domingo, 13 de maio de 2012

Trabalho Escravo no Brasil atual. Vergonha nacional


O que é trabalho escravo

Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade.
 
A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias, contratam mão-de-obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados "gatos". Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.


Esses gatos recrutam pessoas em regiões distantes do local da prestação de serviços ou em pensões localizadas nas cidades próximas. Na primeira abordagem, mostram-se agradáveis, portadores de boas oportunidades de trabalho. Oferecem serviço em fazendas, com garantia de salário, de alojamento e comida. Para seduzir o trabalhador, oferecem "adiantamentos" para a família e garantia de transporte gratuito até o local do trabalho.

O transporte é realizado por ônibus em péssimas condições de conservação ou por caminhões improvisados sem qualquer segurança. Ao chegarem ao local do serviço, são surpreendidos com situações completamente diferentes das prometidas. Para começar, o gato lhes informa que já estão devendo. O adiantamento, o transporte e as despesas com alimentação na viagem já foram anotados em um "caderno" de dívidas que ficará de posse do gato. Além disso, o trabalhador percebe que o custo de todos os instrumentos que precisar para o trabalho - foices, facões, motosserras, entre outros - também será anotado no caderno de dívidas, bem como botas, luvas, chapéus e roupas. Finalmente, despesas com os improvisados alojamentos e com a precária alimentação serão anotados, tudo a preço muito acima dos praticados no comércio.

Convém lembrar que as fazendas estão distantes dos locais de comércio mais próximos (o trabalhador é levado para longe de seu local de origem e, portanto, da rede social na qual está incluído. Dessa forma, fica em um estado de permanente fragilidade, sendo dominado com maior facilidade), sendo impossível ao trabalhador não se submeter totalmente a esse sistema de "barracão", imposto pelo gato a mando do fazendeiro ou diretamente pelo fazendeiro.

Se o trabalhador pensar em ir embora, será impedido sob a alegação de que está endividado e de que não poderá sair enquanto não pagar o que deve. Muitas vezes, aqueles que reclamam das condições ou tentam fugir são vítimas de surras. No limite, podem perder a vida.

Condições de trabalho
Produtores rurais das regiões com incidência de trabalho escravo afirmam, com freqüência, que esse tipo de relação de serviço faz parte da cultura ou tradição. Contudo, mesmo que a prática fosse comum em determinada região - o que não é verdade, pois é utilizada por uma minoria dos produtores rurais -, jamais poderia ser tolerada.

A Convenção nº 29 da OIT de 1930, define sob o caráter de lei internacional o trabalho forçado como "todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente." A mesma Convenção nº 29 proíbe o trabalho forçado em geral incluindo, mas não se limitando , à escravidão. A escravidão é uma forma de trabalho forçado. Constitui-se no absoluto controle de uma pessoa sobre a outra, ou de um grupo de pessoas sobre outro grupo social.
Trabalho escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.


Alojamento
O tipo de alojamento depende do serviço para o qual o trabalhador foi aliciado. As piores condições são, normalmente, as relacionadas com a derrubada de floresta nativa devido à inacessibilidade do local e às grandes distâncias dos centros urbanos. Como não há estrutura nenhuma e o proprietário não disponibiliza alojamentos, muito menos transporte para que o trabalhador durma próximo da sede da fazenda, a saída é montar barracas de lona ou de folhas de palmeiras no meio da mata que será derrubada. Os trabalhadores rurais ficam expostos ao sol e à chuva.

Pedro, de 13 anos de idade, perdeu a conta das vezes em que passou frio, ensopado pelas trovoadas amazônicas, debaixo da tenda de lona amarela que servia como casa durante os dias de semana. Nem bem amanhecia, ele engolia café preto engrossado com farinha de mandioca, abraçava a motosserra de 14 quilos e começava a transformar a floresta amazônica em cerca para o gado do patrão. Foi libertado em uma ação do grupo móvel no dia 1o de maio de 2003 em uma fazenda, a oeste do município de Marabá, Sudeste do Pará.
De acordo com fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, uma das fazendas vistoriadas contava com excelentes alojamentos de alvenaria munidos de eletrodomésticos para serem mostrados aos fiscais. "Mas os escravos estavam em barracos plásticos, bebendo água envenenada e foram mantidos escondidos em buracos atrás de arbustos até que nós saíssemos. Como passamos três dias sem sair da fazenda, os 119 homens começaram a ‘brotar' do chão e nos procuraram desesperados, dizendo que não eram bichos".
Outro caso flagrado pelo Grupo Móvel: a equipe de fiscalização já libertou peões que ficavam alojados no curral, dormindo com o gado à noite, em uma propriedade, em Buriticupu (MA), no dia 08 de abril de 2001, segundo os relatórios do Ministério do Trabalho e Emprego.


Saúde
Na fronteira agrícola, é comum que doenças tropicais como malária e febre amarela sejam endêmicas, além de exibir alta incidência de algumas moléstias que estão em fase de desaparecimento em outras regiões, como a tuberculose. Quando ficam doentes, os trabalhadores escravizados, na maioria das vezes, são deixados à própria sorte pelos "gatos" e os donos das fazendas. Os que conseguem andar caminham quilômetros até chegar a um posto de saúde, enquanto os casos mais graves podem permanecer meses em estado de enfermidade até que melhorem, apareça alguém que possa levá-los para a cidade ou, na pior das hipóteses, venham a falecer.
Devido aos altos índices de desemprego na região, há um grande contingente de pessoas em busca de um serviço que possa prover o seu sustento e o de sua família. Essa grande quantidade de mão-de-obra ociosa é um exército de reposição. Uma pessoa doente torna-se um estorvo, apenas uma boca a ser alimentada, pois fica alienada da única coisa que interessa ao dono da terra, que é sua força de trabalho. Por isso, não são raros os relatos de pessoas que foram simplesmente mandadas embora após sofrerem um acidente durante o serviço.
Luís deixou sua casa em uma favela na periferia da capital Teresina e foi se aventurar no Sul do Pará para tentar impedir a fome de sua esposa e de seu filho de quatro meses. Logo chegando, trabalhou em uma serraria, que transformava a floresta em tábuas, onde perdeu um dedo da mão quando a lâmina giratória desceu sem aviso. "Me deram duas caixas de comprimido: uma para desinflamar e outra para tirar a dor, e me mandaram embora", conta. Segundo Luís, os patrões não queriam ter dor de cabeça com um empregado ferido. Ele foi libertado de uma fazenda no Sul do Pará, em fevereiro de 2004, durante uma ação de um grupo móvel de fiscalização.

A pecuária é uma das principais atividades que utilizam trabalho escravo, para tarefas como derrubada de mata para abertura ou ampliação da pastagem e o chamado "roço da juquira" - que é retirada de arbustos, ervas daninhas e outras plantas indesejáveis. Para este último, além da poda manual, utiliza-se a aplicação de veneno. Contudo, não são fornecidos aos aplicadores equipamentos de segurança recomendados pela legislação, como máscaras, óculos, luvas e roupas especiais. A pele dos trabalhadores, ao fim de algumas semanas, está carcomida pelo produto químico, com cicatrizes que não curam, além de tonturas, enjôos e outros sintomas de intoxicação.

Carlos, 62 anos, foi encontrado doente na rede de um dos alojamentos de uma fazenda de gado, em Eldorado dos Carajás, e internado às pressas. Tremia havia três dias, não de malária ou de dengue, mas de desnutrição. No hospital, contou que estava sem receber fazia três meses, mesmo já tendo finalizado o trabalho quase um mês antes. O gato teria dito que descontaria de seu pagamento as refeições feitas durante esse tempo parado. Foi libertado por um Grupo Móvel de Fiscalização em dezembro de 2001.

Saneamento
Não há poços artesianos para garantir água potável com qualidade, muito menos sanitários para os trabalhadores. O córrego de onde se retira a água para cozinhar e beber muitas vezes é o mesmo em que se toma banho, lava-se a roupa, as panelas e os equipamentos utilizados no serviço. Vale lembrar que as chuvas carregam o veneno aplicado no pasto para esses mesmos córregos.


Alimentação
Os próprios peões usam o termo "cativo" para designar o contrato em que um trabalhador tem descontado o valor da comida de sua remuneração. O dever de honrar essa dívida de natureza fraudulenta com o "gato" ou o dono da fazenda é uma das maneiras de se escravizar uma pessoa no Brasil. Ao passo que o contrato em que o trabalhador recebe a comida sem desconto na remuneração é chamado de "livre".
A comida resume-se a feijão e arroz. A "mistura" (carne) raramente é fornecida pelos patrões. Em uma fazenda em Goianésia, Pará, as pessoas libertadas em novembro de 2003 eram obrigadas a caçar tatu, paca ou macaco se quisessem carne. Enquanto isso, mais de 3 mil cabeças de gado pastavam na fazenda, que se espreguiça por cerca de 7,5 mil hectares de terra. "Tem vez que a gente passa mais de mês sem carne", lembra Gonçalves, um peão que prestava serviço na fazenda.
Em muitas fazendas, a única ocasião em que se come carne é quando morre um boi. Na fazenda em que Luís foi libertado, em fevereiro de 2004, a única "mistura" que estava à disposição dos libertados era carne estragada, repleta de vermes.


Maus tratos e violência
Não é o objetivo deste texto analisar as histórias de humilhação e sofrimento dos libertados. Mas vale ressaltar que há em todas elas uma presença constante de humilhação pública e de ameaças, levando o trabalhador a manter-se em um estado de medo constante.
Muitas vezes, quando peões reclamam das condições ou querem deixar a fazenda, capatazes armados os fazem mudar de idéia. "A água parecia suco de abacaxi, de tão suja, grossa e cheia de bichos." Mateus, natural do Piauí, e seus companheiros usavam essa água para beber, lavar roupa e tomar banho. Foi contratado por um gato para fazer "roça de mata virgem" - limpar o caminho para que as motosserras pudessem derrubar a floresta e assim dar lugar ao gado - em uma fazenda na região de Marabá, Sudeste do Pará. Contou ao Grupo Móvel de Fiscalização que, no dia do acerto, não houve pagamento. Ele reclamou da água na frente dos demais e por causa disso foi agredido com uma faca. "Se não tivesse me defendido com a mão, o golpe tinha pegado no pescoço", conta, mostrando um corte no dedo que lhe tirou a sensibilidade e o movimento. "Todo mundo viu, mas não pôde fazer nada. Macaco sem rabo não pula de um galho para outro." Mateus foi instruído pelo gerente da fazenda a não dar queixa na Justiça.

"Sempre que vejo um trabalhador cego ou mutilado pergunto quanto o patrão lhe pagou pelo dano e eles têm me respondido assim: ‘um olho perdido - R$ 60,00. Uma mão perdida - R$ 100,00'. E assim por diante. Estranho é que o corpo com partes perdidas tem preço, mas se a perda for total não vale nada", afirma um integrante da equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.


Conteúdo Curricular -  HISTÓRIA :Escravidão Contemporânea/Cidadania e Liberdade; SOCIOLOGIA:Problemas Sociais / Modo de Produção/ Isolamento Social/ Direitos Humanos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE / Repórter Brasil

Decisão na Ilha do Retiro:Sport X Santa Quem faz a festa em 2012 ?





Disputar um título no dia 13 de maio criou uma expectativa maior para o Clássico das Multidões deste domingo. Se no Sport o desejo é conquistar a 40ª taça de campeão pernambucano justamente na data em que completa 107 anos de existência, no Santa Cruz foi evidenciado em cada entrevista que antecedeu a decisão do Estadual a vontade de estragar a festa rubro-negra, em plena Ilha do Retiro, e levar a comemoração do bicampeonato para o Arruda, tornando-se, assim, campeão duas vezes seguidas em cima do Leão.

Para o elenco do Sport, é preciso evitar que a ansiedade cresça e mude o comportamento dos atletas durante a decisão do título. A festa e a comemoração devem ficar apenas entre os torcedores, que comparecerão à Ilha do Retiro para torcer pelo Leão. “Essa ansiedade pela comemoração do aniversário tem que ter um limite dentro do grupo. Depois do jogo, nós vamos festejar, se Deus quiser. Espero que o torcedor se lembre de tudo que se passou durante o campeonato e nos ajude a conquistar esse título”, comentou Jael.

O elenco rubro-negro admitiu que, a comemoração do aniversário do clube ser justamente no dia da final, aumenta a pressão no grupo. Até mesmo a superioridade do Sport em clássicos em 2012 pode não valer nada. Diante dos principais rivais, os comandados do técnico Mazola Júnior, venceram quatro partidas e empataram outras duas. “Tudo isso aumenta a pressão. O fato de ser um clássico, de jogar em casa, de ser o 40º título estadual do clube. É por isso que é preciso entrar em campo concentrado, pois a pressão será muito grande”, comentou Edcarlos.

No último ato do Estadual, o técnico Mazola Júnior não contará com o zagueiro Tobi, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e será substituído. A tendência é que o esquema com três defensores seja mantido na final, inclusive, com Rivaldo mais uma vez sendo improvisado na lateral esquerda. No meio, Diogo Oliveira deve ser mantido na vaga de Marquinhos Paraná. Sem muita opção, o treinador leonino deve manter a dupla de ataque com Jael e Jheimy.

Pelo lado tricolor, a cautela na hora das entrevistas afastou qualquer possibilidade de provocação sobre o aniversário do rival. A ideia no Arruda é, inclusive, esquecer qualquer tipo de relação entre o jogo e a data comemorativa. “Não vamos ganhar nada pensando nisso. Pode até servir como motivação para eles, mas, da nossa parte, é indiferente. Temos que entrar concentrados na busca pelo resultado. A necessidade de vencer a partida, assim como a qualidade dos profissionais que trabalham no Sport, já traz dificuldade suficiente. Vamos ter que superar isso”, destacou o volante Memo, um dos remanescentes da final de 2011.

Com uma serenidade inabalável, o arqueiro Tiago Cardoso acredita que tudo vai acontecer naturalmente no jogo decisivo. “Não adianta querer antecipar as coisas, ficar enchendo a cabeça com isso. A semana de trabalho foi boa, pensamos em um treinamento de cada vez. Agora, é o momento de colocar tudo em prática. Não existe mistério. Por isso temos que ter a tranquilidade, pois quem realizar o melhor trabalho durante o jogo, vai merecer o título”, declarou o goleiro, que, sendo capitão pela primeira vez, pode ter a honra de erguer o troféu. “Estou muito concentrado e sei que a conquista será de todo o grupo. Mas se tiver a oportunidade de levantar a taça, ótimo”.

Sport: Magrão; Bruno Aguiar, Edcarlos e Aílson; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira, Marcelinho Paraíba e Rivaldo; Jheimy e Jael. Técnico: Mazola Júnior

Santa Cruz : Tiago Cardoso; Diogo, William Alves, Vágner e Renatinho; Memo, Anderson Pedra; Natan e Luciano Henrique; Dênis Marques e Flávio Caça-rato. Técnico: Zé Teodoro

Local: Estádio da Ilha do Retiro (Recife)
Horário: 16h
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa/PE)
Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral
Ingressos: R$ 25 (sócio e meia-entrada), R$ 50 (arquibancada e assento especial sócio), R$ 60 (cadeira sócio, cadeira da amplicação e assento especial não-sócio) e R$ 80 (cadeira não-sócio) 


Professor Edgar Bom Jardim - PE/folhape.com

Ponte de garrafas plásticas



Estrutura é montada no Açude Velho, em Campina, neste fim de semana.
Objetivo é conscientizar moradores para riscos da poluição do ambiente.

Do G1 PB
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Ponte de garrafas pet é montada no Açude Velho, em Campina Grande (PB) (Foto: Denise)Expectativa é de que travessia seja aberta à população no domingo (13) (Foto: Denise Delmiro/TV Paraíba)
Um artista plástico monta neste fim de semana, em Campina Grande, uma ponte de 150 metros de comprimento, composta por oito mil garrafas plásticas e outros materiais reciclados retirados do lixo. A estrutura começou a ser instalada na sexta-feira (11) no principal cartão postal da cidade, o Açude Velho, construído há mais de 180 anos. A previsão é de que o trabalho seja concluído no domingo (13) para que os moradores e visitantes da cidade possam participar da aventura.
Ponte de 150 metros de comprimento está em fase de finalização (Foto: Flávio Roberto/TV Paraíba)Ponte de 150 metros de comprimento está em fase de
finalização (Foto: Flávio Roberto/TV Paraíba)
As travessias serão acompanhadas por uma equipe do Corpo de Bombeiros, que ficará até o dia 20 de maio na passarela dando apoio com coletes salva-vidas e monitorando as visitas. A passarela liga duas margens do Açude Velho, do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) à Casa da Cidadania, na Avenida Doutor Severino Cruz.
A iniciativa tem apoio de voluntários e é coordenada pelo artista plástico Jarrier Alves, que nasceu em Brasília, mas mora na capital paraibana, João Pessoa. Segundo ele, o projeto é uma intervenção artística de cunho ecológico.
O objetivo é chamar atenção da população e das autoridades para o problema da poluição do meio ambiente e a necessidade de revitalização do Açude Velho.
Segundo o artista, a instalação da ponte teve a consultoria do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e apoio da prefeitura de Campina Grande. Para ser viabilizado, o projeto foi financiado no valor de R$ 40 mil pelo Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC), um programa do governo estadual.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 12 de maio de 2012

Mãe é Mãe ...



Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães,ok? Desconstruir alguns mitos.
Não, não precisa se preocupar. Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
Vamos lá:

MÃE É MÃE: mentira !!!
Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista. Também é cozinheira e lavadeira.
Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
Mãe às vezes também é pai.
Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock pra desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também namora, trabalha, adora dançar.
Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora.
Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
Mãe já foi mãe, agora é mãe também.

MÃE É UMA SÓ: mentira !!!
Sabe por quê?
Claro que sabe!
Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
De certa forma, tem duas mães.
Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães.
Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade.
O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.

SER MÃE é PADECER NO PARAÍSO: mentira!
Que paraíso, cara-pálida?
Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram.
Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
Quanto a padecer, é bobagem.
Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
Por exemplo?
Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica.
Aí a barra é pesada, pode crer...

MATERNIDADE é A MISSÃO DE TODA MULHER: mentira !!!
Maternidade não é serviço militar obrigatório!
Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabê-los?
Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa.
É difícil, mas acontece.

MAMÃE, EU QUERO: verdade!
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.
 


Professor Edgar Bom Jardim - PE/Mulher de Classe

Mãe de bebê que nasceu com 365 gramas comemora evolução da filha



Ana Júlia ficou 132 dias internada em UTI neonatal de hospital no Rio.
'Ela é um exemplo de superação, me ensinou a nunca desistir', diz mãe.

Tássia ThumDo G1 RJ
Comente agora
Quem vê o olhar esperto e o sorriso arteiro da pequena Ana Júlia, de quase 2 anos, não imagina a batalha que ela enfrentou para viver. Nascida com apenas 365 gramas e 27 centímetros, a menina é o segundo menor bebê prematuro do Brasil.
título é da mineira Carolina Terzis, que nasceu pesando apenas 5 gramas a menos que Ana Júlia. Os avanços de Ana Júlia surpreendem os médicos e emocionam a mãe Leila Oliveira, que planeja uma comemoração especial neste Dia das Mães.
Ana Júlia é um exemplo de superação, de garra, e nos ensinou a nunca desistir."
Leila Oliveira, pedagoga
Leila, que também é mãe da estudante Gabriela, de 17 anos, sofreu dois abortos espontâneos antes de engravidar da caçula. Quando todos os exames apontavam uma gestação tranquila, Leila teve uma crise de pressão alta e precisou interromper a gravidez na 24ª semana. Ana Júlia precisou ficar 132 dias na UTI do Hospital Perinatal, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A menina cabia nas mãos dos médicos. O pezinho era menor que o dedo do polegar de um adulto.
Ana Júlia cabia na palma da mão dos médicos (Foto: Arquivo pessoal)Ana Júliaera menor que a palma da mão dos
médicos (Foto: Arquivo pessoal)
O primeiro abraço da mãe foi só no 11º dia de vida, quando Ana Júlia foi submetida à colocação de um cateter para receber o leite materno. “Em função da prematuridade extrema dela, os médicos não a deixaram pegar no colo antes. Me lembro que esse nosso primeiro contato foi muito rápido, mas muito emocionante”, recorda Leila.
Noites e dias na UTI
Ana Júlia nasceu no fim de maio e recebeu alta em outubro de 2010. Ao longo dos quase cinco meses de internação, Leila passava as noites e dias ao lado da incubadora onde estava a filha. Nesse período, a menina passou por uma cirurgia cardíaca e pela colocação de dois cateteres. A menina chegou a receber o leite materno, em doses de 1 ml a cada seis horas.
“Os momentos que a gente passa na UTI são muito difíceis. As mães dos bebês nessa situação ficam muito unidas, uma dando força à outra. Quando a gente passa um tempo com o bebê na UTI, a gente acaba carregando uma preocupação maior. Eu acompanho o peso da Ana Júlia, mas sem aquela neurose, até porque o pediatra diz que ela está muito bem”, comenta a mãe.
Ana Júlia vai completar 2 anos no final de Maio; família comemora evolução da menina (Foto: Arquivo pessoal)Ana Júlia vai fazer 2 anos no fim de maio; família comemora evolução da menina (Foto: Arquivo pessoal)
União de mãe e filha
Após o nascimento de Ana Júlia, Leila resolveu abdicar por um tempo da vida profissional. Formada e pós-graduada em pedagogia, ela quer acompanhar de perto o desenvolvimento da filha e optou em matriculá-la na escola apenas ano que vem, quando ela tiver o tamanho e o peso compatível aos de crianças de 2 anos.
“Eu tento ser a mãe que ela merece ter, tento dar o carinho que ela merece receber. Comemoramos tudo que a Ana Júlia faz desde que nasceu. O primeiro dentinho, quando ficou sentada pela primeira vez, quando começou a engatinhar, primeiro passinho, tudo para a gente é muito significativo e tem uma importância muito grande”, relata a mãe.
Enquanto Ana Júlia segue de férias em casa, Leila aproveita para curtir com a pequena os DVDs da "Galinha Pintadinha” e “Xuxa só para baixinhos”. Aos finais de semana, a família se divide entre passeios pela Lagoa Rodrigo de Freitas e aos jogos do Botafogo, no estádio do Engenhão.
“Ana Júlia é um exemplo de superação, de garra, e nos ensinou a nunca desistir. Ela traz inúmeros exemplos para gente. É uma fonte de inspiração”, fala a mãe, que não faz questão de esconder a corujice.



 Por Professor Edgar Bom Jardim - PE

Elas são Poderosas . Movem Céus e Terras. Elas são Mães !

Eu vi a mulher preparando
Outra pessoa
O tempo parou prá eu olhar
Para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada
Que nunca passou...

Nossa Homenagem  as Mães de Bom Jardim, Pernambuco, Brasil e de todo o Mundo 

   
Mayane Santana, 24 anos,  Mãe de um filho, reside no Alto do Paraíso." Ser Mãe é uma dádiva de Deus. O presente do Dia das Mães  que quero é carinho..."


Adenise Santana, 33 anos, Mãe de dois filhos, reside na Sapucaia. " Ser Mãe é tudo de bom na vida, é gerar outra pessoa. O presente que quero é saúde para toda família, para meus filhos..."

Maria Arruda, 37 anos, Mãe de uma  filha, reside no sítio Torto." Ser Mãe é ter amor pelos filhos. O presente do dia das Mães é o carinho e alegria..."


]
Ana Maria , 44 anos,Mãe de três filhos, reside na Nova Descoberta. " Ser Mãe é maravilhoso, é uma realização da vida. O presente que quero é ter sempre a obediência, a compreensão e o carinho de meus filhos..."

Audijane de Melo, 20 anos, reside na Cidade, será mãe pela primeira vez. " Ser Mãe é ótimo, é ser amada. O presente que peço a Deus é saúde para que meu filho possa nascer perfeito..."

Maria Ferreira, 41 anos, reside no sítio Altos." Ser Mãe é  sem explicação, é gostoso, maravilhoso, é ter alegria. O presente que quero são beijos, abraços e um liquidificador..."

Maria de Fátima, 29 anos, duas filhas, reside no centro de Bom Jardim. " Ser Mãe é tudo de bom. O presente é carinho e a felicidade delas..."






Joseilda Oliveira, 39 anos, três filhas , reside na Avenida José M. Andrade. " Ser Mãe é ganhar a vida,entender o verdadeiro sentido da vida, aprender a viver a vida, que muda completamente.  O presente é uma bela homenagem"...


Força Estranha
Roberto Carlos


Eu vi um menino correndo
Eu vi o tempo
Brincando ao redor
Do caminho daquele menino...

Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada
E eu nunca passei...

Eu vi a mulher preparando
Outra pessoa
O tempo parou prá eu olhar
Para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada
Que nunca passou...


Por isso uma força
Me leva a cantar
Por isso essa força
Estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha...

Eu vi muitos cabelos brancos
Na fonte do artista
O tempo não pára e no entanto
Ele nunca envelhece...

Aquele que conhece o jogo
Do fogo das coisas que são
É o sol, é o tempo, é a estrada
É o pé e é o chão...

Eu vi muitos homens brigando
Ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada
Vontade encoberta
E a coisa mais certa
De todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sobre a estrada
É o sol sobre a estrada
É o sol...


Por isso uma força
Me leva a cantar
Por isso essa força
Estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz, essa voz
Tamanha...(2x)





 Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE