domingo, 9 de agosto de 2020
Socorro canto: Poema de domingo
RESULTADO DA ENQUETE PARA VICE-PREFEITO DO PRÉ-CANDIDATO MIGUEL BARBOSA
RESULTADO DA ENQUETE PARA VICE-PREFEITO DO PRÉ-CANDIDATO JOÃO LIRA
sábado, 8 de agosto de 2020
RESULTADO DA ENQUETE PARA VICE-PREFEITO DO PRÉ-CANDIDATO JOTINHA DA FUNERÁRIA
Resultado da Enquete para vice-prefeito do pré-candidato Janjão
Guerra da Coreia: filhas lutam pelo reconhecimento dos pais que nunca voltaram para casa
Não importa o quanto tente, Lee não consegue se lembrar do que aconteceu depois que três tiros foram disparados pelos homens que mataram seu pai e irmão. Foi há três décadas, quando ela tinha por volta de 30 anos.
Mas Lee se lembra do que aconteceu pouco antes. Agentes de segurança a arrastaram para um estádio em uma vila remota na Coreia do Norte chamada Aoji. Ali, ela foi forçada a sentar-se sob uma ponte de madeira, esperando que algo — ela não sabia o quê — acontecesse.
Uma multidão se aglomerou em volta do local até que um caminhão parou. Duas pessoas foram escoltadas para fora do veículo. Eram o pai e o irmão dela.
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"Eles os amarraram aos postes, chamando-os de traidores da nação, espiões e reacionários", disse Lee à BBC em entrevista recentemente. Esse é o momento em que sua memória falha. "Acho que estava gritando", disse ela. "Deslocaram minha mandíbula. Um vizinho me levou para casa para colocá-la de volta no lugar."
Os prisioneiros esquecidos
O pai de Lee era um dos cerca de 50 mil ex-prisioneiros de guerra que foram mantidos no norte no fim da guerra da Coreia (1950-1953).
Os ex-prisioneiros foram reagrupados contra sua vontade em unidades do Exército norte-coreano e forçados a trabalhar em projetos de reconstrução ou em mineração pelo resto de suas vidas.
Quando o armistício foi assinado, em 27 de julho de 1953, os soldados sul-coreanos pensaram que em breve haveria uma troca de prisioneiros e eles seriam enviados de volta para casa. Mas apenas um pequeno grupo foi liberado.
Logo, esses homens foram esquecidos pela Coreia do Sul. Nos últimos anos, três presidentes sul-coreanos se reuniram com líderes norte-coreanos, mas os prisioneiros de guerra nunca estiveram na pauta de discussão.
No Norte, a família de Lee era vista como pária. Seu pai nasceu no sul e lutou ao lado das forças da ONU na Guerra da Coreia, contra o Norte.
'Filha de um herói'
O baixo status social da família os relegou a empregos árduos e perspectivas sombrias. O pai e o irmão de Lee trabalhavam em minas de carvão, onde acidentes fatais eram comuns.
O pai de Lee tinha o sonho de voltar para casa um dia, quando o país se reunificasse. Depois do trabalho, ele contava aos filhos histórias de sua juventude. Às vezes, os incentivava a fugir para o Sul. "Haverá uma medalha para mim, e você será tratada como filha de um herói", dizia ele.
Mas o irmão de Lee, enquanto bebia com os amigos um dia, deixou escapar as declarações de seu pai. Um de seus amigos fez uma denúncia às autoridades. Em questão de meses, o pai e o irmão de Lee estavam mortos.
Em 2004, Lee conseguiu desertar para a Coreia do Sul. Foi então que ela percebeu o erro do pai — o país dele não o via como um herói. Pouco havia sido feito para ajudar os velhos prisioneiros de guerra a voltarem para casa.
Os soldados mantidos na Coreia do Norte sofreram. Eram vistos como inimigos, homens que haviam lutado em um "exército de marionetes", e designados para o escalão mais baixo da estrutura social norte-coreana, o "songbun".
Como esse status era hereditário, seus filhos não tinham permissão para receber educação superior nem a liberdade de escolher sua ocupação.
Foi o caso de Choi, que era uma estudante brilhante, mas alimentava um sonho de ir para uma universidade, por causa do status de seu pai. Certa vez, gritou para o pai: "Sua escória reacionária! Por que você não volta para o seu país?"
Seu pai não reagiu, mas disse-lhe com resignação que seu país natal era fraco demais para repatriá-los. Oito anos atrás, Choi abandonou sua família e fugiu para o Sul.
"Meu pai queria vir aqui", disse ela. "Queria chegar ao lugar que a pessoa que eu mais amava em toda a minha vida queria, mas nunca consegui. Foi por isso que abandonei meu filho, minha filha e meu marido."
O pai de Choi agora está morto. E, na Coreia do Sul, no papel, ela não tem pai, porque documentos oficiais dizem que ele morreu em combate durante a guerra.
Trazendo os ossos do meu pai para casa
Son Myeong-hwa ainda se lembra claramente das últimas palavras de seu pai no leito de morte, há quase 40 anos: "Se você for para o Sul, precisará carregar meus ossos e me enterrar onde nasci".
O pai de Son era um soldado sul-coreano natural de Gimhae. No Norte, ele foi forçado a trabalhar em minas de carvão e em uma fábrica de madeira por décadas e só foi autorizado a voltar para casa dez dias antes de morrer de câncer.
Ele disse a Son: "É tão amargo morrer aqui sem nunca mais ver meus pais. Não seria bom ser enterrado lá (na Coreia do Sul)?"
Son desertou em 2005. Mas levou oito anos para retirar os restos mortais do pai da Coreia do Norte. Ela pediu a seus irmãos que os desenterrassem e os levassem a um intermediador na China. Foram necessárias três malas. Dois amigos de Son a ajudaram, mas foi ela quem carregou o crânio de seu pai.
Son protestou por mais de um ano pelo reconhecimento do status de seu pai como um soldado e, eventualmente, conseguiu enterrar seus restos mortais no cemitério nacional em 2015.
"Finalmente, cumpri meu dever como filha", diz. "Mas me dói o coração quando penso nele tendo dado seu último suspiro lá."
Son descobriu depois que a família pagou um preço terrível pelo enterro. Seus irmãos foram enviados para campos de prisioneiros.
Ela agora dirige a Associação da Família dos Prisioneiros de Guerra da Guerra da Coreia, um grupo que luta por um tratamento melhor a aproximadamente 110 famílias de soldados sul-coreanos que nunca voltaram para casa.
Por meio de um teste de DNA, Son conseguiu provar seu laço de parentesco, o que é essencial para reivindicar os salários não pagos dele pela Coreia do Sul.
Mesmo que consigam fugir para o Sul, os filhos de prisioneiros de guerra não são oficialmente reconhecidos e muitos prisioneiros não repatriados foram considerados mortos, ou dispensados durante a guerra, ou simplesmente desaparecidos.
Apenas uma pequena parcela dos prisioneiros de guerra que conseguiram escapar para o Sul recebeu salários não pagos pelo governo sul-coreano, e aqueles que morreram no Norte não tiveram direito a nenhuma compensação.
Em janeiro, Son e seus advogados entraram com um processo no tribunal constitucional, argumentando que as famílias dos prisioneiros que morreram no Norte foram tratadas injustamente e que o governo não fez nada para repatriar os soldados, responsabilizando-os pelos prisioneiros que nunca voltaram para casa.
"Ficamos muito tristes por nascermos filhos dos prisioneiros, e foi ainda mais doloroso ser ignorado mesmo depois de vir para a Coreia do Sul", lamenta Son. "Se não pudermos recuperar a honra de nossos pais, a terrível vida dos prisioneiros de guerra e de seus filhos será esquecida".
Alguns nomes foram alterados para proteger o bem-estar dos entrevistados. Ilustrações de Davies Surya.
Subin KimDa BBC News Korean
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
OPINE NA ENQUETE DOS PRÉ-CANDIDATOS A VICE-PREFEITO DE BOM JARDIM. QUEM SERÁ O PRÉ-VICE DE JOTINHA?
OPINE NA ENQUETE DOS PRÉ-CANDIDATOS A VICE-PREFEITO DE BOM JARDIM. QUEM SERÁ O PRÉ-VICE DE MIGUEL BARBOSA?
OPINE NA ENQUETE DOS PRÉ-CANDIDATOS A VICE-PREFEITO DE BOM JARDIM. QUEM SERÁ O PRÉ-VICE DE JOÃO LIRA
Opine na enquete dos pré-candidatos a vice-prefeito de Bom Jardim. Quem será o pré-vice de JANJÂO?
Mãe de motoboy xingado com ofensas racistas desabafa: “Educação e respeito vêm de berço”
O caso aconteceu na cidade da Valinhos, interior de São Paulo, e repercutiu após a mãe do entregador publicar um desabafo nas redes sociais. “Resolvi postar o vídeo, isso é racismo e é crime. Esse entregador é meu filho, um trabalhador honesto e não precisa sentir ou ter inveja de um escroto como esse”, escreveu.
No vídeo, o homem de azul aparece nos primeiros segundos falando “seu lixo”, o que dá a entender que a discussão já tinha começado antes. “Aqui não vai acontecer nada. Com esse funcionário também não vai acontecer nada. Morô? Você entendeu?”, diz. Logo depois, o motoboy afirma que estava “aguardando a viatura”.
A sequência de ofensas continua:”Quanto você tira por mês? Dois mil? Três mil [sic] real? Isso é inveja da gente, você tem inveja disso aqui, [sic] fio, você tem inveja dessas famílias, disso aqui [diz o homem enquanto mostra seu braço branco]”.
O vídeo correu grupos de entregadores, que amplificaram o caso. Emerson Osasco, do movimento Torcidas Antifascistas, foi um dos que compartilharam o vídeo nas redes.
Segundo o portal G1, o caso aconteceu no dia 31 de julho, e um vizinho foi responsável por gravar o vídeo. O entregador chamou a Guarda Municipal, que levou os envolvidos para a Delegacia de Valinhos, onde a vítima registrou um boletim de ocorrência. Segundo o motoboy, as ofensas começaram por um problema na entrega.
“Teve um momento que ele cuspiu em mim, jogou a nota no chão e disse que eu era lixo. Na frente da polícia, ele continuou com as agressões, me chamou de favelado”, disse a vítima, que não quis se identificar.
A Delegacia informou que, devido a repercussão do vídeo, irá realizar uma coletiva de imprensa às 16h desta sexta-feora 07 para dar mais informações sobre o caso.
Deputado pede cópia de dossiê de órgão que monitorou antifascistas
No documento, ele reivindicou o objetivo de “assegurar que tais atividades [de inteligência] sejam realizadas em conformidade com a Constituição Federal e com as normas constantes do ordenamento jurídico nacional, em defesa dos direitos e garantias individuais e do Estado e da sociedade”.
Guimarães também lembra que o ministro da Justiça, André Mendonça, trocou a chefia da Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), órgão que fez o trabalho de monitoramento. A decisão do ministro ocorreu dias depois que o colunista do portal UOL Rubens Valente revelou a existência do dossiê.
“Se não existisse relatório/dossiê e se a matéria publicada fosse completamente infundada, o diretor da SEOPI, pessoa de confiança do ministro da Justiça não teria sido afastado do cargo. Por isso, solicitamos todos os documentos que foram produzidos durante o monitoramento sobre do cidadãos mencionados”, argumentou o deputado.
No entanto, após ser cobrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para dar explicações, André Mendonça negou a existência do dossiê. O Ministério da Justiça já havia informado que instaurou uma investigação interna para apurar a ocorrência.
Carta Capital