sábado, 28 de abril de 2018

Guerra & Paz:5 momentos-chave do encontro histórico entre os líderes das Coreias


Moon Jae-in e Kim Jong-unDireito de imagemAFP
Image captionOs líderes das duas Coreias concordaram em dar início a uma 'nova era de paz'
O encontro desta sexta-feira entre Kim Jong-un e Moon Jae-in foi a terceira vez em que líderes das Coreias se reuniram.
O momento histórico, em que os dois lados prometeram desnuclearizar a península coreana, teve vários momentos simbólicos e incomuns. Confira a seguir.

1. Por que o encontro ocorreu do lado sul-coreano

A Coreia do Norte havia concordado que seu líder se encontraria com Moon Jae-in no lado sul-coreano de Panmunjom. Isso remete a um comentário feito em junho de 2000 pelo então presidente da Coreia do Sul Kim Dae-jung no encontro com Kim Jong-il, o pai de Kim Jong-un, na primeira reunião entre líderes dos dois países, em Pyongyang.
Kim Dae-Jung, que era 17 anos mais velho que Kim Jong-il, disse na época que um homem mais jovem deveria ir ao encontro de um homem mais velho para lhe fazer uma visita, e que seria apropriado que Kim Jong-il retribuísse seu gesto e visitasse a Coreia do Sul.
Kim Jong-un e Moon Jae-in cruzam fronteiraDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionKim Jong-un invited Moon Jae-in to cross the line into North Korea with him
Isso nunca aconteceu, então, ao se tornar o primeiro líder norte-coreano a visitar a Coreia do Sul desde 1951, Kim Jong-un demonstrou respeito ao presidente Moon, talvez para deixar claro que essa rodada de negociações será diferente da última.
O encontro entre o alto escalão dos governos coreanos teve início na linha de demarcação militar, também conhecida como linha do armistício, que divide os dois países e onde há, de ambos os lados, uma zona desmilitarizada.
Moon e Kim Jong-un se encontraram nesta fronteira e se cumprimentaram com um aperto de mãos. Moon perguntou ao líder norte-coreano quando ele poderá visitar a Coreia do Norte. Então, aconteceu algo que fugiu do roteiro.
Em uma demonstração de bom humor e de sua personalidade impulsiva, Kim pediu que Moon fosse até o lado norte-coreano. Os dois cruzaram a linha de mãos dadas.
Esse comportamento tem a intenção de mostrar que Kim está no comando, mas ele também se comportou de forma respeitosa com Moon, indicando que sua intenção de buscar a paz é sincera e que a Coreia do Norte não fará, ao menos por agora, mais provocações como as dos últimos tempos.

2. Spray desinfetante - e uma demonstração de força

Guarda-costas acompanham carro de Kim Jong-unDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEquipe de segurança que líder norte-coreano levou ao encontro foi considerada uma demonstração de força
Há algumas vantagens de ser o líder da Coreia do Norte, como ter uma grande comitiva de segurança. Membros da guarda norte-coreana e seguranças pessoais entraram antes em cada uma das salas usadas no encontro para fazer uma varredura em busca de escutas eletrônicas e explosivos. As cadeiras em que ele se sentaria e as superfícies que ele tocaria foram limpas com spray desinfetante.
Quando a reunião foi interrompida para o almoço, a limusine de Kim foi acompanhada por uma dúzia de guarda-costas, que correram ao seu lado.

3. Assuntos incômodos - e uma rara admissão

Nas suas primeiras palavras para Moon, Kim tratou de diversos assuntos espinhosos.
Vista do pico do Monte PaektuDireito de imagemAFP
Image captionO Monte Paektu é considerado um local sagrado para o povo coreano
Ele disse que "refugiados, desertores e moradores da ilha de Yeonpyeong" tinham grandes expectativas em relação ao encontro. É incomum que Kim fale sobre desertores da Coreia do Norte - Pyongyang normalmente os vê como traidores e suas famílias podem ser alvo de punições.
Sua referência a Yeonpyeong foi uma alusão ao ataque lançado em novembro de 2010 pelas Forças Armadas norte-coreanas contra esta ilha no Sul, que observadores avaliaram como um esforço de Kim Jong-il para garantir que seu filho fosse seu sucessor.
É ainda mais interessante, no entanto, a admissão de Kim Jong-un de que a infraestrutura essencial da Coreia do Norte precisa de melhorias. Moon disse a Kim que ele gostaria de escalar o Monte Paektu, uma montanha no Norte considerada sagrada pelo povo coreano. "Fico com vergonha da infraestrutura ruim de transporte", disse Kim Jong-un em resposta.
Uma linha férrea mais moderna para a área próxima do monte está sendo construída há muitos anos e, aparentemente, Kim reconheceu, de forma incomum, que o projeto não progrediu como deveria.

4. Cultura e esportes - mas nada de economia

Reunião entre líderes das CoreiasDireito de imagemAFP
Image captionA irmã de Kim Jong-un, Kim Yo-jong, o acompanhou no encontro
Nas primeiras interações com Moon, Kim estava acompanhado apenas de sua irmã mais nova, Kim Yo-jong, e do ex-chefe do serviço de inteligência do seu país, Kim Yong-chol, que é hoje um dos principais articuladores de Pyongyang para as políticas entre as Coreias. Estes são dois dos principais conselheiros do líder norte-coreano e ambos foram até o Sul para a recém-encerrada Olimpíada de Inverno.
Antes das reuniões terem início, Kim Yo-jong carregou para seu irmão a pasta com os documentos contendo as informações necessárias para os encontros e, na sessão realizada pela manhã, fez muitas anotações.
Equipe unificada das Coreias na Olimpíada de InvernoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEncontro sinalizou para um maior intercâmbio militar, esportivo e cultural entre os países, mas não econômico
Kim Jong-un ainda viajou com vários outros oficiais, que o acompanharam em diferentes etapas da reunião: as duas principais autoridades do país em política externa, os dois principais oficiais das Forças Armadas, além de autoridades em cultura, esporte e ajuda humanitária, o que demonstra seu foco em fazer avançar as interações militares e diplomáticas, além de promover um intercâmbio cultural e esportivo.
No entanto, em contraste com sua visita à China, quando se reuniu com o presidente Xi Jinping, nenhuma autoridade em economia nem encarregados da segurança interna da Coreia do Norte estavam presentes.
Isso indica que boa parte da interação inicial entre Moon e Kim é cosmética e que gestos mais substanciais em termos de cooperação econômica e desenvolvimento conjunto de projetos devem ocorrer em um momento posterior.

5. Saudações repletas de significado

O ministro da Defesa da Coreia do Norte, Pak Young-sik, e o chefe do Exército Popular Coreano, Ri Myong-su, saudaram Moon em um gesto de boa vontade e respeito quando as duas delegações se encontraram e se cumprimentaram.
Moon Jae-in e Kim Jong Un fazem inspeção militarDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAs duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra, mas isso pode mudar em breve
Seus homólogos sul-coreanos não saudaram Kim Jong-un. O líder norte-coreano participou de uma inspeção da guarda militar sul-coreana, mas não retribuiu a saudação de seus integrantes.
Essas saudações são uma lembrança de que a guerra entre as Coreias (1950-1953) terminou com um armistício, não com um tratado de paz.
Os dois líderes concordaram em dar início a "uma nova era de paz", mas, para que isso de fato ocorra, ainda há muito trabalho pela frente.
* Michael Madden é um professor visitante do Instituto EUA Coreia da Universidade SAIS-Johns Hopkins e diretor do site NK Leadership Watch.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Bom Jardim:sai prefeito entra prefeito e continua mesma coisa. Vergonha, diz internauta em rede social

Situação da entrada de Bom Jardim
Os buracos da entrada da cidade de Bom Jardim, acesso via PE - 88,  entrada  do Catolé, continua na mesma situação há mais de uma década. A buraqueira  se repetem, se multiplica  todos os anos. Sai governo,  entra governo e a situação é  sempre a mesma. Durante a gestão passada, populares  produziram  muitas críticas nas redes sociais. A bola da vez é do prefeito João Lira.

Veja o que comentou Edilson Soares: "sai prefeito entra prefeito e continua mesma coisa. Vergonha."

Enquanto  o cidadão reclama da situação, do fato real, nenhum fanático do político  A, B, C pode reclamar do adversário político. Problema ainda não resolvido. E assim a situação continua até ...



Professor Edgar Bom Jardim - PE

Futebol:casal britânico cria sua própria versão do álbum da Copa desenhando as figurinhas

Desenhos do casal sobre a Eurocopa 2016Direito de imagemTWITTER/@CHEAPPANINI
Image captionDesenhos que Alex e Sian Pratchett fizeram durante a Eurocopa 2016: casal conseguiu arrecadar cerca de US$ 7 mil em doações, destinados a instituições de caridade
A febre pelo álbum da Copa do Mundo ressurge a cada quatro anos - e no mundial da Rússia 2018 não tem sido diferente.
Conseguir todas as figurinhas é o grande desafio de milhões de aficionados que consideram o álbum um precioso item de colecionador.
Precioso e agora mais caro. No Brasil, o pacote com cinco cromos sai a R$ 2, o dobro do que se cobrava na Copa de 2014.
O aumento de preço - que não é exclusividade brasileira - tem levado alguns torcedores a buscar alternativas para manter o hobby.
Este foi o caso de Alex e Sian Pratchett, um casal britânico que, ao se ver sem dinheiro para completar o álbum da Copa do Mundo de 2014, decidiu criar sua própria versão desenhando cada uma das figurinhas.
Ilustrações dos jogadores Daniel Alves e Luis SuárezDireito de imagemTWITTER/@CHEAPPANINI
Image captionO brasileiro Daniel Alves e o uruguaio Luis Suárez são dois dos jogadores que o casal deverá voltar a desenhar neste ano
No processo de desenvolvimento do projeto, o casal rapidamente se deu conta de que não sabia desenhar, mas isso não foi empecilho para que seguisse com a ideia - que repetiu na Eurocopa de 2016, sediada na França.
Dessa vez, a iniciativa teve como objetivo arrecadar fundos para instituições de caridade. Acabou conquistando fãs de lugares tão distantes quanto o Irã e o Japão e alcançando uma quantia superior a US$ 7 mil (o equivalente a cerca de R$ 24 mil).
Agora, o plano é superar esse valor.
"São 680 figurinhas para desenhar, cada uma demora cerca de 15 minutos, por isso há aproximadamente 170 horas de trabalho pela frente, para duas pessoas, em um mês", diz o casal na página do site de vaquinhas online criada para atingir esse objetivo.
Ilustrações da seleção argentina e do jogador Sergio AgüeroDireito de imagemTWITTER / @CHEAPPANINI
Image captionOs desenhos têm atraído aficionados por todo o mundo
A intenção é retomar o trabalho tendo como inspiração a edição oficial do álbum, lançada há algumas semanas pela editora italiana Panini.
"Muita gente nos convenceu a fazer novamente", disse Sian Pratchett à BBC.
James Rodríguez e o escudo da Federação Colombiana de FutebolDireito de imagemTWITTER / @CHEAPPANINI
Image captionPara fazer os desenhos o casal busca inspiração na versão oficial do álbum das competições
O casal, que mora em Oxford, planeja dar início à produção no dia 14 de junho, quando começará a Copa, e concluir os desenhos ao longo dos 32 dias de competição.
A única diferença, desta vez, e que representará um novo desafio, é que agora eles têm um bebê, o que obviamente "tem demandado muito tempo".

Custo

Um economista britânico calculou que completar o álbum oficial do mundial custaria pouco mais de 770 libras (aproximadamente R$ 3,5 mil) no Reino Unido.
A Panini, porém, afirma que o valor é consideravelmente menor, se se levar em conta que os colecionadores podem trocar figurinhas repetidas pelas que faltam para completar seus álbuns.
"Chicharito" Hernández e Keylor NavasDireito de imagemTWITTER / @CHEAPPANINI
Image captionO objetivo é desenhar 680 imagens em 32 dias, tempo de duração da Copa do Mundo na Rússia
No Brasil, o preço do pacote com 5 figurinhas passou de R$ 1 real na Copa do Brasil em 2014 para R$ 2 na Copa da Rússia em 2018. Mesmo com o reajuste, o valor em dólar, estimado em US$ 0,59 por pacote, é o mais baixo em comparação com 21 países e a zona do euro.
O levantamento foi divulgado esta semana pelo banco Santander e aponta que a Suíça é o país com o pacote mais caro: são 1,75 francos suíços por pacote, ou US$ 1,80. No Reino Unido, 0,80 libra (US$ 1,12).
"(O trabalho que fazemos) virou algo que atraiu na internet... Nós não prevíamos isso, mas foi muito divertido", afirmou Pratchett.
Apesar de todas as horas de prática, o casal é consciente, entretanto, de que se há uma coisa que permanece desde o início é sua inabilidade para desenhar.
"Somos muito persistentes para melhorar, mas, mesmo depois de desenhar 1.500 cromos, continuamos um desastre", brinca ele.
Com informação da BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Guerra & Paz: em cúpula histórica, Coreias prometem trabalhar por desnuclearização e fim do conflito


Kim Jong-un e Moon Jae-inDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEncontro entre os líderes foi realizado nesta sexta-feira, do lado Sul da fronteira
Os líderes da Coreia do Norte e do Sul concordaram em trabalhar para livrar a península de armas nucleares, após um encontro de cúpula histórico entre os dois países realizado nesta sexta-feira.
Os dois também concordaram em um esforço para transformar o armistício que encerrou a Guerra da Coreia em 1953 em um tratado de paz este ano.
Os anúncios foram feitos pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, e pelo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, após conversas no lado sul-coreano da fronteira.
O encontro entre os dois ocorreu após um longo período de tensão reforçado pela retórica bélica da Coreia do Norte.
Detalhes de como a desnuclearização seria alcançada não foram divulgados, e muitos analistas continuam céticos em relação ao aparente entusiasmo do Norte para o diálogo.
O momento do encontro histórico entre os líderes das duas Coreias
Outros pontos que os líderes concordaram em uma declaração conjunta foram:
  • Fim às "atividades hostis" entre as duas nações
  • Transformação da zona desmilitarizada que divide os países em uma "zona de paz", interrompendo transmissões de propaganda
  • Redução de armas na região enquanto se aguarda o alívio da tensão militar
  • Pressionar por negociações de três vias envolvendo os EUA e a China
  • Organizar um reencontro de famílias separadas pela guerra
  • Conectar e modernizar ferrovias e estradas através da fronteira
  • Mais participação conjunta em eventos esportivos, incluindo os Jogos Asiáticos deste ano

Primeiro encontro desde 2007

Esta foi a primeira vez que um líder norte-coreano pisou em solo sul-coreano. Mas não é a primeira vez que líderes dos dois países se encontram.
O pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, se reuniu com presidentes da Coreia do Sul em duas ocasiões: com Kim Dae-jung, em 2000, e com Roh Moo-hyun, em 2007. Os dois encontros ocorreram em Pyongyang, capital da Coreia do Norte.
Os Estados Unidos seguiram de perto o encontro desta sexta-feira na Coreia do Sul. O encontro entre os dois líderes é visto como uma preparação para um prometido encontro entre Kim e o presidente americano, Donald Trump, ainda sem data e lugar definidos.
A Casa Branca afirmou em um comunicado que espera que a reunião desta sexta signifique um progresso para "um futuro de paz e prosperidade", e manifestou que o governo americano deseja continuar as negociações para o possível encontro entre Trump e Kim "nas próximas semanas".
Kim Jong-un e Moon Jae-in caminham e conversamDireito de imagemEPA
Image captionApós um longo período de tensão, Kim Jong-un sugeriu estar aberto ao diálogo com a Coreia do Sul em janeiro

Prato suíço em homenegam a Kim

Os líderes das duas Coreias foram recebidos por uma guarda de honra usando roupas típicas, no lado sul-coreano, e caminharam até a Casa da Paz em Panmunjom, um complexo militar na zona desmilitarizada entre os países.
Kim então convidou o presidente sul-coreano a passar rapidamente pela linha de demarcação na Coreia do Norte, antes que voltassem para o lado da Coreia do Sul. Durante todo o tempo, eles permaneceram de mãos dadas.
O momento foi aparentemente um improviso durante uma seqüência de eventos altamente coreografada.
Quando a primeira reunião terminou, a dupla se separou para o almoço e Kim retornou ao norte em uma limusine preta cercada por seguranças.
Quando retornou à tarde, os dois participaram de uma cerimônia que consistia no plantio de um pinheiro usando terra e água dos dois países.
Os dois presidentes escavaram o solo na raíz da árvore e revelaram um marcador de pedra com seus nomes, títulos oficiais e uma mensagem onde se lia: "Plantando paz e prosperidade".
À noite, os dois participariam ainda de um banquete no lado sul, com o prato suíço Rösti , à base de batatas, - em homenagem ao tempo que Kim passou estidando na Suíça - junto com macarrão frio e um licor, ambos típicos norte-coreanos.
Kim chegou para as discussões históricas nesta sexta-feira acompanhado por nove autoridades, incluindo sua poderosa e influente irmã Kim Yo-jong.
Com informações da BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE