sábado, 15 de novembro de 2025

65% dos professores da educação básica serão isentos do Imposto de Renda, diz governo



Representantes do governo informaram, durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que a nova faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil a partir de 2026 deve beneficiar cerca de 65% dos professores da educação básica. O debate foi motivado pelo projeto de lei que propõe isenção integral do IRPF para todos os docentes da educação infantil, fundamental, média e superior em exercício (PL 165/22).

Armando Simões, do Ministério da Educação, ponderou que a ampliação da isenção enfrenta obstáculos. Ele destacou que a arrecadação do imposto sobre servidores estaduais e municipais pertence a estados e municípios, o que geraria impacto fiscal expressivo. Além disso, lembrou que 25% da arrecadação do IR deve ser destinada à educação, o que reduziria recursos para a área.

O governo também aponta dificuldades em criar benefícios tributários exclusivos para uma categoria profissional, pois isso poderia incentivar reivindicações semelhantes de outros setores, como saúde e segurança pública. Segundo Simões, o artigo 150 da Constituição é claro ao proibir tratamento desigual entre contribuintes em situação equivalente, incluindo distinções por ocupação ou função.

Ele acrescentou que uma isenção total beneficiaria proporcionalmente mais os professores de ensino superior — cuja média salarial ultrapassa R$ 11 mil, segundo o Dieese — tornando a medida regressiva.

professores
PL discute isenção do IR para professores da educação básica (Foto: Agência Brasil)

Valorização dos professores

Para André Martins, do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, a prioridade deveria ser a valorização salarial. Ele lembrou que muitos professores ainda não recebem o piso nacional de R$ 4.867,77 e sugeriu que a isenção, caso aprovada, inclua aposentados e seja limitada a rendimentos de até R$ 10 mil.

O relator da proposta, deputado Maurício Carvalho (União-RO), afirmou que considerará todas as sugestões apresentadas. “O objetivo é encontrar soluções que realmente façam diferença para quem está em sala de aula. Quando um país valoriza seus professores, melhora a qualidade do ensino, fortalece a economia e constrói um futuro melhor”, disse.

Já o autor do projeto, deputado Rubens Otoni (PT-GO), destacou que a iniciativa é relevante por abrir uma nova frente de discussão sobre a valorização do magistério, lembrando que a carreira tem sido cada vez menos atrativa para os jovens.


Fonte: iclnoticias.com.br/


Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Celular apreendido, pai preso e milhões na conta: Veja semana explosiva na CPMI do INSS. Assista o vídeo em Leia Mais


Operação investigação advogado
A Polícia Federal deflagrou mais uma etapa da Operação Sem Desconto, e acabou prendendo o ex-presidente do INSS (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (13) o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, durante uma nova etapa da Operação Sem Desconto, que apura fraudes bilionárias em descontos irregulares realizados em aposentadorias e pensões. O esquema, segundo as investigações, teria movimentado cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024



Fonte: Mídia Ninja  | ICLNotícia

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Manifestantes indígenas invadem zona azul na COP30: ‘Planeta não tem plano B’




Imagens: Renata Fontanetto

Por Geovana Oliveira e João Gabriel

(Folhapress) – Na noite desta terça-feira (11), após participação em protesto pacífico sobre saúde e clima, um grupo composto por indígenas e outros manifestantes invadiu a zona azul da COP30, centro diplomático da conferência climática da ONU, que acontece em Belém.

Correndo da polícia e gritando que era necessário taxar os bilionários, pois “é culpa deles que está quente”, o grupo conseguiu entrar no Parque da Cidade, sede do evento. Manifestantes também entoaram gritos contra a exploração de petróleo na foz do Amazonas: “Governo Lula, que papelão, destrói o clima com essa perfuração.”

“Governo está mentindo que a Amazônia está bem, que os indígenas estão bem. Se a gente estivesse com saúde, não estaria aqui reivindicando”, diz pajé Na Tupinambá, presente no momento da confusão


Os manifestantes passaram pelo check-in da blue zone e ficaram entre o check-in e a entrada. Quando estavam indo para a entrada, a polícia barrou o grupo com um cordão humano.

A polícia, que tenta isolar a área, está mandando jornalistas não filmarem ou fotografarem. Após expulsar os manifestantes, a polícia usou mesas de madeira para criar barricadas nas portas. A segurança isolou a área da entrada principal da blue zone com dois cordões humanos e retirou todas as pessoas que estavam lá.

Um homem sem credencial tentou, no meio da confusão, entrar no local, e foi impedido.

Primeiro, a polícia orientou as pessoas irem para a saída lateral da blue zone. Depois, porém, também isolou a área por um breve período.

Finalmente, liberou a saída por esse local.

A Folha registrou um policial ferido e seguranças tentando impedir pessoas de filmarem a cena.
Movimentação se deu após na COP30, com participação de indígenas, profissionais de saúde e organizações sociais.

Na entrada da zona azul, participantes da conferência pararam para observar e filmar o movimento, que terminou ritual dos indígenas do baixo Tapajós.

Desde 2021, a COP não recebia manifestações populares, uma vez que foi sediada em países com governos autoritários


Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O plano da China que pode mudar a economia global




Uma criança segura a bandeira da China na Praça da Paz Celestial (Tiananmen Square), em Pequim, no Dia Nacional da China, que comemora o 76º aniversário da fundação da República Popular da China, em 1º de outubro de 2025.

Crédito,AFP via Getty Images

Legenda da foto,Uma criança segura a bandeira da China na Praça da Paz Celestial, em Pequim, no Dia Nacional da China
    • Author,Nick Marsh


Os principais líderes da China se reúnem nesta semana em Pequim para traçar as metas do país e as prioridades para o restante desta década. As decisões tomadas na Plenária do Comitê Central do Partido Comunista Chinês servirão de base para o próximo plano quinquenal, que vai orientar a segunda maior economia do mundo entre 2026 e 2030.

O plano completo será divulgado apenas no ano que vem, mas autoridades devem antecipar algumas diretrizes na quarta-feira (22/10). Especialistas afirmam que o modelo chinês, guiado por ciclos de planejamento em vez de eleições, costuma produzir decisões com impacto global.

"Os planos quinquenais (cinco anos) definem o que a China quer alcançar, indicam a direção que a liderança pretende seguir e mobilizam os recursos do Estado para atingir esses objetivos predefinidos", diz Neil Thomas, pesquisador de política chinesa no Instituto de Políticas da Sociedade Asiática.

À primeira vista, a imagem de centenas de burocratas de terno apertando as mãos e elaborando planos pode parecer monótona. A história, porém, mostra que suas decisões costumam ter repercussões profundas.

Aqui estão três momentos em que o plano quinquenal da China remodelou a economia global

1981-84: 'Reforma e Abertura'

É difícil precisar quando a China começou sua trajetória para se tornar uma potência econômica, mas muitos integrantes do Partido Comunista Chinês vão afirmar que foi em 18 de dezembro de 1978.

Por quase três décadas, a economia chinesa foi controlada de maneira rígida pelo Estado. O planejamento central ao estilo soviético falhou em aumentar a prosperidade, e grande parte da população ainda vivia na pobreza.

O país se recuperava do devastador governo de Mao Tsé-Tung. O Grande Salto para Frente (1958-1962) e a Revolução Cultural (1966-1976), campanhas lideradas pelo fundador da China comunista para remodelar a economia e sociedade, resultaram na morte de milhões de pessoas



Ao discursar na Terceira Plenária do 11º Comitê, em Pequim, o então novo líder chinês, Deng Xiaoping, declarou que era hora de adotar alguns elementos da economia de mercado. Sua política de "reforma e abertura" tornou-se eixo central do plano quinquenal seguinte, iniciado em 1981.

A criação de zonas econômicas especiais de livre comércio, e os investimentos estrangeiros que elas atraíram, transformaram a vida dos chineses.

O líder chinês Deng Xiaoping e o então presidente americano, Jimmy Carter, assinam em Washington, em janeiro de 1979, um acordo de cooperação entre China e EUA nas áreas de ciência e tecnologia.

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,A abertura econômica de Deng Xiaoping incluiu um acordo histórico com o então presidente americano, Jimmy Carter, em 1979

Segundo Thomas, do Instituto de Políticas da Sociedade Asiática, os objetivos daquele plano quinquenal não poderiam ter sido atingidos de maneira mais enfática.

"A China de hoje vai além dos sonhos mais ousados das pessoas dos anos 1970, em termos de restauração do orgulho nacional e de consolidação de seu lugar entre as grandes potências mundiais", afirma.

O processo também remodelou a economia global. No século 21, milhões de empregos industriais do Ocidente foram transferidos para novas fábricas nas regiões costeiras da China.

Economistas chamaram esse fenômeno de "choque da China", que acabou fomentando a ascensão de partidos populistas em antiga áreas industriais da Europa e dos Estados Unidos e levou a medidas como a imposição de tarifas e retaliações promovidas pelo presidente americano, Donald Trump — que diz tentar, assim, recuperar os empregos industriais perdidos para a China nas décadas anteriores.

2011–15: 'Indústrias estratégicas emergentes'


O status da China como "fábrica do mundo" se consolidou com sua entrada na organização internacional global que trata das regras do comércio entre as nações, a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001. Mas, na virada do século, o Partido Comunista Chinês já planejava o próximo passo.

Havia o temor de que o país caísse na chamada "armadilha da renda média", quando uma nação em ascensão deixa de oferecer mão de obra barata, mas ainda não tem capacidade de inovação para produzir bens e serviços de alto valor agregado.

Para evitar isso, a China começou a investir nas chamadas "indústrias estratégicas emergentes", termo usado oficialmente pela primeira vez em 2010. O foco incluía tecnologias verdes, como veículos elétricos e painéis solares.

À medida que a mudança climática ganhava destaque na política ocidental, a China mobilizava recursos inéditos para impulsionar esses novos setores.

Hoje, a China é líder global em energias renováveis e veículos elétricos, além de controlar quase todo o fornecimento de terras raras necessárias para a fabricação de chips e o desenvolvimento de inteligência artificial (IA).

A dependência mundial desses recursos dá à China uma posição de poder. A recente decisão de restringir exportações de terras raras levou Trump a acusar a China de tentar "manter o mundo como refém".

Embora as "forças estratégicas emergentes" tenham sido incorporadas ao plano quinquenal de 2011, a tecnologia verde já havia sido identificada como potencial motor de crescimento e poder geopolítico pelo então líder chinês Hu Jintao, no início dos anos 2000.

"O desejo de tornar a China mais autossuficiente em economia, tecnologia e liberdade de ação vem de longa data, faz parte da própria essência da ideologia do Partido Comunista Chinês", explica Thomas do Instituto de Políticas da Sociedade Asiática.

2021-2025: 'Desenvolvimento de alta qualidade'

Isso pode explicar porque nos planos quinquenais recentes, a China passou a priorizar o chamado "desenvolvimento de alta qualidade", conceito introduzido formalmente por Xi Jinping em 2017.

A meta é desafiar o domínio tecnológico dos EUA e colocar a China na linha de frente do setor.

Casos de sucesso doméstico, como o aplicativo de vídeos TikTok, a gigante de telecomunicações Huawei e o modelo de inteligência artificial DeepSeek ilustram o avanço chinês.

O progresso da China, no entanto, é visto com desconfiança por países ocidentais, que a consideram uma ameaça à segurança nacional. As proibições e restrições a tecnologias chinesas afetaram milhões de usuários e provocaram disputas diplomáticas.

O presidente da China, Xi Jinping, chega a Moscou para visita oficial e participa das comemorações pelo 80º aniversário da vitória da Rússia na chamada Grande Guerra Patriótica (1941–1945), em 7 de maio de 2025.

Crédito,Grigory Sysoev/RIA Novosti/Pool/Anadolu via Getty Images

Legenda da foto,Sob Xi Jinping, os planos quinquenais da China têm como foco o "desenvolvimento de alta qualidade"

Até agora, o avanço tecnológico chinês dependeu de inovações americanas, como os semicondutores avançados da Nvidia. Com a proibição de venda desses componentes para o país imposta pelo governo Trump, é provável que o conceito de "desenvolvimento de alta qualidade" evolua para o de "novas forças produtivas de qualidade", novo lema introduzido por Xi em 2023, que desloca o foco para o orgulho nacional e a segurança do país.

Isso significa colocar a China na linha de frente da produção de chips, da computação e da inteligência artificial, sem ser dependente da tecnologia ocidental, além de ser imune a embargos.

A autossuficiência em todos os setores, especialmente nos níveis mais altos da inovação, deve ser um dos pilares centrais do próximo plano quinquenal.

"A segurança nacional e a independência tecnológica são hoje a missão definidora da política econômica da China", explica Thomas, do Instituto de Políticas da Sociedade Asiática. "Mais uma vez, isso remete ao projeto nacionalista que sustenta o comunismo chinês, garantindo que o país nunca mais seja dominado por potências estrangeiras."



Fonte: bbc.com/portuguese/articles/c1wle8gdl0qo


Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Natureza e cultura




A palavra natureza vem do latim natura, que significa qualidade essencial, disposição inata, curso das coisas e do próprio universo. Natura é a tradução para o latim da palavra grega physis, que em seu significado original faz referência à forma inata que crescem espontaneamente plantas e animais. 

A natureza corresponde, então, a uma organização universal e necessária dos seres, regida pelas leis naturais, onde há uma regularidade de fenômenos e fatos, constância e repetição de situações. Se opõe ao artificial, a criação humana, ao tecnológico, pois se faz e se desenvolve sem qualquer interferência humana.

Já a palavra cultura é de origem latina, vem do verbo colere, que significa cultivar, ocupar-se, realizar, praticar. A cultura corresponde a criação de ideias, símbolos e valores de um grupo de pessoas, que define para si mesmo o que é bom ou mau, belo ou feio, justo ou injusto, verdadeiro ou falso, etc.

Não há somente uma cultura, mas várias culturas diferentes que coexistem no mundo. Olhar para a cultura envolve estudar os processos simbólicos do que cada coisa significa para um certo povo e a quais sentimentos que se remetem às coisas e situações.

O ser humano é natural ou cultural? O que diferencia os seres humanos dos animais? Por que os índios possuem diferentes hábitos dos nossos? O que é certo e o que é errado, é igual para todos? É natural que algumas pessoas exerçam autoridade sobre outras? Por que os seres humanos são diferentes entre si?

A natureza é governada por leis de causa e efeito, já a cultura é uma construção própria dos seres humanos. A principal diferença entre os animais e os seres humanos consiste que animais são seres naturais, os humanos são seres culturais, que possuem hábitos e desenvolvem diferentes significados.

Aprendemos na relação com os outros o nosso modo de falar, o idioma, a maneira como nos alimentamos, o que utilizamos como alimento, o modo como andamos, corremos e brincamos, como nos relacionamos entre nossos familiares, amigos e colegas, inclusive o modo como nos emocionamos ou não com algum fato, ou situação.

Todo esse complexo de significados que permeiam nossas relações sociais são nos transmitidos pela cultura na qual estamos inseridos, e tudo o que o homem cria é cultura, o que envolve modos de ser, agir, sentir, emocionar, julgar e valorar.
A língua que aprende, a maneira de se alimentar, o jeito de se sentar, andar, correr, brincar, o tom da voz nas conversas, as relações familiares, tudo, enfim, se acha codificado. Até na emoção que nos parece uma manifestação tão espontânea, ficamos à mercê de regras que educam a nossa expressão desde a infância.
(ARANHA; MARTINS, 2009, p. 49).
Como um produto humano, a cultura é desenvolvida por conta de uma ou mais necessidades, onde as pessoas criam e recriam o que querem e desejam para suas vidas. O ser humano é criador e transformador da cultura, o mundo cultural é um conjunto de símbolos carregados de significados de como se portar, como agir e reagir em cada situação, como conversar com outra pessoa, tom da voz, etc.

A cultura não é algo estático, onde as pessoas se submetem para apenas repetir os modos de ser, somos produtos da cultura e também a produzimos. A cultura é um processo, onde temos a possibilidade de modificar os costumes, ações, modos de ser, agir e sentir para o que desejamos.

O ser humano não nasce com suas capacidades desenvolvidas, é por meio das relações com os outros que elas se desenvolvem ao longo de sua vida. Todo ser humano nasce com a possibilidade de aprender e de ensinar, recebendo conhecimentos, mas também produzindo, transmitindo, e modificando os saberes e a cultura.

A cultura é o que diferencia o trabalho humano daquele realizado por outros seres vivos. Diferente dos outros animais, que vivem instintivamente, a característica do ser humano é projetar, conceber o trabalho antes de realizá-lo e de modificar sua concepção durante a realização. É por meio da cultura que o homem altera a natureza e a si mesmo, por consequência.

A cultura é basicamente uma realidade instrumental criada para satisfazer as necessidades do homem, de uma maneira que vai muito além de uma adaptação direta ao meio ambiente. A cultura transforma indivíduos em grupos organizados, seus modos de se organizar assumem uma forma diferente em cada cultura.

A cultura modifica profundamente as disposições inatas do ser humano e não gera somente benefícios, mas também impõe obrigações. Aprendemos os valores e as regras de uma sociedade, sua tradição, seus hábitos, sua linguagem e seus símbolos por meio da cultura.

Embora a cultura tenha a sua origem na satisfação das necessidades biológicas, ela transforma o ser humano em algo extremamente diferente de um mero organismo animal, que reage por impulsos natos. É por meio da cultura que os seres humanos estabelecem novos valores e conceitos para as coisas, desenvolve modos específicos de viver e de como se utilizar cada objeto, cria e recria sentidos conforme o tempo e local.

Alguns exemplos de atividades culturais são escutar música (seja rock, sertanejo, pagode ou pop), usar pulseira, relógio, brinco, tatuagem, piercing, etc., ir ao shopping ou sair para festas, usar o banheiro para fazer necessidades de urinar e evacuar, preparar macarronada ou omelete para se alimentar, sentar na cadeira para almoçar, se divertir jogando video-game, assistir peças teatrais, filmes, televisão, ficar triste quando seu time perde o jogo, esperar ansiosamente o próximo capítulo da novela, acreditar em Papai Noel ou Duende.

Somos seres naturais que nos transformamos consoante a cultura e o ambiente onde vivemos. Evacuar é natural, agora como, quando e onde evacuar é cultural. Se alimentar é uma necessidade natural, mas o que comer, quando comer, onde comer e como preparar a comida é uma ação cultural. Dormir é uma necessidade natural, mas onde dormir, como dormir, com quem dormir, quanto tempo dormir, é uma prática cultural.


Por Bruno Carrasco, terapeuta, professor e pesquisador, graduado em Psicologia, licenciado em Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em Ensino de Filosofia, Psicoterapia Fenomenológico Existencial e Aconselhamento Filosófico. Nos últimos anos se dedica a pesquisar sobre filosofia da diferença e psicologia crítica.

Referências:
ARANHA; MARTINS. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2002.
SANTOS, José Luiz. O que é Cultura? Editora Brasiliense: São Paulo, 2006.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro, 1988.






Professor Edgar Bom Jardim - PE

Filosofar, fazer conexões: E Agora, José? Quem é José?













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EXERCÍCIO DE FILOSOFIA


1- O uso da interrogação em “E Agora, José” provoca uma série de reflexões. Assinale a alternativa que melhor define a função das perguntas no poema.






2-  Quem é José? 


3- A fala, a ação  e reflexões do presidente Lula se conectam de forma com a vida das pessoas em situações contraditórias de vida em que ficamos entre a angústia e a esperança?


4- Por que é bom estudar?



* Charge: Fliptrur





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