26 e 29 de abril, e 30,8% deles disseram que não tinham doses para a segunda aplicação.
As Prefeituras também foram questionadas se ficaram sem vacinas para a aplicação da primeira dose.
Dos 2.820 municípios que responderam, quase um quarto (23,9%) afirmaram que sim, e 76,1% disseram que não enfrentaram problemas.
Os números são quase iguais ao do levantamento da semana anterior, quando 23,8% das prefeituras informaram ter ficado sem vacina para a primeira dose.
No entanto, como na pesquisa atual foram ouvidas 724 cidades a mais, o número absoluto de cidades onde faltou vacina para a primeira aplicação é maior.
Na pesquisa anterior, não foi investigada a falta de doses para a segunda aplicação.
A questão foi incluída no levantamento semanal da CNM sobre os problemas enfrentados pelos municípios na pandemia com a multiplicação de relatos da paralisação da campanha de imunização porque os estoques da CoronaVac haviam acabado.
Problema afeta todo o país
Denilson Magalhãoes, consultor da área técnica de saúde da CNM, explica que a falta de vacina afetou cidades de todos os portes, Brasil afora. "Está bem distribuído, afeta todo o país, todo o tipo de cidade", diz Magalhães.
No entanto, ele afirma ser possível observar que a falta de vacina para a segunda dose foi mais crítica nas regiões Sudeste, com 21% das cidades afetadas, e, especialmente, na região Sul, com 47%.
"No Rio Grande do Sul, faltou vacina para a segunda dose em 451 dos 497 municípios consultados", diz Magalhães.
Já a falta de vacina para a primeira dose foi maior na região Norte, com 29% das cidades informando ter enfrentado esse problema.
"As cidades tinham recebido uma orientação do governo federal de que não tinha necessidade de fazer reserva de doses para a segunda aplicação. Acabou se vacinando muito, e agora começou a faltar porque a demanda foi grande e teve atrasos de produção", diz Magalhães.
"Estamos reforçando com as cidades a necessidade de guardar doses para garantir a vacinação de toda a população."
Ministério fará mudanças
Na segunda-feira (26/4), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse durante uma audiência pública no Senado que há "dificuldade" com a entrega da segunda dose da CoronaVac.
O CNM fez uma reunião com o Ministério da Saúde na última terça-feira (28/04) para resolver a questão.
Ficou acordado que o governo federal vai enviar diariamente vacinas para os municípios que enfrentam problemas, de forma emergencial, até a situação normalizar. Essas doses serão descontadas da remessa semanal prevista para essas cidades.
A pasta também anunciou a distribuição de 104,8 mil doses da CoronaVac aos Estados a partir de quinta-feira (29/04).
O Ministério da Saúde divulgou um comunicado para reforçar que a segunda dose da vacina contra covid-19 deve ser tomada mesmo fora do prazo normal, para completar a imunização.
A maioria das vacinas contra a covid-19 testadas e já aprovadas necessitam de duas doses para conferir uma taxa de proteção aceitável. Isso vale para a CoronaVac e o imunizante da AstraZeneca, que são usados atualmente na campanha brasileira.
- Rafael Barifouse
- Da BBC News Brasil em São Paulo