domingo, 22 de setembro de 2013

Cidades de Santa Catarina sofrem com as chuvas

Segundo Defesa Civil, número de desabrigados e desalojados cresce.
Neste domingo (22), nível do rio Itajaí-Açu preocupa o Vale do Itajaí.


Com informações de Renan Koerich G1.

Imagem aérea de Rio do Sul neste domingo (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Imagem aérea de Rio do Sul neste domingo
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)
A Defesa Civil de Santa Catarina atualizou ao final da manhã deste domingo (22) para 41 o número de cidades atingidas pelas chuvas que caem no estado. Segundo os órgãos municipais, mais de três mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas nos locais atingidos. O Vale do Itajaí é a região mais prejudicada pelas chuvas.
A Defesa Civil segue contabilizando os estragos provocados pelas chuvas. Desde sexta-feira (20) foram registrados alagamentos, deslizamentos, nível de rios acima do normal e queda de granizo. A previsão do tempo aponta que ao final deste domingo, a chuva diminua um pouco.
O período das últimas horas foram de chuva no estado com algumas áreas tendo chuva forte. Segundo o instituto meteorológico Epagri/Ciram, entre a meia-noite e às 6h, choveu entre 15 e 20 mm em boa parte das regiões com destaque para Vale do Itajaí e Norte.
De acordo com levantamento feito pela Defesa Civil de Santa Catarina, as cidades atingidas são: Alfredo Wágner, Agrolândia, Agronômica, Apiúna, Atalanta, Aurora, Blumenau, Bom Retiro, BrusqueCamboriúCampo ErêCaçadorCuritibanos, Gaspar, Guaraciaba,Guaramirim, Ilhota, Indaial, Itajaí, Ituporanga, Jaraguá do Sul, Joinville, Lages, Lontras, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Rio do Oeste, Rio do Sul, RodeioSaltinhoSanta Terezinha do Progresso, São José dos Cedros, São Miguel do OesteSerra Alta, Taió, TangaráTimbó, Trombudo Central, Timbó Grande, Urubici e Videira.
Vale do Itajaí
A cidade de Rio do Sul, no Vale do Itajaí é a que vive situação mais delicada. Mais de 1500 pessoas tiveram de deixar suas casas. Na cidade vizinha, Agronômica, mais de 470 pessoas estão em abrigos ou em parentes. O rio Itajaí-Açu, que corta a cidade chegou a medir na manhã deste domingo, 9,37 m.
Rio transbordou na cidade de Rio do Sul neste domingo (22) (Foto: Sérgio Guimarães/RBS TV)Rio transbordou na cidade de Rio do Sul
(Foto: Sérgio Guimarães/RBS TV)
Em Blumenau, o nível do rio Itajaí-Açu é o que mais preocupa. Na última medição, às 12h, o nível marcava 8,07m, com 10 ruas alagadas. Há também uma preocupação com o abastecimento de água aos moradores por conta das chuvas. Ao todo são 24 abrigos que estão abertos e recebendo os moradores.
As aulas das escolas municipais estão suspensas. ‘’Na segunda e na terça-feira determinei o cancelamento da rede municipal de ensino. E essa decisão foi compartilhada com o governo estadual. Assim, as escolas não funcionarão nesses dias’’, explicou o prefeito Napoleão Bernardes.
Itajaí entrou oficialmente em situação de alerta e trabalha com risco de inundação. No início da tarde serão abertos dois abrigos. Durante a tarde tem um pico de maré, o que acentua os problemas. Em Ituporanga 156 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. 
Grande Florianópolis
Bom Retiro foi uma das cidades mais atingidas pela chuva (Foto: Batalhão de Operações Aéreas/Divulgação)Bom Retiro foi uma das cidades mais atingidas
(Foto: Batalhão de Operações Aéreas/Divulgação)
Em Bom Retiro, 110 famílias tiveram que sair das suas residências. Segundo Vilmar José Peixer, secretário Municipal de Obras, as famílias foram encaminhadas para o ginásio de esportes da cidade.
Em Florianópolis, as rodovias ficaram com o trânsito lento devido ao acumulo de água nas pistas da SC-401, que liga o centro ao Norte da ilha. Já em Alfredo Wagner, 30 famílias também foram movidas de suas casas para locais considerados seguros pela Defesa Civil. Segundo dados da Epagri/Ciram, o município registrou o maior volume de chuva no estado nas últimas 48 horas, chegando a 211,8 mmmm.
Nas rodovias SC-350, e SC-114, no Vale do Itajaí e na BR-470, próxima a Blumenau, houveram alagamentos e deslizamentos que dificultaram o tráfego. Na SC-350, que liga a cidade de Rio do Sul a Aurora, o trânsito teve de ser interrompido.
No sábado, trechos da BR-282 foram bloqueados e liberados horas depois pela Polícia Rodoviária Federal. Na Grande Florianópolis, em Rancho Queimado e também na capital catarinense, tambpem foram registrados problemas nas rodovias por conta das chuvas.
Serra
Na cidade de Lages, subiu para seis o número de famílias tiveram que sair de suas casas. EmUrubici há o registro de alagamentos em alguns pontos do município.
Além das chuvas, houve ainda queda de granizo na madrugada deste sábado (21). Conforme a Defesa Civil do estado, cerca de 1150 casas foram afetadas em 10 cidades: Campo Erê, Curitibanos, Guaraciaba, Guaramirim, Jaraguá do Sul, Saltinho, Santa Terezinha do Progresso, São José do Cedro, São Miguel do Oeste e Serra Alta.

Em comunicado divulgado no último sábado, o governador Raimundo Colombo disse que os pontos críticos estão sendo monitorados. "Toda a nossa Defesa Civil está em alerta máximo. Há chuva de granizo em diversas regiões do estado e chuvas intensas em outras regiões causando alagamentos. Nós esvaziamos as barragens e elas vão cumprir um papel estratégico na proteção", declarou.
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Fonte: G1.
Publicado em 22/09/2013.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 21 de setembro de 2013

Tiroteio no Shopping deixa mortos e feridos no Quênia


Incidente deixou ao menos 20 mortos, diz Cruz Vermelha.
Testemunhas disseram ter ouvido explosões e relatam situações de pânico.


Pessoas rastejam para se proteger de tiroteio em shopping em Nairóbi (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)
Pessoas rastejam para se proteger de tiroteio em shopping em Nairóbi (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)
Subiu para ao menos 20 o número de mortos após homens armados invadirem um shopping center em Nairóbi neste sábado (21) e abrirem fogo, causando a correria de uma verdadeira multidão em fuga, com pessoas se escondendo nas lojas, nos cinemas e nas ruas.
"As vítimas são muitas, e isso é só o que temos do lado de fora", disse Abbas Guled, secretário-geral da Sociedade da Cruz Vermelha do Quênia à Reuters. "Dentro há mais feridos e os disparos continuam", afirmou. "Posso dizer que o novo balanço é de 20 mortos e 50 feridos", disse Guled à agência France Presse.
Alguns tiros puderam ser ouvidos duas horas após o início do tiroteio, depois que a polícia invadiu o prédio em busca dos agressores, loja por loja. Os homens mantinham ao menos sete pessoas como reféns, disse a polícia. "Há sete reféns, está confirmado", declarou um agente policial a um jornalista da France Presse no local dos incidentes.
Helicópteros da polícia circulavam na capital queniana e policiais armados gritavam para que as pessoas saíssem do local, com dezenas de consumidores fugindo do prédio. Saía fumaça por uma das entradas e testemunhas disseram ter ouvido explosões de granadas, diz a agência Reuters.
Outros disseram ter visto cerca de cinco assaltantes armados invadindo o shopping Westgate e que o incidente parecia ser um ataque ao invés de um assalto a mão armada.
Oficiais de segurança controlam população do lado de fora do shopping (Foto: Jason Straziuso/AP)Oficiais de segurança controlam população do lado
de fora do shopping (Foto: Jason Straziuso/AP)
Possível ataque terrorista
O Ministério do Interior do país declarou nesta manhã que pode se tratar de um ataque terrorista. "Há a possibilidade de ser um ataque de terrorista, então estamos tratando o caso com muita seriedade", declarou Mutea Iringo, o principal secretário do ministério à agência Reuters.
"Eles não parecem ser ladrões. Isso não é um assalto", afirmou Yukeh Mannasseh, que estava no andar de cima do shopping quando o tiroteio começou. "Parece ser um ataque. Os guardas que os viram disseram que eles atiravam indiscriminadamente."
             
Pânico
Testemunhas declararam momentos de pânico. "Os homens armados tentaram disparar na minha cabeça, mas falharam. Ao menos 50 pessoas foram atingidas (por balas). Há muitas vítimas, isso é certo", declarou Sudjar Singh, que trabalha no centro comercial, à agência France Presse.
"Vi uma criança pequena retirada em um carrinho, devia ter cinco ou seis anos. Parecia morta, não se movia, não fazia nenhum barulho", acrescentou.
Pessoas fogem do shopping Westgate em Nairóbi após tiroteio neste sábado (21) (Foto: Jason Straziuso/AP)Pessoas fogem do shopping Westgate em Nairóbi 
(Foto: Jason Straziuso/AP)
O grupo militante somali al Shabaab já havia ameaçado atacar o shopping Westgate, que é popular entre a comunidade de expatriados da cidade.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo incidente.
Pelo menos duas dezenas de feridos foram levados em macas e carrinhos de compras. Muitas das vítimas tinham vários ferimentos leves, aparentemente causados por detritos. Outras saíram andando, algumas com roupas ensanguentadas enroladas em feridas.
Questionado se o ataque havia sido um assalto, um policial paramilitar disse: "Não, (foi) terrorista". Não houve, no entanto, nenhuma declaração oficial da polícia sobre a motivação do grupo.
A polícia isolou as ruas em torno do shopping, que fica no bairro central Westlands.
Não houve reação imediata do grupo al Shabaab, da Somália, que é ligado à al Qaeda.
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Homem ferido é socorrido do lado de fora do shopping neste sábado  (Foto: Jason Straziuso/AP)Homem ferido é socorrido do lado de fora do shopping neste sábado (Foto: Jason Straziuso/AP)
















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Professor Edgar Bom Jardim - PE

Estudante esfaqueado e morto em festa na Unicamp

Estudante de mecatrônica foi esfaqueado no campus de Barão Geraldo. 
Ele chegou a ser socorrido pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos.

Do G1.

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Universitário de 20 anos morre após ser esfaqueado durante festa na Unicamp, em Campinas  (Foto: Reprodução / Facebook)Universitário morre após ser esfaqueado durante
festa na Unicamp (Foto: Reprodução / Facebook)
Um estudante de mecatrônica de 21 anos morreu na madrugada deste sábado (21) após ser esfaqueado durante uma festa realizada no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), localizado no distrito de Barão Geraldo.
Em nota, a Unicamp lamentou o ocorrido, afirmou que a festa não era autorizada e que vai apurar o caso (leia a íntegra abaixo).
As primeiras informações são de que o jovem Denis Papa Casagrande, que cursava o segundo ano de engenharia de controle e automação, foi atingido durante uma briga, que ocorreu no Ciclo Básico da universidade. Outro rapaz, Anderson Marcelino Ferreira Mamede de 20 anos, também sofreu ferimentos durante a briga. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o HC da Unicamp, onde permanece sob cuidados médicos com quadro de saúde estável.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima é de Piracicaba, mas morava em uma república próxima à universidade. O corpo de Denis Papa Casagrande será sepultado às 11h deste domingo (11) no Cemitério Parque da Ressurreição, em Piracicaba (SP).
Segundo informações do Samu, o serviço foi acionado às 3h35 para socorrer uma vítima de espancamento e com ferimentos à faca no local. Casagrande teria sido socorrido pelo Samu e encaminhado para o Hospital de Clínicas da Unicamp, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Até a publicação desta reportagem, a assessoria do Hospital de Clínicas da Unicamp não havia se manifestado.
Íntegra na nota da Unicamp
A propósito do incidente ocorrido na madrugada deste sábado (21), durante uma festa não autorizada no campus, a Unicamp esclarece o seguinte:
1. A Unicamp lamenta profundamente a perda do estudante Denis Papa Casagrande, aluno do curso de Engenharia e Controle de Automação, da Faculdade de Engenharia Mecânica, e se solidariza com sua família.
2. A Unicamp tomará providências administrativas para apurar as circunstâncias do ocorrido e identificar os responsáveis pela festa realizada sem autorização da instituição bem como a participação de pessoas estranhas à comunidade acadêmica.
3. Consta dos registros da Vigilância Interna da Unicamp que, por volta das 23 horas de sexta-feira (20), o campus foi invadido pelos participantes da festa, que avançaram com seus carros sobre as barreiras colocadas nas portarias 1 e 4 e sobre os vigilantes que tentaram barrar sua passagem.
4. Consta, ainda, que às 23h05, a Vigilância Interna solicitou apoio à Polícia Militar (PM) e, às 23h10, à Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), mas ambas as solicitações não foram atendidas, apesar da insistência da Vigilância Interna.
5. O lamentável incidente do qual o estudante foi vítima ocorreu por volta das 04h00, em decorrência de uma briga entre os participantes da festa. Importante destacar que, em 2009, o Conselho Universitário aprovou deliberação determinando que a realização de festas no campus está sujeita a autorização prévia. O texto também deixa explicito que o descumprimento das normas sujeitará os responsáveis à aplicação de penalidades disciplinares, nos termos dos Estatutos e do Regimento Geral da Unicamp.
Assessoria de Imprensa
Campinas, 21 de setembro de 2013

Publicado em 21/09/2013.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

México enfrenta desafio da reconstrução após tempestades

 

Múmero de mortes aumentou de 99 para 101.
Mais de 370 municípios foram afetados pelas tempestades.

Da France Presse

Os últimos vestígios das tempestades que deixaram ao menos 101 mortos e 68 desaparecidos no México começavam a se dissipar e abrir caminho para um novo desafio do governo: a reconstrução da infinidade de casas, escolas e estradas destruídas pelos muitos desabamentos e transbordamentos de rios.
"O número de mortes relacionadas aos fenômenos meteorológicos aumentou de 99 para 101", informou na noite de sexta-feira (20) o secretário de governo Miguel Ángel Osorio Chong em uma coletiva de imprensa, na qual informou que 371 municípios foram afetados e 58.531 pessoas foram retiradas de suas casas.
Governo precisará reconstruir da infinidade de casas, escolas, estradas e pontes (Foto: Jacobo Garcia/Reuters)Governo precisará reconstruir da infinidade de casas, escolas, estradas e pontes (Foto: Jacobo Garcia/Reuters)
As tempestades Manuel e Ingrid, que atingiram as duas costas do México desde o fim de semana passado, afetaram dois terços do país.
Em Guerrero, o estado mais devastado, que tem costa no Pacífico, uma comunidade montanhosa sofreu um grande deslizamento que deixou dois mortos e 68 desaparecidos, enquanto em Acapulco cerca de 40 mil turistas ficaram isolados por cinco dias.
Depois de distribuir toneladas de alimentos e remédios em todas as comunidades que ficaram isoladas - exceto em duas encravadas no alto de montanhas com forte neblina - e de retirar quase todos os turistas que ficaram bloqueados em Acapulco, o governo se concentra agora em "fazer com que a normalidade prevaleça novamente nesta entidade (Guerrero) e em todos os outros estados da República" mexicana, disse o presidente Enrique Peña Nieto.
Mas, para o governo, os danos da extraordinária combinação das duas tempestades ainda são incalculáveis, disse na quinta-feira Osorio Chong à Rádio Fórmula.
E calcular tudo isso não será tarefa fácil. Guerrero, por exemplo, um dos estados mais pobres do México, tem uma topografia muito irregular, repleta de montanhas e rios, onde habitam em pequenas comunidades uma grande parte de seus 3,3 milhões de habitantes, o que dificulta a contabilização dos danos sofridos por seus habitantes.
A secretária de Desenvolvimento Social, Amalia García, disse na sexta-feira que, ante a magnitude deste desafio, os jovens de Guerrero ajudarão a concluir o diagnóstico dos danos para começar o quanto antes a distribuição de ajuda entre os atingidos.
Peña Nieto, que visitou várias das comunidades de Guerrero, disse que permanecerá em Acapulco "para seguir trabalhando com as autoridades e voluntários que se uniram para ajudar" nas tarefas de reconstrução.
Devido à emergência, o presidente cancelou sua viagem a Nova York, onde deveria participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para a próxima semana.
Reabilitação cara para um país com baixo crescimento
Em nível nacional, as inundações provocadas por Ingrid e Manuel provocaram danos em um total de 1,5 milhão de casas de 22 dos 32 estados do país e afetaram severamente ao menos 72 estradas, segundo os primeiros cálculos oficiais.
O governo do México, que em agosto revisou em baixa a projeção do crescimento econômico para este ano de 3,1% a 1,8%, terá que desembolsar apenas para reabilitar as estradas 40 bilhões de pesos (US$ 3 bilhões), informou na sexta-feira o secretário de Comunicações e Transportes, Gerardo Ruiz.
No início da semana, o secretário de Fazenda, Luis de Videgaray, havia informado que há um fundo de 12 bilhões de pesos (US$ 916 milhões) para enfrentar as consequências de desastre naturais.
Em uma tentativa de amortizar o impacto econômico dos fenômenos climáticos, a secretaria de Economia anunciou que concederá créditos a médias e pequenas empresa - o principal motor econômico do país - com taxas de 9,7%.
Fenômenos climáticos perdem força
O fenômeno Manuel, que mudou várias vezes de categoria e que fez na segunda-feira um segundo impacto como furacão na costa do noroeste mexicano, perdeu força na sexta-feira, deixando apenas vestígios, que estão se dissipando sobre a serra sul do estado de Chihuahua (norte), infirmou o Serviço Meteorológico Nacional (SMN).
Manuel deixou três mortos e 100.000 afetados em sua passagem pelo estado de Sinaloa (noroeste), indicaram as autoridades.
Por outro lado, no Golfo do México, uma zona de baixa pressão ameaça há dois dias se converter em ciclone, embora as probabilidades de que isso ocorra tenham caído de 70% para 30%, segundo o SMN.
Desde 1958 o México não era atingido simultaneamente por dois ciclones, como foi o caso de Manuel e Ingrid entre sábado passado e segunda-feira.
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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Gaúchos vivenciaram tradições


Ato simbólico marca fim das comemorações da Semana Farroupilha. 
Chama foi acesa no dia 17 de agosto, no município de General Câmara.

Com informações do G1.

Fortunati na solenidade que marcou a extinção da chama crioula no acampamento farroupilha em Porto Alegre (Foto: Daniel Bittencourt/G1)Prefeito José Fortunati apagou o fogo da Chama Crioula (Foto: Daniel Bittencourt/G1)
Depois de mais de um mês aceso, o fogo da Chama Crioula foi extinto por volta das 18h desta sexta-feira (20), no Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre. O ato simbólico encerrou oficialmente as comemorações da Semana Farroupilha na capital gaúcha.
A cerimônia contou com a presença de oficiais da Brigada Militar, de representantes do movimento tradicionalista e do prefeito da cidade, José Fortunati. Ao apagar a chama, o chefe do Executivo municipal discursou sobre o simbolismo do fogo para os gaúchos.
Cavalarianos Acampamento Farroupilha (Foto: Daniel Bittencourt/G1)Cavalarianos acompanharam extinção do
fogo (Foto: Daniel Bittencourt/G1)
“Ele representa a vida e representa a identidade do gaúcho com o que mais prezamos: os valores que nosso povo, que é multirracial. Somos brasileiros, mas não podemos esquecer nossas tradições e que somos do Rio Grande do Sul”, declarou Fortunati.
Após a extinção do fogo da Chama Crioula no Acampamento Farroupilha, os cavalarianos da 1ª Região Tradicionalista (1ª RT) começaram a deixar o local para apagar a centelha de outras chamas acessas na cidade, no Monumento Maçônico, Monumento Bento Gonçalves, QG da Brigada Militar, Paço Municipal, Assembleia Legislativa e Palácio Piratini.
Símbolo da Semana Farroupilha, a Chama Crioula foi acesa no dia 17 de agosto na vila histórica de Santo Amaro do Sul, em General Câmara. De lá, uma centelha da chama foi levada para cavalarianos de várias regiões tradicionalistas para todos os 497 municípios do estado.
Desfile atrai cerca de 10 mil pessoas
O feriado de 20 de Setembro foi marcado por comemorações e desfiles farroupilhas em várias cidades do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, cerca de 10 mil pessoas prestigiaram o desfile cívico e tradicionalista na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, apesar da chuva que caiu na manhã.
O tema deste ano foi o Rio Grande do Sul Imaginário Social, buscando resgatar mitos, medos e lendas da cultura do estado. Com vestimentas da indumentária gaúcha, representantes de cerca de 120 entidades tradicionalistas que montaram seus piquetes no acampamento do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho participaram do evento.
Na abertura, o vice-governador do estado, Beto Grill, fez a revista nas tropas. Em seguida, integrantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Brigada Militar abriram os festejos. Na segunda parte do desfile, a comunidade foi representada através do Orçamento Participativo. Na última etapa, ocorreu o desfile tradicionalista.
A apresentação das bandeiras e delegações convidadas deu início à parte mais esperada do desfile, com a participação de grupos especiais, como o CTG 35 e Cavaleiros da Paz. Na sequência, participaram diversos CTGs e os piquetes tradicionalistas.
“Foi um momento bastante significante. As prendas e peões esperam o ano inteiro para desfilar na capital. O desfile de hoje me marcou e ficará marcado para sempre. O Movimento Tradicionalista é o ambiente mais saudável que já conheci e participei. Sugiro que todos os adultos levem as crianças ao CTG, para que passem a nossa cultura de geração em geração”, disse Taynara Hella Moraes Ouriques, 1ª prenda do Rio Grande do Sul.
Cerca de 20 cavalarianos carregaram a Chama Crioula (Foto: João Laud/RBS TV)Cerca de 20 cavalarianos carregaram a Chama Crioula no desfile em Porto Alegre (Foto: João Laud/RBS TV)



















Fonte: G1
Publicado em 20/09/2013.
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Cidadania: Os cuidados para preservar árvore de 90 anos

Cedro estava com infestação de pragas e recebeu tela e cimento.
Crianças de escola estadual acompanharam o trabalho.

Com informações do G1.

Árvore foi plantada por prefeito de três cidades do Triângulo (Foto: Reprodução/TV Integração)Árvore foi plantada por prefeito de três cidades do Triângulo (Foto: Reprodução/TV Integração)
Um cedro de 90 anos, que faz parte da história de Uberlândia, está passando por recuperação. A árvore, que fica na Praça Rui Barbosa, está infestada por pragas e para a recuperação, foi feita uma raspagem. Nesta sexta-feira (20), nas vésperas do Dia da Árvore, ela recebeu uma tela e cimento dentro do tronco.
Segundo a bióloga Arlete Ohhira, é uma forma de manter um símbolo histórico. “O tronco vai sendo danificado e a árvore fica sem sustentação e corre risco de cair.” Segundo a profissional é uma forma de vedar para os microrganismos deixarem de agir no tronco.
Tronco foi preenchido com cimento (Foto: Reprodução/TV Integração)Tronco foi preenchido com cimento
(Foto: Reprodução/TV Integração)
Arlete conta que a árvore foi plantada há cerca de 90 anos pelos prefeitos de Uberlândia, Uberaba e Araguari, simbolizando amizade entre os municípios.
Cerca de 40 alunos da Escola Estadual Enéas Guimarães acompanharam o trabalho de recuperação do cedro. As crianças aprovaram a iniciativa. “Tem que recuperar ela e é importante, pois ela está doente”, afirmou Isadora Cardoso Ribeiro, de 8 anos.

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Genival Santos, 28 discos, 5 milhões de LPs vendidos

Cantor brega fez muito sucesso nos anos 70 e 80 em todo Brasil.

Em meados dos 70, boa parte do Brasil cantou com ele a música-denúncia “eu lhe peguei no fraga”, um dos muitos sucessos que Genival Santos registrou em 28 discos. Com cinco milhões de LPs vendidos, ele simboliza um momento áureo da indústria fonográfica brasileira, no qual discos de ouro eram tão comuns quanto o não enriquecimento de ídolos populares.
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O maestro autorizou: veio a primeira nota. No centro do palco, um homem de estatura média, os modos contidos por conta do nervosismo, começou a cantar: “Se for preciso, eu compro uma casa para você morar/ se for preciso, lhe dou de presente o meu coração”. O homem nervoso de modos contidos – faltou dizer que usava uma blusa estampada muito comum naqueles anos 70 – seguia vacilante para o restante da música quando foi interrompido. “Pode parar. Você canta pra dentro, Genival”, disse Flávio Cavalcanti, o apresentador que afagava chutando.
Flávio era tanto o dono de uns óculos severos, a armação gritando “me respeite”, quanto do programa de sucesso no qual o rapaz da Paraíba tentava uma chance. Os jurados foram chamados para opinar. A cantora Maysa mirou em verde os modos vacilantes, o jeito humilde, a blusa estampada. Deu nota zero. Depois, veio o compositor Ronaldo Bôscoli. Outro zero. O cantor e apresentador José Messias, ainda hoje na TV brasileira, anunciou a mesma nota.
Era vez da atriz Márcia de Windsor, cujo sobrenome fictício simboliza um momento no qual a aristocracia europeia era, não sem muita canastrice, emulada em solo nacional. Foi a voz da oposição: dela, Genival ganhou um dez e uma doce previsão: “Você vai vender mais do que Gil e Caetano”. A gentileza, no entanto, não deu conta do peso dos zeros. Genival, no meio do palco, a blusa estampada e nervoso, nervoso e humilde, humilde e vacilante, chorou. “Fui humilhado, bicho.”
genival-santos-meu-coracao-pede-pazDias depois, a produção de Flávio Cavalcanti começou a receber centenas de cartas: chegaram a 1.500. O rapaz foi chamado para voltar ao centro do palco. Desta vez, cantou “Meu Coração Pede Paz, música-título de seu primeiro LP. Na plateia, nordestinos nada vacilantes vibravam. “Olha, tua família é grande, hein? Tem até ônibus vindo de Salvador”, disse, mesclando pilhéria e preconceito, o apresentador que se notabilizou por quebrar discos em cena e analisar moralmente as canções que eram ouvidas ali.
Dessa vez, Genival não passou por júri, nem por zeros. Cantou toda a canção sem ser interrompido, ouviu os aplausos e foi embora. Nunca mais foi convidado a voltar, apesar de vender tanto quanto Gil e Caetano (ou mais, há quem diga). Foram 28 discos e cinco milhões de cópias comercializadas.
O rapaz para quem a família vaticinara um destino para eles já seguro – trabalhar como lavrador – escreveu sua história de maneira particular, na verdade, da maneira particular a centenas de nordestinos que foram para o Rio de Janeiro buscar sucesso. Tinha apenas 6 anos quando seus pais saíram de Campina Grande e se dirigiram até o estado. Queriam “uma vida melhor”, aquilo que quem fica, sejamos justos, também deseja.
Tiveram um sítio em Santa Cruz da Serra, onde pai e mãe logo foram para a roça – é daí que provém o pensamento seguro na futura profissão do filho. “Cantar era coisa de quem tinha dinheiro.” Mas não foi assim: Genival até ajudou a plantar o feijão e o milho, mas o que era de parte do urbano logo o chamou. Adolescente, trabalhou como sapateiro, ajudou a descarregar pedra e cimento de caminhão, foi servente de pedreiro. Tudo isso até começar a fazer o que gostava, cantar alto e dramático.
Todos elogiavam sua voz, era o seu melhor, então era isso que tinha que mostrar. Quando foi servir no Exército, 1970, já se apresentava em boates no centro do Rio. Tinha só 17 anos quando começou a cantar em um inferninho da praça Mauá. “Eu saía sexta à noite do quartel para fazer show e voltava de madrugada. Quantas vezes fui pego dormindo…” Conheceu os compositores João do Vale e Bastinho Calixto. Conheceu Carlos André, que ainda não havia quebrado a mesa. Esse o convidou a gravar um disco (a doce previsão de Marcia de Windsor começava a acontecer naquele momento).
Meu coração pede paz saiu em 1972 – foi o propósito de divulgá-lo que colocou Genival em frente ao chute de Flávio Cavalcanti. O LP fez sucesso e vendeu 85 mil cópias. Foi um ótimo incentivo para a gravadora mantê-lo no cast. “Eu ganhei tanto dinheiro, tanto dinheiro. E nem peguei nele. Vendi quase 6 milhões de discos. Gastei muito. Com mulher, com bebida, com amigo, farra”, diz Genival, sentado no sofá do apartamento do bloco B, localizado na Cidade dos Funcionários, em Fortaleza
7107É um apartamento modesto (e tratado com carinho), diferente da casa que o cantor comprou no Rio de Janeiro quando seus discos continuaram a sair e a vender para milhares de pessoas (Eu Não Sou Brinquedo estourou com “Se Errar Outra Vez”, em 1975; Vem Morar Comigo, de 1976, fez sucesso com “Sendo Assim”; Se For Preciso, de 1977, tem o hit “Eu Lhe Peguei no Fraga”).
Com o dinheiro, comprou uma casa grande, com sauna, em nada parecida com a dos lavradores que poderia ter sido. Comprou um bom carro, como era de praxe. Acabou se separando da esposa com a qual gerou quatro filhos, a mulher que viu o marido passar de um constrangimento televisionado para o estrelato.
Ela não aceitou o tipo de vida que o ex-ajudante de obra passou a levar: nunca reclamou quando ele chegou trôpego, nem mesmo quando ele levava para casa, após uma noitada, uma, duas mulheres. Afirmava que eram da banda. Ela ficava calada. Um dia, arrumou tudo e avisou a ele: “Estou indo embora”. Genival não acreditou: tentou várias vezes trazê-la de volta, mas ela preferiu o silêncio do estar sozinha ao silêncio de quando estava acompanhada. “Você sofreu muito por amor?” Escuta a pergunta sentado no sofá do apartamento modesto, bloco B. Não respondeu com a voz, mas os olhos, cheios d’água, falaram alto.
O afastamento dos filhos foi um dos obstáculos mais difíceis: “Sangue do Meu Sangue” (“quero te dar o que não tive na vida…”) foi feita para aplacar a culpa e a distância. Idosos, os pais que o levaram para o sítio lá em Santa Cruz da Serra também partiram: tinham criado Genival a vida toda, como filho sangue do próprio sangue, tanto que ele só veio conhecer o pai verdadeiro, no Recife, quando tinha 35 anos. A mãe biológica, tem 88 anos, ele sabe onde está, mas não a vê. “Eu procurei por ela durante muito tempo. Foi como Evaldo Braga, ele também foi atrás da mãe. Mas, sinceramente, a minha já morreu.”
O fato é que, como vários cantores de sua geração, aqueles que mudaram a vida de maneira particular (do Nordeste para as listas das mais tocadas, da casa pobre para os hotéis de luxo, do trabalho braçal para o palco), Genival viu um dinheiro que jamais imaginara, desfrutou-o por alguns anos e depois, olhando para os lados, não o encontrou mais. Esse processo aconteceu simultaneamente ao afastamento de uma lógica familiar a qual estava acostumado. Olhou para os lados e também não achou mais os filhos, a ex-mulher, os pais. “O sucesso vai embora e fica só o nome.”
Não passa por dificuldades financeiras – faz três, quatro shows por semana – mas não pode mais manter uma casa com sauna e carro jet set, nem farra, nem amigos (daqueles que surgem quando sua maior qualidade é a prosperidade). Boa parte do valor conseguindo com a venda dos discos – aquele que sobrou após passar pela gravadora e pela editora, estas também fascinadas pela prosperidade nas vendas – foi vampirizada pelo governo de Fernando Collor de Mello, que bloqueou a poupança dos brasileiros no início da década de 90. “Quando ele soltou, já não tinha valor.”
Há 20 anos, foi morar em Fortaleza, onde sempre teve um público fiel. Gostava do Rio, e os filhos, cariocas, continuaram a viver lá, assim como a ex-mulher. Fala com eles várias vezes por semana, a saudade nunca deixou de existir. Sente falta de lá e diz que não chegou a sentir preconceito na cidade. “É porque não falavam nada sobre a gente.”
No Nordeste, apresenta-se para um público misto, formado por aqueles que tanto conhecem sua carreira, os discos lançados, quanto por quem o entende como o cantor do “fraga”, achando graça no R invasor. Hoje, ele acentua ou brinca com a pronúncia – para deixar claro que trata-se de um erro. Havia nesse, sabe, uma denúncia que indicava seu lugar de classe.
Também viu seu próprio entorno se modificar e, por tabela, o sentido de suas músicas. “Agora, quando canto ‘se errar outra vez, dou castigo para não se acostumar’, as mulheres olham para mim e gritam ‘nãããão’”, comenta, referindo-se a um de seus maiores sucessos. Sentado em seu sofá localizado no bloco B, Genival continua a falar, lembra do passado (os olhos cheios d’água várias vezes). Não há ressentimento: adequou-se, com o conforto provocado pelo que é inevitável, a sua vida de agora. Sem sauna, sem carro no ano – e, que bom, sem vaias.   cartacapital.com

(Fabiana Moraes é jornalista e socióloga, repórter especial do Jornal do Commercio (Recife), autora de reportagens especiais como “Ave Maria“, “A Vida é Nelson“, “O nascimento de Joicy” (Prêmio Esso de reportagem em 2011) e “Os sertões” (Esso de Jornalismo em 2009). Publicou, no formato livro-reportagem, Os Sertões (2011) e Nabuco em Pretos e Brancos (2012). A série “O clube dos corações partidos” foi publicada originalmente no Jornal do Commercio.)
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Professor Edgar Bom Jardim - PE