quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Casos pontuais ou surto generalizado: os possíveis cenários para o coronavírus no Brasil



Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,Direito de imagemJOSE CRUZ/AGENCIA BRASIL
Image captionMinistro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, diz vale a regra do bom senso na primeira etapa da chegada da doença ao Brasil
O primeiro caso de coronavírus no Brasil foi confirmado nesta quarta-feira (26). Um homem de 61 anos, que passou duas semanas na Itália, apresentou os sintomas e agora está em isolamento domiciliar em São Paulo.
Mas o que vai acontecer de fato no país com a divulgação de um caso da doença Covid-19? Haverá quarentenas para poucos ou para cidades inteiras? Aulas serão canceladas? Ou a rotina segue relativamente normal, como em mais de 40 países que já tiveram casos confirmados da doença?
Na prática, tudo depende da evolução dos casos no país. Há dois grandes cenários possíveis na crise atual: um de contenção, outro de mitigação.
No primeiro, o país passa a ter cada vez mais casos pontuais ligados a pessoas oriundas de outros países, como tem acontecido nos Estados Unidos e no Reino Unido. O Brasil, hoje, está nesse grupo.
No segundo, o vírus foi disseminado em uma área mais ampliada pelo contágio, o surto está instalado no país e a doença passa a ser transmitida com rapidez e volume entre diversas pessoas, como na Itália, na Coreia do Sul e China
De todo modo, em ambos cenários a doença mantém uma taxa de letalidade considerada baixa por especialistas e autoridades. Ela mata 2 a cada 100 pessoas infectadas e mais de 80% dos casos são leves. "É mais uma gripe que a humanidade vai enfrentar", afirmou o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta.
Cenário 1: Casos pontuais, sem transmissão sustentada — contenção
Até o momento de publicação desta reportagem, o novo coronavírus, batizado de SARS-COV2, atingiu 50 países e territórios. São quase 82 mil casos confirmados da doença — chamada de covid-19 —, sendo 78.497 na China (ou 97% do total). Há atualmente mais casos novos sendo registrados fora da China do que dentro do país.
Até agora, o surto se instalou de fato em apenas quatro desses lugares: China, Coreia do Sul, Irã e Itália. Nos outros, há casos confirmados de modo isolados, como no Brasil.
E o que tem sido feito nesses 46 países e territórios?
O protocolo internacional indica uma sucessão de passos que vão sendo tomados à medida que o surto avança ou não, colocando na balança tanto a segurança da população quanto o impacto socioeconômico. O mais importante é identificar rapidamente quem está doente, garantir o isolamento e evitar que a doença se espalhe.
Em geral, a rotina da população não sofre mudanças, exceto a daqueles que estão doentes ou tiveram contato próximo com essas pessoas infectadas.
Nos EUA, onde foram confirmados 60 casos, não houve cancelamento de aulas e eventos públicos ou cidades sob quarentena até agora, por exemplo — o mesmo se vê em 16 países europeus.
O governo americano tem adotado medidas básicas para evitar a circulação da doença, como quarentena domiciliar ou hospitalar para quem apresentar sintomas, ampliação das recomendações de prevenção e monitoramento daqueles que tiveram contato com pessoas doentes ou viajam de zonas onde o vírus circula.
O que determina onde ficará o paciente é a sua condição de saúde. Um isolamento hospitalar, segundo o Ministério da Saúde brasileiro, só aumenta o risco de transmissão da doença para mais pessoas e é recomendado para pessoas com sintomas graves.
Por ter apresentado sintomas brandos, por exemplo, o brasileiro diagnosticado com a doença em São Paulo ficará 14 dias em casa ao lado de sua mulher, que será mantida ali por outros 14 dias, ao fim desse período.
O passo seguinte é identificar e monitorar todas as pessoas com as quais o paciente teve contato. No caso do brasileiro, isso inclui 30 pessoas que ele recebeu em casa num evento familiar e os passageiros de poltronas próximas à dele no avião oriundo da Itália.
Na China, são monitoradas atualmente mais de 100 mil pessoas que tiveram contato com pacientes do Covid-19. Outras 500 mil já passaram por processo semelhante.
Sintomas do covid-19
Mesmo antes da confirmação do caso, o Brasil já havia elevado seu alerta para a doença de nível 2 (perigo iminente) para 3, no qual se declara emergência de saúde pública de importância nacional.
Nessa situação, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Oliveira, explicou que há uma mobilização conjunta de governos federal, estaduais e municipais "para que o vírus não se disperse", para ampliar a conscientização da população e para adotar dispositivos normativos para "acelerar a organização dos serviços de saúde e ampliar a capacidade de atendimento da população", a depender do possível avanço da doença.
A Organização Mundial da Saúde não recomenda qualquer fechamento de fronteiras, mas alguns países têm adotado esse tipo de medida. Foi o caso de nações vizinhas do Irã, por exemplo.
A medição de temperatura dos passageiros tampouco é eficaz, já que a doença pode ser transmitida durante o período de incubação, que varia de 1 a 14 dias e não há sintomas, como febre, tosse, coriza ou falta de ar.
Ninguém também é proibido de deixar o país nesse cenário. Para o ministro da Saúde brasileiro, vale a regra do bom senso. Ou seja, se a viagem internacional for inadiável, que se adote todas as medidas de precaução. Se não for, melhor cancelar.
Cenário 2: Surto instalado no país  mitigação
"Se há um surto instalado numa região, em um Estado ou uma cidade brasileira, por exemplo, não há dúvida de que o cancelamento de aulas, eventos com aglomerações e adoção de quarentenas são as medidas mais adequadas", explica Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia.
Esse tipo de estratégia foi adotado no Brasil em 2009, quando havia um número grande de casos de vírus H1N1 — infecção que matou entre 151.700 a 575.400, segundo o governo americano.
No caso do novo coronavírus, o primeiro país a adotar medidas dessa natureza foi a China, onde o surto começou em dezembro do ano passado.
"Essas ações podem ser disruptivas e ter impacto econômico e social em indivíduos e comunidades. No entanto, estudos mostram que a adoção em etapas dessas intervenções podem reduzir a transmissão em comunidades", explica o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Para a chefe desse órgão, Nancy Messonnier, não é mais uma questão de "se" a doença vai se espalhar nos EUA, por exemplo, mas "quando". Por isso, as pessoas precisam estar preparadas para as mudanças drásticas que isso vai acarretar, como suspensão de aulas, trabalho remoto e confinamento em casa.

Taxa de mortalidade por coronavírus por idade

Fonte: Centro Chinês para Controle de Doenças
Essas medidas começaram a ser adotadas inicialmente na cidade de Wuhan, na China, considerada o epicentro da doença. Gradualmente, aulas foram suspensas, empresas reduziram expedientes ou fecharam, sistemas de transporte público foram paralisados, a circulação de pessoas nas ruas foi praticamente proibida. Por fim, a medida mais restritiva foi o fechamento das divisas da cidade.
Para parte dos especialistas, apesar de todos os duros transtornos que essas medidas causam, elas têm funcionado, por exemplo, para conter o avanço da doença na China. Há uma tendência de queda no número de novos casos há mais de duas semanas.
Em meio a uma explosão de casos, a Itália passou a adotar medidas parecidas com a da China. Em cinco dias, os registros no norte italiano passaram de 4 para mais de 450.
O Carnaval de Veneza foi cancelado dois dias mais cedo, jogos da primeira divisão de futebol foram adiados, empresas começaram a adotar trabalho remoto e 10 cidades que somam 50 mil habitantes foram submetidas a quarentenas. Ninguém entra ou sai dali, salvo raras exceções. Como consequência, pessoas passam a estocar mantimentos, e mercados começaram a registrar desabastecimentos parciais. Ruas ficam vazias.
O principal instrumento à disposição do Brasil para uma situação desse tipo com surto instalado é a lei sancionada no dia 7 de fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro, prevista para vigorar enquanto durar a emergência internacional do surto, decretada pela Organização Mundial da Saúde no fim de janeiro.
O texto brasileiro determina que, diante de uma situação de emergência, o governo poderá colocar cidadãos em isolamento ou quarentena, sob condições estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Também poderá realizar compulsoriamente exames e testes laboratoriais, coletar amostras para análises e aplicar vacinas e tratamentos médicos específicos.
Não adotar medidas como quarentenas, isolamento rápido de pessoas doentes e transparência na divulgação de informações pode agravar a disseminação da doença e levar à perda de controle sobre a cadeia de transmissão do vírus de uma pessoa para outra — estima-se que, no caso do novo coronavírus, uma pessoa infectada contamime até outras três, em média.
Esse descontrole é o que especialistas e autoridades estrangeiras temem que esteja acontecendo no Irã, onde também há transmissão sustentada. O governo iraniano tem se negado a adotar medidas como quarentenas, sob o argumento de que elas não funcionam e querem evitar o fechamento de lugares sagrados para os clérigos que controlam o país, como a cidade de Qom, onde mais de uma dezena de pessoas morreram.
Em um dia, quatro países vizinhos do Irã registraram seus primeiros casos confirmados da doença. Todos eram ligados a pessoas oriundas do território iraniano.
"No fim, a nossa principal preocupação nesse tipo de surto é sobre o impacto em sistemas de saúde como o do Brasil, que já precisam lidar com epidemias e endemias, como a dengue e o sarampo. Essa é mais uma doença que chega", explica Fernando Spilki, da Sociedade Brasileira de Virologia.

E o que realmente funciona para as pessoas se protegerem?

A BBC News Brasil conversou com infectologistas e colheu as principais recomendações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, o Serviço de Saúde britânico (NHS) e do Ministério da Saúde brasileiro nesse sentido.
A principal — simples, porém bastante eficiente — é lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegar em casa ou antes de manipular alimentos.
As outras são:
  • Manter o ambiente limpo
  • Evitar aglomerações e manter distância de pessoas com sintomas de gripe
  • Manter hábitos saudáveis para fortalecer a imunidade. Ou seja, dormir a quantidade de horas certas para a sua idade, alimentar-se bem, manter-se hidratado, fazer exercícios físicos regularmente e tentar reduzir o estresse.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Opiniões:VII Encontro de Burrinhas,Caboclinhos,Catirinas e Maracatus de Pernambuco




Katia Marinho Lindo parabéns a cidade
Maria Lucia Soares Lindos maravilhoso Parabèns!

Sinhá Santos Muito bom amei


Eleonora Barbosa0:31 Muito bom

Vera Barros Parabéns jovem!Tudo muito bonito.!!Sensacional!



Abigail Arruda Na antiga gestão você se destacou como um Secretário de Cultura espetacular!
Eu não me canso de elogiar o seu trabalho e o quanto você valoriza e resgata a nossa cultura enaltecendo a nossa Cidade.
ParabénsEdgar S. Santos!




Edgar s.Santos: Obrigado Bom Jardim! Obrigado, aos nossos colaboradores que estiveram conosco organizando toda essa festa bonita: VII Encontro de Burrinhas,Caboclinhos,Catirinas e Maracatus de Pernambuco. Muito trabalho que tivemos para fazer mais um encontro. Graças ao bom Deus estamos finalizando mais um grande momento em que a CULTURA de Pernambuco, do Agreste, da Mata, de nossas comunidades de Bom Jardim são revigoradas. Obrigado a Rede Globo Nordeste, sites e Blogs de Bom Jardim, Rádio Jornal de Limoeiro, Correio do Agreste, Blog do Agreste, JA Bebidas, Lojas Ribeiro, Kobra Publicidade, Hildelbrando.Com, EASSESSORIACULTURAL ,BomJardim NEWS,Tamboatá Notícias, Rádio Cult, Júnior do Mercadinho Central, Mercadinho Cirilo, Blog Professor Edgar Bom Jardim, Lúcio Mário Cabral, Portal Bom Jardim, nossa equipe de Bombeiro@s, Roberto Cruz Andrezza Formiga, Noé da Ciranda, culturapopularpe.com.br , estudantes da EREM Justulino Ferreira Gomes, Mercadinho Ponto Certo, Edgar Lira, Orquestra Bonjardinense, Prefeitura de Bom Jardim: Secretaria de Assistência Social, Infraestrutura, Administração, Saúde, Finanças, Rosimere Alves, Aninhaa, Lúcia, Olávia,neves, Célia , Alfredo Neto, Wellington Alves, Rádio Integração, Rádio Cultural de Limoeiro, Fundarpe, Secretaria de Cultura de Pernambuco, Governo do Estado de Pernambuco, Polícia Militar, Seguranças, pessoal da limpeza, técnico de som, Maria José e Equipe, Jane, Renan, Gabriel, Alinton, André, Pedro, Pollyanna Valença , Yan, Eliel, Fábio, Mônica, Akires Sabino, Ênio, Adjair, Lucas, Fabiano, Alexandre, Paulo, Fernanda, Toka, Geová, Lula, Zé Célio, Danilo, Ivonete, Arthur, Teresa, Paulo, Biu Caboclo, Rafael, Gilson, Jô, Carol, Apilly e toda equipe...... Gente, todas estas pessoas sonharam com a gente pra fazer este encontro. E lógico deve ter mais pessoas torcendo por nós, É assim que se faz um evento dessa magnitude, envolvendo pessoas, empresas, profissionais de diversas áreas, meios de comunicação, artistas, músicos, empreendedores, gestores, governos,. Isso é um projeto que venho trabalhando, idealizando, formatando, organizando textos, pesquisas,para aprovar em edital, ser aprovado em comissão, ir ao Recife, ir as comunidades, cidades, bater nas portas, ter paciência, esperar, ... Não é fácil. Ficamos felizes com o apoio e reconhecimento de todos vocês. Professor Edgar, Produtor Cultural, , idealizador do Evento. Meu agradecimento muito especial as políticas públicas da Fundarpe, Governo de Pernambuco. Nós últimos 4 anos conseguimos aproximadamente 200 mil reais em atrações da cultura popular para valorizar, reconhecer e colocar Bom Jardim numa posição de destaque no cenário cultural de Pernambuco. A luta é grande... Obrigado! 

Pollyanna Valença Se não fosse Edgar S. Santos não teria esse evento tão bonito. Viva a cultura de Bom Jardim.



Viviane Vasconcelos Parabéns Edgar!!! Sempre tornando a cultura carnavalesca viva no coração das pessoas!!! 






Sônia Duarte Parabéns, Edgar! Seu esforço e sua dedicação para preservar nossa cultura fazem a diferença no carnaval do nosso município!


José Márlio Salviano Parabéns Edgar pela luta e esforço de um projeto grandios


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Viradouro é campeã do carnaval do Rio com homenagem a mulheres lavadeiras



A Viradouro é a campeã do carnaval do Rio de Janeiro em 2020. A escola dos carnavalescos Tarcisio Zanon e Marcus Ferreira levou para a avenida o tema “Viradouro de Alma Lavada”, homenageando o Ganhadeiras de Itapuã, grupo nascido em 2004 e que tem como objetivo homenagear mulheres que nos séculos 19 e 20 lavavam roupa para garantir o sustento da família ou saíam com seus balaios a pé para vender peixe pela cidade. As ganhadeiras recontam essas histórias em forma de cantigas e samba.
Depois de 23 anos, a escola conquista o seu segundo título, em uma disputa acirrada com as escolas Grande Rio e Beija-Flor. Na apuração final, a Viradouro alcançou nota de 269,6, a mesma da segunda colocada, Grande Rio; em terceiro, a Mocidade Independente de Padre Miguel ficou com 269,4.
Estácio de Sá e União da Ilha foram rebaixadas e desfilam o carnaval 2021 em grupo de acesso.

Leia a letra do samba-enredo da Viradouro
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!
Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Levanta, preta, que o Sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
E o balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossas ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda, na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé
É a voz da mulher!
Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô, o axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ó, mãe! Ensaboa, mãe!
Ensaboa, pra depois quarar
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Ora yê yê ô oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no Abaeté
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O que acontece agora que Brasil tem 1º caso confirmado de coronavírus



Ministro da Saúde, Luiz Henrique MandettaDireito de imagemREUTERS
Image captionMinistro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que OMS 'já deveria' ter declarado uma pandemia

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (26/02) ter confirmado o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil.
Dois exames atestaram que um empresário de 61 anos que vive em São Paulo foi infectado após viajar sozinho à Itália. Ele retornou na sexta-feira e apresentou sintomas, como febre, tosse, dor de garganta e coriza, dois dias depois.
Na segunda-feira, procurou atendimento médico no Hospital Albert Einstein, onde foi feito o primeiro exame. Depois, uma amostra foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz, que fez contraprova e confirmou a presença do vírus.
O empresário está bem, segundo o ministério, e permanecerá isolado em sua casa até o desaparecimento dos sintomas. Sua mulher também será monitorada por mais duas semanas após cessarem os sinais da doença em seu marido.
De acordo com o governo, o protocolo internacional recomenda que ele seja mantido em sua residência, porque não se encontra em estado grave. No hospital, haveria o risco de ele transmitir o vírus para outros pacientes mais debilitados.
Também estão sendo monitorados cerca de 30 parentes que estiveram em sua casa em uma reunião de família no domingo. O ministério ainda está entrando em contato com passageiros que viajaram perto do paciente no avião que o trouxe da Itália.
"Agora, com o primeiro caso confirmado no Brasil, vamos ver como o vírus vai se comportar em um país tropical em pleno verão", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
"É um vírus novo, que pode ou não manter o mesmo padrão de comportamento de transmissão que tem no hemisfério norte, com o frio."

Medidas para evitar que o vírus se espalhe

O Brasil já se encontrava desde o dia 4 de fevereiro no terceiro e mais elevado nível de alerta do sistema de vigilância epidemiológica, após o Ministério da Saúde decretar uma situação de emergência de saúde pública de importância nacional.
Anteriormente, o governo havia informado que essa etapa só seria alcançada quando houvesse um caso confirmado no país, mas Mandetta decidiu antecipá-la para ser capaz de fazer contratações emergenciais para preparar o país para receber os brasileiros que foram trazidos da China e mantidos em quarentena em uma base militar em Anápolis, em Goiás.
A decisão foi tomada após a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar uma situação de emergência em âmbito global, ao manifestar preocupação com casos de transmissão fora da China e o impacto do coronavírus sobre os sistemas de saúde de países mais pobres.
Agora, com a confirmação do primeiro caso, serão ampliadas as ações da vigilância epidemiológica e os preparativos para atendimentos de possíveis pacientes na cidade de São Paulo, além de serem tomadas medidas de contenção para evitar que o vírus se espalhe em território nacional.

Paciente é transportado na ItáliaDireito de imagemEPA
Image captionItália tornou-se nos últimos dias um dos países mais afetados na Europa

"São Paulo é a cidade mais populosa do país e tem uma comunicação com a Itália e países europeus e comunidades destas nacionalidades muito extensas, e esse trânsito deve se intensificar, porque as pessoas com receio do vírus antecipam sua volta das férias ou de intercâmbio", disse Mandetta.
Caso haja disseminação do vírus dentro do país, será dado início à fase de mitigação do surto, com ações para evitar que ocorram muitos contágios e mortes. "A situação não muda muito em relação ao que era feito com os casos suspeitos", disse o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Henrique Ferreira.
"A própria vigilância tem condições de atuar nesta nova epidemia que talvez venhamos a enfrentar por aqui. Mas ainda não podemos dizer que estamos nesta situação, porque temos apenas um caso aqui."
Desde a decretação de emergência, disse Mandetta, algumas medidas já foram tomadas antevendo diferentes cenários, como a compra de equipamentos de proteção e a licitação para aluguel de equipamentos usados em unidades de cuidados intensivos.
Foram adquiridos testes rápidos para ter um processo mais ágil de confirmação de casos. Também será ampliada a campanha de comunicação sobre a doença para orientar os cidadãos sobre como proceder.
Também foram consultados o Conselho Federal de Medicina e a Sociedade Brasileira de Infectologia para saber quais medicamentos serão necessários para atender possíveis pacientes.
Não há, até o momento, medicamentos retrovirais ou vacina específicos para o novo coronavírus. No tratamento, são usadas drogas para combater os sintomas da doença que ele causa — a covid-19. "Só vamos superar essa situação quando tivermos tecnologia para ter uma vacina. Por enquanto, é precaução e cautela", disse Mandetta.
O governo descartou suspender voos ou fazer um controle das fronteiras. "Fechar fronteiras ou fazer testagem em portos em aeroportos não tem eficácia nenhuma, porque os pacientes podem ter o vírus sem apresentar sintomas. Essa é mais uma doença que a humanidade vai ter que enfrentar", afirmou Mandetta.

OMS já deveria ter decretado uma pandemia, diz ministro

O governo alertou que o número de casos suspeitos no Brasil deve aumentar nos próximos dias, porque atualmente a classificação de risco para possíveis infecções do ministério leva em consideração 16 países — este critério tem como base países nos quais houve mais de cinco casos de transmissão local.
O planejamento de ações para este surto é similar ao que foi aplicado no país durante a pandemia de H1N1, em 2009, disse o ministro.
Uma pandemia é uma epidemia em escala global. Na segunda-feira (24/02), a OMS disse ainda ser cedo para decretar que este surto seja uma pandemia, porque não foi detectada uma disseminação descontrolada do novo coronavírus.
O ministro disse discordar desta posição. "Muito em breve, a OMS não vai trabalhar mais com nexo de país (para detecção de possíveis casos). Ela vai ter que fazer reunião com especialistas e considerar que se trata de uma pandemia. Aliás, já tem critérios para isso. Se ficar nesse nexo causal, vamos estar sempre correndo atrás", disse Mandetta.

Passageiros passam por triagem em aeroporto na PolôniaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNa Polônia, passageiros de voos vindos da Itália estão passando por triagem

Até a terça-feira, segundo a OMS, foram registrados 80,2 mil casos do novo coronavírus no mundo, dos quais 77,7 mil na China. Outros 33 países já foram afetados.
Mas o Ministério da Saúde aponta que o total de pacientes na China pode ser bem superior aos índices oficiais, porque muitas pessoas podem ter apresentado sintomas leves e não procurado atendimento médico.
De acordo com o governo federal, a tendência atual é de estabilização do número de casos na China e de elevação em outros países.
A Itália tornou-se nos últimos dias um dos países mais afetados na Europa, com mais de 300 casos confirmados e 12 mortes.
Além do Brasil, outros países, como Grécia, Algéria, Áustria, Croácia, Espanha e Suíça notificaram recentemente seus primeiros casos do novo coronavírus em pessoas que viajaram para a Itália.
No Brasil, além do primeiro caso confirmado, há 20 casos suspeitos sendo monitorados, em sete Estados — São Paulo (11), Santa Catarina (2), Rio de Janeiro (2), Minas Gerais (2), Espírito Santo (1), Paraíba (1) e Pernambuco (1). Outros 59 foram descartados.
O novo coronavírus já provocou 2,7 mil mortes — 2.666 na China. Isso aponta que o vírus tem uma taxa de letalidade no mundo de 3,4%. Mas este índice chega a 8% entre pacientes com 70 e 79 anos e a 15% entre aqueles com mais de 80 anos.
"Esta é uma síndrome gripal que se comporta de maneira mais agressiva nos pacientes de mais idade. Mas temos observado um número expressivo de pessoas se recuperando da doença", disse Mandetta.
Segundo dados da OMS, o período de incubação do vírus, ou seja, o tempo entre a infecção e o surgimento dos primeiros sintomas, é de até 14 dias, mas a média apontada até agora é de 5 dias.
O Ministério da Saúde informou que, até o momento, de acordo com os estudos feitos sobre o novo coronavírus, uma pessoa infectada é capaz de transmiti-lo para mais duas ou três pessoas, mas há casos em que chega a ser passado para até sete pessoas.
"Ainda não há um padrão bem descrito, mas podemos observar a maioria dos casos estudados estão nesta faixa de duas a três pessoas", afirmou o secretário de vigilância em saúde, Wanderson de Oliveira.
Estima-se que o paciente de São Paulo tenha entrado em contato com 50 a 60 pessoas após ser infectado. No entanto, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, esclareceu que isso não significa que todas serão contaminadas.
"Mesmo que o número de pessoas com quem ele teve contato seja alto, estudos apontam que outros pacientes contaminaram de duas a três pessoas apesar de ter entrado em contato com 20, 30 ou 40 pessoas. Isso significa que o contato precisa ser mais íntimo para que haja transmissão", disse Gabbardo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Roberto Cruz comanda Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco


A sétima edição da festa ocorre na terça de Carnaval (25), em no município de Bom Jardim
Na próxima terça-feira (25), a cidade de Bom Jardim, localizada no Agreste de Pernambuco, recebe a sétima edição do Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco. A festa acontece a partir das 8h, no Pátio de Eventos João Salvino Barbosa, no Centro da cidade. A programação terá início com o desfile de agremiações. Em seguida, o cantor e compositor Roberto Cruz anima os foliões com show no palco.
No mesmo dia, Roberto segue para Recife, onde se apresentará no estreante Polo descentralizado do Poço da Panela. O artista preparou uma apresentação singular inspirada no carnaval, que promete levar ao público um repertório único, mesclando o que a de melhor na cultura pernambucana. Além de Roberto, o Polo vai contar com apresentações de nomes como Jorge Aragão e Genival Lacerda
O Poço da Panela fica localizado na Zona Norte do Recife
Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco
Pátio de Eventos João Salvino Barbosa
A partir das 8h
Gratuito

Professor Edgar Bom Jardim - PE