segunda-feira, 26 de março de 2018

Lula rejeitado no TRF-4


Lula em caravana pela região SulDireito de imagemREUTERS
Image captionSTF voltará a analisar habeas corpus de Lula em 4 de abril
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) rejeitou por unanimidade os recursos apresentados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá (SP).
A decisão veio dentro do esperado e pode levar o petista à prisão, a não ser que ele consiga uma decisão favorável no dia 4 de abril, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma a análise do seu pedido de habeas corpus. Na última quarta-feira, a Corte decidiu dar um salvo-conduto a Lula para que ele não seja preso até a conclusão desse julgamento.
Há muita incerteza sobre se o habeas corpus será concedido e a expectativa é que o voto da ministra Rosa Weber será decisivo - ela é contra a prisão após condenação em segunda instância, quando ainda cabem recursos às cortes superiores, mas tem negado pedido de habeas corpus em respeito à maioria do STF, que em 2016 autorizou o cumprimento antecipado da pena.
Se o habeas corpus for concedido, Lula continuará em liberdade. Se for negado, o juiz federal Sergio Moro, que condenou o petista na primeira instância - decisão confirmada pelo TRF-4 em 24 de janeiro -, pode assinar imediatamente um mandado de prisão.
Na prática, o esgotamento do último recurso no TRF-4 significa que Lula não mais poderá ser inocentado no caso do tríplex, porque os tribunais superiores não analisarão mais as provas em favor ou contra o petista - acusado de receber o apartamento como propina da empreiteira OAS.
Tanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto no Supremo Tribunal Federal (STF) caberão recursos da defesa sobre se foi correta a aplicação da lei penal e sobre se as provas foram coletadas licitamente pela investigação, mas não devem se repetir nos tribunais discussões sobre se Lula é ou não efetivamente dono do tríplex. Lula ainda poderá se livrar da acusação se os ministros concluírem que houve desvio no processo que ele enfrentou.
Por enquanto, apesar da condenação, Lula continua como pré-candidato do PT à Presidência. Do ponto de vista eleitoral, a rejeição dos recursos finais (embargos de declaração) pelo TRF-4 reforça seu enquadramento na Lei da Ficha Limpa, que impede condenados em segunda instância de concorrer, explica a advogada Marilda Silveira, vice-presidente do Instituto Brasiliense de Direito Eleitoral.
Desembargadores do TRF-4Direito de imagemAFP
Image captionOs desembargadores do TRF-4 rejeitaram recursos da defesa de Lula
Os embargos de declaração são recursos apresentado para tentar resolver possíveis omissões, contradições, pontos obscuros e até erros de digitação em uma decisão judicial. Em tese, a defesa de Lula ainda pode recorrer novamente, mas os desembargadores do TRF-4 não têm permitido os chamados "embargos dos embargos", por considerá-los "protelatórios", isto é, algo que só tem por objetivo atrasar o processo, e não esclarecer dúvidas legítimas.
"Mesmo com os embargos de declaração pendentes (de serem julgados), a Lei da Ficha Limpa já poderia ser aplicada a Lula. O que mudou agora é que a última esperança dele de modificar a sentença na segunda instância foi por água abaixo", explica Silveira.
No entanto, ressalta ela, a rejeição da candidatura com base nessa regra depende de uma decisão formal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que só pode ser tomada depois que a candidatura vier a ser registrada, o que pode ser feito mesmo que o petista seja preso. O prazo final é dia 15 de agosto.
Para evitar que o TSE rejeite seu registro, Lula agora depende de uma decisão liminar (provisória) de cortes superiores - STJ ou STF - suspendendo a aplicação da inelegibilidade. Essa liminar pode ser obtida se os ministros entenderem que o processo que condenou o petista tem ilegalidades - embora a defesa do ex-presidente e seus apoiadores acreditem nisso, Silveira diz que é raro que se consiga esse tipo de decisão.
habeas corpus que está em análise no STF não entra na questão da inelegibilidade, o que significa que a defesa de Lula ainda terá que apresentar um pedido para evitar a aplicação da Lei da Ficha Limpa.
Sergio MoroDireito de imagemMARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionNos embargos, defesa de Lula apontava supostas omissões e pontos obscuros na sentença de Moro
Além disso, encerrados os recursos no TRF-4, Lula poderá tentar anular sua condeação no STF ou no STJ, mas esses julgamentos tendem a demorar, sendo improvável que sejam concluídos antes da eleição em outubro.
As cortes superiores não analisam as acusações concretas e provas, mas se a lei e a Constituição foram aplicadas corretamente ao longo do processo. Caso STJ ou STF entendam que houve ilegalidade no julgamento de Lula, ele pode ser absolvido.

O que foi rejeitado nos embargos?

Nos embargos rejeitados pelo TRF-4 hoje, os advogados Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio apontaram 38 omissões, 16 contradições e cinco obscuridades na decisão de 24 de janeiro, que condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão.
No documento, os defensores apontaram supostos erros na argumentação dos desembargadores. Citaram, por exemplo, depoimentos de delatores que contradiriam pontos da sentença. Sustentaram também que Sergio Moro não tinha a isenção necessária para julgar o petista, mencionando, entre outros pontos, a página no Facebook "Eu Moro Com Ele", criada pela mulher do juiz paranaense. Além disso, questionaram decisões tomadas ao longo do processo que teriam prejudicado o direito de defesa do ex-presidente.
Apenas um dos pedidos foi aceito pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus, os mesmos que condenaram Lula em janeiro. Era o que requeria a correção de um erro material em relação à denominação dada à construtora OAS, chamada algumas vezes no voto de OAS Empreendimentos. A modificação, entretanto, não altera a decisão proferida pelo tribunal no dia 24 de janeiro deste ano.
O petista nega que tenha recebido o apartamento tríplex da construtora OAS e ressalta que o imóvel nunca constou no seu nome. O Ministério Público Federal diz que o apartamento foi bancado com dinheiro desviado da Petrobras e estava reservado para Lula, enquanto a defesa diz que não há provas materiais disso e que depoimentos de outros réus usados na acusação não são suficientes para condenar o ex-presidente.

'Esticar a corda'

Apesar do cenário adverso, petistas têm mantido a defesa da candidatura de Lula. "A questão do PT está definida, vamos registrar o Lula no dia 15 de agosto em qualquer hipótese", disse o ex-presidente do partido Rui Falcão neste sábado à Agência Estado. "Se ele vai poder ser candidato ou não, isso é outro momento e quem vai decidir isso é o TSE", completou.
Não está claro, porém, qual a viabilidade política desse plano se Lula vier a ser preso. Para a cientista política Marcia Dias, professora da Unirio, os efeitos políticos de uma eventual detenção de Lula dependerá da comoção que isso gerará na população. "Dependendo da carga de emoção, uma prisão pode até contribuir para sua candidatura", acredita.
Lula em caravana pela região SulDireito de imagemRICARDO STUCKERT
Image captionApesar do cenário adverso, petistas têm mantido a defesa da candidatura de Lula
Já o cientista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências, considera que, se Lula conseguir o habeas corpus, o PT terá mais condições de "esticar a corda ao máximo" e manter sua candidatura até o limite de uma proibição do TSE, pela Lei da Ficha Limpa.
Na sua avaliação, até mesmo se Lula for preso por um período breve o plano ainda teria viabilidade. Isso pode ocorrer se o petista perder o habeas corpus no STF, mas na sequência a corte decidir rever a permissão para prisão após condenação em segunda instância. Há duas ações prontas para serem julgadas que podem levar a esse resultado - a presidente do Supremo, Carmén Lúcia, tem resistido a pautá-las para julgamento, mas a pressão para que isso seja feito tem aumentado dentro do tribunal.
"Não acho que uma prisão por período curto vá abalar a imagem de Lula no seu eleitorado. Mas se a prisão se prolongar para o período de definição das candidaturas, de meados de julho a início de agosto, seria o pior dos mundos para o partido, que não parece estar pronto para caminhar sem uma atuação mais ativa sem Lula nessas negociações", afirma Cortez.
"O PT criou uma dependência muito grande de Lula, até para mobilizar sua base de esquerda", observa.
Se o PT se vir forçado a abandonar a candidatura do seu principal líder, Cortez acredita que um eventual apoio ao pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, aumentaria as chances de o campo de esquerda chegar ao segundo turno.
No entanto, para o analista da Tendências, parece mais provável que o partido substitua o ex-presidente por outro petista, tentando transferir os votos de Lula. Os nomes que vêm sendo mais cotados são do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e do ex-governador da Bahia Jaques Wagner.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 25 de março de 2018

Resultado de Náutico X Salgueiro: o Timbu vai enfrentar a Patativa na final


O jogo
Náutico e Salgueiro fizeram um primeiro tempo bastante movimentado desde o início. Após os 15 primeiros minutos de muito estudo por ambas as equipes, com um jogo mais truncado, sem finalizações, a partida começou a ganhar em emoção aos 16 minutos. O volante Peu cortou errado e a bola sobrou na medida Rafael Assis finalizar de primeira, cruzado, na parte interior da trave assustando Mondragon.

O Timbu era superior e parecia mais próximo de abrir o placar. Até os 23, quando Camacho se enganchou com Maurício na zaga e o árbitro assinalou o pênalti, convertido com perfeição por Dadá. Com o Salgueiro à frente, o Náutico perdeu um pouco a compostura, a organização no jogo. Encontrou o empate em um lance fortuito. Aos 40, Gabriel Araújo lançou Ortigoza, Mondragon para cortar, mas antes Luís Eduardo cabeceou errado e a bola morreu dentro do próprio gol. 

No lance seguinte, o Alvirrubro chegou a marcar mais um, com Ortigoza, mas o assistente pegou bem o impedimento. Aos 45 minutos, foi a vez do Carcará acertar a trave, com Maurício. No rebote, Neverton bateu e Negretti salvou. O etapa inicial foi encerrada em ritmo acelerado.
Segundo tempo
Na volta do intervalo, as duas equipes repetiram o passo a passo do início do jogo. Dez minutos de marasmo, até o jogo voltar a ter uma intensidade maior. Aos 12, Fabiano cobrou falta no travessão e na volta a bola bateu na cabeça do goleiro Bruno e saiu para fora. Sorte alvirrubra. A resposta veio aos 15, com Ortigoza batendo para defesa de Mondragon. No rebote, com o goleiro no chão, Robinho isolou e perdeu boa chance.

Aos 18 minutos, o Salgueiro não teve a mesma sorte. Após cruzamento, Wallace Pernambucano testou, a bola desviou em Néverton e Ortigoza empurrou de cabeça para as redes: era a virada do Náutico. O gol deu ainda mais gás ao Timbu, que partiu em busca de ampliar o placar. Aos 25 e 29, Mondragon salvou e finalizações de Gabriel Araújo e Rafael Assis. Aos 38, foi a vez de Fernandinho acertou o travessão em jogada individual. Aos 45, cobrança de escanteio fechadinha para Camacho testa para as redes. No lance seguinte, Maurício diminuiu para o Salgueiro, mas não havia mais tempo para evitar a classificação timbu à final da competição.

Ficha do jogo

Náutico 3
Bruno; Thiago Ennes, Camutanga, Camacho e Kevyn (Gabriel Araújo); Negretti, Wallace Pernambucano e Júnior Timbó (Jobson); Rafael Assis, Robinho (Fernandinho) e Ortigoza. Técnico: Roberto Fernandes.

Salgueiro 2
Mondragon; Maurício, Escuro, Luís Eduardo e Juninho (Alexon); Peu, Jaildo, Dadá Belmonte e Fabiano Menezes (André); João Paulo (Neverton) e Willian. Técnico: Sérgio China.

Local: Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Árbitro: Tiago Nascimento dos Santos (PE). Assistentes: Clovis Amaral (PE) e Cleberson Nascimento Leite (PE). Gols: Dadá (23’ do 1ºT) e Maurício (47' do 2ºT) (S); Luiz Eduardo (gol contra, 40’ do 1ºT), Ortigoza (18’ do 2ºT) e Camacho (45' do 2ºT) (N). Cartões amarelos: Camutanga (N); Dadá e André (S). Público: 20.446. Renda: R$ 259.975,00.
 
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Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tradicional Procissão do Encontro em Bom Jardim,nesta tarde de Domingo de Ramos!



Foto: Herbert Henriques
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Gastos do Brasil com diabetes podem dobrar na próxima década, diz estudo britânico

Autoexame de glicemiaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionExame de diabetes; prevalência da doença na população pode chegar a 14% em 2030
O avanço da diabetes no Brasil pode fazer com que os custos diretos e indiretos da doença dobrem até 2030, aponta pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela universidade britânica King's College, em parceria com a Universidade de Gottingen (Alemanha).
O estudo, que levantou dados de 180 países, levou em conta tanto despesas com o tratamento médico da diabetes quanto os impactos na atividade econômica – como a perda de produtividade de trabalhadores e as mortes prematuras decorrentes da doença e de males associados, como problemas cardíacos.
Segundo o levantamento, os gastos do Brasil com a diabetes foram de US$ 57,7 bilhões (R$ 190 bilhões, em valores atuais) em 2015.
Até 2030, essas despesas podem subir para US$ 97 bilhões, segundo estimativas mais conservadoras, ou US$ 123 bilhões (R$ 406 bilhões), no pior dos cenários avaliados pelo estudo europeu.
É um dos custos mais altos do mundo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), diz à BBC Brasil Justine Davies, coautora do estudo e professora do Centro de Saúde Global do King's College.
"A doença tem sido vista como a próxima epidemia global, tem aumentado na maioria dos países e ninguém tem conseguido enfrentá-la", acrescenta.
Isso é grave porque a diabetes é uma importante causadora de cegueira, falência renal, problemas cardíacos, derrames e amputações, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Homem com sobrepesoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPor trás da epidemia está o aumento de peso da população

O que fazer?

Davies diz que não estudou especificamente o caso brasileiro, mas aponta que o avanço da diabetes provavelmente está ligado ao sobrepeso da população – segundo dados de 2016 do Ministério da Saúde, 20 em cada 100 brasileiros sofrem de obesidade.
E isso está intimamente ligado ao consumo excessivo de comida pouco saudável, como fast-food e alimentos ultraprocessados – bolachas, refrigerantes, salgadinhos e similares –, a despeito da crescente conscientização acerca do que é uma alimentação saudável.
"É difícil mudar isso", admite Davies. "As pessoas têm mais conhecimento atualmente. Mas se você coloca um pacote de batatinhas na minha frente, provavelmente vou comê-las. Existe uma tensão entre o que sabemos que nos faz bem ou mal e o que o ambiente nos oferece. E o ambiente tem favorecido as comidas rápidas e os deslocamentos em carros (que estimulam o sedentarismo)."
Outro problema é a associação entre o aumento no padrão de vida da população e o maior consumo de itens processados, em detrimento de comidas in natura. "À medida que as pessoas ganham mais dinheiro, elas querem comer mais, como um sinal de prosperidade."
Injeção de insulinaDireito de imagemFIOCRUZ
Image captionAlém de custos médicos, diabetes traz despesas indiretas, como perda de produtividade e absenteísmo
Para resolver isso em uma escala nacional e global, Davies acha necessário haver um "compromisso político".
"É preciso haver impostos mais severos sobre comidas não saudáveis e restrições à sua publicidade, sobretudo as que forem voltadas às crianças, que são mais suscetíveis", defende.
A pesquisadora cita exemplos bem-sucedidos do México, que elevou a taxação sobre bebidas açucaradas (medida que reduziu o consumo de refrigerantes e similares em 5,5% e 9,7% em 2015 e 2016, primeiros anos em que vigorou), e de Londres. A capital britânica tem estimulado a população a caminhar e andar de bicicleta com a difusão de rotas ciclísticas e a taxação de carros que circulam em áreas centrais da cidade.

Impacto global e na América Latina

A ameaça da diabetes ao Brasil é excepcionalmente grave, mas não é única no mundo: segundo Davies, nenhum dos países estudados tem conseguido resultados particularmente positivos no combate à doença.
"Nos EUA, provavelmente o país mais obeso do mundo, as taxas (de diabetes) estão se estabilizando – um dos poucos países onde isso aconteceu", diz a pesquisadora. No entanto, o país enfrenta a perspectiva de gastar até US$ 680 bilhões em decorrência da doença em 2030.
Na China, a projeção é de que os gastos relacionados à diabetes praticamente tripliquem na próxima década, passando de US$ 222 bilhões a US$ 631 bilhões.
No mundo inteiro, a perspectiva é de que gaste-se US$ 2,5 trilhões direta e indiretamente com a diabetes, o dobro dos custos atuais. E a América Latina deve ficar com o maior fardo, se analisada a proporção em relação ao tamanho de seu PIB.
Exame de vista, em foto de arquivoDireito de imagemLUIZ COSTA/PREFEITURA DE CURITIBA
Image captionExame de vista, em foto de arquivo; diabetes pode causar de cegueira a problemas cardíacos e renais
Um dos fatores por trás disso, segundo Davies, é a estrutura populacional latino-americana: cresceu a prevalência de diabetes em uma população ainda relativamente jovem, em idade produtiva.
"A diabetes afeta a capacidade de trabalho das pessoas. O impacto econômico da pessoa que tem um ataque cardíaco (como consequência da diabetes) cedo é muito grande."
No Brasil, estimativas apontam que entre 7% e 10% da população pode ser diabética – boa parte dela sem nem sequer ter sido diagnosticada. Segundo o estudo de Davies, essa porcentagem pode chegar a 14% em 2030, no pior dos cenários.
Dados da OMS apontam que a prevalência global de diabetes entre adultos acima de 18 anos dobrou entre 1980 e 2014 no mundo – alcançando 422 milhões de pessoas. O maior crescimento tem sido registrado em países de renda baixa e média.
Em 2015, os dados mais recentes disponíveis, 1,6 milhões de mortes foram diretamente causadas pela diabetes no globo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 24 de março de 2018

Saúde: 12 hábitos para emagrecer e não engordar nunca mais


Não foi do dia para a noite que você aprendeu a gostar de fritura, salgadinho, doce de leite. Então, se está disposta a comer melhor e mudar de vida, não espere milagre instantâneo. O pulo-do-gato é fazer uma mudança por vez. Só depois que a primeira modificação vira hábito, você parte para o próximo desafio.
“Para fazer essa virada, é preciso acreditar que a nova atitude vai trazer um benefício e que não exigirá um grande esforço para entrar na nossa vida. Com isso em mente, fica mais fácil fazer as alterações na alimentação“, diz a nutricionista Kristine Clark, professora da Universidade da Pensilvânia (EUA), que aposta no método.
Para ajudar você nessa empreitada, a nutricionista Rosana de Oliveira, de Natal, preparou um programa de três meses. Na primeira semana, você começa a beber mais água até chegar a 2 litros por dia. Fácil demais? A regra que comanda esse jogo é: devagar e sempre. Na segunda semana, você investe em mais um novo hábito e treina durante sete dias, sem, é claro, abandonar a conquista da semana anterior. E assim vai.

 1ª semana: água antes de comer

Você já sabe que o corpo precisa de oito a dez copos todo dia. O truque é quando tomar. Anote: dois copos de água uma hora antes do café da manhã, do almoço e do jantar. Antes de cada lanche, mais um copo. “Nosso corpo nem sempre identifica bem a sede”, diz Kristine Clark. “Por causa disso, às vezes confundimos a falta de hidratação com fome e exageramos na comida.”
Tática: você pode deixar lembretes do tipo “não se esqueça da água” na agenda ou no alarme do celular. Manter uma garrafinha cheia na mesa de trabalho ou na bolsa dá certo.

2ª semana: café da manhã todos os dias

Pesquisas comprovam que quem toma um café da manhã nutritivo corre menos risco de comer muito nas outras refeições. Além disso, você garante mais pique e concentração. Uma fruta, uma xícara de café com leite desnatado e uma fatia de pão integral com presunto magro ou peito de peru é uma ótima pedida para começar bem o dia.
Tática: se não tem apetite quando acorda, comece com a fruta e, aos poucos, acrescente outros alimentos. Quem vive correndo pode optar por produtos prontos e saudáveis, como iogurte desnatado, suco natural, torrada integral e barrinha de cereais.

3ª semana: mais refeições

“Quem divide o que come em cinco refeições por dia acelera o metabolismo entre 5 e 15%”, diz a nutricionista Heloísa Guarita, especialista em fisiologia do exercício. Imagina se você ainda maneirar nas porções: é emagrecimento na certa porque você evita os picos de fome.
Tática: o ideal é comer a cada três ou quatro horas. Se você toma o café da manhã às 7h, faça um lanche às 10h, almoce às 13h, lanche às 16h e jante às 20h.

4ª semana: refrigerante uma vez por semana

Aproveite que você já adquiriu o hábito de beber mais água e reduza o refrigerante, que não acrescenta nada de bom ao organismo. Light ou normal, tanto faz: consumidos com a comida, diluem o suco gástrico e prejudicam a digestão.
Tática: nas refeições, tome no máximo meio copo de água. No barzinho ou no restaurante, vá de sucos pouco calóricos, como maracujá e limão com adoçante.

5ª semana: mais fruta, menos fome

As frutas frescas são cheias de vitaminas, minerais e fibras. Ou seja, alimentam e enganam a fome. Coma de três a quatro porções por dia, variando os tipos e inclua sempre uma cítrica (laranja, mexerica, limão) para melhorar a absorção do ferro presente nos outros alimentos.
Tática: substitua o doce da sobremesa por uma fruta e economize um montão de calorias. Se detesta fruta, comece com as desidratadas, que são bem docinhas.

6ª semana: a vez dos integrais

Seu organismo gasta mais calorias para digerir os produtos integrais do que os refinados. Quer mais? As fibras presentes especialmente nos grãos e nas farinhas integrais melhoram o funcionamento do intestino, varrem as toxinas do corpo e aumentam a sensação de saciedade, já que tornam a digestão mais lenta.
Tática: troque o pão branco pelo integral, de centeio ou de aveia, de preferência, light. Depois, faça o mesmo com o arroz e o macarrão. Acrescente grãos (soja, cevadinha, grão-de-bico) nas saladas; aveia nas sopas; granola no iogurte; gérmen de trigo nos sucos ou nas frutas picadas.

7ª semana: chocolate pela metade

Esse é o tipo de alimento que na medida certa faz bem: a todo momento surgem estudos comprovando que o polifenol, substância presente no chocolate, protege o coração, reduz o colesterol ruim, combate o envelhecimento precoce. Em excesso, a gente já sabe…
Tática: em vez de comer uma barra inteira, coma metade mais uma maçã ou uma fatia de mamão. A fruta vai ajudá-la a chegar a poucos quadradinhos por dia. Barrinhas de cereais e frutas secas cobertas com chocolate também matam o desejo e têm inúmeras calorias a menos.

8ª semana: lanches mais saudáveis

A mania de comer biscoito, bala e docinhos o tempo inteiro é um perigo para a dieta. Veja só: 1 bombom + 50 g de ovinhos de amendoim + 3 balas + 3 biscoitos recheados = 553 calorias, mais de 1/3 do que deveria consumir num dia inteiro.
Tática: se você ama doce, na hora do lanche procure trocar o biscoito recheado por ameixa, banana ou damasco seco. Se não vive sem salgado, vá de sanduíche de pão integral com peito de peru assado. Outras opções gostosas: iogurte light com frutas; um punhado de amêndoas cruas sem sal; 1 água de coco com 2 torradas integrais; um capuccino com leite desnatado.

9ª semana: mastigue, mastigue e mastigue

Quanto mais você mastigar os alimentos, melhor para a digestão e para espantar os quilos extras. A saciedade tem a ver com o tempo que levamos para comer. A partir de 20 minutos de mastigação, o cérebro começa a receber mensagens de que o corpo já está satisfeito. Se terminar a refeição antes desse tempo, vai querer repetir o prato.
Tática: a cada garfada, descanse os talheres ao lado do prato enquanto mastiga. Você também pode contar o quanto mastiga cada garfada: 20 vezes é um bom número.

10ª semana: 50% menos gordura

Você não vive sem batata frita? Não precisa eliminá-la da sua vida, mas também não leve-a ao prato todo dia. Reserve as frituras para os fins de semana e corte a quantidade pela metade.
Tática: em casa, mude a forma de preparo. No lugar de mergulhar os alimentos na frigideira, leve-os ao forno. A dica serve para o bife e os filés de peixe e de frango.

11ª semana: verde antes de tudo

Você pode comer folhas à vontade: são levíssimas e têm um montão de vitaminas e fibras. Um prato só delas antes do almoço vai ocupar seu estômago e diminuir as chances de atacar alimentos que engordam. Para temperar, use uma colher de chá de azeite com limão e pouco sal; mostarda; shoyu light, vinagre ou molho de iogurte.
Tática: rúcula, agrião, escarola, acelga e alface podem ser consumidos refogados, picadinhos nas sopas, na carne moída, no frango de panela, no recheio das tortas, massas e panquecas e até nos sucos – só evite coá-los para manter as fibras intactas.

12ª semana: jantar até as 20h

Quando dormimos, o metabolismo desacelera e a gente consome menos energia. Quanto mais próximo da hora de dormir você jantar, maior o risco de armazenar gorduras. O ideal é comer pelo menos duas horas antes de ir para a cama: se isso acontece por volta das 22 h, jantar às 20h é uma boa pedida.
Tática: quando for impossível comer mais cedo, faça um prato mais leve, com salada, vegetais cozidos e carnes brancas magras, de preferência grelhadas ou tome uma sopa de legumes – mas nunca deixe de jantar.
Fonte:Boa Forma
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 23 de março de 2018

Gretchen participará de shows de Katy Perry no Brasil

Katy Perry chegará ao Brasil no próximo mês,  trazendo a turnê Witness para Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. A surpresa dos shows ficará por conta da participação da rainha do rebolado, Gretchen. A ideia inicial é de que Gretchen participe de duas apresentações dançando ao lado da cantora pop. A parceria das duas começou quando a brasileira foi convidada para participar do vídeoda música Swish Swish, carro-chefe do álbum de Katy, que dá nome à turnê. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 22 de março de 2018

Pernambuco faz Plano Estadual de Cultura. Votação do texto final acontecerá na Plenária Final da IV Conferência Estadual de Cultura, dias 23, 24 e 25 de março, no Recife.



A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe, em parceria com os Conselhos de Políticas Culturais, de Preservação do Patrimônio Cultural e do Audiovisual, finalizaram o ciclo de pré-conferências setoriais e regionais de Cultura, cujo principal objetivo foi debater e colher contribuições para o texto final da Minuta do Plano Estadual de Cultura de Pernambuco (PEC-PE).
Foram 26 encontros da gestão estadual de cultura com a sociedade civil e gestores públicos municipais, em todas as microrregiões do estado e com todos os segmentos da cultura (ver quadro). Ao todo, as pré-conferências reuniram 1942 participantes e elegeram 160 delegados titulares da sociedade civil e 33 titulares do poder público. O próximo passo será a realização da Plenária Final da IV Conferência Estadual de Cultura, que acontece nos dias 23, 24 e 25 de março, no Recife, no Centro de Formação e Lazer do Sindsprev (BR 101 Norte – Km 57 – Guabiraba).
Os delegados eleitos aprovarão uma proposta de Plano, que seguirá para aprovação do Conselho Estadual de Política Cultural e posterior desdobramento em legislação, Lei e Decretos que normatizarão o planejamento da política pública de Cultura do Estado.
O Plano Estadual fortalece o Sistema Estadual de Cultura de Pernambuco, ao se somar aos seus outros dois pilares: o Sistema de Inventivo à Cultura, que tem no Funcultura o principal mecanismo de fomento da produção independente no estado. Os recursos do Funcultura saltaram de R$ 30 para 36 milhões, com a sanção da Lei 16.113, de 5 de julho de 2017, que também criou novas modalidades de financiamento da cultural: o Mecenato Cultural de Pernambuco (MCP) e o Crédito Pernambucano de Incentivo à Cultura (CREDCULTURA), ambos em fase de regulamentação. O segundo pilar do Sistema Estadual de Cultura são os mecanismos de participação popular na elaboração da política cultural, por meio dos Conselhos, que em Pernambuco são logo três, desde o final de 2015: o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural, o Conselho de Política Cultural e o Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco. Todos atuando na formulação das políticas públicas de cultura do estado e em seus segmentos.

Jan Ribeiro
Pre-Conferência Setorial Teatro e Ópera ofereceu importante contribuição para a minuta do Plano Estadual de Cultura
A minuta de proposta de Plano, em discussão na IV Conferência, foi elaborada pela Secretaria de Cultura e Fundarpe, a partir de demandas anteriores, desde as propostas retiradas das três conferências estaduais de cultura, dos seminários do Todos por Pernambuco, das comissões e fóruns setoriais.
“Essa IV Conferência é muito importante e tem várias singularidades, principalmente por este momento do país, que tem afetado a democracia. Quando nós, do Estado, pensamos a Conferência, esse processo tinha sido interrompido no país (por parte do Ministério da Cultura, que não convocou nova Conferência Nacional de Cultura). Levamos esse debate para os conselhos estaduais de cultura de Pernambuco e a conclusão foi de realizar a conferência. Nas democracias consolidadas, a realização de conferências é prática comum de diálogo amplo com a sociedade civil, todas as vezes em que temas estratégicos precisam ser discutidos e pactuados para o desenvolvimento de uma política pública”, pontuou a secretária-executiva de Cultura Silvana Meireles, em sua fala na última pré-conferência, que reuniu dezena de fazedores de cultura do Sertão do Moxotó, no município de Arcoverde.
Para Silvana, uma das grandes vilãs da política pública para a cultura é a descontinuidade, daí a importância  do Plano Estadual de Cultura, que deve virar lei e nortear as políticas para os próximos 10 anos.
PRÉ-CONFERÊNCIAS – O processo de realização das pré-conferências começou em novembro de 2017 e seguiu até março deste ano. Foram treze setoriais: Artesanato, Audiovisual, Literatura, Teatro e Ópera, Circo, Design e Moda, Gastronomia, Cultura Popular, Música, Patrimônio Cultural, Fotografia, Artes Visuais e Dança. E treze regionais: Agreste Setentrional, Sertão de Itaparica, Sertão do Pajeú, Sertão do São Francisco, RMR Norte, RMR Centro, Zona da Mata Norte, Sertão Central, Sertão do Araripe, Agreste Central, Agreste Meridional, Zona da Mata Sul e Sertão do Moxotó.
Jan Ribeiro
Jan Ribeiro
Em Arcoverde, a Pré-Conferência do Sertão do Moxotó encerrou a primeira etapa de realização da IV Conferência Estadual
O Plano está dividido em oito eixos: Patrimônio Cultural e Memória; Gestão, Infraestrutura e Participação Social; Desenvolvimento Simbólico da Cultura, Economia da Cultura, Pesquisa e Formação Artístico Cultural, Cultura e Educação, Cultura e Comunicação e Territórios, Territorialidades e Políticas Afirmativas. Dentro desses oito eixos, foram formulados 24 objetivos estratégicos com 96 ações estratégicas. Após discussões em grupos de trabalho durante as pré-conferências, as propostas/ações estratégicas tiveram uma média de 78% de aprovação, e cerca de 21% das propostas foram editadas.
Na última das pré-conferências, que aconteceu no município de Arcoverde, a função do evento, de contribuir para a estruturação da política pública do Estado (e consequentemente de seus municípios) ficou mais que demonstrada. Arcoverde é um exemplo do quanto os municípios estão cientes do papel de cada esfera pública na estruturação do Sistema Nacional de Cultura. “Em abril de 2017 a Prefeitura de Arcoverde criou a Secretaria de Comunicação e Cultura de Arcoverde. Agora já temos o projeto de criação do nosso Conselho de Cultura e a minuta da lei do Fundo de Incentivo à Cultura, que em breve será encaminhado para a Câmara dos Vereadores. No segundo semestre deste ano vamos vencer mais uma etapa para fortalecimento da cultura e queremos fazer parte desse processo de construção no nível estadual de uma política pública para o estado, que contemple também a realidade da nossa região”, colocou a secretária da pasta, Tereza Padilha.
IV CONFERÊNCIA – A IV Conferência Estadual de Cultura acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de março com um objetivo central: aprovar o primeiro Plano Estadual de Cultura de Pernambuco. Os delegados e as delegadas eleitas nas pré-conferências chegarão à Plenária Final com o objetivo de ajustar a minuta final do Plano Estadual de Cultura de Pernambuco e aprová-la, por meio de votação. “O resultado exitoso dos debates acontecidos até aqui são resultado do empenho e do compromisso de muitos artistas, agentes culturais e produtores,do Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco, do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, além de todo corpo da Secretaria de Cultura e da Fundarpe. Juntos estamos construindo os caminhos para a garantia dos instrumentos de participação social e dando passos largos rumo ao primeiro Plano Estadual de Cultura de Pernambuco”, comemora o secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja

SERVIÇO:
IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA
Data: 23, 24 e 25 de março
Local: Centro de Cultura e Lazer do Sindsprev PE (BR 101 Norte – Km 57 – Guabiraba Fone: 3437-5019)
Com informações de cultura.pe.gov.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE