domingo, 19 de maio de 2019

o Mamulengo em busca de atenção



José Júlio, do Mamulengo Jurubeba, é um dos integrantes da obra
José Júlio, do Mamulengo Jurubeba, é um dos integrantes da obraFoto: Léo Malafaia/Folha de Pernambuco
Apesar de ser reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2015, o mamulengo pernambucano enfrenta dificuldades e vai ganhar, neste domingo (19), um instrumento que pode ajudar a difundir nossos artistas, abrindo espaço para eles no mercado nacional. 

Esta, pelo menos, foi a intenção dos fotógrafos Alexandre Albuquerque e Hans Von Manteuffel, que idealizaram o projeto "Catálogo do Mamulengo Pernambucano", que será lançado a partir das 9h, no Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte.

Patrocinada pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), a obra foi produzida por uma equipe que integra, ainda, o arte-educador e bonequeiro Fábio Caio, que prestou consultoria e atuou na produção; e o ator, diretor e pesquisador de cultura popular Romildo Moreira, responsável pelos textos e pesquisas. 
O livro é uma espécie de portifólio que mostra os trabalhos e os contatos pessoais atualizados de 17 mamulengueiros de várias cidades do Estado. "O mamulengo está caminhando para a extinção. Era um ofício familiar, e hoje poucos jovens se interessam em dar continuidade, porque é difícil viver disso. O catálogo foi a forma que encontramos de dar uma força para que eles exponham sua arte", resume Manteuffel. "A maioria dos mamulengueiros são de baixa renda e não têm acesso às mídias digitais. Quando a gente foi fazer os registros, muitos mestres tinham falecido ou desistido", lamenta Albuquerque.

Os participantes do catálogo vêm de Glória do Goitá (Mestre Bila, Cida Lopes, Mestre Bel e Mestre Zé Lopes), Carpina (Mestre Miro e Mestre Bibiu), Lagoa do Itaenga (Mestre Zé de Vina), Pombos (Mestre Tonho), Caruaru (Mamulengueiro Sebá), Igarassu (Antero), Recife (Jorge Costa, Altino Francisco, José Júlio, Maria Oliveira e Lucas Oliveira) e Olinda (Fernando Augusto, Fábio Caio, Carla Denise, Fátima Caio e Marcondes Lima). "Todo registro é importante para a salvaguarda do mamulengo. Só o nome do mamulengo aparecendo já é um resgate", diz José Júlio, do Mamulengo Jurubeba.
Como bem observa Fábio Caio, os mil exemplares da tiragem inicial do catálogo serão distribuídos para entidades educativas, escolas de arte, centros culturais e formadores de opinião de todo o País. "Isso veio bem a calhar nesse momento tão delicado política e culturalmente. Ter essa força e divulgação é essencial".

Durante o lançamento do catálogo, os artistas vão poder comercializar seus bonecos, mostrando a diversidade de estilos de cada um deles. Haverá apresentações de mamulengo e oficinas, e a organização do evento vai trazer 200 crianças de escolas públicas para participar da festa. O lançamento também encerra a participação do Museu do Homem do Nordeste, ligado à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), na 17ª Semana Nacional de Museus, dentro do já tradicional Domingo dos Pequenos.

Das origens à busca por espaço
O mamulengo faz parte de uma tradição cuja origem, segundo o escritor Hermilo Borba Filho, "se perde na noite dos tempos": há teatro de bonecos nas culturas mais diversas, como o Egito Antigo, China, Índia, Japão, Grécia e, mais adiante, em Roma e por toda a Europa. 

No Brasil, ele chegou através dos presépios, e o registro mais antigo que se tem em Pernambuco é uma nota publicada em 1896. E se o mamulengo é nosso, há variações de teatros de bonecos por todo o País, como o "briguela", de Minas Gerais; o "joão minhoca" de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo; o "joão redondo", do Rio Grande do Norte; e assim por diante.

"Nem todo mundo que faz teatros de bonecos está fazendo mamulengo", frisa Fernando Augusto, criador do célebre Mamulengo Só Riso, de Olinda, embrião do Museu com mais de 900 peças que foi doado àquela cidade. "O mamulengo guarda um vínculo de tradição secular que é possível acompanhar e analisar, e não é qualquer grupo que resolveu contar a história de Dona Baratinha que vai poder se denominar assim", alerta. 

Fernando Augusto, do Mamulengo Só Riso, é um dos brincantes tradicionais de Olinda
Fernando Augusto, do Mamulengo Só Riso, é um dos brincantes tradicionais de Olinda - Crédito: Hans Von Manteuffel/Divulgação
 Fernando Augusto também participou do catálogo, e conta que o mamulengo é uma arte específica dentro do ofício de se fazer teatro de bonecos - uma arte que infelizmente está se perdendo, por não ocupar posição de destaque dentro de um Estado que deveria lhe valorizar. "É difícil. Mas vamos levando", aponta.

Serviço:
Lançamento do "Catálogo do Mamulengo Pernambucano"

Quando: neste domingo (19), das 9h às 12h
Onde: Museu do Homem do Nordeste, da Fundação Joaquim Nabuco (avenida 17 de Agosto, 2187, Casa Forte)
Com informações de Folha de Pernambuco.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

As utopias se arruínam ou se reinventam?

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A busca do progresso fermentou projetos  que prometiam felicidades eternizadas. Apostava, de forma articulada,  que a sociedade fugiria das desigualdades. Acreditava-se numa grande revolução tecnológica. Houve euforias. Mas a ideologia do progresso pareceu frágil. Um festival de ilusões passou a desfilar e as explorações continuaram acontecendo. As falsificações mantinham divulgações nada saudáveis. A sociedade  negava suas doenças mais agudas. As bombas atômicas alertaram para o peso de violência de uma crueldade assustadora. O stalinismo trouxe pânicos. Muitos marxistas ficaram perplexos com os crimes, as intolerância, a sede de poder. Muitos liberais acenaram para fim das utopias e cantaram o êxito da agilidade capitalista.Será que há lugar para mudanças bruscas, reformulação dos valores, paraísos de igualdades sublimes?
Dúvidas refizeram teorias, minaram partidos políticos, intimidaram rebeldes. Faltam olhares para o passado e muitas profecias que encenam um futuro.As tecnologias ajudam o crescimento das riquezas concentradas. Não significam o reino do mal. Seria um erro destruir conquistas científicas, porém é preciso cuidados. O progresso manteve  desgovernos. Arquitetou enganos num meio de um sociedade repleta de fundamentalismo. Foge-se para o delírio das drogas, o desamparo se amplia, o velório dos sonhos ganha espaço junto com apocalipses radicais.  Portanto, estamos na berlinda, atravessados síndromes  mortais. Não subestime o que parece mínimo. As ousadias surpreendem a  quem se entregava ao fogo dos infernos.
Navegamos num barco de ruínas, sem mares parceiros, com estragos perversos e sereias que se foram para outros lugares. Não há, contudo,a morte da fantasia. Elas continuam. Certas utopias se enfraqueceram. Voltam preconceitos, armadilhas danosas, governantes idiotizados pelo poder. Não analisar o passado e um escorregão que distorce alternativas A crise não  é uma cria da contemporaneidade. Visitaram as guerras religiosas na Europa? Lembram-se dos colonialismos modernos? O militarismo romano não dizimou culturas? O iluminismo sacudiu pensamentos, o romantismo tocou na sensibilidade, os anarquistas celebraram a força da autonomia. Houve agonias e respostas. Não cessaram as ambiguidades , nem os trapézios astuciosos.
As reinvenções não desapareceram. Não há história sem buscas, mesmo que as intrigas inibam convivências amistosas e o terrorismo invada cotidianos. Permanências e mudanças devem  ser avaliadas. A história  não é uma travessia linear. Quem não se dá conta dos labirintos? Pinochet abalou a política que defendia o socialismo e lutava pela divisão das conquistas materiais. Não esqueçam de Freud, Picasso, Chaplin, Mia Couto… Se as crises inquietam e destronam otimismos, a capacidade de transcendê-las não desapareceu. O astral se encontra sobrevivendo, penosamente, e pulando abismos. Há ruínas.Elas não se firmam como absolutas. Há insatisfações e desejos. O desafio é suportar as contradições e compreender  o saber da solidariedade que não se desfaz. Há ilhas e necessidade de ocupá-las, desde que a intolerância sucumba.

A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 18 de maio de 2019

Morre Dona Maristela Mendes (Dona Estela do Posto)


Comunicamos o falecimento de Dona Maristela Maria Mendes (Estela do posto). D. Estela, desenvolveu um grande trabalho na saúde do Bom Jardim. Profissional muito dedicada, cumpriu com sua missão no serviço público. Seu corpo está sendo velado em sua residência na praça de São João, Vila Noelândia. O sepultamento será neste domingo (19/05/2019) às 10 horas, no Cemitério da cidade. A família enlutada agradece o comparecimento e solidariedade de todos.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Jair e as dúvidas:, os descaminhos permanentes, os risos macabros


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Muitas imaginações navegaram séculos para  tentar  livrar a sociedade das incompletudes. Não são apenas as localizadas na modernidade. Sempre se lutou contra as desigualdades, mas também não houve mudanças que nos afastasse das lutas sociais em busca se superar as hierarquias de poder. As ampliações do saber trouxeram alternativas. Combateram-se tradições, preconceitos, colonialismos. Ninguém esquece a forças das revoluções, os projetos democráticos, as rebeldias. No entanto, há violências estimuladas, governos estimulando o usos de armas, milícias controlando o capital, refugiando  perdido por território inóspitos.
Não é negativo soltar a imaginação, arquitetar saídas. As relações poderiam estar mais ainda deterioradas. Há ânimos se contraponto há niilismo. Sobram, porém, servilismos, medos de instigar críticas e  desconfiar de práticas messiânicas. No Brasil, as eleições anunciaram que sociedade  passaria por tempos pesados.As polarizações continuam mobilizando grupos e criando grupos agressivos. Joga-se a política com deboche e chocolates. As lideranças se mostram atordoados.Tudo parece um grande festival de palavras e de planos  mesquinhos. Nada que ultrapasse as desigualdades. Apenas, simulações de verdades e destruições de argumentos visando apagar passados.
Multiplicou-se um ressentimento estratégico. Por aqui, o inimigo era o PT, com suas reformas. O investimento, para sabotá-lo, foi imenso com a ajuda da imprensa e muitos intelectuais. Na hora de votar em Jair, alguns se sentiram constrangidos, mas não deixaram de olhar, segundo os profetas do apocalipse, para ameaças maiores. Havia  mudanças sociais que incomodavam privilégios, então tudo era  feito para não correr riscos. Fermentavam outras visões de mundo. Apostou-se no medonho, apagaram-se luzes, impediram debates e fecharam as portas da imaginação. Nada de quebrar poderes e valores cheios de opressões.
Jair conseguiu o inesperado. Articulou-se. Montou uma equipe  estranha. Não seduziu, somente, as elites, Tornou-se o mito. Mais espaços para polarizações, ataques aos educadores, gurus nada simpáticos, confusões nas redes sociais. O governo segue provocando perplexidades internacionais. Muitos  elogiam suas medidas, gostam dos ensaios cômicos dos ministros. Não se ligam no abismo. Celebram. As dúvidas são imensas. Há quem preveja os esfacelamentos das instituições e a morte da aventuras de Jair. Há tensões, porém muitas sombras dificultam que imaginação sobreviva.Os risos esquisitos não se foram, são disparados por metralhadoras assassinas.
Por paulo Rezende. A astúcia de Ulisses.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 17 de maio de 2019

"Santinho" do Bolsonaro




OMinistério Público do Rio identificou indícios de lavagem de dinheiro nas transações imobiliárias feitas pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) durante seu mandato como deputado na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj). Segundo a Promotoria, o parlamentar lucrou R$ 3,08 milhões com compra e venda de imóveis entre 2010 e 2017, quando adquiriu 19 apartamentos e salas comerciais pelo valor de R$ 9,4 milhões



O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
Foto: Adriano Machado / Reuters
As suspeitas embasam o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas feito pelo MP e deferido no fim de abril pelo juiz da 27.ª Vara Criminal do Rio, Flávio Nicolau. No documento sigiloso, ao qual o Estado teve acesso, os promotores listam todas as transações imobiliárias feitas por Flávio Bolsonaro nos últimos dez anos e concluem que há "indícios de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas" e "constante uso de recursos em espécie nos pagamentos".


Para os investigadores, os valores podem ter sido "fraudados" pelo senador com o objetivo de "simular ganhos de capital fictícios para encobrir o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos da Alerj". Como exemplo, os promotores citam a compra e venda de dois apartamentos em Copacabana entre 2012 e 2014 nos quais Flávio obteve lucro de R$ 813 mil, ou quase 300%, em pouco mais de um ano. Há negócios sob suspeita que foram feitos com uma empresa com sede no Panamá, paraíso fiscal.
No documento de 87 páginas, o MP relata o histórico de investigação envolvendo Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz desde 2018, a partir de movimentações financeiras atípicas apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Diz haver indícios de uma "organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade" no gabinete de Flávio na Alerj, voltada para cometer crimes de peculato (desvio de dinheiro público).
O grupo, segundo a Promotoria, agiria desde 2007 e seria dividida em três núcleos "hierarquicamente compartimentados". O primeiro nomeava, para cargos de confiança, pessoas para repassar parte dos vencimentos. O segundo recolhia e distribuía o dinheiro. E o terceiro era formado pelos nomeados, que repassariam parte dos salários aos superiores.
O Ministério Público não considerou ser crível a versão dada por Flávio à imprensa de que Queiroz agiu sozinho e sem conhecimento dele na arrecadação de parte do salário dos funcionários do gabinete, prática conhecida como "rachadinha", "rachid", ou "esquema dos gafanhotos". Também considerou frágil a defesa apresentada pelo ex-assessor, que alegou recolher os salários para redistribuí-los e contratar mais assessores externos, sem conhecimento do então deputado.

Em nota, Flávio diz que informações "vazadas não são verdadeiras"

O senador Flávio Bolsonaro defendeu-se por meio de nota divulgada por sua assessoria dizendo que "não são verdadeiras as informações vazadas acerca de meu patrimônio". Ele afirmou que continua sendo "vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça".
O advogado Paulo Klein, defensor da família Queiroz, também rebateu as acusações. "O que dizer do MP que depois de 1 ano e 5 meses não tem indícios mínimos de prática criminosa? Tanto é que não existe denúncia até agora".

Promotoria busca imagens de quem fez depósitos

O Grupo de Atuação Especializada e Combate à Corrupção requisitou ao Banco Itaú imagens do sistema de vigilância das agências bancárias onde foram realizados saques e depósitos em espécie em contas bancárias do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), além de outros assessores do político na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O pedido foi baseado em três relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre os saques e depósitos do ex-assessor - detectados pelo setor de compliance do banco - e sobre 48 depósitos de R$ 2 mil em espécie recebidos por Flávio entre junho e julho de 2017. O parlamentar alega terem sido parcelas do pagamento da venda de um imóvel.

Com informações de www.terra.com.br/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Não tem capacidade intelectual para gerir o Brasil',diz Cantor Lobão


Foto: Reprodução/Youtube
Foto: Reprodução/Youtube
O cantor e compositor Lobão disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não tem "capacidade intelectual e emocional para gerir o Brasil". O artista também proferiu críticas aos filhos do chefe do executivo, ao filósofo Olavo de Carvalho e aos apoiadores do peeselista. Também fez duras afirmações sobre o fato de o capitão da reserva usar frequentemente o Twitter.

"Eu tinha que optar por alguém e esse alguém foi o Bolsonaro. Mas ele mostrou que não tem a menor capacidade intelectual e emocional para poder gerir o Brasil. Isso está muito claro para mim e fico muito triste. É óbvio que o governo vai ruir", ponderou. 

Para o músico, a maioria dos que votaram em Bolsonaro estão "decepcionados". Ele também disse que o escritor Olavo de Carvalho vai acabar com o governo, por ser uma pessoa "autodestrutiva, sociopata e que não tem empatia por ninguém".

Filhos
Aos filhos de Bolsonaro — o verador Carlos, o deputado federal Eduardo e o senador Flávio —, Lobão se referiu como "os três patetas do Planalto", criticando as constantes interferências no governo e as polêmicas que provocam nas redes sociais. 

"Eles conseguiram semear ódio num Congresso que estava de braços abertos para esses caras! Era para estar navegando em céu de brigadeiro, passar a reforma da Previdência nos primeiros meses", analisou. "(Bolsonaro) Não pode achar que o Brasil é o Twitter para se resguardar e intimidar os adversários", completou. 

O rockeiro também demonstrou insatisfação com a reação do presidente às manifestações contra os cortes na educação, chamando os estudantes que foram às ruas de "idiotas úteis". "Você está pegando no vespeiro, no âmago dos seus inimigos figadais, os estudantes de todo o Brasil, os professores, os reitores. Vai brigar com isso? Para quê? Você não quer votar a reforma da Previdência? Para que criar um barulho agora?", comentou. 

Ministério da Cultura 
Lobão mencionou ainda insatisfação com o fato de o Ministério da Cultura ter sido transformado em uma secretaria da pasta da Cidadania. "O ministro Osmar Terra, quando veio falar comigo, muito singelamente me confessou: 'Lobão, sou médico e de cultura só toco berimbau, não entendo nada'. Fechou a conversa, né?", lamentou. 

Para o artista, o governo está "fragilizando" a imagem da direita. "Essa facção sectária de fanáticos vai absorver toda a personalidade da direita, a esquerda vai capitalizar isso e vai botar todo mundo no mesmo saco. E a gente vai virar todos ridículos por causa desses caras. (...) O PSOL, o Ciro Gomes, o Lula, se sair da prisão, melhor ainda para eles. É pouco provável que a situação volte a se reeleger. Bom, resta saber se o governo vai sobreviver a este ano ainda. Não vejo como o governo vai se sustentar até o fim do ano. É um desastre o que está acontecendo, sem alarmismo", enfatizou.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Impeachment de Bolsonaro já é tema de conversas em Brasília


A coluna Painel, da Folha, destaca que “o cenário de fraqueza econômica, instabilidade política e aprofundamento das investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fez a palavra impeachment voltar a circular em Brasília”.
Mais grave ainda, não se trata de uma conspiração, diz a coluna mas de uma constatação resignada diante da força dos fatos
Com informação de catracalivre.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Música Sempre! Um pouco da trajetória de Edjeferson Sedícias


EDJEFERSON SEDÍCIAS (1974-2019)

Filho de José Pessoa Sedícias, ilustre saxofonista dos áureos tempos da Banda de Mestre Teté, EDJEFERSON SEDÍCIAS iniciou-se na música através do clarinete ainda jovem por influência de seu pai, o saudoso ZÉ BAGRE, tendo como professor o Maestro Lula Barbosa, que formou toda uma nova geração de músicos da qual fez parte o próprio Edjeferson. Com 16 anos de idade ingressou no Grêmio Lítero Musical Bonjardinense (GLMB) e em pouco tempo já demonstrava seu talento e facilidade para música, passando a tocar trombone depois na nova Sociedade Musical 19 de Julho convidado pelo próprio Maestro Lula Barbosa.
Ainda nos anos 90 passou pelo crivo da batuta do renomado maestro e compositor bonjardinense DIMAS SEDÍCIAS, no próprio Grêmio, octogenária e histórica sociedade musical da região. Teve também como professor Flávio Fernandes, trombonista da Orquestra Sinfônica de Recife no CPM - Conservatório Pernambucano de Música - e em João Pessoa com José Dirceu Feitosa, trombonista do Quinteto de Metais da Paraíba.
Músico integrante da Orquestra Oficina (OFLIM), NENEM como era carinhosamente conhecido por todos, carregou por onde esteve sua experiência de mais de 20 carnavais tocando em todo interior do agreste do Estado, e por oito anos consecutivos participou com a sua Orquestra de Frevo Sedícias, na qual foi músico e maestro dos carnavais da cidade.
Músico atuante no cenário nordestino com atuações nas orquestras do Maestro Hermes de Nazaré da Mata e também com Zito e Orquestra só pra citar, Nenem além de compositor, foi um grande multi-instrumentista, tocando com a mesma desenvoltura o trombone, instrumento que o qualificava como um dos melhores da região, o saxofone alto, o tenor e o clarinete dos tempos de adolescente.
...

Para nós que ficamos, só nos resta A SAUDADE QUE NOS TROUXE PELO BRAÇO.... Música Sempre!

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 16 de maio de 2019

"Música Sempre!" Morre o músico, fica a história


Ed Sedícias!
Sempre admirei esse cara. Desde quando comecei a tocar clarinete (meados de 1994) ele já era muito fera e muito respeitado entre os músicos no interior de Pernambuco.
A primeira vez que ele me mandou uma melodia pra que eu a concluísse e fizesse o arranjo (Noite 1) custei um pouco a acreditar. De lá pra cá foram muitas outras Noites, Frevos, risadas, Maxixes, homenagens, Maracatus, e músicas por terminar (meu whatsapp está lotado delas, ele tinha uma mente brilhante e extremamente criativa).
Pena não ter dado tempo de mostrar a ele o nosso site de obras autorais, pois ele é uma grande parte deste projeto.
Mas o seu legado vai ficar eternizado, assim como o dos Sedícias antes dele. E eu tenho a honra e a responsabilidade de ter comigo muito desse material para divulgar em breve.
À sua esposa e filhos e ao meu querido amigo Mac Sedícias, meus sentimentos e o desejo de que Deus conforte seus corações.
Ao meu parceiro Ed Sedícias, descanse em paz!
"Música Sempre!"

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Milhões de brasileiros contra Bolsonaro

*Recife: mais 50 mil caminharam no centro da capital.
Caminhada no Recife aconteceu até o Pátio do Carmo. Foto: Bruna Costa/Esp.DP.
Caminhada no Recife aconteceu até o Pátio do Carmo. Foto: Bruna Costa/Esp.DP.
Em protesto aos cortes de verbas impostos pelo Ministério da Educação (MEC), cerca de 50 mil professores, servidores, funcionários, pais e estudantes de instituições de ensino públicas e privadas do estado foram à Rua da Aurora, em Santo Amaro, área central do Recife, para a Greve Geral da Educação. De lá, os manifestantes seguiram em caminhada de 1,5 km até o Pátio do Carmo, no bairro de Santo Antônio.

Protesto seguiu pela Rua da Aurora até o Pátio do Carmo. Foto: Tarciso Augusto/Esp.DP.
Protesto seguiu pela Rua da Aurora até o Pátio do Carmo. Foto: Tarciso Augusto/Esp.DP.
A concentração foi marcada para as 15h em frente ao Ginásio Pernambucano, mas já havia manifestantes no local desde o início da tarde. Cartazes foram confeccionados com frases em defesa da educação e contra os cortes impostos pelo governo federal.

No Recife, ato teve concentração na Rua da Aurora. Foto: Samuel Calado/Esp.DP.
No Recife, ato teve concentração na Rua da Aurora. Foto: Samuel Calado/Esp.DP.
Estudante da Escola de Referência em Ensino Médio Silva Jardim, Maria Alice Ferraz, 17 anos, foi da unidade de ensino, no Monteiro, Zona Norte do Recife, ao protesto. "Viemos lutar por uma universidade pública de qualidade, para onde queremos ir", disse.

Estudantes confeccionam faixas e cartazes antes da caminhada até o Pátio do Carmo. Foto: Samuel Calado/Esp.DP.
Estudantes confeccionam faixas e cartazes antes da caminhada até o Pátio do Carmo. Foto: Samuel Calado/Esp.DP.
O protesto tornou-se um grande ato político e cultural. Além dos discursos contrários  aos cortes e à reforma da Previdência, há performances musicais e teatrais. As apresentações acontecem no chão e de forma simultânea aos discursos. Segundo estudantes, trata-se de uma "balbúrdia da democracia".

No país, pelo menos 75 das 102 universidades e institutos federais convocaram protestos em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo MEC. As instituições têm apoio de universidades públicas estaduais de diversos estados - incluindo a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e, no estado, a Universidade de Pernambuco (UPE).

Além de universidades, colégio e institutos federais, o ato reúne estudantes de escolas privadas e da rede estadual de ensino. Foto: Roberta Almeida/Divulgação.
Além de universidades, colégio e institutos federais, o ato reúne estudantes de escolas privadas e da rede estadual de ensino. Foto: Roberta Almeida/Divulgação.
Um dos alvos do protesto, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nessa terça-feira (14) que as universidades precisam deixar de ser tratadas como "torres de marfim" e não descartou novos contingenciamentos. Cientistas e pesquisadores de diversas instituições e estudantes de faculdades privadas também vão aos protestos. Além da comunidade do ensino superior, a rede básica também aderiu à paralisação.

Interior

Em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul, um ato aconteceu às 13h no Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em Caruaru, Agreste pernambucano, uma caminhada foi realizada às 8h do Grande Hotel, Centro da cidade.

No Sertão, estudantes, professores e servidores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) promovem o evento A universidade é do povo. A ação acontece desde as 15h no espaço de convivência da Univasf, em Juazeiro (BA). O local está aberto para a formação de uma feira e os interessados poderão levar barracas para expor seus produtos, artes e comidas.
https://www.facebook.com/Seperj/videos/2180193325624706/UzpfSTE4NjMzOTIxODcyMzgxMzc6MjI5ODA4OTM1MDQzNTA4Mw/
Com informações do Diario de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Estudantes são idiotas úteis e massa de manobra, diz Bolsonaro . Será que ele é?





Bolsonaro chega a Dallas
Bolsonaro chega a DallasFoto: Marcos Corrêa/PR


Ao chegar aos Estados Unidos nesta quarta-feira (15) Jair Bolsonaro afirmou que as manifestações que estão ocorrendo no país em defesa de recursos para a educação são feitas por "idiotas úteis", classificados pelo presidente como "militantes" e "massa de manobra".

Indagado sobre os protestos que acontecem nas capitais e grandes cidades do Brasil, o presidente disse que os alunos que estão nas ruas "não sabem nem a fórmula da água" e servem de instrumento político para "uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais".

"É natural [que haja protesto], mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil", afirmou o presidente na porta do hotel onde está hospedado em Dallas.
Cercado de apoiadores, que gritavam "mito" enquanto o presidente concedia uma entrevista coletiva a jornalistas, Bolsonaro primeiro afirmou que não existe corte na educação para, em seguida, dizer que, por causa da crise econômica e da arrecadação baixa, foi preciso fazer o contingenciamento.

"Na verdade não existe corte, o que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e, se não tiver esse contingenciamento, simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar", declarou.

Os protestos são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais e bloqueou bolsas de pesquisa.
O presidente disse ainda que não gostaria de fazer nenhum contingenciamento, em especial na educação, mas afirmou que o setor está "deixando muito a desejar".
"Gostaria que nada fosse contingenciado, em especial na educação. A educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Se você pega as provas, que acontecem de três em três anos, está cada vez mais ladeira abaixo. A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro destas pessoas?".

Na avaliação do presidente, a alta taxa de desemprego no país -cerca de 14 milhões de desempregados- vem da baixa qualificação dos trabalhadores. Bolsonaro afirmou que, durante os governos do PT, não havia preocupação com a educação.
Com informação de Folha de Pernambuco.
https://www.facebook.com/quebrandootabu/videos/2271860186415280/

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 14 de maio de 2019

Estudantes na luta pela educação em Caruaru




Realizado na manhã desta segunda-feira (13) um abraço simbólico pela educação no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) Caruaru, Agreste pernambucano. De acordo com o diretor de Ensino, André Pessoa, o objetivo foi integrar a comunidade acadêmica e mostrar a importância das instituições de ensino. Participaram do ato professores e alunos. O IFPE sofreu um corte de verba de 38,5%.
Com informações da Rádio Liberdade.

Professor Edgar Bom Jardim - PE