quinta-feira, 19 de maio de 2016

‘Aquarius vai fazer você querer morar no Brasil’: As reações ao filme e ao protesto em Cannes

Um filme brasileiro que concorre à Palma de Ouro no Festival de Cannes ganhou holofotes nesta semana por dois motivos. Foi parar na primeira página do jornal britânico The Guardian por conta do protesto, em pleno tapete vermelho, da equipe na cerimônia de estreia contra o processo de impeachment que afastou Dilma Rousseff da Presidência.
"O Brasil vive um golpe de Estado", dizia um dos pequenos cartazes empunhados. "54.501.118 votos estão sendo queimados", dizia outro.
Escrito e dirigido pelo pernambucano Kléber Mendonça Filho, Aquarius conseguiu também um segundo feito: foi aclamado por parte da crítica. Entre as referências positivas à qualidade artítistica e técnica do filme, aplaudido por vários minutos após a exibição, um destaque vem do também britânico Daily Telegraph, que estampou no título: "Aquarius vai fazer você querer morar no Brasil".
"As complexidades da sociedade brasileira, com seus estratos sociais e raciais, e também a importância dos laços familiares, se transformam em uma teia de aranha para Clara e o enredo. No final, você fica feliz de estar envolvido naquilo, e sem vontade de se libertar", escreve o crítico do jornal Robbie Collinm, que deu cinco estrelas, a nota máxima, para o filme, descrito como "magnífico".
Aquarius, descreve o Guardian, conta a história de uma crítica de música, interpretada por Sônia Braga, pressionada a deixar seu apartamento, em Recife, por empreendores que querem derrubar o prédio para construção de um novo empreendimento. O jornal sugere uma metáfora como a situação atual do Brasil, em que Dilma foi afastada do governo acusada de "pedaladas" que mascararam o déficit das contas públicas e agora aguarda decisão final do Senado.
O francês Le Monde disse que a exibição do filme "confirma a tendência de que ele impõe como o mais belo de todos que vimos até agora (nesta edição do festival)".
Para o jornal, o protesto do elenco foi "um gesto simples e forte, que ecoa a cólera fria e a determinação serena com que Clara, a personagem principal do filme, se opõe ao agente imobiliário que queria despejá-la do apartamento onde ela viveu toda a sua vida".

Atores protestam em CannesImage copyrightAFP
Image captionAtores protestam em Cannes

Ao New York Times, Kleber Mendonça Filho disse: "O que está ocorrendo no Brasil agora é um golpe de Estado, mas um golpe moderno e cínico", em reportagem publicada no dia 10 de maio.
O protesto de sua equipe acabou gerando polêmica no perfil do Festival de Cannes no Facebook. Em meio a várias mensagens de apoio, havia muitas críticas de brasileiros.
"É por isso que reclamam (da extinção) do Ministério da Cultura e não o da Fazenda. Fazem protesto da França, mas jamais vão na periferia ver os efeitos reais da crise. Não se importam de divulgar uma mentira, desde que em solo glamourizador", criticou um usuário.
"Estão assim porque a mamata do Ministério da cultura acabou", disse outro comentário crítico.
Aquarius é o único filme latino-americano disputando a Palma de Ouro, o prêmio máximo de Cannes. É a chance de o Brasil levar esta premiação pela segunda vez. A primeira e única veio com O Pagador de Promessas, de 1962, dirigido por Anselmo Duarte. Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bom Jardim é parceiro do Projeto Abraçando a Escola


Na manhã de hoje, dia 18 de maio de 2016, no Centro Educacional e Cultural Profª Marineide Braz, o lançamento do Projeto Abraçando a Escola, idealizado e articulado pelo Ministério Público de Pernambuco em convênio firmado com a Prefeitura Municipal do Bom Jardim, e será executado pela Secretaria Municipal de Educação, comandada pelo Professor José Euclides da Silva.
A primeira palestra foi ministrada pelo Promotor Aguinaldo Fernelon, que abrangeu o tema corrupção nas diversas esferas, tendo a interação dos alunos e professores das Escolas Terezinha Barbosa e 19 de Julho; o próximo passo do projeto agora será executada pela Secretaria de Educação em parceria com os diversos órgãos e pessoas que darão suporte a essas palestras, durante todo o ano letivo de 2016.
Com Informações: Bom Jardim,pe.gov
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bráulio de Castro é Cidadão de Olinda

Bráulio de Castro Quero agradecer aos amigos e amigas que estiveram presentes ontem a noite na Câmara Municipal de Olinda afim de celebrar comigo o recebimento desse título tão importante para mim. Agradeço também ao pessoal do Bloco Lírico "Eu Quero Mais" que levaram até a orquestra. Infelizmente a nossa querida "presidenta" (ha,ha,ha) Maria Leone não pode comparecer devido a malvada da chikungunia. Baixinha! Eu e Fátima ficamos muito comovidos com a atitude de todos vocês do Bloco Eu Quero Mais.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Estradas de Bom Jardim sendo recuperadas da ação das chuvas recentes.

Prefeito Miguel Barbosa faz grande esforço  para ajudar  famílias que residem na zona rural do município.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Política: REDE tem ótimos pré-candidatos para renovar a Câmara de Bom Jardim

População de Bom Jardim quer mudanças na Câmara de Vereadores.

BOM JARDIM recebeu na noite do sábado (14) a visita do Porta-Voz estadual da REDE Sustentabilidade, Roberto Leandro, e os Coordenadores estaduais de Organização e de Finanças, Clécio Araújo e Alice Gabino. Na pauta, a formação do Coletivo da REDE no município.
Como em outras cidades, a REDE surge e se firma em Bom Jardim com a perspectiva de dar às pessoas a possibilidade de debater política com seriedade, buscando-se formas de se promover maior engajamento popular nas decisões que repercutem na vida de tod@s.
Os diversos aspectos da sustentabilidade são sempre pautas necessárias para a construção de alternativas que permitam aos municípios uma forma mais justa, igualitária e fraterna de gerir seus recursos visando suprir as demandas sociais.
A REDE se firma e cresce em mais um município com a esperança de fazer política séria e comprometida com os interesses coletivos, com perspectiva de participação nas eleições de 2016 com muita coragem e determinação.
Com Informações de https://www.facebook.com/RedeSustentabilidadePE/?fref=ts
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Cauby Peixoto morre aos 85 anos em São Paulo

Morreu na noite de domingo, por volta das 23h50, o cantor Cauby Peixoto, aos 85 anos, em São Paulo. Ele estava internado no hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi. A informação foi confirmada ao EGO pela assessoria de imprensa do cantor. "É verdade, infelizmente. Em breve, soltaremos um comunicado oficial com todas as informações", disse o responsável.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a causa da morte foi pneumonia. O músico permaneceu no centro médico desde o dia 9.
Na página oficial de Cauby no Facebook, foi colocado um comunicado sobre a morte do músico: "Com muita dor e pesar informamos aos amigos e fãs que nosso ídolo Cauby Peixoto acaba de falecer as 23:50 do dia 15 de maio . Foi em paz e nos deixa com eterna saudades. Pra sempre Cauby!".
Comunicado na página oficial de Cauby Peixoto no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)Comunicado na página oficial de Cauby Peixoto no
Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Na sexta-feira, 13, foi ao ar uma enrevista que Cauby concedeu ao "Vídeo Show". Na conversa, ele aparentava estar bem de saúde. . Ele relembrou na época em que as fãs rasgavam suas roupas e conheceu Gabriel Diniz.
Shows cancelados
Em setembro de 2015, Cauby chegou a cancelar um show por conta d euma gripe. Sua assessoria, na ocasião, garantiu que não era nada grave. "A gripe que anda derrubando muita gente por aí é a grande culpada pelo cancelamento do show que Cauby Peixoto faria no Teatro Rival Petrobras, neste sábado, dia 12. O cantor de 85 anos, que mora em São Paulo, não foi autorizado pelo médico a viajar com a saúde debilitada", avisava o comunicado.
Em março de 2015, ele passou um período internado no hospital Santa Isabel, na Santa Casa de Misericórdia, na capital paulista, mas sua empresária, Nancy Lara, garantiu que ele estava apenas fazendo exames de rotina: 'Ele está ótimo e daqui a pouco volta a trabalhar', disse ela aoEGO sexta, 6 de março.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Cauby estava internado há três semanas, o que foi negado pela empresária na ocasião. "O Cauby tem todo o direito de ter sua vida pessoal preservada", disse Nancy. Dias antes, o assistente da empresária também havia tranquilizado os fãs sobre o estado de saúde do cator."Ele está superbem. Cauby está internado para fazer check up como faz todos os anos. Como ele já é de idade, é complicado ir e voltar do hospital. No ano passado foi a mesma coisa", disse Celso, que desmentiu notícias veiculadas nos últimos dias.
O intérprete do clássico “Conceição” tinha 85 anos de idade e 65 de carreira e nunca se casou ou teve filhos.
Em fevereiro de 2014, Cauby comemorou com uma grande festa a chegada dos seus 84 anos. O cantor reuniu amigos na noite em uma casa de festas em Mauá, em São Paulo. Sidney Magal, Moacyr Franco e a dupla Pepê e Neném estavam entre os convidados que foram pessoalmente dar os parabéns ao aniversariante
Cauby Peixoto se apresenta em show na Zona Sul do Rio (Foto: Isac Luz/EGO)Cauby Peixoto (Foto: Isac Luz/EGO)
Carreira
Cauby Peixoto iniciou sua carreira na década de 1950. Gravou seu primeiro disco em 1951, mas começou mesmo a chamar a atenção quando conheceu Edson Collaço Veras, o Di Veras, em 1954. O empresário, que faleceu em 2005, foi responsável pelo marketing da carreira do cantor e inventou noivados e histórias que fizessem com que ele não saísse das páginas dos jornais, além de bolar os trajes, o repertório e maneira de Cauby agir perante o público.
De acordo com o site oficial do cantor, foram 49 álbuns lançados e dezenas de sucessos, entre originais e reinterpretações, como “Conceição”, “Blue Gardênia”, "A pérola e o rubi”, “Tarde fria", "Lábios que eu beijei", “Solidão”, “A noiva”, “Molambo”, “É tão sublime o amor”, "Bastidores", de Chico Buarque, e "New York, New York”, famosa na voz de Frank Sinatra.
Cauby Peixoto (Foto: CEDOC / Globo)Cauby Peixoto (Foto: CEDOC / Globo)
Cauby também conquistou fama internacional. Em 1959 chegou a ser chamado de ‘Elvis Presley brasileiro’ pela revista “Time” e gravou um álbum em inglês, com nome artístico de Ron Coby. Sua música “Blue gardênia" foi tema do filme de Hollywood de igual título, que lhe abriu as portas para o estrelato. Ele também ficou conhecido na Itália, onde venceu, em 1970, o Festival de San Remo com a canção "Zíngara".
Em 1964, abriu a famosa boate Drink, no Leme, em Copacabana, ao lado dos irmãos Moacyr, pianista, Arakén, trompetista e Andyara, cantora, apresentando-se em seu palco por quatro anos.
Sua grande parceira de palco foi sua amiga Ângela Maria, com quem gravou três discos, “Ângela e Cauby”, “Ângela e Cauby ao vivo", e “Reencontro”
Cauby Peixoto (Foto: CEDOC / Globo)Cauby Peixoto (Foto: CEDOC / Globo)
Em 1995, Cauby  gravou pela Som Livre o CD "Cauby canta Sinatra" ao lado de grandes nomes da MPB como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Zizi Possi, e de uma estrela internacional, Dionne Warwick, interpretando clássicos da carreira do cantor norte americano.
Em 1980, Cauby grava o LP "Cauby! Cauby!", em comemoração aos seus 25 anos de carreira. No disco, destaque para a gravação de "Bastidores", de Chico Buarque e "Loucura", de Joanna e Sarah Benchimol. A música título do disco foi composta especialmente para ele por Caetano Veloso e a partir de então, voltou a receber convites para se apresentar em palcos de maior prestígio.
Cauby, o mito

Ao completar 80 anos de vida e 60 de carreira, Cauby lançou seu último trabalho: um box comemorativo intitulado "Cauby, o Mito" com 3 CD's, sendo um com músicas dos Beatles ("Caubeatles") o segundo em conjunto com o violonista Ronaldo Rayol ("A Voz do Violão"” e o terceiro, “Cauby ao Vivo – 60 anos de música", com registros de show captado nos dias 9 e 10 de abril/2011 ao lado de convidados como Ângela Maria, Fafá de Belém, Agnaldo Rayol, Emílio Santiago, Agnaldo Timoteo e Vânia Bastos.
Cauby Peixoto com Ângela Maria em show no dia 31 de março (Foto: ROBERTO FILHO/BRAZIL NEWS)Cauby Peixoto com Ângela Maria em show no dia 31 de março (Foto: ROBERTO FILHO/BRAZIL NEWS)

Fonte: G1
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 14 de maio de 2016

Talentos do Balé Popular Municipal de Bom Jardim

Brincando ...

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Impeachment também beneficiará o PT, diz Cristovam Buarque

'Fiquei preocupado (com as entrevistas dos ministros). Eu não senti como se já tivessem um rumo a ser seguido', diz o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) / Foto: Agência Senado
'Fiquei preocupado (com as entrevistas dos ministros). Eu não senti como se já tivessem um rumo a ser seguido', diz o senador Cristovam Buarque.
Foto: Agência Senado
Paulo Veras
Ex-ministro da Educação no primeiro governo Lula (PT) e ex-governador do Distrito Federal, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que votou pela admissão do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), diz ver fortes indícios de que a petista cometeu crime de responsabilidade e acredita que o ciclo do PT no poder acabou, mas não deixa de criticar os primeiros gestos da gestão interina de Michel Temer (PMDB). "Eu não escolhi o Temer. Quem escolheu foi a Dilma", ele diz. "Talvez um dia um dos crimes de responsabilidade dela tenha sido esse", emenda.
Em entrevista ao repórter Paulo Veras, do Jornal do Commercio, Cristovam Buarque defende que a esquerda precisa se renovar, explica como o impeachment pode favorecer Lula e o PT, sugere medidas para o novo ministro da Educação, o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), e diz que, caso o PPS queira, ele está pronto para voltar a disputar a Presidência da República em 2018.
JORNAL DO COMMERCIO – O impeachment é golpe?
CRISTOVAM BUARQUE – O impeachment não é golpe. Está previsto na Constituição. O rito está sendo feito de acordo com a Constituição, sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal. Não foi golpe no caso do presidente Collor. Agora, para não ser golpe é preciso que fique claro que houve crime de responsabilidade. Há indícios fortes de que houve. Mas a comprovação que justifique o impeachment nós vamos ter agora 180 dias para analisar. Mas, se houve crime, seria golpe não fazer o impeachment. Porque a Constituição prevê e determina que é preciso impedir o presidente.
JC - O senhor afirma que a esquerda envelheceu e se apegou ao poder. O que ela pode fazer para mudar isso?
CRISTOVAM – A esquerda precisa querer liderar o processo de transformações sociais. É preciso identificar quais são essas reformas. Não mais as do passado. Tem uma grande parte da esquerda até hoje, inclusive do PT, que imagina que ser da esquerda é estatizar. Não é mais. Hoje, a gente precisa publicizar o Estado. A gente precisa colocar o Estado a serviço do povo, do público. O contrário do que tem sido feito. A Petrobras, por exemplo, serviu em parte ao desenvolvimento brasileiro, mas em parte ao enriquecimento de militantes. Serviu para financiar campanhas eleitorais. Ou seja, a estatal Petrobras foi privatizada. Hoje, o avanço e o progresso não está mais nas fábricas, está nas escolas. A revolução não vem de tomar o capital do capitalista para o trabalhador. A revolução vem de colocar o filho do trabalhador numa escola com a mesma qualidade da escola do filho do patrão.
JC – Qual foi o erro do PT? Esse ciclo do partido acabou?
CRISTOVAM - Acabou, mas pode voltar. Pode ter outro ciclo. O PT não acabou. Agora o PT como símbolo da ética, acabou. Hoje, eu até me atreveria a dizer que o PT está sendo símbolo de corrupção. O PT não é o partido da emancipação das necessidades do povo. O PT é o partido que fez uma coisa generosa, muito boa, que foi ampliar o programa Bolsa Escola, do Fernando Henrique Cardoso. Ampliou de 4 para 12 milhões (de pessoas). Mas não emancipou. Hoje tem mães da Bolsa Escola que foram filhas da Bolsa Escola. Esse ciclo se esgotou. Se esgotou o PT das alianças espúrias com a direita, como eles fizeram tantas vezes, dos conchavos, do Mensalão. Mas o PT poderá ressurgir com o mesmo nome, sob outra forma.
JC – Qual sua expectativa em relação ao governo Temer?
CRISTOVAM – Em primeiro lugar, que ele retome a confiança dos investidores, dos trabalhadores, e dos eleitores na figura da Presidência da República. Porque essa foi muito abalada pela Dilma. Segundo, eu espero que o governo Temer seja capaz de quebrar a intolerância que hoje domina a vida política. Fazer com que os adversários voltem a apertar as mãos. Hoje, estão se cuspindo. E terceiro, o óbvio, que é através dessa confiança, o governo Temer volte a provocar uma dinâmica na economia, tirar gente da recessão, do desemprego. Veja que eu não disse que eu espero que o governo faça a escola que eu desejo, porque eu não acredito que ele vá ter tempo. Eu não disse que ele vai fazer o grande desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. Eu não acredito que ele tenha tempo para isso, mesmo que queira. Se ele fizer essas três coisas, ele cumpriu o papel dele.
JC – O senhor criticou a falta de mulheres e representantes dos movimentos sociais no ministério. Ele deixou a desejar?
CRISTOVAM – Primeiro eu quero lhe dizer que eu não escolhi Temer. Quem escolheu foi Dilma. Duas vezes. Talvez um dia um dos crimes de responsabilidade dela tenha sido esse (risos). Os petistas estão cobrando que eu votei pela admissibilidade (do impeachment) e já estou criticando o Temer. Acontece que a saída dela não foi culpa minha. A Constituição é que diz que ela deve sair. Eu tenho até um projeto que o presidente, durante o processo de impeachment, não precisa deixar o governo. O importante é o julgamento. Agora, qual é a minha expectativa. Eu confesso que depois das entrevistas dos ministros do Planejamento, da Casa Civil e da Fazenda, eu fiquei preocupado. Eu não senti como se já tivessem um rumo a ser seguido. Eu vi o ministro da Fazenda dizer inclusive que não tinha números ainda. Esses números estão no Fundo Monetário, estão nos computadores. A Dilma manipulava os números. Ela pegava um número e dizia outro. Mas lá dentro está tudo guardado. Eu senti pouca firmeza nas entrevistas dos ministros.
JC – O que preocupa especificamente o senhor?
CRISTOVAM – É a falta de dizer com clareza para onde estamos indo. Eu acho que já dava para dizer se vai ter ou não aumento de impostos, alguns lugares onde vai cortar gastos. Já tem estudo para isso. Não é o número de ministérios apenas, porque isso aí não reduz custo. Isso é apenas simbólico. Eu até lamento algumas reduções.
JC – Quais reduções o senhor lamenta?
CRISTOVAM – Especialmente Ciência e Tecnologia. Eu acho que se queria fazer alguma mudança era juntar Ciência e Tecnologia com Ensino Superior. Não com Comunicações. Eu não vejo porque.
JC – O impeachment teve os 55 votos, que é mais do que o necessário para o julgamento final. Dilma ainda pode voltar?
CRISTOVAM – Não acho que está decidido. Ainda tem possibilidade de a Dilma voltar. Em seis meses pode haver mudança de posição. Tanto pode ela ter menos votos que os 22, quanto o outro lado ter menos de 55. Embora eu acho que é mais fácil diminuir os 55, porque os 22 são aliados muito ferrenhos dela. O resultado não está dado. Mas não vai ser fácil ela voltar. Haverá um medo do que vai acontecer com a volta dela governando com um terço da Câmara e perto de um terço dos senadores.
JC – A posição pessoal do senhor já está tomada?
CRISTOVAM – Não.
JC – O senhor defendeu a emenda por novas eleições. Ainda é uma saída hoje?
CRISTOVAM – Seria. Mas eu não estou vendo viabilidade. Porque precisava do apoio da Dilma e do Temer, além do Congresso e do Supremo. É uma saída esdrúxula, anormal. Mas nós estamos em tempos anormais. Em tempos anormais exigem-se saídas anormais.
JC – O que seria preciso para melhorar o nível da representação que a gente viu no Congresso?
CRISTOVAM – Só vai melhorar realmente o Parlamento quando o Brasil for um País melhor educado. Antigamente o Congresso tinha melhor nível porque ele era elitista. Só entrava aqui pessoas de família, de dinheiro, de diploma. Hoje entra qualquer pessoa que tiver voto. Mas não fizemos a educação. Então, ao você democratizar sem educar, você massifica. Como melhorar no curto prazo? É preciso fazer algumas reformas políticas. Eu começo a defender, por exemplo, o voto distrital. Ele poderia ajudar, porque diminuiria a necessidade de dinheiro para a campanha. Inclusive, começo a defender parlamentarismo, porque as pessoas dariam mais responsabilidade (para os congressistas). E há muitos anos defendo uma coisa muito simples, mas que eu acho que ajudaria. É mudar o nome de deputado para representante do eleitor. Como, aliás, é nos EUA. Uma coisa é você acordar de manhã e dizer: caramba, hoje eu tenho que votar naquele deputado. A outra é você acordar de manhã e dizer: hoje eu vou escolher o meu representante. Muda a sua postura na hora de votar. Melhor ainda se for representante dos meus filhos. Dá mais força ainda (risos).
JC – Na visão do senhor o impeachment pode beneficiar Lula em 2018?
CRISTOVAM – Eu venho dizendo isso há muito tempo e tenho a impressão que o PT percebe isso também há muito tempo. Com o impeachment, a responsabilidade com o dia-a-dia desaparece do PT. O PT vai para a oposição. E isso o PT sabe fazer. Além disso, se eles conseguirem passar essa falsa narrativa de que foi golpe, eles vão ter uma bandeira. Eu não vejo outra alternativa para o PT se recuperar rapidamente a não ser pela oposição com esse discurso de golpe. Logo no começo, antes de essa história do impeachment ganhar força, eu dizia: vou votar contra, porque quem votou na Dilma que aguente, quem votou contra que espere. Aos poucos eu vi que seria uma irresponsabilidade com o país. Mas eu reafirmo isso o que você perguntou. Eu acho que o impeachment pode beneficiar o Brasil, mas beneficiará o PT também.
JC - O que o senhor acha que deveria ser feito na educação hoje?
CRISTOVAM - Um projeto de longo prazo para federalizar a educação de base no Brasil. Implantar por todo o país escolas federais. É a única saída que eu acho para o Brasil ter uma boa educação. Em um governo de dois anos, eu não acredito muito. Embora, o Temer poderia tomar isso como a marca dele. Fazer em cem cidades pequenas uma escola federal, por exemplo. Quem sabe o ministro pernambucano (Mendonça Filho), terra de Paulo Freire, não se anima a liderar um programa desse? Você podia fazer um questionamento a ele. O projeto disso está prontinho. Eu deixei com a presidente Dilma logo que ela assumiu.
JC – O senhor vai ser candidato em 2018?
CRISTOVAM – Eu não sei. Se o meu partido quiser e as circunstâncias facilitarem eu estou pronto para ser o candidato a presidente. Não considero isso ir para o sacrifício. Mesmo que eu fique sem mandato. Mas eu estou pronto. Pergunte isso ao Roberto Freire (presidente do PPS).
JC – Na perspectiva do senhor, a crise política e econômica se resolve em quanto tempo?
CRISTOVAM – O desespero maior vai demorar, mas a crise financeira a gente começa a sair em poucos meses. Agora, a crise brasileira, de uma política que não funciona, de uma desigualdade que resiste a tudo, de corrupção generalizada. Essa, nós vamos necessitar de décadas para superar. Décadas! Se começarmos rápido. Fonte:JornalDoCommércio
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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Nota de Falecimento

"É lamentável que o governo do presidente Michel Temer não tenha Cultura.  Estamos diante de um grande distanciamento institucional do que há de mais essencial na alma da nação brasileira, a cultura.  É muito fácil reduzir, juntar ministérios com a prerrogativa de se reduzir a máquina do Estado brasileiro. Fora todos os corruptos de ontem e de hoje. Fica o Ministério da Cultura. Viva o povo brasileiro! Nossa indignação, nosso repúdio contra o fim do Ministério da Cultura".
 Edgar Severino dos Santos.

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Desaparecido! Ajude, Compartilhe!

Pessoal, nosso amigo Neto está desaparecido. Vamos compartilhar e ajudar a família e amigos!
A paróquia de Tracunhaém 
Está entristecida com o desaparecimento de nosso amigo neto...
Venho aqui através dessa mensagem para fazermos uma corrente de oraçao 
Pra que ele retorne bem 
Por favor compartilhem pra que a notícia se espalhe.
Informações para:
Evilásio Leão Leão Machado e Gilson Xavier Anely Rafaela.
https://www.facebook.com/anely.rafaela
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Ministério masculino é retrocesso na luta por direitos das mulheres


O agora presidente interino, Michel Temer, anunciou na tarde desta quinta-feira 12 o grupo de 24 pessoas que formará o primeiro escalão da República. Um dado salta aos olhos: é um conjunto de homens brancos que representa os interesses de setores econômicos e políticos bem definidos do País. Nenhuma representatividade para mulheres, negros, indígenas ou movimentos sociais. Mesmo no fim do regime militar houve mulheres no ministério.
Para Clara Araújo, socióloga do departamento de Ciências Sociais e Coordenadora do Núcleo de Estudos sobre Desigualdade Contemporâneas e Relações de Gênero (Nuderg) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), um governo e a representação política como um todo deveria refletir a diversidade social e os interesses democráticos do país. Portanto, a inexistência de mulheres - que são maioria da população e do eleitorado - ou outros segmentos da sociedade representados no governo anula qualquer chance de diversidade.
Além disso, a pesquisadora pondera que neste governo interino a distribuição de cargos em troca de apoio para o impeachment foi ainda maior do que se vê normalmente. No entanto, ela questiona se não havia, nos quadros desses partidos que agora compõem o governo, mulheres para assumir algumas das pastas. “É um enorme retrocesso, pois depois de algumas décadas de espaço volta-se a estaca zero. É muito difícil conceber que num conjunto amplo de partidos não exista uma mulher para assumir um ministério”, ressalta.
Para Clara, mais grave ainda do que a nula representatividade é o risco do Brasil retroceder ainda mais diante da agenda conservadora que poderá ser imposta pelo conjunto de valores tradicionais que o governo interino representa. “Há um grau de conservadorismo muito grande, com concepções familistas e paternalistas sobre quais são os papéis das mulheres na sociedade”, conclui.
Militante do movimento feminista desde a década de 70 e coordenadora da Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), Shuma Schumaher vê a composição do ministério de Temer como uma forma do patriarcado assumir o poder de vez. “Até o ministério do Figueiredo tinha mulheres. Estamos de volta a era dos militares”, criticou. Para ela, porém, o novo governo é coerente e está mostrando o respeito que têm pelas mulheres. “Estamos indignadas, mas não surpreendidas”, lamenta.
Sobre a perda de status das pastas ligadas às questões sociais - a Secretaria das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos deve passar a fazer parte do Ministério da Justiça - Shuma afirma tratar-se também de um grande retrocesso. Para ela, nos governos petistas de Lula e Dilma, houve um breve reconhecimento dos muitos anos de luta pelos direitos das mulheres. O risco, agora, é uma volta ao passado. “Não é apenas um golpe contra a presidenta, é também um golpe contra as mulheres, os negros, as negras, os indígenas e os movimentos sociais”.
Clara Araújo afirma que só é possível avançar quando há vontade política. na sua opinião, mesmo Dilma Rousseff, que tinha como meta compor seus ministério com pelo menos 30% de mulheres viu-se com bem menos por conta da pressão das indicações dos partidos aliados. “Na medida em que esse elemento [representatividade das mulheres] é completamente desconsiderado revela-se a lógica dos partidos.”
Temer chegou a cogitar mulheres para sua equipe e teria convidado a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie para assumir a Controladoria-Geral da União (CGU), mas ela teria recusado. Foi aventado também os nomes das deputadas Mara Gabrilli (PSDB) e Renata Abreu (PTN), mas as negociações parecem não ter prosperado. Além disso, elas estariam sendo cogitadas para pastas que deixaram de existir, como a dos Direitos Humanos.
Desde a ditadura
Mulheres chegaram ao ministério no governo do general João Figueiredo (1979-85), ainda no regime militar, quando Esther de Figueiredo Ferraz assumiu a então pasta de Educação e Cultura entre 1982 e 1985.
Quando assumiu seu primeiro mandato, em 2011, Dilma Rousseff entregou dez postos do alto escalão do governo a mulheres. A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) assumiu a Casa Civil; Miriam Belchior foi para o Planejamento; Graça Foster tornou-se presidente da Petrobras; Ideli Salvatti passou pela Pesca, Relações Institucionais e Direitos Humanos; Helena Chagas na Secretaria de Comunicação; Tereza Campello em Desenvolvimento Social; Izabella Teixeira em Meio Ambiente; Luiza Bairros na Secretaria da Igualdade Racial; Marta Suplicy, hoje no PMDB, mas ex-PT, foi ministra da Cultura; e Maria do Rosário foi ministra dos Direitos Humanos. No segundo mandato, porém, o número foi reduzido para seis assumiram o cargo em 2015.
Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) teve 11 ministras, duas delas interinas. No governo Lula mulheres estiveram em cargos centrais, como Dilma, que foi ministra da Casa Civil.
No primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) entregou apenas o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo para uma mulher, Dorothéa Werneck. No segundo mandato (1999-2002) foram três ministras: Anadyr de Mendonça Rodrigues, na Controladoria-Geral da União,Cláudia Maria Costin, na Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio, e Wanda Engel Aduan, na Secretaria de Estado de Assistência Social.
Antes, no governo Itamar Franco (1992-1994), a única mulher a assumir de fato uma pasta foi Luiza Erundina, na Secretaria de Administração Federal, por cinco meses. Já Fernando Collor (1990-1992) escolheu duas mulheres: o então Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento foi comandado por Zélia Cardoso de Mello e o Ministério da Ação Social teve Margarida Maia Procópio.
Nos cinco anos de governo de José Sarney (1985-1990), apenas Dorothéa Werneck atuou como interina no Ministério do Trabalho.
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Ministério estranho


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