terça-feira, 8 de outubro de 2013

"E hora de aposentar as raposas"


Governador presidenciável deu entrevista ontem a rádio baiana


"Esse negócio de terceira via é por enquanto", disse Eduardo em entrevista

Ricardo B. Labastier/JC Imagem

"Esse negócio de terceira via é por enquanto”. A frase, dita hoje pelo governador Eduardo Campos (PSB), em entrevista por telefone à Radio Metrópole, de Salvador, ilustra bem o momento de confiança que o presidenciável está vivendo. Desde que ganhou corpo sua postulação, o governador adotou um tom mais claro de oposição ao governo federal, ao qual seu partido foi aliado por mais de dez anos. Eduardo reconheceu os avanços sociais, mas criticou duramente a política de alianças do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que tem como principal braço o PMDB.
“Chegou a hora. Todos reconhecem que houve avanços, mas todos reconhecem que esse modelo de pacto político que está aí está superado. Não vai produzir nada de melhoria importante na vida das pessoas. O que tinha que dar, deu. É preciso reinventar um novo pacto social, um novo pacto político que aproxime a sociedade da política. Quando a gente fez a belíssima campanha do presidente Lula e colocou o primeiro filho do povo no poder, a gente construiu avanços. Agora, não. O que a gente vê é esse arranjo político, essa coisa mofada, essa coisa cansada, atrasada”, atacou o governador, num tom que vinha evitando até anunciar a aliança com a ex-senadora Marina Silva. 
Eduardo Campos condenou o que vem chamando de “velha política”, traduzindo a expressão em práticas que levam ao fisiologismo. “Chegou o tempo de aposentar, de quebrar essa velha prática. Nós não podemos fatiar a República com os partidos achando isso uma coisa natural. Essa prática está vencida, a sociedade precisa de serviços públicos que funcionem melhor. Não podemos permitir a apropriação de pedaços do Estado por forças políticas para alimentar reeleições de A, B ou C”, disse ele. Na mesma linha, o governador acrescentou, sem mencionar nomes, que é hora de “aposentar um bocado de raposas que estão gastando a paciência do povo”. 
Ao mesmo tempo, Eduardo buscou dividir com o PT o legado das administrações federais, ressaltando a participação de seu partido na base e mostrando que uma das suas estratégias de campanha será dividir com os petistas as conquistas da era Lula. “Nossa aliança (com Marina) não é para destruir ninguém. Reconhecemos o que aconteceu no Brasil nos últimos anos, o papel de construirmos a democracia, a estabilidade econômica, o ciclo de inclusão social, mas também, de outro lado, que é preciso mudar a política porque senão a gente não faz as mudanças continuarem construindo dias melhores na vida da população”, arrematou.
O desgaste da relação com o ex-presidente Lula foi negado por Campos. Ele disse que permanecem com alinhamento ideológico mas que Lula foi alertado sobre as divergências na base de Dilma Rousseff. “Ele sabe da minha opinião sobre o pacto social brasileiro e político que está a base da presidenta Dilma. Prevenimos a ele das divergências, comuniquei a ele que o partido estava deixando a base do governo e tentei, no sábado (5), falar com ele para dar a notícia (da aliança com Marina) e não consegui”, repetiu. com informação de 

Bruna Serra/jc



Professor Edgar Bom Jardim - PE

Portadora de uma síndrome rara, Paula Eckhardt diz que vai entrar com uma ação judicial contra o Estado


Paula Eckhardt é portadora da síndrome de Klippel-Trénaunay-Weber.
Após divulgação de sua história, jovem diz que recebeu e-mails de apoio.


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Paula Eckhardt tem síndrome rara (Foto: Arquivo Pessoal)Paula Eckhardt tem síndrome rara (Foto: Arquivo Pessoal)
Portadora de uma síndrome rara, Paula Eckhardt diz que vai entrar com uma ação judicial contra o Estado do Rio Grande do Sul para conseguir tratamento médico em São Paulo. A jovem natural de Santa Clara do Sul, no Vale do Taquari, busca há mais de dois anos atendimento médico no sistema de saúde pública do estado, mas sem sucesso.
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Paula Eckhardt doença rara santa clara do sul (Foto: Arquivo Pessoal)Paula Eckhardt é de Santa Clara do Sul
(Foto: Arquivo Pessoal)
A ideia partiu de um amigo advogado, que ficou sabendo das dificuldades da gaúcha de 23 anos e se propôs a ajudar. Desde 2011, ela tenta conseguir tratamento para a síndrome de Klippel-Trénaunay-Weber, condição considerada rara e ainda incurável pela medicina, mas que pode ser controlada.
“Tenho amigos que não sabiam do processo administrativo que está correndo, apesar de saberem do meu problema. Eles me alertaram para uma lei que exige o tratamento fora do domicílio, caso não tenha os recursos onde moro. O Estado é obrigado a pagar e assim posso ter uma resposta mais rápida”, diz Paula.
A jovem convive desde que nasceu com a síndrome, que provoca alteração nas ramificações de veias e artérias e causa hipertrofia de membros e outras partes do corpo, entre outros sintomas. No caso dela, a condição afeta a perna direita, 2,75 centímetros maior que a esquerda.
Segundo o relato de Paula, durante anos ela percorreu hospitais e clínicas do Rio Grande do Sul, mas nunca obteve um prognóstico animador. Só em 2011, após consultar com um especialista em São Paulo, foi informada da possibilidade de tratamento. Só o exame inicial, no entanto, custaria cerca de R$ 17 mil, além de outras despesas, recursos que a família não dispõe.
Jovem recebe ajuda de portadores da mesma síndrome de todo o Brasil
O drama de Paula foi contado pelo G1 na semana passada. Após a publicação da reportagem, a jovem diz que recebeu mais de mil e-mails enviados por pessoas de todos os cantos do país. Muitos mandaram mensagens de apoio e ofereceram ajuda, enquanto outros relataram ser portadores da mesma síndrome.
Paula Eckhardt doença rara santa clara do sul (Foto: Arquivo Pessoal)Paula Eckhardt tem doença (Foto: Arquivo Pessoal)
“Minha caixa de e-mail está lotada. Muita gente mandou mensagens, algumas falando palavras de apoio, outras oferecendo ajuda. Estou respondendo um por um. Uma mulher do Rio de Janeiro entrou em contato pedindo ajuda para um sobrinho que nasceu na África e convive com a enfermidade há 1 ano e 4 meses”, contou a jovem, feliz com a repercussão.
Com a troca de experiências pela internet, Paula entrou para um fórum de portadores da mesma síndrome. Ali, ela conseguiu contatos de instituições no país que realizam esse tipo de tratamento. Uma das indicações foi enviada por Marcela Santana, biomédica paulista que realiza o tratamento no Hospital das Clínicas de São Paulo.
“Faz pouco tempo que faço o tratamento, apenas três anos. Mas se somasse tudo já teria gastado R$ 20 mil”, diz Marcela, que participa da Associação Brasileira das Pessoas com Hemangiomas e Linfangiomas e organiza encontros de portadores da síndrome   

Luiza CarneiroCom informações  G1

Mulher tem 34 anos e pesa 24 quilos. Isso é anorexia


Ela tem uma filha de 12 anos e praticamente só se alimenta de água.
Psiquiatra diz que é preciso internação, já que risco de morte é de 40%.


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A imagem é impressionante. Com apenas 24 quilos distribuídos em 1,56 metro, uma moradora de Bauru (SP) sofre de anorexia nervosa - caracterizada pela perda excessiva de peso - e pede ajuda para conseguir tratamento em uma clínica especializada. Com 34 anos hoje, a situação da ex-gerente de restaurante se agravou nos últimos três anos. Ela  praticamente só se alimenta de água. O transtorno psiquiátrico é o mais mortal que se tem registro: 20% das pacientes não sobrevivem.
A primeira crise ocorreu entre os 13 e 17 anos. Natural de Petrópolis (RJ), a jovem preferiu não ter a identidade revelada, mas disse que no tempo de escola as pessoas a chamavam de gorda. “Sempre fui meio depressiva desde criança. Na escola era chamada de gordinha. Então, comecei a não comer mais e até fingia que comia e jogava fora. Falava que não queria ser a gorda do colégio. Quando pegava o ônibus vazio fazia questão de ir em pé pensando que ajudava a emagrecer. Não tomava nem água”.
Mulher tem uma filha de 12 anos (Foto: Alan Schneider / G1)Jovem de 1,56 metro tem apenas 24 quilos
(Foto: Alan Schneider / G1)
No fim da adolescência, a mulher se casou e pouco depois teve uma filha, hoje com 12 anos. A segunda crise a atingiu há três anos. Ela conta que após ser demitida do emprego de gerente em um restaurante e a separação do marido fizeram agravar a saúde. De lá para cá, a jovem raramente sai do apartamento onde mora. A vergonha com a aparência é o motivo da reclusão.
“Adorava trabalhar, mas depois que deixei o restaurante e a depressão foi se agravando, não consegui mais lutar. Às vezes vou ao mercado, mas sempre quando o tempo está fresquinho, porque dá para eu usar um casado e esconder os braços. Hoje estou tendo forças por causa da minha filha. Tenho certeza que vou vencer. Antes me vi no espelho e me achava a ‘Dona Redonda’. Hoje olho e falo que não sou eu”, desabafa.
A alimentação dela é praticamente à base de água. Além da filha, a mãe e uma tia ajudam nos afazeres do dia a dia. A mãe, Tereza Alves, largou o emprego em Petrópolis para cuidar da filha em Bauru. Tereza diz que na última semana, por exemplo, a filha não comeu nenhum alimento sólido. “Ontem, apenas, ela comeu um pouquinho de sopa. Mas muito pouco. Não sei de onde ela tira força. Ela tinha um corpo bonito que chamava a atenção por onde passava. Hoje ela está vegetando e é uma morta viva. Em abril quase morreu. A anorexia é uma doença enganosa”.
Já a tia, a dona de casa Ana Alves, avisa que os rins da mulher estão parando por falta de líquidos e nutrientes no organismo. “Estamos pedindo socorro para ela. Os rins dela estão parando. Ela não urina, os dentes estão começando a cair e também não menstrua mais”.
Fotos tiradas pelos familiares mostra o grau da doença (Foto: Arquivo pessoal)Fotos tiradas pelos familiares mostram o grau da doença (Foto: Arquivo pessoal)
A anorexia já levou a ex-gerente de restaurante a duas internações, mas que não surtiram efeito. Ela toma remédios para depressão e calmante para dormir. A família pede ajuda para receber um acompanhamento psiquiátrico e nutricional. “Não temos condições de pagar por um tratamento. Precisamos de ajuda”, conta a mãe Tereza.
A paciente que enfrenta a doença lembra o tempo em que brincava o Carnaval. Uma foto de arquivo dela mostra a diferença do corpo até os 31 anos de idade. “Foi o meu último Carnaval em Petrópolis. Eu quero ajuda e virar essa página em minha vida. Quero sair dessa. O que mais me machuca é que sou inteligente, lúcida e sabendo de tudo o que está acontecendo comigo. Tenho medo de não dar tempo de ver minha filha crescer”, lamenta.
Mulher aos 31 anos de idade depois de umm baile de Carnaval  (Foto: Arquivo pessoal)Mulher fotografada aos 31 anos de idade, depois de um baile de Carnaval (Foto: Arquivo pessoal)
Doença
De acordo com o psiquiatra Wilson Siqueira, a mulher tem um alto risco de morte se continuar sem tratamento. “A situação emergencial precisa de internação. Ela precisa ser internada e receber alimentação por sonda, ser orientada de preferência por um nutrólogo e não há necessidade de ser um hospital psiquiátrico. Ao contrário, ela pode ser tratada em um hospital geral por alguém que saiba dessa parte nutricional. Ela tem chances de não morrer. Hoje, ela tem risco de 20% a 40% de vir a óbito”, informa.
Sobre os sintomas da doença, o médico diz que às vezes os clínicos gerais ou outros colegas não estão informados adequadamente desse transtorno. “O diagnóstico é feito pelo baixo peso proporcional e índice de massa corporal muito baixo. Normalmente os cabelos ficam fracos e caem, as unhas também, os dentes por causa muitas vezes dos vômitos. O portador tem uma obsessão com a restrição alimentar”.
Médico psquiatra diz que ela corre risco de morrer de até 40%  (Foto: Alan Schneider / G1)Médico psiquiatra diz que ela está muito magra e que tem 40% de risco de morrer (Foto: Alan Schneider/G1)
 Alan Schneider
Do G1 Bauru e Marília

Família do deputado é despejada

Pedido para desocupação do imóvel havia sido feito pela AGU.
Apesar da autorização judicial, não foi preciso o uso de força policial.

Fabiano CostaDo G1.

Edifício na Asa Norte, em Brasília, onde fica o apartamento funcional ocupado por familiares do deputado Natan Donadon (Foto: Felipe Néri / G1)Edifício na Asa Norte, em Brasília, onde moravam
familiares de Donadon (Foto: Felipe Néri / G1)
A família do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) foi despejada pela Justiça do apartamento funcional da Câmara na última quinta-feira (3), informou a assessoria da Casa. As chaves do imóvel foram entregues ao oficial de Justiça pela mulher de Donadon. Havia autorização de uso de força policial para a reintegração de posse, mas não foi necessário porque o apartamento foi entregue um dia antes do prazo.
G1 tentou contato com o advogado do deputado, mas até a última atualização desta reportagem, não havia obtido resposta.
Preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Donadon teve o mandato de deputado mantido pelos colegas de Legislativo no final de agosto.
No entanto, após a votação no plenário da Câmara, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), determinou o afastamento do deputado por causa da condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo despacho, Alves manteve a decisão da Mesa Diretora que suspendeu salário, verbas e direitos parlamentares de Donadon, entre os quais o uso do apartamento funcional.
Como os familiares do ex-deputado não atenderam aos pedidos da Câmara entregar o imóvel, a Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou no final de agosto uma ação de reintegração de posse.
Em 5 de setembro, o juiz José Márcio da Silveira e Silva, da 7ª Vara da Justiça Federal de Brasília, determinou que a família do deputado desocupasse em 15 dias o apartamento funcional. O magistrado autorizou o uso de força policial em caso de resistência ao cumprimento da decisão.
De acordo com a Central de Mandados doDistrito Federal, o prazo estipulado pelo juiz foi estendido até o início de outubro porque os oficiais de Justiça tiveram dificuldades para notificar os familiares de Donadon sobre a sentença.
A Câmara informou ao G1 que o apartamento de 225 metros quadrados e quatro dormitórios foi entregue em boas condições, apesar de estar necessitando de pintura. A Coordenação de Habitação dda Câmara realizará uma vistoria técnica nos próximos dias para averiguar se não ocorreram danos estruturais no imóvel.
Mesmo com a desocupação do apartamento funcional, a família de Donadon terá de arcar com uma multa por ter desobedecido o prazo estipulado inicialmente para a entrega das chaves. O valor da indenização será determinado pela Justiça com base no valor de mercado dos aluguéis de imóveis compatíveis com o ocupado por Donadon.
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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Estudantes da EREM Justulino no Aulão do" Projeto Educação" no Chev. Hall







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Estudante é morta dentro da escola


Andressa Fontes, de 16 anos, foi morta nesta manhã em José da Penha.
Suspeito de atirar na adolescente se matou em seguida.


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Andressa Caroline Fontes (Foto: Reprodução/Marcelino Neto)Andressa Caroline Fontes foi morta no banheiro da
escola (Foto: Reprodução/Marcelino Neto)
"Uma pessoa falou que tinha um cara dentro do banheiro. Quando cheguei, os dois já estavam mortos". As palavras são de Francimário Costa, diretor da Escola Municipal 4 de Outubro, em José da Penha, onde a aluna Andressa Caroline Fontes, de 16 anos, foi assassinada na manhã desta segunda-feira (7). O suspeito de atirar na adolescente, José Marcos Alves, de 33 anos, cometeu suicídio em seguida. As mortes chocaram a cidade, que fica a 415 quilômetros de Natal. O diretor passou mal e precisou de atendimento médico.
Francimário conversou com o G1 logo após prestar depoimento à polícia e disse desconhecer a suspeita de que o crime tenha motivação passional. Segundo a polícia, o homem tentava namorar a adolescente há algum tempo. "Soube disso depois. Mas até acontecer a tragédia, a escola não estava sabendo desta situação", afirmou o diretor. Depois de entrar no banheiro e se deparar com os dois corpos, o diretor fechou a porta e mandou evacuar o colégio. A escola Municipal 4 de Outubro tem pouco mais de 500 alunos matriculados no ensino fundamental. "Andressa era boa aluna, excelente na escola", acrescentou o diretor. Andressa era aluno do 9º ano do ensino fundamental.
De acordo com o sargento Lima, da PM no município, o crime aconteceu por volta das 10h. Ele revelou que o suspeito entrou na escola e levou a adolescente até o banheiro. "Ele tinha acesso à escola porque prestava serviços à prefeitura e entregava materiais lá. Ele foi até a sala e chamou a menina. Ele matou ela a tiros com um revólver calibre 38 e se matou em seguida", disse o sargento.

O PM acrescenta que o homem já teria namorado a mãe da adolescente, mas o relacionamento chegou ao fim. "Ela não queria ele. A família também não", explicou.
Violência nas escolas
Este é o quinto caso de violência envolvendo alunos da rede pública de ensino este ano no Rio Grande do Norte. No dia 20 de agosto, um aluno da Escola Estadual Professor Josino Macedo, na zona Norte Natal, foi alvejado com três disparos de arma de fogo quando chegava para a aula. Yuran Clisma da Costa dos Santos Antônio tem 14 anos e frequenta o 6º ano B do turno da manhã. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O suspeito, um homem sem camisa que fugiu de bicicleta, atirou várias vezes e fugiu.
No dia 16 de agosto, uma aluna de 15 anos sacou uma arma e ameaçou matar uma professoradentro da Escola Estadual Belém Câmara, no bairro de Cidade da Esperança, na zona Oeste deNatal. Um guarda patrimonial agarrou a manina na hora em que ela faria o disparo. A arma disparou e a bala atingiu o pé da adolescente.
Na delegacia, a aluna disse que está arrependida do que fez. Chorando, a adolescente relatou com detalhes o que aconteceu, explicou como conseguiu a arma e, por último, revelou que tem vontade de pedir perdão à professora. “A vontade que eu tenho é de pedir, de joelhos, perdão a ela. Só que eu não sei se ela vai me perdoar. Ela não vai me perdoar pelo que eu fiz porque eu não pensei na família dela e não pensei na minha família” (veja o vídeo ao lado).
Josimar Souza morreu dentro da sala de aula (Foto: Marcelino Neto)Josimar Souza morreu dentro da sala de aula
(Foto: Marcelino Neto)
Em 21 de maio, na cidade de Porto do Mangue, a 235 quilômetros de Natal, um adolescente de 16 anos foi apreendido apósmatar a facadas o estudante Josimar Arruda de Souza, de 20 anos.
O crime aconteceu dentro da sala de aula da Escola Estadual Professora Josélia de Souza Silva. Segundo depoimento do menor à polícia, ele atacou o colega pelo fato de Josimar ter chamado a namorada do suspeito de “gostosa”. 
Ytaelson da Paz foi morto a tiros nesta quarta (12) em Macaíba (Foto: Arquivo da família)Ytaelson da Paz foi morto a tiros em Macaíba
(Foto: Arquivo da família)
No dia 12 de junho, outro crime chocou o estado. O estudante Ytaelson Costa da Paz, de 17 anos, foi morto a tiros na porta da Escola Estadual Auta de Souza, em Macaíba, cidade da Grande Natal. Um adolescente de 14 anos foi apreendido e admitiu a autoria do crime à polícia. O assassinato foi motivado por uma briga entre os dois adolescentes em uma festa no Natal do ano passado. Os dois estudavam na mesma sala.

O chefe de investigação da delegacia de Macaíba, Elialdo Moura, disse que o adolescente infrator esperou o rival sair da escola para cometer o crime. "Ele ficou do lado de fora. Assim que a vítima saiu, ele se aproximou, sacou o revólver e efetuou os disparos", falou. Felipe Gibson
Do G1 

População apoia Professores no Rio de Janeiro



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Modernidade: descuidos, repetições, impasses


Por Antônio Rezende
Revendo o cotidiano e batendo nas teclas da mesmice, mas lembrando  que o tempo passa e o cinismo parece servir de moldura para esconder projetos que anunciavam otimismos, nada como conversar com o mundo e traçar palavras. Nem sempre, as mudanças se soltam. Há muitas cenas que se repetem e criam tensões. Os impasses não se desmancham.  Acumulam-se contradições. Apontam-se, com vacilações. conquistas que não podem ocorrer magicamente. As repetições se estendem, consolidam tédios, desesperanças, carências. São problemas antigos. Não adianta numerar culpados. É a pressão que coloca o fluir da política em andamentos urgentes.
Se o coletivo não atiça sua inquietude, se a pressão não se fixa, se  as notícias não assanham desejos, não se visualizam renovações. Os sentimentos democráticos  exercem um equilíbrio instável que abala muitos. Abrem-se brechas, também, para se quebrar o conformismo e, ao mesmo tempo, manobras são  reinventadas para silenciar ousadias. Nesse vaivém há sempre especulações e estranhamentos.Numa sociedade onde ocorrem descuidos contínuos os desacertos permanecem atuando.  Não é surpresa o descontentamento, nem a sociedade se redefinirá enquanto o desprezo pela melhoria das relações básicas for mantido.
As soluções se situam no mundo das coisas e das máquinas. Quem controla a dominação rabisca sinais de confusão que esvaziam as possibilidades de autonomia. A democracia apresenta, muitas vezes, ares de utopia ou se mostra como a mais perfeita ilusão. Ela morre no papel, pois seu aparente feitiço beneficia aventuras suspeitas. Obama ritma a dança da paz e da guerra com acrobacias invejáveis. Não é à toa que o debate sobre a modernidade deixa de valorizar a extinção de paradigmas tradicionais. Há  encenações. As constantes disputas corporativas não perdem seus atores. Os suspiros do Iluminismo não ultrapassam seu tempo. Estão presos em pesadelos esfarrapados.
A sociedade não tem uma trilha comum. Tudo isso, não é mecânico, requer reflexão. É difícil dialogar escondendo objetivos, vigiando lucros, alimentando intrigas. A violência existe, não se findará, enquanto desigualdades marcarem as relações sociais. Há os que dela se aproveitam. Não se trata de algo restrito ao mundo das mercadorias. A questão não é só da grana. O sistema vai além.  Adia compromissos, formaliza pactos, desmonta projetos coletivos. Seu poder de envolvimento nunca é transparente.Os privilégios têm senhores e o diálogo reconfigura os limites das agressividades.
A relatividade dos valores é enaltecida, para consagrar negócios que servem às minorias. Falar de repetições cria desânimos, contudo lembra que o fôlego sofre desgastes.  Há uma fabricação de eventos selecionados. O poder da mídia distrai.  Portanto, os caminhos ganham tamanhos sem medida. A história busca sentido nas narrativas que surgem nos mais diferentes lugares. No entanto, as sombras intimidam as luzes, a convivência com fantasmas não é incomum. Não é à toa que os espelhos se redimensionam, cortejando identidades soltas. A modernidade quebrada se mantém nas teorias dos que defendem que existem desvios. O desgaste é cortante, pede refundações e não retornos mesquinhos.
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Morre veterano que participou da Segunda Guerra


Amasilio Paulo de Campos morreu aos 93 anos, neste domingo (6).
Pracinha participou de combates na Itália em 1944 e 1945.

Do G1.

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Amasilio Paulo de Campos morreu neste domingo (6), aos 93 anos de idade (Foto: Divulgação/ Jefferson Biajone)Amasilio Paulo de Campos morreu aos 93 anos de
idade (Foto: Divulgação/ Jefferson Biajone)
Amasilio Paulo de Campos, um dos últimos combatentes da região que participou da Segunda Guerra Mundial, morreu na manhã deste domingo (6) em Itapetininga (SP), aos 93 anos de idade. O corpo de Amasilio está sendo velado na residência onde vivia, e o enterro será realizado na segunda-feira (7), às 9h, no Cemitério São João Batista. A causa da morte ainda não foi divulgada.
O veterano nasceu no dia 15 de junho de 1920, em Capão Bonito (SP), e aos 23 anos prestou serviço militar no Exército Brasileiro. Em outubro de 1944, Amasilio Paulo de Campos viajou junto com outros soldados itapetininganos para a Itália, onde participou de todas as ações de combates, entre elas os ataques ao Monte Castelo (novembro e dezembro de 1944), na sangrenta tomada de Montese (14 de abril de 1945), e na rendição de uma Divisão Alemã Panzer em Collecchio-Fornovo (27 e 28 de abril de 1945).
Em 20 maio de 1945 o veterano participou do Desfile da Vitória das tropas aliadas em Alexandria. E em setembro do mesmo ano voltou ao Brasil. Após voltar à Capão Bonito, Amasilio mudou-se para Itapetininga e começou a trabalhar no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), se aposentando décadas depois.
Amasilio Paulo de Campos já recebeu diversas medalhas e honrarias pelos serviços prestados durante a guerra. Ele deixa a viúva Brasilia Francisca de Campos, além de seis filhos, 20 netos, 13 bisnetos e quatro tataranetos.
De um total de 36 homens, o município de Itapetininga conta agora com apenas três combatentes da Segunda Guerra Mundial vivos. São eles: Argemiro de Toledo Filho, Higino Mendes de Andrade e Victório Nalesso.

domingo, 6 de outubro de 2013

Deputados trocam de partidos


Dos 513 deputados, 52 mudaram de sigla, segundo registros da Câmara.
Terminou no sábado prazo de filiação para quem quer concorrer em 2014.

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Dez por cento dos deputados federais trocaram de partido nas últimas duas semanas motivados pela disputa eleitoral do ano que vem. Segundo registros da Câmara, dos 513 deputados, 52 mudaram de legenda (clique nas imagens ao lado para ver todas as mudanças e o histórico dos partidos no Brasil).
Este sábado, 5 de outubro, foi o último dia de prazo para filiação de quem pretende concorrer na eleição de 2014 – a legislação estabelece que, para disputar, um candidato tem de estar filiado ao partido pelo menos um ano antes do pleito. A eleição de 2014 escolherá presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
Os 52 deputados federais estavam distribuídos por 17 partidos e migraram para outros dez. As siglas que mais perderam parlamentares foram PDT (nove) e PMDB (sete). As que mais ganharam foram os recém-criados Solidariedade, o SDD (22 deputados), e PROS (16).
rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última quinta-feira (3) do registro da Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, fez com que, nos últimos dias, migrassem para outros partidos vários apoiadores que aguardavam a criação da nova legenda. Foram os casos, por exemplo, dos deputados Domingos Dutra (do PT para o SDD), Miro Teixeira (do PDT para o PROS), Walter Feldman (do PSDB para o PSB) e Alfredo Sirkis (do PV para o PSB).
No Senado, até a última sexta (4), houve registro de dois casos de mudança de legenda entre os 81 senadores – Vicentinho Alves (TO), do PR para o SDD, e Kátia Abreu (TO), do PSD para o PMDB. Do G1.


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Peixe-boi Chica, símbolo do Derby, chega aos 50 anos


Chica viveu 22 anos na praça e hoje está no Centro de Mamíferos Aquáticos


Marcionila T. Diário.

Animal vive hoje em meio a 23 animais da mesma espécie. Foto: ICMBIO/Divulgação
Animal vive hoje em meio a 23 animais da mesma espécie. Foto: ICMBIO/Divulgação
No ano de 1963, uma fêmea de peixe-boi encalhou na praia de Ponta de Pedras, em Goiana. O filhote acabava de se perder da mãe em meio à correnteza marítima e morreria se não fosse resgatado a tempo. Um pescador abrigou o mamífero durante um curto período até que o entregou para um fazendeiro do município. Por sete anos permaneceria em um tanque do tamanho do seu corpo. Um longo período sem nadar ou contactar outros da mesma espécie. Um dia, ganhou outro destino: um tanque na Praça do Derby, no Recife. E lá começava a história de um animal que marcou uma geração inteira de crianças. Xica completou 50 anos em janeiro deste ano (idade média alcançada pela espécie), mas as comemorações acontecerão até o final do ano no Centro de Mamíferos Aquáticos Projeto Peixe-Boi, na Ilha de Itamaracá, onde vive.

Veja pessoas relembrando Chica na época do Derby:

Xica pesava 300 quilos quando foi entregue ao centro, em 1992. Era a metade do peso ideal para um mamífero adulto criado em cativeiro. Além de mal alimentada, não tinha espaço para mergulhar e logo ganhou uma queimadura de sol que a deixou com uma marca esbranquiçada nas costas. Outra sequela foi uma deformidade na coluna vertebral por falta de mergulhos. Na praça, ganhava pipoca das crianças, admiração de adultos, mas também levava pedradas.
Chica foi a maior atração para a população nas décadas de 1970 e 1980. Foto: Arquivo/DP
Chica foi a maior atração para a população nas décadas de 1970 e 1980. Foto: Arquivo/DP

No centro de mamíferos aquáticos costumam dizer que é um bicho “temperamental”. “Ela fica afastada dos outros peixes-boi, e nem sempre passa de um tanque para outro”, conta a monitora local, Alana de Assis. Hoje Chica pesa 750 quilos, mede 3 metros e resistiu à própria história como um mamífero paciente. No centro, chegou a parir dois filhotes, que terminaram morrendo, e hoje tem a companhia de 23 animais da mesma espécie. Nunca ganhou o mar porque, segundo especialistas, morreria sem alcançar a própria comida. Ela parece ter nascido para lutar pela vida e, mesmo assim, ser sempre uma bela atração.
Professor Edgar Bom Jardim - PE