terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Pernambuco tem primeira paciente investigada por febre amarela


Uma pernambucana de 37 anos está sendo investigada por febre amarela. A mulher chegou no estado no último dia 7, vindo de Mairiporã, em São Paulo, com febre. Foi atendida em um hospital particular e já recebeu alta médica. Ainda assim, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o caso está sendo analisado. Pernambuco não é considerado um estado de risco para transmissão ou circulação do vírus. Desde a década de 1930, não há registros em humanos ou animais.

Segundo George Dimech, diretor geral de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis, a paciente só está sendo monitorada por conta do cenário nacional. São Paulo já registrou 223 casos e 11 óbitos confirmados devido à doença. "Ela foi atendida já no dia 9. Não teve hemorragia, icterícia e nem houve outros casos correlatos na família", complementou o especialista. A amostra coletada da paciente foi encaminhada para o Instituto Evandro Chagas e ainda não há previsão de quando o exame ficará pronto.

O Ministério da Saúde atualizou, nesta terça-feira, as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação da febre amarela no país. Desde o ano passado, os informes seguem a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Portanto, o período analisado desde então é de 1º de julho a 30 de junho de cada ano. No período de monitoramento (que começa em julho/2017 e vai até junho/2018), foram confirmados 35 casos de febre amarela no país sendo que 20 vieram a óbito (até 14 de janeiro deste ano). Ao todo, foram notificados 470 casos suspeitos, 145 permanecem em investigação e 290 foram descartados.

O ministro da Saúde substituto, Antônio Nardi, reforçou a importância da vacinação da população que mora nas áreas com recomendação de vacina e explicou que, como medida adicional de segurança, o Ministério da Saúde solicitou mais 20 milhões de seringas específicas para fracionamento. A ação faz parte da estratégia de medidas de prevenção da febre amarela do Governo Federal.

VACINAÇÃO - Por não haver risco de transmissão da doença no estado, o Ministério da Saúde considera Pernambuco como Área Sem Recomendação de Vacina (ASRV). Sendo assim, não há a necessidade de vacinação para seus residentes. A vacina só é indicada para aqueles que viajarão, por motivo de férias ou trabalho, para as Áreas Com Recomendação de Vacina (ACRV) devido ao risco de transmissão. A Secretaria de Saúde de Pernambuco ressalta que está abastecida do imunizante para o público que tem indicativo para o uso.

DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE FEBRE AMARELA NOTIFICADOS NO PAÍS
Período: 01/07/2017 até 14/01/2018

UF (LPI)*
Notificados
Descartados
Em Investigação
Confirmados
Óbitos
NORTE
AP
2
2
-
0
-
AM
1
1
-
0
-
PA
18
11
7
0
-
RO
5
5
-
0
-
RR
2
2
-
0
-
TO
7
6
1
0
-
NORDESTE
BA
11
6
5
0
-
CE
1
1
-
0
-
MA
1
1
-
0
-
PE
1
0
1
0
-
PI
3
1
2
0
-
RN
1
0
1
0
-
CENTRO-OESTE
DF
20
17
2
1
1
GO
20
14
6
0
-
MS
4
1
3
0
-
SUDESTE
ES
53
31
22
0
-
MG
64
38
15
11
7
RJ
8
3
2
3
1
SP
223
132
71
20
11
SUL
PR
14
13
1
0
-
RS
7
3
4
0
-
SC
4
2
2
0
-
Total
470
290
145
35
20
*LPI – Local Provável de Infecção
FotoIlustração
Com informações do Ministério da Sáude e da repórter Alice de Souza
Diário de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Comunidades de Lagoa de Negro e Umari tristes com a morte do jovem William Santos


O jovem William Santos, 18 anos de idade não resistiu aos ferimentos sofridos na colisão entre duas motocicletas,  no último final de semana, na PE - 90, próximo do povoado de Umari. O sepultamento deverá acontecer nesta quarta-feira, 17/01//2018 em Umari.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Caos:Diagnosticado com sinusite, infecção urinária e enxaqueca, vítima de febre amarela morre e mulher questiona falta de informação

Anderson, a mulher Maria e seus dois filhos
Image captionTécnico em refrigeração que morreu com febre amarela dizia que doença só afetaria macacos | Foto: Arquivo pessoal
Na véspera do último Natal, o técnico em refrigeração Anderson Lopes Oliveira dos Santos, de 31 anos, se lembrou que não tinha tomado a vacina contra a febre amarela ao passar em frente a um posto de saúde fechado. Diante da preocupação e constante insistência de sua mulher, a atendente Maria Dolores Faria Moraes, de 26 anos, ele buscou tranquilizá-la.
"Isso aí não pega, não. Se fosse tão sério assim, tava matando gente. Mas só aparece macaco morto. Só mata macaco, Maria", disse Santos, segundo as lembranças de sua mulher. A doença o matou apenas 15 dias mais tarde.
O técnico em refrigeração morava em Mairiporã, cidade que registrou 20% dos 40 casos de febre amarela silvestre do Estado de São Paulo - 21 dos infectados morreram. Tanto Maria quanto os dois filhos do casal, Beatriz, de 8 anos, e Gabriel, de 6, já estavam imunizados. Só faltava Santos - que deixara a vacina para janeiro.
A família organizou uma festa de Ano-novo em casa, mas já no primeiro dia do ano, Santos se sentiu mal. Dores de cabeça, no corpo e febre o levaram ao Hospital Municipal Nossa Senhora do Desterro, no centro de Mairiporã. Em uma consulta rápida, foi diagnosticado com sinusite.
Anderson Santos
Image captionAnderson Santos morreu quatro dias após ser internado em hospital na Grande São Paulo | Foto: Arquivo pessoal
Segundo sua mulher, Santos discordou do médico. "Meu nariz não está escorrendo e eu não estou espirrando. Acho que o médico é louco", teria dito. Voltou para casa com uma receita de antiinflamatório e descongestionante nasal.
Nos dias 2 e 3, Santos voltou ao mesmo hospital. Ele piorara: as dores estavam mais fortes e agora se concentravam nas articulações e o técnico passara a ter vômitos e incômodo para urinar. Santos também apresentava visão turva, além da sensação de ter areia nos olhos. O novo diagnóstico foi de infecção urinária.
"Bateu um desespero. A dor nos ossos dos dedos dele era tão insuportável que não podia nem encostar. Como aquilo poderia ser só infecção urinária?", contou a mulher de Santos em entrevista exclusiva à BBC Brasil. Ainda assim, Santos foi mandado para casa.
No dia 4, ele deu entrada mais uma vez no hospital e, dessa vez, ouviu que sofria de enxaqueca. Apenas na madrugada do dia 5, com sintomas avançados, os médicos o diagnosticaram com febre amarela e, horas mais tarde, o transferiram para um hospital estadual no município vizinho, Franco da Rocha, onde ele foi internado.
Anderson Santos durante atendimento
Image captionPaciente com febre amarela chegou a ser diagnosticado com sinusite, hepatite, infecção urinária e dengue | Foto: Arquivo pessoal
A partir daí, a doença se agravou rapidamente. Santos teve rins e fígado comprometidos. Passou a fazer hemodiálise e a ter problemas no sistema neurológico. Não sabia mais onde estava, apresentava pensamento confuso e não mexia mais os olhos. Respondia às perguntas apenas por meio de movimentos com o braço.
No terceiro dia de internação, um exame de sangue confirmou que o paciente estava com febre amarela. Já era tarde demais. Santos passou a ter hemorragia pelos ouvidos, boca e nariz. Entrou em coma na noite do dia 8 e morreu às 9h15 do dia 9.
Nesta terça-feira, sete dias depois da morte, a mulher de Santos conversava com a reportagem da BBC Brasil na oficina do marido, onde trabalhava como atendente. Ela está esvaziando o local porque o único funcionário era Santos.
"Essa oficina era o sonho dele, mas eu não tenho condições de continuar sozinha. Eu vou fechar e pedir ajuda para conseguir um serviço".
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde de Mairiporã afirmou que não fornece informações sobre diagnósticos ou condições de saúde de pacientes que tenham passado por alguma de suas unidades de saúde.
Já a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que Santos só chegou à rede do Estado com o diagnóstico de febre amarela e foi encaminhado imediatamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Campanha pró-vacinação

A morte do técnico em refrigeração abalou a família e a vizinhança. Segundo Maria, Santos não viajou nos últimos meses, mas a família vive em uma região de mata em Mairiporã - o mosquito que transmitiu o vírus que dizimou macacos na área foi o mesmo que o vitimou. Não há registros de febre amarela urbana - transmitida entre humanos em cidades - no Brasil desde 1942.
Uma semana depois, Maria diz que sua "ficha ainda não caiu", mas que está preparada para ajudar outras famílias.
"Isso marcou minha vida e me dói muito falar, principalmente quando eu lembro da dor que ele passou e o quanto ele sofreu por essa demora do diagnóstico. Pensar que um mosquito está tirando a vida de muitas pessoas é revoltante", afirmou.
Anderson abraça filho no hospital
Image captionDepois de cinco dias, Anderson foi diagnosticado com febre amarela e internado na UTI | Foto: Arquivo pessoal
O casal estava junto há 12 anos. Para lidar com a dor, ela optou por usar sua página no Facebook para encorajar os amigos a tomarem vacinas e a questionarem os médicos diante de sintomas da doença.
"Falta uma campanha ainda maior. É necessário mais agentes de saúde entrando nos bairros mais afastados, vacinando gente e eu estou disposta a ser voluntária e entrar nesses locais. E eu não vou me cansar de falar o que passei no hospital, dar palestra ou o que mais for necessário. Tudo por causa de uma picada. É inaceitável", diz.

Área de risco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar nesta terça-feira a vacinação contra febre amarela para todos os viajantes internacionais que visitem qualquer área do Estado de São Paulo.
A determinação de novas áreas consideradas de risco de transmissão de febre amarela tinha ocorrido em abril de 2017. A recomendação de vacinação já é válida para viajantes internacionais que visitem estados das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, Minas Gerais e Maranhão, além de partes dos estados da região Sul, Bahia e Piauí.
Vacinação contra a febre amarelaDireito de imagemEPA
Image captionMinistério deu por encerrado surto de febre amarela silvestre em julho, mas novos casos em São Paulo reacenderam alerta
A vacinação deve ser feita ao menos dez dias antes da viagem.
O vírus da febre amarela é considerado endêmico em áreas tropicais do continente africano e nas Américas Central e do Sul. A OMS recomenda que seja tomada uma dose padrão da vacina, o que é suficiente para garantir imunidade e proteção para toda a vida.
O Brasil terá, entre fevereiro e março, uma campanha de vacinação, porém com doses fracionadas. O objetivo do fracionamento é conseguir atender a um número maior de pessoas.
O efeito da dose menor, entretanto, é mais efêmero e tem um período de eficácia variável. Ainda faltam estudos que possam precisar em definitivo o tempo da proteção garantida, se cinco, oito, dez ou mais anos. De acordo com o Instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz, que produz a vacina no Brasil, a dose fracionada pode proteger as pessoas por até oito anos.
A vacina de dose padrão confere imunidade eficaz dentro de 30 dias para 99% das pessoas imunizadas.

Febre Amarela

O nome "febre amarela" se refere ao sintoma da icterícia, quando a pele adquire coloração amarelada, apresentada por alguns pacientes da doença, como Santos.
O vírus é transmitido por mosquitos infectados e causa febre hemorrágica. Os sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, náusea, vômitos e fadiga.
Uma pequena parte das vítimas chega a desenvolver sintomas graves, com insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte. Entre os casos severos, aproximadamente metade deles resulta em morte num período de sete a 10 dias.
Os viajantes com contra-indicações para a vacina contra a febre amarela (gestantes, crianças abaixo de 9 meses ou lactentes, pessoas com hipersensibilidade grave à proteína do ovo e imunodeficiência grave) ou com mais de 60 anos devem consultar um médico para avaliar cuidadosamente a relação risco-benefício.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 14 de janeiro de 2018

Teste de popularidade Lira X Miguel na festa de Bizarra. Veja fotos



 Acompanhar procissão em ano eleitoral é uma verdadeira vitrine  para ficar visto e próximo do povo.Foi assim neste sábado 13 de janeiro 2018, no Distrito de Bizarra (Bom Jardim). Miguel e Lira fazendo um teste de popularidade. 


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Festa de São José e São Sebastião em Bizarra


Sábado, dia 13/ 01/ 18 foi o encerramento da tradicional festa de São José é São Sebastião  na comunidade de Bizarra(Bom Jardim-PE). Veja fotos:

Fotos:Igreja São José




Professor Edgar Bom Jardim - PE