segunda-feira, 11 de junho de 2018

Pernambuco: chapa oposicionista terá Armando Monteiro (PTB) concorrendo a governador e Mendonça Filho (DEM) ao Senado

Membros da Frente das Oposições são aliados de TEMER no estado.

Fernando Bezerra Coelho, Mendonça Filho e Armando Monteiro Neto
Fernando Bezerra Coelho, Mendonça Filho e Armando Monteiro NetoFoto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco
Com a presença de parlamentares e prefeitos de diversos municípios de Pernambuco, a Frente das Oposições (PTB, DEM, PSDB, PRB, Podemos, PV, PRTB e PPS) anunciou, na manhã desta segunda-feira (11), os nomes de Mendonça Filho (DEM) e Armando Monteiro (PTB) para as eleições de outubro próximo. O petebista assume a cabeça da chapa, com o democrata se lançando para o Senado. O ato ocorreu no Hotel Bugan, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

Primeiro a discursar, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) fez a apresentação de Mendonça Filho e afirmou que "Pernambuco cobra altivez dos seus homens públicos".

Pré-candidato ao Senado, o democrata também discursou e disse que, quando se anda nas ruas, há uma "uma vontade clara de mudanças". Mendonça Filho ressaltou que o grupo das oposição conseguiu aglutinar forças que estavam em campos diferentes no passado e que, neste processo, "não houve uma busca obstinada e individual do poder pelo poder", nem "houve aquela troca de solavancos para ocupar um posto de destaque nesse desafio de liderar o Estado de Pernambuco".

"Pernambuco, hoje, perdeu protagonismo, perdeu força porque não temos líder a frente do nosso Estado", criticou. "E aí nós oferecemos alguém que, com certeza, conduzirá o Estado na boa rota. Exercendo autoridade sem ser autoritário. Fazendo com que o seu entorno não tenha mais força do que a própria cadeira do governador. Em Pernambuco, a voz da mudança é Armando Monteiro Neto".

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) também fez críticas a condução do Governo do Estado. E, apesar de lembrar de ter demonstrado desejo em disputar o cargo de governador, fez afagos ao petebista. "Eu queria estar jogando em outra posição. Mas eu quero lhe dizer com muita lealdade, com muita transparência, a minha vida já tem 36 anos de disputa política. Foram nove eleições para Governo do Estado, estive do lado do vencedor sete vezes. Estou com a percepção que tem cheiro de mudança no ar. Por isso que a gente precisava ter um nome que pudesse unir a nossa gente", declarou.
O senador Armando Monteiro Neto (PTB) discursa durante lançamento da chapa majoritária
Crédito: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco

Último a discursar, o senador Armando Monteiro Neto, que se lançou candidato ao Palácio do Campo das Princesas, respondeu ao colega de Congresso. "Eu sei que você pretendeu liderar esse projeto. As circunstâncias e a vida não permitiram que você tivesse agora nessa posição. Mas quero dizer que esse projeto precisa muito de você. Do seu entusiasmo, sua crença, do seu compromisso. Agradeço as generosas referências que você pode fazer".

Após afirmar que veio "celebrar as esperanças" e "falar do futuro", o petebista revelou que o grupo pretende, a partir de agora, percorrer as 12 microrregiões de Pernambuco. "Que nós já conhecemos. Não é uma audiência que vamos fazer circunstancialmente. Queremos sentir de cada um dos pernambucanos quais suas prioridades, demandas mais importantes nessa hora. E construir um plano de governo sem falsas promessas", garantiu o pré-candidato.
Com informações da Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 10 de junho de 2018

Marina Esperança de um Brasil melhor. Datafolha revela que Marina vence no segundo turno


A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) estariam à frente de Jair Bolsonaro (PSL) nas simulações de segundo turno propostas pelo instituto Datafolha a quase 3.000 eleitores em todo o Brasil, entre os dias 6 e 7 desta semana. Entre os dois, no entanto, apenas Marina tem vantagem superior à margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo na madrugada deste domingo, 10, mostra que a pré-candidata da Rede teria 42% das intenções de voto, contra 32% do deputado do PSL em uma eventual disputa direta. O instituto mostra que brancos, nulos e indecisos, neste cenário, somariam 26%.
Já a vantagem de Ciro sobre Bolsonaro é de apenas dois pontos percentuais (36 a 34%) e, portanto, eles estão tecnicamente empatados. Caso os pré-candidatos do PDT e do PSL estivessem na segunda etapa, um número próximo ao da intenção de voto de ambos, 31%, não optaria nem por um nem pelo outro.
Ciro Gomes e Marina são os dois são os pré-candidatos que, de acordo com o levantamento do instituto, disputam vaga para enfrentar Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno, nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não consta da lista apresentada aos eleitores. Condenado em segunda instância, Lula está tecnicamente impedido de disputar a eleição, segundo o atual entendimento da Lei da Ficha Limpa.
Com informações de veja.abril.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 9 de junho de 2018

Música nova de Roberto Cruz - Já é Amor (Clipe Oficial)



Já está disponível em todas as plataformas a nova música do cantor e compositor Roberto Cruz, Já é Amor, um xote daqueles que faz a gente sentir vontade de dançar bem agarradinho. O clipe já faz sucesso no Youtube, através do canal do artista(Robertocruzoficial). 
Os fãs do forró e da boa música já podem ver, ouvir e baixar gratuitamente um dos hit desse São João. O cantor e compositor Roberto Cruz é natural de Bom Jardim-PE.



Acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=BTKAYw0QMOM
https://www.suamusica.com.br/AR2producoes/ja-e-amor
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Quem conta a história de Lula?


A história tem andanças flutuantes. É um espaço múltiplo. Não dá para entendê-la com pensamentos exatos ou análise de complexidades estranhas. Lula está preso, mas não deixa de ter admiradores. Seu nome não sai dos jornais. Há quem o transforme num salvador. No entanto, não esqueça da ambiguidade do mundo do espetáculo. Já vi Lula sendo acusando de rasgar a grana do Brasil, de ser um político de muita conversa. Tornou-se alvo de polêmicas. Lembra Vargas. Não necessita confundi-los. Faz aumentar  o caos, envelhece o diálogo, suprime as novidade. Tudo tem seu tempo e suas viagens.
Seu partido passa por situações nada agradáveis. Sempre com disputas internas, com perfumarias que as esquerdas conservam. O mar não está  para peixes. Lula inventa seus dias. Recebe cartas, lê, se mostra paciente. Ninguém sabe o que se arquiteta no interior da cada um. Percebe-se um certo desespero nas elites do PSDB. Aparecem como senhores da democracia. Lá se situa o grande Fernando com suas tiradas controvertidas. Eu morava, em São Paulo, quando PT foi fundando. Notei que Fernando tinha largas simpatias por Lula. Será que são amigos ocultos?
Lula se lança. Quer ser presidente. Delira, segundo alguns. Provoca invejas e destemperos. A sociedade movimenta-se com dúvidas radicais. Marina se coloca no centro, Temer se diz perito em crises, Dória não sai das colunas socais. A Copa do Mundo pinta no pedaço. Cuidado. Tite gosta da palavra solta e Neymar não esconde sua vaidade. Lula é torcedor. Adora futebol. Muitos boatos surgirão. Você conseguirá vibrar pela seleção? Outra polêmica. As vergonhas são muitas. Vamos ver, como ficam os mais aflitos. Será curiosa a tragicomédia da bola com a política
A história se conta de muitas maneiras. Lula ficará preso? Gilmar adoece ou tomou algum  remédio para condenar as prisões? O Brasil convive com muitas surpresas e esfinges. Não faltam ditaduras, sobram corrupções e Sérgio Cabral é um astro na formação de quadrilhas. Há Moro, Cunha, Jucá, Crivella e outras personagens dignas de aventuras inesperadas. Quem é o culpado por tanta confusão?  Existem delações incríveis. Quantos romances poderiam ser escritos? O futuro chega, a memória  se amplia, as pesquisa buscam fontes. Alguém sente-se seguro? O petróleo é de  quem? Talvez, um dia, a dignidade supere as cores das máscaras. A astúcia de Ulisses
Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Globo Nordeste vai exibir Especial Causos & Cantos em Bom Jardim



Será exibido neste sábado 9 de junho, às 12 horas,  o Programa Causos & Cantos, Especial de São João 2018. O show de forró ficou por conta de Cezzinha do Acordeon. Noé Souto, Rinaldo Barros, Eva Souto participam fazendo depoimentos. Dona Neva vai mostrar a gastronomia local da época. Fique ligado. A cultura de Bom Jardim sobrevive com a força e a criatividade do povo.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 8 de junho de 2018

A rede da corrupção e do medo se estica


Resultado de imagem para caminhões

A confusão foi enorme, mas vai continuar. A corrução não descansou, procura outras manhas. A sociedade vive valores embaralhados, se solta na desconfiança e na violência. Os postos de gasolina transformaram-se em atrações e lugares de intrigas. Além disso, o comércio se diversificou. Com sempre surgem mercadorias estranhas e a luta por espaço se multiplica. Compreender como o país anda é tarefa árdua. A heterogeneidade é radical. O diálogo é trocado por negociatas. O que pesa são delações, com milhões anunciados na imprensa.
O interessante não é o estímulo à disputa. Inventam-se boatos. A sociedade vive de suposições. É preciso se voltar para o passado. A tradição é autoritária. Mas há quem fique sonhando com redemocratização, perdido numa memória desqualificada. Outros já juntam grana, preocupados. Observam a costura das eleições. Os partido mudam siglas, invertem idéias, adormecem em nomes. É incrível como o cinismo não se abala. As famílias se sucedem, abrindo espaço para corrupções íntimas.
O desconhecimento da história traz danos. Discute-se o aqui e o agora. As soluções apresentam milagres. Alguns argumentam sobre a necessidade da censura, esquecem as torturas e a força da milícias. A dificuldade  abrir espaços  para que  a sociedade se renove, mas ela se recompõe com práticas congeladas. Não se investe em educação, se despreza a reflexão, se cria um mundo de alegrias mascaradas. Portanto, demolir a corrupção requer coragem, pois a banalidade dos assassinatos ganhou as ruas.
Por detrás dos sorrisos, há seguranças arruinadas. Tudo passa, é verdade. As dores, contudo, não se vão. Os dominantes sabem como domesticá-las com promessas e esmolas. A rebeldia não incomoda, numa sociedade que consagra os valores de uma classe média egocêntrica. Com a solidariedade sendo rara, os dramas se seguram. As guerras internas existem, o contrabando de armas alimentam os ódios. Não subestime a quebra. Ela é grande. A casa não caiu, porém as grades garantem um sossego aparente e as histerias poluem a atmosfera. A astúcia de Ulisses.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Justiça manda retirar notícias mentirosas contra Marina Silva

REDE obtém do TSE a primeira decisão histórica contra o uso político criminoso da internet

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, em caráter liminar, a retirada de cinco postagens mentirosas que associam Marina Silva com as investigações da Operação Lava Jato. A decisão proferida pelo ministro relator Sérgio Banhos confirma o que todos os documentos da Justiça (http://bit.ly/2JnnSJu) já comprovaram: que a pré-candidata da REDE à presidência não é investigada pela Operação Lava Jato e jamais recebeu propina ou caixa 2 em suas campanhas.
O ministro Gerson destacou que “é inegável que tais postagens podem acarretar graves prejuízos” e relembrou que as fake news não são um expediente novo, mas que foram sofisticadas com a utilização das redes sociais.” A decisão do ministro ressalta os riscos para a regularidade do processo eleitoral neste momento em que as mídias sociais multiplicaram a velocidade da comunicação, fazendo com que qualquer informação sem fundamento e maliciosa seja disseminada de forma rápida, fácil, barata e em escala exponencial, podendo se tornar desastrosa e enfraquecer candidaturas.
Citando a Era da Pós-Verdade e o mundo de incertezas do filósofo polonês Zygmunt Bauman, diga-se de passagem notadamente citado por Marina em muitas ocasiões, o ministro afirma na decisão que a intervenção da Justiça Eleitoral nas eleições de 2018 deve ser firme, mas cirúrgica, em função da relevância do papel das mídias sociais, para que se possa garantir todos o direito de votar de forma consciente, a partir de concepções fundadas na verdade dos fatos.
O ministro observa que as informações não têm comprovação e se limitam a afirmar fatos desprovidos de fonte ou referência, com o único objetivo de criar comoção a respeito da pessoa da pré-candidata.
Para a REDE, essa decisão é uma vitória histórica e emblemática contra a veiculação de notícias falsas. Nesta semana, o partido foi o primeiro a assinar o Termo de Compromisso contra as fake news, em reunião no Tribunal Superior Eleitoral. A advogada da REDE, Dra Carla Rodrigues, afirma que a decisão do TSE é um leading case, um caso pioneiro no país sobre fake news nas eleições de 2018 e que essa ação é só o começo.
Clique aqui e confira a decisão na íntegra
Fonte:redesustentabilidade.org.br/2018/06/07/tse-manda-retirar-fake-news-sobre-marina-na-lava-jato/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Por que o Brasil ainda está na 'idade da pedra' na adesão aos veículos elétricos


Símbolo de um carro elétrico com tomada pintado no asfaltoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionVeículos eletrificados tiveram ano recorde de vendas no mundo em 2017

Na mesma tarde em que o Brasil tentava voltar à rotina após dez dias de uma greve de caminhoneiros motivada pelo preço do óleo diesel, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgava que 2017 foi um ano recorde na adesão aos veículos movidos a eletricidade no mundo.
No período, o número de carros elétricos vendidos chegou a um milhão - incluindo os híbridos, que contam também com um motor de combustão interna - e a frota mundial passou a somar 3 milhões. Deste volume, 40% estão na China e cerca de 25%, nos Estados Unidos. Já em números relativos, é a Noruega quem lidera com o maior percentual de eletrificados na frota total: 6,4%.
Se as paralisações no Brasil mostraram a dependência do país do transporte pelas estradas (75% das mercadorias no país têm seu escoamento feito pela malha rodoviária) e dos combustíveis fósseis (o óleo diesel e a gasolina puros compunham 73% da matriz veicular nacional em 2016, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética), os números retratam que a adesão a veículos elétricos e híbridos como alternativas energéticas mais limpas - na emissão tanto de poluentes quanto sonora - ainda é incipiente por aqui. Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVA), há no país pouco mais de 8 mil unidades do tipo, incluindo carros, ônibus e caminhões. Isso significa 0,02% da frota circulante total.
"A gente está na idade da pedra", resume Ricardo Guggisberg, presidente da ABVA. "A greve mostrou o quanto somos dependentes dos combustíveis fósseis".
Especialistas e representantes do setor apontam que o caminho da indústria automobilística em direção aos veículos movidos a eletricidade é inexorável e, ainda, que o Brasil tem condições favoráveis para surfar nesta onda. Por que, então, o país ainda dá os primeiros e tímidos passos na tendência?

Estímulos pelos governos

Tatiana Bruce, pesquisadora da FGV Energia, destaca que os países que mais avançam na eletrificação da frota contam com estímulos dos governos - que passam por redução de impostos na cadeia destes veículos e restrições aos movidos a combustíveis fósseis mas, principalmente, pela ajuda de custo para o consumidor final.
No Estado da Califórnia, nos EUA, por exemplo, consumidores podem receber um crédito de até US$ 7 mil (cerca de R$ 27 mil) ao comprar um automóvel eletrificado; na China, o valor chega à faixa dos US$ 10 mil (R$ 38 mil).
"Hoje, os preços dos eletrificados ainda são muito altos se comparados aos convencionais, em qualquer lugar do mundo, então, os subsídios de aquisição servem para reduzir essa diferença. Espera-se que, na próxima década chegue-se a uma paridade de custo. A bateria também vai ficar mais barata e os eletrificados se tornarão mais atrativos também por sua melhor eficiência e performance", diz Bruce.

Homem em meio a caminhões parados em greve no Rio de JaneiroDireito de imagemEPA
Image captionHomem em meio a caminhões parados em greve no Rio de Janeiro; paralisação expôs dependência do país nos combustíveis fósseis

Por aqui, não há notícias de planos para subsídios do tipo. O que há é uma isenção do Imposto de Importação para carros totalmente elétricos e algumas reduções para híbridos - a depender de suas características.
Existem também benefícios previstos em nível local, como a isenção do rodízio de carros na cidade de São Paulo e a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em alguns Estados.
Para o futuro próximo, há a expectativa de redução na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os eletrificados de 25% para 7% com o Rota 2030, um novo regime para o setor automotivo que deve ser estabelecido por decreto. O governo havia sinalizado que o Rota 2030 seria publicado nos primeiros meses do ano mas, segundo informou à BBC News Brasil a Casa Civil, ainda não há previsão para seu anúncio. O órgão também não confirmou se a alíquota do IPI seria reduzida para os eletrificados.

Preço e estrutura

No Brasil, os carros eletrificados importados chegam com preços variando em torno de R$ 100 mil e R$ 150 mil.
Além da redução dos preços, espera-se que nas próximas décadas a tecnologia dos eletrificados aumente a autonomia e a capacidade de armazenamento das baterias. Estes atributos são especialmente importantes no caso de veículos pesados e que são empregados em longas viagens como os caminhões.
A eletrificação da frota também vem acompanhada da expansão nos pontos de recarga ligados à rede elétrica, tanto em domicílios quanto em ambientes públicos - os chamados eletropostos. Nos EUA, por exemplo, um programa federal de financiamento levou à instalação de 36,5 mil eletropostos em 2015. No Brasil, não há números exatos sobre a quantidade de eletropostos mas, no aplicativo PlugShare, que mapeia o serviço, ele giram em torno de 130 e 150.
Apesar dos números tímidos em relação à potência mundial, a boa notícia é que o Brasil tem condições favoráveis aos eletrificados por conta da produção e distribuição de energia elétrica já existente no país.
"O Brasil tem a melhor matriz energética para veículos elétricos, com fontes limpas como as hidrelétricas e a eólica. Temos tudo para decolar", aponta Carlos Roma, diretor de vendas da BYD no Brasil, fabricante chinesa de eletrificados.

Veículo elétrico é carregadoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEletrificação da frota deve ser acompanhada pela expasão dos chamados 'eletropostos'

Na geração de eletricidade no país, as hidrelétricas foram responsáveis, em 2016, por 68% do abastecimento (em seguida, vem o gás natural, com 9%, biomassa, com 8%; e eólica, com 5,4%). Os dados são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A parcela majoritária da energia vindo de fontes renováveis coloca o Brasil em vantagem para a eletrificação também em outro ponto: as chamadas "emissões upstream" ("emissões na cadeia de cima", em tradução livre), produzidas quando a eletricidade é gerada. Apesar de os elétricos frequentemente serem vistos como veículos que não emitem poluição, pesquisadores e órgãos reguladores vêm se debruçando sobre a os impactos desta etapa anterior, mais preocupante para países fortemente dependentes, por exemplo, do carvão.
Ainda assim, diversos estudos já mostraram que, mesmo considerando as emissões upstream, os eletrificados são menos poluentes que os convencionais.

A indústria do passado e a do futuro

Para Roma, outro ponto que pode ser, simultaneamente, uma vantagem e um problema para o Brasil é sua participação na indústria automobilística mundial.
Em 2016, o país era considerado o décimo maior produtor de veículos e o oitavo em mercado interno. O setor automotivo responde por cerca de 22% do PIB industrial do Brasil e 4% no PIB total.
"O país tem know how e uma indústria instalada. Mas os governos brasileiros, nos últimos 15 anos, privilegiaram demais os convencionais e o mercado interno. A tecnologia pouco avançou aqui e a indústria ficou defasada", diz Roma.
Segundo um relatório da FGV Energia, de 2017, a situação do Brasil se assemelha à da China e da Índia: devido a uma menor condição socioeconômica de parte importante da população, há uma demanda reprimida por automóveis. Com uma eventual aquisição, busca-se o veículo mais acessível possível - posto esse que tende a ser preenchido pelos movidos à gasolina.

Modelo do caminhão elétrico e-DeliveryDireito de imagemDIVULGAÇÃO/MAN
Image captionCaminhão elétrico do modelo e-Delivery deve ser produzido em série a partir de 2020, em Resende (RJ)

O mesmo relatório, porém, indica que algumas políticas públicas mostram que a organização para um futuro de baixo carbono no setor do transportes é real: a Noruega, por exemplo, tem a meta de vender apenas carros elétricos depois de 2025; já a Alemanha e a Índia têm como objetivo banir veículos à combustão interna depois de 2030.
"O Brasil tem condições de liderar a eletromobilidade na América Latina, a começar por representar mais da metade do poder de consumo do continente. Isso exige um compromisso do governo e da indústria. Essa transição é mundial: se não acompanharmos isso, vamos sucatear as nossas próprias indústrias", diz Guggisberg.
Por aqui, porém, há passos sendo tomados. Em março, a Toyota apresentou um protótipo de um carro híbrido movido a etanol e desenvolvido no Brasil; em 2017, a MAN (fabricante de ônibus e caminhões da Volkswagen) apresentou o e-Delivery, um caminhão elétrico também desenvolvido no país. Sua produção em série, na fábrica da montadora em Resende (RJ), está prevista para 2020.
Já a BYD, que já conta com duas fábricas em Campinas (SP) que produzem painéis solares e chassis, se prepara para abrir ainda em 2018 uma fábrica de baterias de lítio em Manaus (AM).

Redução dos poluentes

Enquanto isso, a decisão recente do governo federal de reduzir o preço do diesel - por meio de cortes de gastos e redução de impostos - para atender às demandas dos grevistas foi, para o engenheiro florestal Tasso Azevedo, uma sinalização contrária à eletrificação.
"Na prática, é um incentivo ao combustível fóssil", aponta Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). "Cerca de 15% de toda a carga transportada no Brasil é o próprio combustível sendo levado para pontos de abastecimento. Já a energia elétrica está em todo lugar. A infraestrutura está aí."

Fábrica da empresa chinesa BYDDireito de imagemDIVULGAÇÃO/BYD/VALÉRIA ABRAS
Image captionEmpresa chinesa que produz veículos elétricos se prepara para abrir terceira fábrica no Brasil ainda em 2018

Azevedo destaca que o diesel, além de ser sabidamente nocivo na contribuição ao efeito estufa, também tem impacto na poluição local.
Indicador disso é a constatação, na capital paulista, da queda brusca na poluição durante uma semana da greve dos caminhoneiros. Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostram redução de 50% da poluição na cidade. No sétimo dia da paralisação, a qualidade do ar na capital era considerada boa em todas as estações de medição e para todos os poluentes monitorados - um quadro raro na metrópole.
Dados do SEEG mostram que, considerando as emissões de gases do efeito estufa relacionadas ao consumo de energia no Brasil, os transportes (considerando diversos modais) foram responsáveis por 48% delas em 2016.
"São 204 milhões de toneladas de gases do efeito estufa por ano, mais do que emite todo o Peru. É um desafio também porque as emissões nesse setor são crescentes ao longo dos anos", diz Azevedo, destacando a importância não só da eletrificação da frota mas também da expansão do transporte público.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Forró 100% Pernambuco

O ciclo de festejos juninos do Recife terá início no dia 12 de junho e termina no dia 8 de julho. Concursos de quadrilhas infantis e adultas, procissões, caminhada e, lógico, muito forró marca este período de agitos. Desta vez, toda a grade será de artistas e manifestações culturais locais. Todas as novidades foram divulgadas em coletiva de Imprensa nesta quarta-feira (6), na presença de vários nomes da cena cultural. 
Muitos artistas marcaram presença na coletiva do SJ
Muitos artistas marcaram presença na coletiva do SJ - Crédito: Andréa Rêgo Barros/Divulgação

A grande festa terá 36 arraiais espalhados pela Cidade, e mais de 739 artistas se apresentam. O Sítio da Trindade será o maior polo do São João. Por lá, passarão nomes como o homenageado da festa, Geraldinho Lins, além de Silvério Pessoa, Josildo Sá, Novinho da Paraíba, Genival Lacerda, Lia de Itamaracá, Glorinha do Coco, Adiel Luna, Petrúcio Amorim, Nádia Maia.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI
Com informações de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Sexo e violência:Prostitutas de Bruxelas fazem greve em protesto após assassinato de colega


Profissional do sexo se exibe em vitrine próxima à estação Nord, em BruxelasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionVitrines onde prostitutas se exibem e oferecem seus serviços amanheceram fechadas em Bruxelas
Ao chegar à estação Nord de Bruxelas nesta quarta-feira, os passageiros dos trens não verão pelas janelas as luzes de neon que caracterizam a "zona vermelha", a região central da capital belga onde se concentram bordéis e cabines de prostituição.
As prostitutas declararam greve e prometem manter fechadas as vitrines onde costumam expor seus corpos à espera de clientes.
Com o movimento inédito, querem protestar contra a crescente falta de segurança para exercer seu trabalho, regularizado como profissão pela legislação belga.
A decisão foi tomada depois do assassinato de uma colega na madrugada de terça-feira.
A vítima, uma imigrante nigeriana de 23 anos, foi apunhalada várias vezes em uma rua do bairro e ainda não há pistas sobre os autores do crime.
"Pedimos a todos os trabalhadores do sexo que podem permitir-se que parem de trabalhar ou expliquem a seus clientes o motivo de sua comoção", convocou o sindicato do setor (UTSOPI).

'Polícia não está nem aí'

Segundo a organização, as prostitutas de origem africana se sentem discriminadas e abandonadas pela polícia local.
'Zona vermelha' de BruxelasDireito de imagemMARCIA BIZZOTTO/BBC BRASIL
Image captionProfissionais do sexo querem mais segurança
"Quando acontece alguma coisa, nós ligamos e a polícia aparece uma hora depois, quando já é tarde demais. A polícia não está nem aí porque somos negras", acusou uma delas, que pediu para não ser identificada, em entrevista à televisão pública RTBF.
A emissora denunciou, no início do ano, os abusos que sofrem as trabalhadoras do sexo originárias da Nigéria, muitas delas obrigadas a prostituir-se para reembolsar dívidas contraídas para chegar à Europa.
"Elas têm que trabalhar sem parar porque têm dividas de até 20 mil euros para pagar. Se não, colocam em risco suas vidas e a de suas famílias", afirma Sarah De Hovre, diretora do centro Pag-Asa, que ajuda vítimas de tráfico humano.
Nos últimos meses, a polícia belga multiplicou as batidas de fiscalização e desmantelou várias redes de tráfico e de proxenetismo na capital, principalmente na "zona vermelha".
Se a prostituição como atividade privada é legal na Bélgica, beneficiar-se da prostituição alheia é um crime.
UTSOPI se reunirá nos próximos dias com as autoridades belgas para discutir como melhorar a segurança dos trabalhadores do sexo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil:PF pede quebra do sigilo telefônico de Temer, Padilha e Moreira Franco


A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para quebrar o sigilo telefônico do presidente Michel Temer, do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha e do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. A intenção dos investigadores da Lava-Jato é descobrir se eles receberam ou negociaram a distribuição de propina da Odebrecht.

A solicitação para ter acesso as ligações do trio relativas ao ano de 2014 foi encaminhada ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo. Temer já teve o sigilo fiscal e bancário quebrado na investigação que apura se a edição de um decreto que alterou regras do setor de portos ocorreu para beneficiar empresas, em troca de propina. Mas se autorizado por Fachin, essa será a primeira vez que o sigilo telefônico de Temer será quebrado.

O caso corre em sigilo no STF, por conta das autoridades envolvidas. A PF quer saber quem eram os destinatários do dinheiro que teria sido entregue no escritório do advogado José Yunes, amigo de Temer.
Fonte: Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE