domingo, 30 de julho de 2017

Educação não avança porque governos não ajudam

educacao igreja.jpg
Controle das escolas pela igreja católica está entre as causas do atraso da educação brasileira


Em texto anterior, discutimos a evolução histórica inicial da educação no Brasil, começando pelos jesuítas, passando pela adoção do Método Lancaster e terminando, pouco tempo depois, com o retorno progressivo do ensino ao método simultâneo a partir de 1847, em detrimento do método mútuo, predominante por cerca de três décadas.
Ainda que alguns avanços tenham ocorrido nesse fim do período imperial e no início da República, nada de estrutural ocorreu. Como até hoje acontece com a maioria das vanguardas existentes dentro e fora do Brasil, as iniciativas mais relevantes em termos de educação ficam pouco conhecidas pelas pessoas em geral e até mesmo por boa parte dos educadores.
No interior de Minas Geais, por exemplo, o educador Eurípedes Barsanulfo criou, em 1902, com outros professores, o Liceu Sacramento, no município de mesmo nome, que viria a se chamar anos depois, com algumas mudanças educacionais, Colégio Allan Kardec.
O Brasil quase sempre tem suas boas iniciativas isoladas de vanguarda, mas o problema normalmente está na falta de visão, vontade e competência dos governantes para transformar essas exceções em regra, criando políticas eficientes para difundi-las, mas sem perder qualidade.
Muito antes do bom Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, publicado apenas em 1932, Barsanulfo aplicou em sua escola as salas mistas, com homens e mulheres, uma novidade para a época, além de, no método, apresentar uma educação mais focada na prática e na fixação de valores morais, seguindo a linha de autores estudados neste blog, como ComeniusRousseauPestalozzi e Rivail, ainda que não tivesse conhecido os posicionamentos da maioria deles.
Uma grande causa de atraso da educação brasileira foi, por muito tempo, a instituição Igreja Católica, que tentava manter, a todo custo, o seu controle sobre as escolas. Isso ficou claro quando adveio o referido manifesto em 1932, que trazia ideias progressistas e gerou um embate direto com a Igreja.
Após a proclamação da República em 1889, com a separação entre Estado e Igreja, esta buscou, com todas as forças, se manter no controle do país, e a educação, obviamente, é o principal meio de moldar as mentes dos indivíduos.
O Manual de Literaturas Estrangeiras, por exemplo, de autoria anônima, era um calhamaço de 660 páginas, de adoção obrigatória pelas escolas católicas, que criticava romancistas e outros pensadores estrangeiros que mudaram os rumos do mundo. A Igreja lançava um movimento contrarrevolucionário, tentando impedir as mudanças estimuladas pela revolução de 1930 e pelo movimento da Escola Nova.
Apesar disso, Eurípedes Barsanulfo, mesmo sendo inicialmente católico e depois espírita, tinha como parte importante do seu método o ensino da história das religiões em geral, sem doutrinação, revisitando fatos marcantes que determinaram a própria construção das sociedades, assim como os valores morais sustentados por elas, que, ao fim e ao cabo, afastadas as distorções, terminam sendo, em regra, muito parecidos.
É bom lembrar que, apesar de o manifesto ter vindo apenas em 1932, Rui Barbosa já vinha propagando as ideia da Escola Nova desde o final do século XIX, ganhando apoio de José Veríssimo e agitação de Olavo Bilac, mas os especialistas entendem que Barsanulfo, isolado no interior de Minas Gerais, não chegou a ter contato com essa proposta, intuindo boa parte das novidades que imprimiu à educação da instituição que criou. 
Outro marco da escola de Barsanulfo era a gratuidade e, assim, a abertura a qualquer tipo de aluno. Com isso, quebrou outro vício da época, mas que perdura de certa forma até hoje, o de separar a elite econômica e os mais humildes. A maior parte dos seus alunos eram, de fato, humildes, mas sua proposta alcançou tanto sucesso que terminou atraindo educandos das mais variadas origens socioeconômicas.
Assim como Pestalozzi, Barsanulfo investiu muito no amor no ensino, em lugar dos castigos corporais, ainda muito comuns à época. Hoje, apesar de ser raro e detestável o castigo corporal, as expulsões de classe, suspensões, proibições etc. são ainda muito comuns enquanto ferramentas educativas para moldar os comportamentos dos educandos, o que, com frequência, não soluciona o problema na raiz.
Numa relação educador x educando, é preciso que se entregue a este aquilo que ele deverá desenvolver em sua vida. É preciso estimular o desenvolvimento das faculdades naturais, e um meio básico de se fazer isso é sendo simplesmente um espelho, ou seja, agindo da forma como se queria que os educandos viessem a agir, explicando a eles porque se deve escolher o caminho “a” ou “b”.
O que se vê com frequência, contudo, é o educador descontar nos educandos as amarguras da vida, considerando suas transgressões de comportamento – e, às vezes, as mais brandas – ofensas que precisam ser apenadas de forma dura. Seja em presídios, seja nos lares, seja nas escolas, há variados estudos demonstrando que a dureza não é a melhor saída quando se quer desenvolver no outro comportamentos de maior paz, serenidade e amor.
Não se trata de leniência, mas de outra forma de lidar com os comportamentos indesejáveis, que pode ser menos hábil a extravasar a insatisfação do educador e que tende a exigir mais trabalho dele, porém que provoca mudanças mais profundas e com resultados muito mais efetivos naqueles que precisam ser educados para não agirem mais de determinada forma considerada inadequada.
Em regra, o indivíduo aceita melhor aquilo que lhe é sugerido quando admira e gosta daquele que lhe faz a sugestão. Por essa e pelas razões acima, é preciso que o educador seja preferencialmente alguém em paz de espírito, sereno, sábio, amoroso, para que possa ganhar a admiração e o afeto do seu educando, gerando, assim, um vínculo que facilita enormemente o processo pedagógico. Uma vez que se pretenda exigir tanto do educador, é necessário que ele seja mais bem preparado e remunerado. 
Segundo Alessandro Cesar Bigheto, um dos maiores especialistas na educação oferecida por Barsanulfo, seu programa era norteado “por princípios de educação ativa e respeito à liberdade de aprendizado, sem os tradicionais sistemas disciplinares. Apenas parte das aulas de Barsanulfo eram expositivas. Os alunos eram estimulados a agir diante do conhecimento. Nas aulas de ciências, observação e contato direto com a natureza; nas aulas de astronomia, investigação e análise dos astros e de aspectos do Universo. Para desenvolver o físico, praticava-se ginástica todos os dias. Havia aulas-passeio como método para se discutir e estudar os diferentes temas. Para se desenvolver a alma, os sentimentos morais e a reflexão ética provocavam-se ações que levassem a uma vivênvia ativa da cooperação fraterna”.
Outra educadora vanguardista no Brasil foi Anália Franco, que seguiu um projeto pedagógico semelhante ao de Barsanulfo, ficando conhecida como a Pestalozzi brasileira, por se dedicar à educação dos órfãos com o mesmo amor do pedagogo suíço, além de a vários outros projetos que ela criou em prol de excluídos e explorados. Conta-se que Anália teve acesso à vida e às ideias de Pestalozzi por meio de educadores portugueses.
Coincidência ou não, um terceiro educador, Tomás Avelino, que fundou a Escola Pestalozzi, em Franca/SP, no ano de 1944, havia passado 5 anos no orfanato Anália Franco em São Paulo/SP, onde teve contato com a proposta psicopedagógica daquela que fundou cerca de 100 instituições, dentre escolas, orfanatos e albergues. 
Após esse período, Avelino retornou a Divinópolis/MG em 1913 e, depois de alguns anos, em 1916, foi estudar no Colégio Allan Kardec em Sacramento/MG, com Eurípedes Barsanulfo.
Não é à toa, portanto, que Avelino tenha fundado, juntamente com sua esposa Maria Aparecida Rebêlo, que era professora, a Escola Pestalozzi. O dinheiro para a fundação da escola veio da Fábrica de Calçados Pestalozzi, de propriedade também dos dois.
Os Pioneiros da Escola Nova foram os primeiros a constituir um movimento organizado, e bem registrado no manifesto, por uma reforma estrutural na educação brasileira, mas obtiveram sucesso tímido, enquanto que as iniciativas isoladas mencionadas acima, algumas bem anteriores ao manifesto de 1932, produziram grandes frutos nos seus reduzidos cenários e ficaram ainda menos conhecidas do grande público e mesmo dos educadores. 
A despeito de alguns pequenos avanços aqui e ali, a estrutura da educação no Brasil é a mesma do século XIX: autoritária, doutrinadora, teórica, abstrata, segmentária das disciplinas, com pouca análise crítica moral, social, econômica e política, e menor ainda dialética. 
Isso porque, dentre outras razões, os governantes não souberam e não quiseram quebrar com o modelo tradicional a partir da difusão das diferentes iniciativas vanguardistas que aconteceram e acontecem no Brasil e no mundo.
É difícil de negar que a gravidade da crise moral, social, econômica e política pela qual o país passa esteja intimamente ligada ao fracasso da educação. Resta saber quem terá vontade, força e coragem para mudar essa realidade.  
Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Assista: Otto defende Dilma e desanca Augusto Nunes na Jovem Pan


Reprodução
  
Assumidamente de esquerda, o cantor disse que o país está passando por uma tortura política, econômica e social e que Dilma sempre foi uma pessoa honesta rodeada de lobos no congresso.

"Dilma não foi vítima. Ela é uma mulher forte. Quem deveria estar preso está solto. A democracia foi quem perdeu. É um buraco tão grande que se criou nesse país que estamos pagando agora. Bala que dispara contra o tempo, sempre volta", comentou, bastante irritado.

Questionando a visão de Otto sobre a ex-presidente, o jornalista Augusto Nunes apontou pontos sobre o governo da petista, que perdeu seu mandato sob a acusação de pedalada fiscal e foi citada nas delações da Odebrecht.

Mesmo assim, Otto garantiu que não é militante do PT e que apenas defende sua posição política. Para ele, a única salvação do país são as eleições de 2018, quando os brasileiros terão a chance de limpar todos os corruptos da vida política.

"Eu não tenho partido, tenho posições minhas. A única coisa que vai ajudar é uma eleição direta", afirmou. "Eu sou de esquerda. Meu partido é a esquerda e o seu? É a direita", disse a Augusto Nunes. "O sistema desse país deve desculpas, não apenas a presidente, mas para todos. Todo mundo sabe que ela estava no meio de macacos. Dilma era uma pessoa honesta, não precisava sair daquele jeito", concluiu.



Revista Fórum
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Você continua estudando para o concurso público?

Liberte-se, fuja da escravidão!

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 29 de julho de 2017

A violência de cada dia

Falam que a guerra civil se estrutura, aos poucos, e surpreende. Ela produz uma inquietação agressiva. O medo se expande quando os assassinatos acontecem e oferecem um espetáculo nada agradável. Por detrás dela, existem golpes políticos, corrupções programadas, vinganças objetivas.O Rio de Janeiro assusta. Seu cotidiano ganhou sangue covarde, explodiu cofres, intimidou policiais. Não é aquela guerra civil tradicional. Os tempos são outros, porque a sociedade mudou sua formas de reagir e a droga avança fabricando dependentes e um comércio veloz.
O Rio de Janeiros sofreu vários assaltos. A gangue de Cabral terminou de acelerar as falências, se encheu de jóias, traçou bilhões com suas astuciosas tramas. Não é a única. Foi competitiva, usufruiu de esquemas públicos, mostrou-se articulado.  O Brasil vive um festival de gangues sofisticadas que internacionalizam suas ações. Parece que não há como exterminá-las. As ruas ficam sendo cenários de emboscadas. Falta grana para funcionários públicos, sobram armas nos morros, nos pontos ativos de drogas. Os hospitais fecham, as escolas se arruínam, os ruídos enervam.
A morte acompanha a violência, o Rio é um espelho débil, a desconfiança esvazia a política. Quem se lembra da euforia fabricada pela Copa do Mundo? E os monumentais investimentos destacados pelos governos? Era uma celebração cínica, ajudada pela gangue chefiado por Ricardo da CBF. Nem todos entraram nas histórias falaciosas. A rede era grande, gastava verbas imensas, com a ilusão que curtíamos as coisas do primeiro mundo . O Brasil do luxo escondia a infâmia, as vergonhas, os desacertos. Perdeu para Alemanha e se inventaram boatos, fantasias, escândalos.
O Rio assombra, tem um lugar especial na mídia. A desigualdade social treme, faz vítimas, desafia quem inventa planos para fragilizá-la. Há conflitos em todos es espaços possíveis. Os posseiros querem acumular terras, os discursos se chocam nas mentiras, os partidos costuram alianças escandalosos, Temer continuar tomando doses extraordinárias de Viagra para seduzir o PSDB. É impossível quebrar um circuito que usa máscaras especializadas. Quem era santo virou demônio ou o inferno se consolida na avenida central?
O corpo corre, quer esconderijo.Acolhemos, feridos, sustos. Não dá para distinguir o futuro. Será que tudo se repete, que os ciclos são infinitos? Os arautos do desenvolvimento não param de se lamentar. Procura-se o culpado maior. Lula reclama. Os impostos aumentam. Renan consegue se salvar. Janot se balança. A justiça não tira sua venda. Os mais fracos e encurralados lançam Messias redentores. Os dízimos batem na portas dos templos.Tudo está confuso e árido. A sociedade não pode aclamar maravilhas. Ela mergulhou num pântano repleto de animais predadores. O território da perda une as dores contínuas.
Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bandidos se deram mal em Surubim


Bandido se dar muito mal hoje(29) ao tentar roubar na Loja Magazine Luíza,Dois bandidos foram na Loja e fizeram um grande arrastão, com ele foram encontrado mais de 30Mil em celulares e tabletes, uma sacola de dinheiro, mais o Gerente da Loja foi mais esperto correndo para o banheiro e ligou para policia, a policia chegou muito rápido no local efetuando a prisão dos dois elementos que foi conduzido a Delegacia, mais informações será publicado 
 

Com informações de Visão surubim

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Câmara aprova projeto para parcelamento de débitos com INSS


Pareceres foram dispensados para que o Projeto de Lei nº 007/2017, que dispõe sobre parcelamento e reparcelamento de dívidas, de autoria do Poder Executivo, fosse aprovado em sessão única, nesta sexta(27).

O prefeito João Lira (PSD) foi autorizado a parcelar  as dívidas do município junto ao INSS. 
O demostrativo numerário anexo ao projeto revela que o débito é de  R$ 10,8 milhões de reais, conforme explicações do assessor contábil da prefeitura, Adriano.

O histórico de má gestão e de débitos do município vem desde antes de (2005 - 2012), os dois primeiros governos de João Lira. É sabido que a prefeitura já teve débitos até com o antigo IPSEP. 
Segundo os vereadores governistas, Lenílson e Donato, o problema se agravou na gestão do ex-prefeito Miguel Barbosa(PP). Para o edil Roberto Lemos, o problema é do município e não do prefeito A ou B: "... Prefeito não deu calote, nenhum calote, ele deixou de pagar para fazer outras coisas, outras necessidades, isso é dívida do município." É mentira dizer que o prefeito passou a mão no dinheiro do funcionário - defendeu Lemos. Rufino Filho pediu transparência da gestão atual. Miguel errou muito, finalizou Valéria Lira.

Segundo a assessoria da câmara e da prefeitura, a justificativa usada por Miguel Barbosa, para não repassar a patronal ao INSS, teria sido a confiança no dinheiro do precatório do Fundef que seria usado para cobrir o rombo da previdência municipal. Argumento falho, incorreto e ilegal. A assessoria deixou dúvidas junto aos vereadores quanto ao percentual a ser dado aos professores e também deixou incerteza se vai ou não haver esse pagamento aos professores. Jogou o problema para o STF. Esse jogo de "gato e rato" e  do"joga pra lá, joga pra cá" não é bom para Bom Jardim. A conta não pode ser paga pelos professores que não receberam o que consta em Lei. Ambas gestões erraram.

Caso se confirme essa  intenção do governo atual em usar parte do precatório para cobrir o rombo das contas públicas, o prefeito João Lira e sua equipe irá cometer um crime contra os professores e contra a administração pública. 

Os vereadores foram alertados para que tomem suas decisões embasadas na lei, para não permitirem sacrificar os recursos do precatório do fundef, em uma fala proferida pelo  professor Edgar Severino dos Santos.
O projeto foi aprovado por todos os vereadores.

Mais informações no vídeo em https://www.facebook.com/carlos.alberto.9404362?ref=br_rs
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Professores da rede municipal decretam greve em Paudalho


Os professores da Rede Municipal de Ensino de Paudalho, na Mata Norte, decretaram greve por tempo indeterminado, durante assembleia geral realizada pela categoria nesta quarta-feira (26). A classe rejeitou a proposta enviada pela prefeitura que dava um aumento de 2% sem retroativo e o pagamento a partir de outubro. O reajuste nacional é de 7,64%. A deflagração da greve só deve acontecer na próxima quarta-feira (2), para cumprir o prazo legal de 72 horas para a comunicação dos pais e alunos. Nesse período a prefeitura poderá apelar judicialmente. (Reprodução Voz de Pernambuco)
Blog do Agreste.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

João Lira quer autorização da Câmara para fazer parcelamento com o INSS


A Câmara do Bom Jardim-PE, realiza sessão na manhã desta sexta-feira, 28 de julho 2017, para apreciar o Projeto de Lei 007/2017, que trata do parcelamento e reparcelamento de débitos com o INSS. 
Informações apuradas revelam que o município deve aproximadamente 10 milhões de reais se contabilizados juros. A dívida é da contribuição patronal. Na sua primeira gestão o prefeito João Lira também fez um grande parcelamento de débitos com instituições governamentais e fornecedores da iniciativa privada e estatais. Os funcionários públicos precisam acompanhar melhor as decisões tomadas por seus representantes. Outro projeto que também tramita na Casa Desembargador Dirceu Borges, é a polêmica do fundo de previdência municipal. O concurso público também tem sido questionado pela população quanto a data da realização das provas. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE


CÂMARA APROVA


Pareceres foram dispensados para que o Projeto de Lei nº 007/2017, que dispõe sobre parcelamento e reparcelamento de dívidas, de autoria do Poder Executivo, fosse aprovado em sessão única, nesta sexta(27).

O prefeito João Lira (PSD) foi autorizado a parcelar  as dívidas do município junto ao INSS. 
O demostrativo numerário anexo ao projeto revela que o débito é de  R$ 10,8 milhões de reais, conforme explicações do assessor contábil da prefeitura, Adriano.

O histórico de má gestão e de débitos do município vem desde antes de (2005 - 2012), os dois primeiros governos de João Lira. É sabido que a prefeitura já teve débitos até com o antigo IPSEP. 
Segundo os vereadores governistas, Lenílson e Donato, o problema se agravou na gestão do ex-prefeito Miguel Barbosa(PP). Para o edil Roberto Lemos, o problema é do município e não do prefeito A ou B: "... Prefeito não deu calote, nenhum calote, ele deixou de pagar para fazer outras coisas, outras necessidades, isso é dívida do município." É mentira dizer que o prefeito passou a mão no dinheiro do funcionário - defendeu Lemos. Rufino Filho pediu transparência da gestão atual. Miguel errou muito, finalizou Valéria Lira.

Segundo a assessoria da câmara e da prefeitura, a justificativa usada por Miguel Barbosa, para não repassar a patronal ao INSS, teria sido a confiança no dinheiro do precatório do Fundef que seria usado para cobrir o rombo da previdência municipal. Argumento falho, incorreto e ilegal. A assessoria deixou dúvidas junto aos vereadores quanto ao percentual a ser dado aos professores e também deixou incerteza se vai ou não haver esse pagamento aos professores. Jogou o problema para o STF. Esse jogo de "gato e rato" e  do"joga pra lá, joga pra cá" não é bom para Bom Jardim. A conta não pode ser paga pelos professores que não receberam o que consta em Lei. Ambas gestões erraram.

Caso se confirme essa  intenção do governo atual em usar parte do precatório para cobrir o rombo das contas públicas, o prefeito João Lira e sua equipe irá cometer um crime contra os professores e contra a administração pública. 

Os vereadores foram alertados para que tomem suas decisões embasadas na lei, para não permitirem sacrificar os recursos do precatório do fundef, em uma fala proferida pelo  professor Edgar Severino dos Santos.
O projeto foi aprovado por todos os vereadores.

Mais informações no vídeo em https://www.facebook.com/carlos.alberto.9404362?ref=br_rs
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Pró-Temer, R$ 10 milhões; anti-Temer, R$ 0: os números da distribuição de verbas a deputados-chave na CCJ


Michel TemerDireito de imagemAFP
Image captionLiberação de emendas parlamentares pelo governo Temer tem chamado a atenção nas últimas semanas

A menos de uma semana da votação decisiva da denúncia contra Michel Temer no plenário da Câmara, dados do portal de transparência Siga Brasil dão nuances da negociação que livrou o presidente de um parecer favorável ao prosseguimento da acusação por corrupção passiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A liberação das emendas dos dois deputados que relataram, com conclusões opostas, a denúncia tem dinâmicas díspares.
Nas duas primeiras semanas deste mês, o volume de recursos empenhados para o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), autor do parecer favorável ao presidente aprovado pelo colegiado, dobrou de R$ 5,1 milhões para R$ 10,1 milhões. Na contramão, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que havia recomendado a continuidade da análise da denúncia Supremo Tribunal Federal (STF), não teve nenhuma parcela de sua cota liberada.
As emendas parlamentares são adendos incluídos por deputados e senadores no orçamento da União, geralmente prevendo investimentos em suas bases eleitorais, como a construção de estradas e reforma de hospitais. O empenho é a fase do processo orçamentário em que o governo se compromete a liberar esses valores.
O levantamento feito pela BBC Brasil nos dados compilados pelo Siga Brasil considera o volume de recursos empenhados até 6 de julho e, depois, em 19 de julho. Entre uma data e outra, a CCJ rejeitou a denúncia contra Temer - a comissão recusou o parecer de Zveiter e, em seguida, aprovou o de Abi-Ackel.
O presidente é acusado de ter recebido propina do empresário Joesley Batista, da JBS, por meio do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. Ele nega a prática de crimes.
A partir do próximo dia 2, a denúncia será votada no plenário. Se ao menos 342 deputados, ou dois terços da Casa, se manifestarem pelo prosseguimento, o STF irá decidir se transforma o presidente em réu, o que levaria a seu afastamento por até 180 dias para julgamento.

Sergio Zveiter e Paulo Abi-AckelDireito de imagemAG. CÂMARA
Image captionZveiter (à esq.), que produziu parecer contra Temer, não teve emendas liberadas; Abi-Ackel, por sua vez, viu valor saltar para R$ 10 milhões

Para cientistas políticos, a diferença entre os valores reflete a estratégia do governo para garantir vitória em um colegiado menor, em que o peso individual de cada parlamentar aumenta.
"Não é o principal instrumento do governo na relação entre Executivo e Legislativo, mas é um caminho para mobilizar poucos nomes de grande peso", avalia Rafael Cortez, da Tendências Consultoria.
Dos 66 integrantes da CCJ, 40 votaram contra o parecer de Zveiter recomendando prosseguimento da denúncia no último dia 13 - desses, 21 se reuniram com Temer nos dez dias anteriores à decisão do colegiado, como consta da agenda presidencial divulgada pelo Palácio do Planalto.
Entre os deputados que participaram dos encontros estão três parlamentares cujo valor de emendas liberadas até 6 de julho era zero. No dia 19, porém, a verba para Domingos Neto (PSD-CE) já chega a R$ 10,7 milhões, o quinto maior na lista dos 513 deputados; Elizeu Dionizio (PSDB-MS) somava R$ 2,7 milhões; e Arthur Lira (PP-AL), R$ 1,2 milhão. Juntos, eles viram empenhados R$ 15 milhões entre uma data e outra.
Procurada pela BBC Brasil, a Presidência da República afirmou que "não existe relação entre liberação de emenda e presença do parlamentar na CCJ", e destacou que as emendas orçamentárias têm pagamento obrigatório, que metade dos recursos dessas dotações deve ser destinada obrigatoriamente à área de saúde e que o empenho não significa liberação imediata, que ocorre apenas em uma fase posterior.
Na nota, o Planalto ressaltou ainda que as emendas devem estar de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com o Plano Plurianual (PPA), e que passam por uma avaliação prévia de admissibilidade no Congresso. "São recursos destinados a diversos municípios para realização de obras essenciais, como projetos de saúde, saneamento, educação, mobilidade urbana ou iluminação pública."

Painel com resultado da votação do parecer de Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG)Direito de imagemLUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Image captionResultado da votação do parecer de Paulo Abi-Ackel, que recomendava rejeição da denúncia

A BBC Brasil entrou em contato com as assessorias de Neto e Dionizio, que não se manifestaram até a publicação deste texto. A reportagem não conseguiu falar com os gabinetes de Lira e Abi-Ackel.

Espaço para barganha

Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara, também viu os recursos empenhados para emendas suas dispararem - foram de R$ 5,1 milhões a R$ 9,8 milhões. O deputado é parte da tropa de choque que tenta convencer os indecisos a votarem a favor do presidente na votação prevista para ocorrer na próxima quarta-feira.
Na contabilidade informal do Planalto, disse o parlamentar recentemente em entrevistas, há 80 deputados em dúvida, quase um terço dos 300 com os quais Temer espera contar. Procurado pela reportagem, Mansur não se manifestou.
Zveiter, por sua vez, é um dos 225 nomes que não tinham tido qualquer valor liberado até meados de julho. Na CCJ, apenas Maia Filho (PP-PI), que votou para barrar a denúncia, estava na mesma situação.
Desde 2015 as emendas individuais são impositivas, ou seja, o governo é obrigado a liberar os valores até o fim do ano. O total dividido entre deputados e senadores é fixado por lei em 1,2% da receita corrente líquida do ano anterior, ou seja, o volume de tributos arrecadados pelo governo federal menos as transferências obrigatórias a Estados e municípios.

Plenário da Câmara dos DeputadosDireito de imagemMARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionCâmara prevê votar denúncia contra Michel Temer no dia 2 de agosto

Como o governo define a execução do orçamento ao longo do ano, ele encontra espaço para barganha no "timing" da liberação das emendas, explica Cláudio Gonçalves Couto, professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV).
"Claro que, para um parlamentar, quanto antes, melhor, pois ele tem mais tempo para alardear seus feitos tanto junto à base eleitoral como junto às empresas que serão beneficiadas pelo gasto público, assim como junto aos governos locais que terão obras e outros benefícios executados."
O cientista político lembra ainda que, embora o governo seja obrigado a liberar o percentual da receita corrente líquida fixado por lei, os parlamentares podem propor emendas que ultrapassem esse valor caso a estimativa de arrecadação do ano vigente seja maior.
Nesse caso, o governo pode ou não repassar a diferença. "Há aí um espaço para barganha".

Dobro em 15 dias

Quase toda a verba para emendas empenhada entre janeiro e julho deste ano foi liberada nos últimos dois meses, coincidindo com o período de articulação do governo para a votação na comissão, mostram números levantados pela ONG Contas Abertas.
Foram R$ 2 bilhões em junho e outros R$ 2,1 bilhões até 19 de julho, 97,5% do total contabilizado em 2017 - R$ 4,2 bilhões.

Construção de hospital em São PauloDireito de imagemFABIO ARANTES/AGÊNCIA PÚBLICA
Image captionAs emendas são usadas por deputados e senadores para realizar investimentos, como construção de estradas e reforma de hospitais, em municípios de sua escolha

Entre os parlamentares da CCJ, o volume praticamente dobrou entre os dias 6 e 19 de julho, conforme os dados do Siga Brasil. Foi de R$ 219,3 milhões para R$ 423,8 milhões.
Mas para o vice-coordenador do Núcleo de Estudos Comparados e Internacionais da Universidade de São Paulo (Neci-USP), o cientista político Fernando Limongi, a concentração das liberações nos últimos dois meses não está necessariamente ligada à movimentação do governo para garantir maioria na comissão.
Em 2016, ele exemplifica, houve uma concentração maior do mês de maio, quando foram empenhados R$ 3,8 bilhões dos R$ 7,3 bilhões do ano.
"Sempre se pode achar uma razão política para explicar esta concentração. Mas o fato é que a concentração atual não implica que necessariamente estas liberações estejam ligadas a compra de apoio como se diz. Pode ser, não há prova conclusiva", pondera.
Maio foi o mês do ano passado em que a ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada temporariamente pelo Senado para o julgamento que acabou cassando seu mandato. Temer assumiu o cargo. Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Para Marina, maioria dos partidos faz 'negócios' em vez de política

RIO - Ex-ministra, ex-senadora, candidata derrotada em duas eleições presidenciais (2010 e 2014) e provável concorrente ao cargo na sucessão de 2018, Marina Silva (Rede) afirmou que “os partidos não estão mais fazendo política, a maioria deles está fazendo negócios”. Ela foi entrevistada pelo jornalista Roberto D’Ávila, em programa exibido na noite desta quarta-feira, 26, pelo canal por assinatura GloboNews.

Marina Silva
A ex-ministra Marina Silva (Rede) Foto: José Patrício/Estadão
A ex-ministra do Meio Ambiente defendeu candidaturas avulsas para concorrer com os partidos. “Os partidos não estão mais fazendo política, a maioria dele está fazendo negócios. É preciso criar uma concorrência idônea para os partidos. Vários países têm candidaturas independentes. Não é a pessoa, é uma lista endossada por um percentual de cidadãos, uma plataforma que precisa ser registrada na Justiça Eleitoral, e com isso você conseguiria recrutar pessoas da sociedade. Esse monopólio fez muito mal à política, e agora os partidos estão se tornando autarquias, com o megafundo partidário que estão querendo e com toda a concentração de poder.”

Marina afirmou que a política está ampliando os problemas nacionais: “Eu tenho dito que a política há muito deixou de ajudar a resolver os problemas e passou a criar problemas. O Brasil era a oitava economia do mundo e despencou em função de decisões políticas equivocadas. Nós eramos um país de pleno emprego e agora temos 14 milhões de desempregados por decisões políticas equivocadas”. Segundo ela, o Brasil está “vivendo num poço sem fundo, o que é pior do que o fundo do poço”. “Nesse momento não vai ter um partido ou uma figura salvadora da pátria”, disse.
Estadão.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

ProfessorEdgarBomJardim: O pior governo da história.

ProfessorEdgarBomJardim: O pior governo da história.: Coragem Temer, renuncia! Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (27) mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do...

Professor Edgar Bom Jardim - PE

O pior governo da história.

Coragem Temer, renuncia!

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (27) mostra os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB):
  • Ótimo/bom: 5%
  • Regular: 21%
  • Ruim/péssimo: 70%
  • Não sabe/não respondeu: 3%
Segundo o Ibope, a aprovação de 5% é a mais baixa desde o início da série histórica do instituto, que teve início em março de 1986. Antes do resultado de Temer, o pior havia sido o do ex-presidente José Sarney, que em junho/julho de 1989 teve 7% de ótimo/bom.
O levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizado entre os dias 13 e 16 de julho e ouviu 2 mil pessoas em 125 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O nível de confiança da pesquisa divulgada nesta quarta, segundo a CNI, é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
Esta é a segunda pesquisa Ibope encomendada pela CNI divulgada neste ano. No último levantamento, de março, Temer aparecia com aprovação de 10% dos entrevistados, enquanto 55% consideravam o governo "ruim/péssimo" e 31%, "regular" – à época, 4% não souberam opinar ou não responderam.
Desde que Temer se tornou presidente efetivo, após o impeachment de Dilma Rousseff ser aprovado pelo Congresso Nacional, esta é a quarta pesquisa Ibope encomendada pela CNI (as anteriores foram divulgadas em março deste ano, em dezembro e em outubro de 2016; houve uma em julho do ano passado, mas Temer ainda era presidente em exercício).

Maneira de governar

A pesquisa também avaliou a opinião dos entrevistados sobre a maneira de governar do presidente da República:
  • aprovam: 11%
  • desaprovam: 83%
  • não souberam ou não responderam: 5%
No levantamento divulgado em março, 20% aprovavam; 73% desaprovavam; e 7% não souberam ou não responderam.

Confiança

Outro ponto questionado pelo Ibope foi sobre a confiança dos entrevistados em relação ao presidente.
De acordo com a pesquisa divulgada nesta sexta, 10% dos entrevistados disseram confiar em Temer, enquanto 87% afirmaram não confiar; 3% não souberam ou não responderam.

Comparação com governo Dilma

A pesquisa Ibope também pediu aos entrevistados que comparassem as gestões de Temer e da antecessora, Dilma Rousseff, na Presidência da República.
Segundo o levantamento, 11% dos entrevistados consideram o governo do peemedebista melhor; 35%, igual; 52%, pior; e 2% não souberam ou não responderam.
Sobre as perspectivas em relação ao "restante do governo", 9% responderam "ótimo/bom"; 22%, "regular"; 65%, "ruim/péssimo"; e 5% não souberam ou não responderam.

Professor Edgar Bom Jardim - PE