quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Pau D’arco – Benefícios e propriedades.

Também conhecido como Ipê Amarelo, o Pau D’arco é uma planta com utilidades, benefícios e propriedades na medicina alternativa. De nome científico Tabebuia serratifolia, as aplicações dessa árvore como planta medicinal são diversas. Trata-se de uma planta muito utilizada pela Naturopatia em Portugal, está disseminada por todos os países latinos da América do Sul e Central, nos quais é denominada lapacho. A casca interna de pau d’Arco produz um chá um agradável de aroma e cor avermelhada. Devido às vantagens dos dois fitoquímicos lapachol e beta-lapachona encontrados neste casca, o chá ou tintura é benéfico para uma várias doenças.

A utilização nas leucemias e outros cancros remonta a tratamentos realizados por médicos e naturopatas brasileiros na década de 60, no seguimento da sua ampla utilização por várias tribos de índios da Amazônia brasileira e peruana. A planta pau d’arco possui ação antibiótica e por isso é eficaz no tratamento e prevenção de gripes, amigdalites, infecções urinárias e bronquites. É muito utilizada em pacientes que estão fazendo quimioterapia, pois ajuda a reduzir os efeitos secundários dessa técnica, além de também cumprir papel de estimulante do sistema imunológico.
Seus benefícios são possíveis devido às propriedades que incluem ação como antitumoral, anti-inflamatório, imunoestimulante, diurético, antiviral, antioxidante e antibiótico. Entre seus princípios ativos encontramos derivados naftoquinónicos – como lapachol, que possui propriedades antitumorais e estimulante na morte das células cancerígenas, anti-inflamatórias, imunoestimulantes, diuréticas e antivirais –, além da quinona, responsável por estimular o fígado na produção de protrombina, auxiliando na coagulação sanguínea. Além disso, possui ainda flavonoides, que possui ação antioxidante, anti-inflamatória e antialérgica.
Tem uma ação antibiótica, sendo por isso aconselhado como coadjuvante no tratamento e prevenção de gripes, amigdalites, infecções urinárias e bronquites. Pela sua ação regeneradora dos tecidos e hemostática é muito utilizado na cicatrização de feridas externas ou internas (úlceras de estômago ou duodeno). Também é em candidíase, infecção na próstata, miomas no útero e quistos nos ovários.
Entre seus benefícios ainda estão infecção por HIV, amigdalite, infecção urinária, mioma, cisto nos ovários, bronquite, candidíase, infecção na próstata, além de agir como um cicatrizante para feridas internas e externas. Curandeiros tradicionais do Caribe usavam as folhas e a casca para tratar feridas, dor nas costas, dor de dentes, e mordida de cobra. Os povos indígenas tradicionalmente utilizam o Pau D’arco como um tratamento para a malária, colite, problemas respiratórios, resfriados, tosse, gripe, febre, câncer, lupus, doenças infecciosas, inflamação da próstata, doenças sexualmente transmissíveis, furúnculos e úlceras.
É eficaz no cuidado das anemias. Aumenta a produção de glóbulos vermelhos e da respectiva hemoglobina por um estímulo na médula óssea vermelha. Esta acção também conduz a uma maior produção de glóbulos brancos. É amplamente utilizada em paciente oncológicos a fazerem quimioterapia, de forma a reduzir os efeitos secundários desta terapêutica e, concomitantemente, estimular o sistema imunitário a lutar contra a patologia.
No entanto, até o momento ainda não se sabe como funciona o mecanismo que mata as células cancerígenas. “Basicamente, descobrimos o mecanismo de ação do beta-lapachone e uma forma de utilizar o remédio num tratamento individualizado”, disse David Boothman, professor do Centro Oncológico Integral Harold Simmons e autor principal do estudo.

Quais as diferentes formas do Pau D’arco ?

O Pau D’arco existe em diferentes tipos, na forma de comprimidos, xaropes e tintura, siga sempre as instruções de seu médico. É essencial que antes de consumir medicamentos, sejam naturais ou industrializados, você procure o seu médico, pois de uma forma geral, eles possuem reações negativas, efeitos colaterais e interações medicamentosas.

Onde pode ser encontrado o Pau D’arco ?

O Pau D’Arco pode ser encontrado para venda em lojas de produtos naturais tanto físicas(como farmácia de manipulação, por exemplo), quanto online, dependendo da disponibilidade da sua cidade. Lembre-se que os tratamentos naturais nunca devem substituir o tratamento indicado por um médico.

Modo de preparação do Pau D’arco:

A forma de consumo da planta é como chá feito com as cascas.
pau d'arco- benefícios e propriedades
Para preparar você vai precisar de:
  • ½ colher de sopa de Pau D’Arco
  • 1 xícara de água fervente
Em um recipiente, coloque a água e leve ao fogo. Quando alcançar fervura, desligue. Na xícara, coloque a erva e cubra com a água fervente. Tampe e deixe em repouso por cerca de dez minutos. Passado este tempo, coe e consuma em uma dose de uma xícara duas vezes ao dia.

Contraindicações e cuidados com o consumo do Pau D’arco:

Indicamos que, sempre antes de consumir medicamentos, mesmo que naturais, você consulte um médico, pois cada paciente possui um organismo diferente que deve ser analisado por um profissional. O consumo é contraindicado para mulheres gestantes ou em fase de amamentação, e crianças menores de 12 anos.
Entre os efeitos colaterais do consumo deste chá, estão a urticária, tonturas, náuseas, vômitos e diarreia. Quando tomado por via oral, o Pau D’arco pode interagir com medicamentos antiplaquetários e anticoagulantes, aspirina ou outros medicamentos para diluir o sangue, levando a um aumento do risco de hemorragia. Este pode aumentar o risco de hemorragia em pacientes com hemofilia ou outros problemas de coagulação. A casca de pau d’arco pode sensibilizar a pele e as reações alérgicas são também uma possibilidade. O consumo requer bastante cuidado e atenção !
Foto:Cilene Nunes. Bom Jardim - PE.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O namoro da filha de XUXA

Bruno Montaleone e Sasha: eles já apresentaram as famílias e ele vai visitá-la em Nova York, em breve (Foto: Divulgação)
Não parece ser amor de verão o namoro de Sasha Meneghel com o ator Bruno Montaleone. Apesar de só terem feito a primeira aparição pública oficial no Réveillon em São Miguel do Gostoso, Rio Grande do Norte, a relação já dura dois meses e conta com a aprovação da família de ambos. Sasha já apresentou Bruno para a mãe, Xuxa Meneghel, e ele fez o mesmo. Xuxa aprovou o namoro da filha e até ficou de apresentar alguns contatos para alavancar a carreira do moço.
Bruno e Sasha: o casal fez sua primeira aparição oficial durante o Réveillon em São Miguel do Gostoso (Foto: Divulgação)
O fato de Sasha morar atualmente em Nova York, onde cursa moda, também não é empecilho para o novo casal. Bruno, inclusive, afivela as malas na próxima semana para visitar a amada nos Estados Unidos. E ela volta em breve, durante o Carnaval, para uma nova temporada por aqui.
O ator Bruno Montaleone já conheceu e foi aprovado pela mãe da estudante de moda, a apresentadora Xuxa  (Foto: Divulgação)
Em São Miguel do Gostoso o casal foi alvo dos paparazzi de plantão a todo instante, mas não se incomodou com o assédio. Apesar de dizer a todo momento "que não é artista", Sasha não recusou nenhum pedido de foto ou autógrafo. Por lá, na noite de Réveillon, eles eram só chamegos durante o jantar no restaurante Jandeiro. Após a ceia, Sasha e Bruno seguiram, a pé mesmo, para a festa da virada onde assistiram aos fogos da praia.
De Época
Professor Edgar Bom Jardim - PE

João Lira consegue liberação de recursos do FNDE para construção de escolas


Na última viagem à Brasilia, em audiência com o Ministro da Educação Mendonça Filho, o prefeito de Bom Jardim, João Francisco de Lira (PSD), conseguiu empenhar junto ao MEC, valores de R$ 375.000,00 e  R$ 270.000,00, ambas liberação deverão ser utilizado em infraestrutura escolar urbana ( construção de escolas). A liberação foi publicada no SIAFI na data de 30 de dezembro 2017.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Ninguém acredita no Governo Temer. Mais um ministro pede pra sair


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, atualmente licenciado do mandato de deputado federal (PP-PR), disse hoje (4) que deixa a pasta até abril para tentar a reeleição para o cargo no Congresso Nacional.

“Eu saio para disputar a eleição. Vou concorrer à reeleição de deputado federal. E fico no ministério até a data que o presidente me solicitar, desde que seja até 7 de abril, porque preciso descompatibilizar”, explicou.
Cristiane Brasil
A nomeação da deputada Cristiane Brasil para o cargo de ministra do Trabalho está publicada na edição de hoje (4) do Diário Oficial da União. A escolha da deputada federal do PTB foi anunciada na tarde de quarta-feira (3) após reunião entre o presidente Michel Temer e o presidente nacional do partido, Roberto Jefferson, que é pai de Cristiane.

A data da posse da nova ministra ainda não foi divulgada pelo Palácio do Planalto. Cristiane Brasil assume a vaga deixada pelo também deputado do PTB Ronaldo Nogueira, que apresentou pedido de demissão no dia 27 de dezembro para se candidatar a um cargo eletivo no pleito deste ano.

Outras saídas
Ontem (3), o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, entregou à Presidência da República carta pedindo exoneração do cargo de ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, alegando questões pessoais e partidárias.

Já no final de dezembro, o deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) também pediu exoneração do cargo de ministro do Trabalho para se dedicar à campanha eleitoral. Ele será substituído pela deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), cuja nomeação foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.
Com informação de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Restos de um bebê revelam como primeiros seres humanos chegaram à América

sítio arqueológico Upward Sun RiverDireito de imagemAFP
Image captionEscavações foram realizadas no sítio arqueológico Upward Sun River, no Alasca
Os restos de um bebê encontrados no Alasca, nos Estados Unidos, lançam uma nova luz sobre como pode ter acontecido o povoamento na América, milhares de anos atrás. Os ossos da menina têm 11,5 mil anos, e a análise genética deles, juntamente com outros dados, indica que ela pertencia a um grupo humano desconhecido até agora.
Os cientistas dizem que o que descobriram até agora a respeito do DNA da bebê dá forte sustentação à ideia de que uma onda de imigrantes da Sibéria chegou ao continente entre 15 mil e 25 mil anos atrás.
O nível do mar, que na época era mais baixo, teria criado um trecho de terra firme no Estreito de Bering, que conectava a Sibéria ao Alasca.
Esse estreito ficou submerso novamente há cerca de 10 mil anos, quando as geleiras ao norte dele começaram a derreter.
Os primeiros colonos se dividiram em dois grupos: os que ficaram no Alasca e os que migraram para o sul do continente.
O segundo grupo deu origem aos ancestrais de todos os nativos americanos de hoje, segundo o professor Eske Willerslev e seus colegas, que publicaram nesta semana um estudo genético dos restos da bebê na revista científica Nature.

USR1

O esqueleto da bebê de seis semanas de vida foi desenterrado do sítio arqueológico Upward Sun River em 2013.
A comunidade indígena local deu a ela o nome "Xach'itee'aanenh t'eede gay", que significa "menina do amanhecer".
Já a equipe de cientistas se refere a ela simplesmente como "USR1" (as iniciais de Upward Sun River).
sítio arqueológico Upward Sun RiverDireito de imagemAFP
Image captionO esqueleto da bebê foi encontrado em 2013 e a análise de seu DNA revela coisas surpreendentes sobre os primeiros ancestrais da América
"Esses são os restos humanos mais antigos que já foram encontrados no Alasca, mas o mais interessante aqui é que esse indivíduo pertencia a uma população de humanos que nunca havíamos visto antes", explicou Willerslev, que é filiado às universidades de Copenhague, na Dinamarca, e de Cambridge, no Reino Unido.
"Esse grupo tem alguma relação alguma relação com os nativos modernos da América, mas não uma relação direta. Por isso, pode-se dizer que a menina vem de um grupo de nativos do continente ainda mais antigo ou mais original: o primeiro grupo de nativos americanos que se diversificou (e se dividiu) em outras populações."
"Isso significa que a menina pode nos trazer informações sobre os ancestrais de todos os nativos americanos", agregou o professor.
Os cientistas estudam a história das populações antigas por meio de análise das mutações genéticas ou pequenos erros que são acumulados no DNA em sucessivas gerações.
Esses padrões, quando combinados com modelos demográficos, tornam possível estabelecer conexões entre diferentes grupos populacionais ao longo do tempo.
O estudo da equipe de Willerslev aponta a existência de uma população ancestral que começou a se diferenciar geneticamente dos asiáticos orientais há aproximadamente 34 mil anos e que completou essa separação há 25 mil anos - o que indica que essa população cruzou o Estreito de Bering.

Migrações

A pesquisa sugere, além disso, que o grupo representado pela USR1 posteriormente começou a se diferenciar dos migrantes pioneiros. Essa separação genética aconteceu há cerca de 20 mil anos e é o resultado da permanência dessas pessoas no Alasca durante milhares de anos.
Outros, porém, se separaram deste grupo e viajaram ao sul para ocupar territórios.
ilusração dos beríngios no Upward Sun River
Image captionEsta ilustração mostra como teriam vivido os beríngios no Upward Sun River (Ilustração: Eric. S. Carlson)
Esse grupo itinerante foi o que finalmente se dividiu em duas famílias genéticas que são reconhecidas com os ancestrais das populações americanas indígenas de hoje.
Willerslev explicou que, antes de esturarem o genoma da bebê encontrada, eles ainda não haviam achado nativos americanos mais recentes ou antigos siberianos que pudessem ajudá-los a determinar as relações e o tempo de separação de cada grupo.
"Mas agora temos um indivíduo de uma população mais antiga e isso realmente abre as portas para respondermos perguntas fundamentais", completou.
As respostas definitivas chegarão com o descobrimento de mais restos no Alasca e no noroeste da Sibéria, afirmou o cientista.
No entanto, encontrar resquícios de ossos nessa região do Estado do noroeste dos Estados Unidos pode ser bastante complicado por causa dos solos ácidos desfavoráveis para a preservação dos esqueletos e, em particular, do DNA deles.
Da BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Sepultamento de Josuel será nesta quarta-feira(03), às 16 horas


Amigos e alguns familiares aguardam a chegada do corpo do Senhor Josuel (José Carlos B. da Silva) ao Memorial Plade, onde será velado por poucas horas e de lá será levado para o sepultamento no Cemitério da Cidade. O enterro está sendo previsto para  16:00 horas. Muita gente já se faz presente nas imediações do memorial.

Josuel era casado com Ana Pessoa, pai maravilhoso, funcionário público do Bom Jardim, torcedor doente pelo Santa Cruz, grande amigos de todos os funcionários e toda população local.

Josuel foi vítima um trágico acidente da colisão entre a motocicleta onde era carona e um carro fiat desgovernado, pilotado por um condutor que havia bebido e dirigia  na PE- 90, quando vinha da cidade de Surubim, no último sábado do  ano de 2017. Seu companheiro de trabalho, Domingo Ribeiro, também não suportou os ferimentos pelo acidente e faleceu na mesma noite depois de ter recebido os primeiro socorros.  José Carlos B. da Silva, faleceu nesta terça-feira (2), no hospital da Restauração em Recife.
Bom Jardim está de luto.
LEIA TAMBÉM:https://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com.br/2018/01/o-coracao-de-quem-conheceu-josuel-fica.html
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O coração de quem conheceu Josuel fica muito triste


"Quero agradecer todo carinho e amor que tiveram com meu esposo e pelas orações a ele feita. Sua vida terrena acabou e parte para o caminho de luz, saiba que o meu amor e de seus filhos jamais acabaram com sua partida, pois quem ama jamais esquece.. posso chorar, posso sorrir mais teu nome será sempre lembrado, te amarei eternamente. Obrigada por está entre mim 29 anos, te encontrei um dia, não vai ficar sem mim. Meu coração está sangrando de tanta dor" , escreveu Ana Pessoa, esposa de Josuel..
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Corpo de Armando Monteiro será cremado em cerimônia restrita aos familiares.


A trajetória do empresário e ex-ministro Armando Monteiro Filho, que faleceu por volta das 6h30 desta terça-feira (2), em casa, aos 92 anos, no Recife. 

O corpo do empresário e ex-ministro será até as 19h, na Capela Nossa Senhora das Graças, no Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, na Zona Oeste do Recife. O velório continuará a partir das 20h no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, onde, nesta quarta (3), haverá uma missa às 10h. Às 11h, o corpo será cremado em cerimônia restrita aos familiares.

Casado com Do Carmo Monteiro e genro do ex-governador Agamenon Magalhães, Armando Monteiro Filho dividiu as atividades de empresário com a política. Foi deputado estadual, deputado federal, ministro da Agricultura no governo João Goulart. O empresário teve seis filhos: Maria Lectícia, Sérgio (falecido aos 15 anos), Horácio, Cláudio, além do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) e do presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro. 

LUTO OFICIAL
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), decretou, nesta terça-feira (2), luto oficial de três dias no Estado pela morte do empresário e ex-ministro Armando Monteiro Filho, que faleceu nesta manhã. Armando Monteiro Filho tinha 92 anos.

Paulo Câmara também lamentou o falecimento e divulgou uma nota de pesar se solidarizando com a família e amigos do ex-ministro.

"Dr. Armando foi um honrado pernambucano, um legítimo cavalheiro que sempre lutou, ao longo de toda a sua vida, pelas maiores causas do nosso Estado e do Brasil, como empresário e politico. Dr. Armando teve uma postura firme, democrática e corajosa no enfrentamento com a ditadura militar e foi uma referência para gerações. Quero prestar a minha homenagem pessoal a esse grande pernambucano e me solidarizar com seus familiares e amigos".
De Folha de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Governo insistirá em programa de demissão voluntária para servidores

Homem demitido segura caixa com seus objetosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPDV do governo tem três modalidades: a demissão voluntária, redução de jornada e licença incentivada
Depois de uma fraca adesão ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) em 2017, o governo insiste na aposta e se prepara para reeditar uma nova Medida Provisória (MP) em janeiro de 2018, após a anterior caducar no Congresso.
Na primeira rodada do PDV, concluída em novembro, 240 pessoas aderiram ao programa - 76 ao chamado PDV stricto sensu, a demissão voluntária, e 164 a outras modalidades, como redução de jornada e licença incentivada.
Quando lançou a iniciativa, o governo apresentou como parâmetro a adesão ao PDV lançado no governo de Fernando Henrique Cardoso em 1999, que foi de 5 mil servidores. Caso tal participação se repetisse, a economia estimada seria de R$ 1 bilhão. Mas o valor atingido em 2017 representa apenas 4,8% do conquistado em 1999.
Ainda assim, em nota, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, defendeu o PDV e sua aplicação atual - classificando-o como um "instrumento moderno" e "ajustado às condições fiscais atuais".
"O número de adesões está em linha com as expectativas do governo, com destaque para a adesão à redução de jornada, que é o primeiro passo do referido caminho. Sabe-se também que, ao longo da tramitação da Medida Provisória pelo Congresso, as condições originalmente propostas podem ser melhoradas", diz Oliveira.
O orçamento federal prevê que os gastos com pessoal cheguem a R$ 324,6 bilhões este ano, valor que inclui despesas com inativos, pensionistas e contribuição patronal com o regime dos servidores - e que representa quase 10% dos R$ 3,5 trilhões de receita previstos para 2018. O montante representa uma alta de 5,8% em relação ao previsto para o ano passado, R$ 306,8 bilhões.

Prorrogações no Congresso

As MPs, textos enviados pelo Poder Executivo, devem ser aprovadas em 60 dias na Câmara e no Senado - prorrogáveis por igual período - para terem sua vigência mantida.
Mas não foi o que aconteceu com a MP do desligamento voluntário: ela chegou a ser aprovada em uma comissão mista, mas não foi votada a tempo no plenário das Casas.
O governo afirmou que irá reenviar ao Congresso uma nova Medida Provisória com as mesmas regras. A ideia é que o Ministério do Planejamento estabeleça anualmente períodos e critérios de abertura de novas rodadas do programa.
Na modalidade principal, a da demissão voluntária, a MP que caducou previa o pagamento de indenização de 1,25 salário por ano trabalhado para aqueles que decidissem deixar o serviço público.
A Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Image captionA Esplanada dos Ministérios, em Brasília; Programa de Desligamento Voluntário (PDV) teve 240 adesões em 2017 | Foto: Ag. Brasil
A preferência para adesão ao programa era de servidores com maior tempo de exercício da função e pessoas em licença para tratar de assuntos particulares. Por outro lado, algumas condições impediam a participação, como o cumprimento de todos os requisitos legais para aposentadoria.
Já a redução da jornada, que teve adesão de 153 servidores, previu diminuição da carga semana de 40 horas para 30 ou 20 horas semanais, com o benefício do pagamento adicional de meia hora diária. Neste caso, foram priorizados servidores com filhos de até seis anos ou a cargo de cuidados de pessoas idosas ou com deficiência.
Por fim, a licença incentivada, escolhida por 11 funcionários públicos federais, permite o afastamento por três anos consecutivos, prorrogáveis por igual período, do serviço público. Como incentivo, o programa prevê o pagamento de três remunerações em cada período.
Segundo o Ministério do Planejamento, com a perda de validade da MP, alguns requerimentos de adesão ao programa que tinham pendências acabaram suspensos - mas as 240 adesões divulgadas pela pasta estão asseguradas.

'Trauma' com experiências anteriores

Por sua vez, Sérgio Ronaldo, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), comemora a baixa adesão ao PDV.
"Orientamos nossos filiados a não aderirem a este barco furado. A experiência com o governo FHC deve servir de lição. Muitos continuam desempregados e esperam na Justiça para receber seus direitos", diz.
O PDV de então previa, além de modalidades diferentes de desligamento como no programa do governo de Michel Temer, estímulos para o empreendedorismo, como linhas de crédito e cursos de capacitação. Mas muitos servidores afirmam que o prometido não foi cumprido.
Homem segura carteira de trabalho
Image caption'Qual é a vantagem de se juntar a 13 milhões de brasileiros desempregados?', questiona Sérgio Ronaldo, da Condsef, ao comentar PDV do governo | Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
Diante disso, alguns projetos em tramitação no Congresso vêm até mesmo tentando reintegrar o servidores que aderiram ao PDV na década de 90. Um dos mais antigos deles, de 2008, foi apresentado pelo deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), hoje ministro do Esporte do governo Temer.
"É fato notório que um significativo contingente de ex-servidores federais que se desligaram do serviço público mediante adesão a programas de desligamento voluntário (...) encontram-se em situação de penúria. (...) Infelizmente, o apoio do Estado, nos termos estabelecidos pelas normas legais pertinentes, não se verificou na medida necessária", diz um trecho da justificativa do projeto de Picciani.
Para Sérgio Ronaldo, além da experiência traumática do passado, a adesão "pífia" ao PDV atual - que classifica de uma "cópia piorada" do programa de FHC - pode ser explicada também pelo contexto econômico desfavorável.
"Qual é a vantagem de se juntar a 13 milhões de brasileiros desempregados? Estamos em plena recessão, com um campo de trabalho limitado e pais de famílias sem perspectivas", aponta o representante da Condsef.
Da BBC Brasil em São Paulo
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Relembre os grandes momentos da rainha do rock brasileiro

A rainha do rock brasileiro chega aos 70 anos: "É uma força-tarefa" (Foto: Guilherme Samora)
Eternizada por Caetano Veloso como “a mais completa tradução” de São Paulo, na música “Sampa”, Rita Lee Jones nasceu na capital paulista em 31 de dezembro de 1947. Considerada uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos – recordista em vendas de discos –, a cantora que acumula 50 anos de carreira também se mostrou, no ano passado, uma escritora best-seller, com o lançamento de sua autobiografia: o livro se manteve no ranking dos mais lidos durante meses. 
Na publicação, Rita passou toda sua vida a limpo, desde a infância, passando pela formação dos Mutantes, as aventuras psicodélicas, prisão, casamento e parceria com Roberto de Carvalho, o sucesso estrondoso e a relação com os três filhos – Beto, João e Antonio –, sem deixar de se autocriticar e de também revelar seus reveses. Ela contou com a ajuda do jornalista e grande amigo Guilherme Samora para localizar na linha do tempo acontecimentos importantes de sua trajetória. 
“Fazer 70 anos não é um privilégio, é uma força-tarefa. Haja inteligência emocional”, resume Rita à coluna, em uma balanço sobre a data. Aposentada da música desde 2012, quando lançou o álbum Reza e se despediu dos palcos, hoje a cantora vive rodeada por seus bichos – ela é uma grande ativista contra os maus-tratos aos animais – e se dedica mais à escrita. 
Rita Lee, cantora (Foto: IVO BARRETI/ESTADÃO CONTEÚDO)

Em 2017, ela lançou um novo livro, Dropz, com contos de ficção, retornando mais uma vez à lista dos mais vendidos. Entre 1986 e 1992, publicou quatro livros infantis, tendo como protagonista o rato cientista Dr. Alex. Em 2013, também publicou o livro Storynhas, ilustrado por Laerte.
Plural, Rita também fez as vezes de atriz nos filmes As amorosas (1968), Fogo e paixão (1988), Dias melhores virão (1989), Tanta estrela por aí..., em que encarnou Raul Seixas, e Durval Discos (2003), além de dublar a personagem dos quadrinhos Rê Bordosa, para a animação Wood & Stock: sexo, orégano e rock 'n' roll. Na TV, participou das novelas Top modelVamp Celebridade
Dos 35 álbuns que lançou, a estreia veio com o primeiro disco dos Mutantes, chamado apenas de Os mutantes (1968), do grupo que formou com os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, seguido pelo LP-manifesto Tropicália - Ou panis et circenses, ao lado de Caetano VelosoGilberto GilNara LeãoGal CostaRogério DupratTom Zé e Torquato Neto.   
O encontro com os baianos levou Rita ao III Festival de Música Popular, em 1967, para defender com a banda e Gilberto Gil a canção “Domingo no parque”, executada debaixo de vaias por causa da introdução da guitarra elétrica. No ano seguinte, a irreverência da cantora fez história. Ela surgiu vestida de noiva para cantar “Caminhante noturno”. O vestido tinha sido emprestado por Leila Diniz e nunca foi devolvido.  
Rita com Arnaldo e Sérgio na capa do álbum Mutantes (1969): vestido de noiva foi emprestado por Leila Diniz  (Foto: Reprodução)
Depois de seis discos lançados com os Mutantes e dois que assinou solo, mas que tinham a mão dos músicos, Rita foi expulsa da banda. “Uma escarrada na cara seria menos humilhante. Em vez de me atirar de joelhos chorando e pedindo perdão por ter nascido mulher, fiz a silenciosa elegante. Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala, peguei Danny (a cadela) e adiós. No meio da estradinha da Cantareira, parei no acostamento e chorei, gritei, descabelei, xinguei feito louca abraçada a Danny, que colaborava com uivos e latidos”, descreve a cantora em sua autobiografia.
A cantora em foto da capa do disco Fruto proibido, divisor de águas em sua carreira  (Foto: Reprodução)
Passado o episódio, Rita formou com Lúcia Turnbull a dupla Cilibrinas do Éden, que logo evoluiu para o grupo Tutti Frutti. O primeiro disco com eles, Atrás do porto tem uma cidade, foi lançado em 1974, puxado já por três hits: “Mamãe natureza”, primeira música inteiramente feita por Rita, “Ando jururu” e “Menino bonito”. 
Em 1975, com o lançamento do álbum Fruto proibido, divisor de águas de sua carreira, Rita deixou sua marca na história do rock nacional, influenciando diversas gerações. A música “Ovelha negra” logo se tornou onipresente nas rádios e é até hoje um hino da rebeldia. 
Rita conheceu Roberto de Carvalho durante as gravações do disco. “Um amigo que me levou. Mas o encontro em que rolou um clima foi no MAM do Rio. Ia ter show do Ney Matogrosso, mas foi cancelado por causa de uma tempestade. Eu estava no bar, a Rita chegou e alguma coisa começou a acontecer ali”, recorda o músico, casado com a cantora desde 1976. 
Com o fim do Tutti Frutti, os dois iniciaram uma bem-sucedida parceria em discos antológicos como Rita Lee (1979), Rita Lee (Lança Perfurme) (1980), Saúde (1981) e Rita Lee e Roberto de Carvalho (1982). Em 1983, a dupla caiu na estrada com uma turnê que passou por diversos estádios brasileiros, tamanho o sucesso de músicas como “Baila comigo”, “Mania de você”, “Doce vampiro”, “Saúde” e “Flagra”, entre muitas outras. Os discos dessa fase venderam milhões e milhões de cópias.  
Rita e Roberto: milhões e milhões de cópias vendidas dos discos da dupla recheados de hits  (Foto: Reprodução)
No início dos anos 1990, Rita também foi precursora do formato acústico, com o show Bossa 'n' roll, que também virou disco. Apesar de bem-sucedida, a fase foi marcada por uma breve separação do casal, problemas com drogas e bebida alcoólica. Em seu livro, Rita diz que nesta época a ajuda do filho mais velho, Beto, com quem morava, foi essencial para a sua sobrevivência.  
Embora esteja longe da bebida e das drogas há mais de dez anos, Rita reconhece que deve a elas grandes momentos de sua obra. “As melhores músicas eu fiz alterada, e as piores também", conta a avó de Izabela, de 11 anos, e de Arthur, nascido neste ano.
Por causa do aniversário de 70 anos, a cantora ganhou uma homenagem de Lulu Santos com o álbum Baby baby, em que o cantor dá nova roupagem a diversos sucessos da Rainha do Rock. “Ao ler a biografia dela, percebi quanto aquilo também era minha própria história. Rita é a artista brasileira de quem sou mais fã, estrela dos shows que mais vi e cujas letras sei, a grande maioria, de cor”, derrete-se Lulu. 
Revista Época/Bruno Astuto
Professor Edgar Bom Jardim - PE