domingo, 26 de fevereiro de 2012

SOBERANIA NACIONAL - É inaceitável que as pesquisas brasileiras sejam trituradas no fogo


Fogo na base da Marinha na Antártida matou duas pessoas no sábado (25).
Militares e funcionários aguardavam resgate em Punta Arenas, no Chile.

Do G1, em SPPor professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com
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A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a aeronave que foi buscar os brasileiros que estavam na base incendiada da Marinha na Antártidachegou a Punta Arenas, no extremo sul do Chile, na madrugada deste domingo (26). O grupo formado por militares e funcionários aguardava no local após ter sido retirado da Antártida por um avião da Força Aérea da Argentina. Ainda não há definição sobre o horário de retorno para o Brasil, de acordo com a FAB.
O incêndio ocorreu, segundo a Marinha, no local onde ficam os geradores de energia da Estação Antártica Comandante Ferraz, por volta das 2h (horário de Brasília) deste sábado (25). O ministro da defesa, Celso Amorim, confirmou na tarde de sábado a morte de dois militares. Um terceiro militar ficou ferido. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar as causas do incêndio.
Ao todo, estão em Punta Arenas à espera de resgate 30 pesquisadores, um alpinista que auxilia nos estudos, um representante do Ministério do Meio Ambiente e 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
Na tarde de sábado, uma aeronave C-130 Hercules partiu do Brasil para fazer o resgate dos brasileiros no Chile. A aeronave deixou a base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 17h30 e desembarcou em Punta Arenas por volta de 3h deste domingo (26), de acordo com a FAB.
Vítimas
Em nota, o Ministério da Defesa informou no sábado que há indícios de que os dois corpos encontrados na estação incendiada sejam do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que estavam desaparecidos.
De acordo com a nota, o sargento Luciano Gomes Medeiros ficou ferido e está internado. Ele recebeu os primeiros socorros na estação polonesa de Arctowski e depois foi levado para a base chilena Eduardo Frei.
Segundo o ministro da defesa Celso Amorim, não é possível saber ainda a extensão do prejuízo a equipamentos e pesquisas desenvolvidas pelos brasileiros na região. "Todo o núcleo central, onde estão concentrados os equipamentos, foi perdido. O grau exato do que ocorreu ainda terá de ser objeto de perícia, mas a avaliação é que perdeu-se praticamente tudo", afirmou.
Incêndio em base na Antártida (Foto: Armada de Chile/Reuters)Incêndio em base na Antártida (Foto: Armada de Chile/Reuters

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Arte sobre o lixo

Origem do Universo- Acelerador de partículas é reativado

Operações do LHC são retomadas após parada técnida de dois meses.
Ano de 2012 será decisivo na busca pelo 'bóson de Higgs'.

Da EFE/G1professoredgarbomjardim-oe.blogspot.com
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O Grande Colisor de Hádrons (LHC), acelerador de partículas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), voltou a ser acionado, após mais de dois meses de parada técnica. Com a reativação, mais de 5 mil cientistas darão início à etapa decisiva na busca do "Bóson de Higgs", uma partícula elementar que explicaria a origem da matéria.
"Os aceleradores estão sendo reativados, mas os primeiros feixes de prótons não serão injetados no LHC até meados de março e as colisões continuarão até o fim deste mês", confirmou nesta sexta-feira (24) o porta-voz do Cern, James Gillies.
A injeção de prótons será feita em um primeiro acelerador menor e mais antigo. Lá as partículas vão adquirir energia e ganhar velocidade para passar a um acelerador maior, tudo antes de chegar com toda potência (mais de 99,9% da velocidade da luz) ao LHC, explicou um dos responsáveis do centro de controle do grande acelerador, Mirko Pojer.
Uma das instalações do Grande Colisor de Hádrons (LHC), megatúnel para colidir partículas (Foto: Andrew Strickland / cortesia Cern 7-8-2010)Instalações do Grande Colisor de Hádrons (LHC), megatúnel para colidir partículas (Foto: Andrew Strickland)
Uma vez que os prótons chegarem ao LHC, a metade deles fará sua trajetória em uma direção e os demais seguirão no sentido oposto para começarem a colidir no fim de março.
Para isso acontecer, os ímãs supracondutores do LHC deverão ser esfriados a uma temperatura de 271 graus Celsius negativos -- a temperatura mais baixa conhecida no Universo é de cerca de 273 graus Celsius negativos.
No total, serão injetados 2,8 mil pacotes de partículas no LHC, com conteúdo de 115 bilhões de prótons cada, que circularão a uma energia de 4 TeV (teraeletronvolts), 0,5 TeV a mais do que estava previsto.
"A energia da colisão dos prótons equivale ao choque de um grande avião na velocidade de aterrissagem, ou seja, cerca de 150 km/h", comparou Pojer.
No entanto, dado o reduzido tamanho dos prótons, a probabilidade de choque é pequena, o que explica a necessidade de injetar no acelerador grandes quantidades de partículas.
Os milhares de físicos que trabalham no Cern esperam que as colisões entre prótons a energias tão elevadas façam surgir novas partículas cuja existência está apenas na teoria.
É o caso do Bóson de Higgs, sobre a qual repousam as bases do modelo padrão da física e que é, por enquanto, a única hipótese disponível sobre uma questão tão fundamental como a origem da matéria.
Os responsáveis pelo Cern garantiram que neste ano terão resultados conclusivos sobre a existência ou não de "Higgs". Os pesquisadores do centro de pesquisas europeu acreditam ter visto sinais da partícula durante as medições e análises de dados realizados durante 2011.
O LHC, um anel de 27 quilômetros de circunferência localizado entre 50 e 150 metros abaixo da terra, conta com quatro detectores.
Desses, dois -- conhecidos como Atlas e CMS -- estão dedicados a buscar novas partículas como a de Higgs ao mesmo tempo, mas de maneira independente.
Nos próximos meses, nenhuma nova descoberta será anunciada até que uma dessas experiências alcance um grau de comprovação quase absoluta ou equivalente a uma possibilidade em 1 milhão que possa ter algum erro, disse o físico Steven Goldfarb, coordenador de divulgação e educação do detector Atlas.
Se isso ocorre, o outro detector servirá para contrastar o resultado e corroborar os dados obtidos. Goldfarb lembrou que entre 1999 e 2000, em uma experiência conhecida como "Aleph", os cientistas pensaram ter encontrado a partícula de Higgs, mas outros três experimentos que eram desenvolvidos paralelamente descartaram a descoberta.
"Isto é como tirar dados. Pode ocorrer que o mesmo número saia seis vezes seguidas e seria emocionante, mas existe uma probabilidade estatística que isto ocorra, e ali mora a armadilha", comentou.
A cientista espanhola Silva Goy, que trabalha no detector CMS, tem a mesma opinião. Ela disse queo observado até agora pode ser uma "oscilação estatística" e que o desafio é chegar a um nível de probabilidade que permita eliminar esse risco.
Com o valor de energia que será utilizada neste ano, o volume de dados obtidos chegará aos "15 femtobarn inverso (Fv-1)", considerada suficiente para alcançar um resultado final.
Espera-se que até a próxima grande conferência de física, no início de julho na Austrália, os cientistas do Cern já tenham reunido mais dados do que em todo o ano de 2011 sobre o experimento para apresentá-los à comunidade científica. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Casamento aos 100 anos de idade...

  De véu e grinalda


Para uma noiva do estado de Kentucky, nos Estados Unidos, a idade não é nada além de um número. No dia 6 de fevereiro desse ano, Dana Jackson casou-se no seu 100º aniversário. Bill Stauss, de 87 anos, foi o escolhido pelo coração de Dana.
A cerimônia aconteceu no Centro de Atenção à Saúde Rosewood, no mesmo estado onde ambos residem.

"Eu me sinto como se tivesse 50 anos. Eu não me sinto uma centenária.", disse Dana. Ela casou-se uma vez antes, quando tinha apenas 15 aninhos. Ao ver sua noiva, o noivão derramou algumas lágrimas de felicidade. "Faz 56 anos desde que eu não encontrava a felicidade. Tudo o que eu queria era um olhar mais atento. Quando eu a vi de perto, eu vi como ela era bonita.", disse Stauss.
Fonte:emas1/professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com

BASTA !

Nova droga contra melanomas duplica sobrevidas

No Brasil, droga foi aprovada pela Anvisa em janeiro. Ela é indicada para pacientes com uma mutação genética conhecida por BRAF V600E

Médico examina paciente com melanoma
Médico examina paciente com melanoma (Peter Dazeley/Getty Images)
Um novo medicamento para tratar o câncer avançado de pele ou melanoma metastático praticamente duplica o tempo médio de sobrevida, revela estudo realizado com 130 pacientes e divulgado nesta quarta-feira.
Desenvolvido pela Genentech, filial americana da gigante suíça Roche, a droga Zelboraf (vemurafenibe) foi aprovada pelo FDA, agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, em agosto de 2011, o que a torna o primeiro novo tratamento contra melanoma em 13 anos. No Brasil, a droga foi aprovada em janeiro deste ano pela Anvisa, mas ainda não está sendo comercializada.

Opinião do especialista

José Augusto Rinck JúniorOncologista clínico do  AC Camargo

"É uma droga nova voltada a pacientes que têm uma mutação genética específica do melanoma. O medicamento é útil para metade das pessoas com a doença.
Ao comparar o uso da droga — em pessoas que têm a mutação — com tratamentos convencionais, o vemurafenibe aumenta o tempo médio de sobrevida.
A dificuldade é que é uma medicação oral de alto custo. O valor ainda não está definido no Brasil, mas ao importá-la o custo médio é de 20.000 reais por uma caixa com comprimidos para um mês.
O Zelboraf não possui efeitos colaterais típicos da quimioterapia, como queda de cabelo e náuseas. Mas os pacientes podem ter problemas na pele, como o surgimento de outros tumores — só que mais fáceis de controlar."
O estudo mais recente, cujos resultados foram publicados pelo New England Journal of Medicine, acompanhou 132 pacientes em 13 centros médicos de Estados Unidos e Austrália.
Os pacientes tratados com o Zelboraf viveram em média 15,9 meses após a metástase, contra uma expectativa de nove meses."Sabíamos que este medicamento reduzia os melanomas em grande parte dos pacientes e que funcionava melhor que a quimioterapia, mas ainda não sabíamos que faziam os pacientes viver mais tempo", disse Antoni Ribas, coordenador do estudo e professor de hematologia e oncologia do Jonsson Cancer Center, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
O Zelboraf pode ser utilizado para tratar a metade dos pacientes com melanoma metastático, ou cerca de 4.000 pessoas nos Estados Unidos anualmente, segundo os pesquisadores.
Tomado em forma de comprimido duas vezes ao dia, o medicamento age bloqueando uma proteína ligada ao crescimento celular em pacientes com melanoma avançado cujos tumores mostram a mutação genética conhecida por BRAF V600E.
No total, 53% dos pacientes com essa mutação obtiveram redução de seus tumores em mais de 30%, enquanto outros 30% experimentaram reduções menores. A droga não provocou resposta em 14% dos pacientes.
Um inconveniente é que os pacientes parecem desenvolver resistência ao tratamento com o tempo, mas os cientistas estão procurando maneiras de evitar que isto ocorra.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que 6.230 brasileiros desenvolvam a doença em 2012. A Organização Mundial de Saúde estima que o câncer de pele provoca 66.000 óbitos ao ano em todo o mundo, e 80% são atribuídos aos melanomas. Por professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com
(Com informações da agência France-Presse/veja.com)

Temperatura esquenta no Senado ? Nada sério?...

Nunes disse que audiência era usar 'miséria alheia' para atacar PSDB.
Petista pediu que o tucano 'tivesse a dignidade' de ouvir testemunhas.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
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O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), durante audiência na Comissão de Direitos Humanos sobre o Pinheirinho (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), em audiência
na Comissão de Direitos Humanos sobre o
Pinheirinho (Foto: Geraldo Magela/Ag. Senado)
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se exaltou nesta quinta-feira (23) após a recusa do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) em participar de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos sobre a desocupação da área conhecida como Pinheirinho. Cerca de 1,5 mil famílias foram retiradas de suas casas no final de janeiro pela Polícia Militar de São Paulo e pela Guarda Municipal de São José dos Campos (SP) após autorização judicial.
Nunes afirmou que não participaria da audiência, requisitada por Suplicy, por considerar que se tratava de um "instrumento" de ataque ao PSDB. "A audiência é um instrumento político de interesse do PT, do senador Eduardo Suplicy e de pseudo-revolucionários que se utilizam da miséria alheia para promover suas propostas", afirmou o tucano.
O senador petista, então, pediu a palavra e, batendo com as mãos na mesa, afirmou que tem evidências de que houve violência durante a operação da Polícia Militar de retirada dos moradores do Pinheirinho.

"Queira o senador Aloysio Nunes ter a dignidade de ver esses filmes demonstrando a violência ocorrida! E vem aqui ele me dizer que funcionárias minhas fizeram declarações, elas foram testemunhas da barbaridade ocorrida. É importante que ele possa ouvir!", gritou Suplicy.
Nunes respondeu à manifestação do petista dizendo que "não se intimida" com gritos. "Eu não me intimido com os gritos do senador Suplicy. Não me impressiona. Nem de vossa excelência nem de ninguém", disse o parlamentar do PSDB.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que presidia a Comissão de Direitos Humanos, tentou encerrar a discussão. "Mas é a primeira vez que ele [Suplicy] grita. Ele passa dois anos falando baixinho", ponderou. Diante da ausência dos principais convidados a participar da audiência e da recusa de Aloysio Nunes em permanecer na comissão, Simon sugeriu adiar a reunião e permitir que o tucano também selecione convidados.
Os senadores decidiram ouvir os líderes comunitários presentes à reunião e continuar a audiência do Pinheirinho com convidados escolhidos por Nunes. Inicialmente, foi prevista que a audiência fosse retomada na próxima segunda-feira (27). Os senadores, porém, optaram para 4 de março, com mais tempo para convidar outras pessoas.
Após bate-boca, Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) se cumprimentam em audiência na Comissão de Direitos Humanos sobre o Pinheirinho (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)Após bate-boca, Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloysio
Nunes (PSDB-SP) se cumprimentam em audiência
sobre o Pinheirinho (Geraldo Magela/Ag.Senado)
Nunes defendia que a audiência fosse ampliada, para debater ações violentas da PM em outros estados, não somente no Pinheirinho. Ele e Suplicy aceitaram a proposta de Simon e se cumprimentaram sob aplausos, dando fim à discussão.
"Pedro Simon, dado seu espírito de respeitabilidade na presidência da comissão, quero cumprimentar o senador Aloysio Nunes numa saudação de respeito", afirmou Suplicy, antes de dar a mão a Nunes.
Pinheirinho
No dia 25 de janeiro, foi encerrada a operação da Polícia Militar de reintegração de posse do Pinheirinho. Cerca de 1,5 mil famílias foram retiradas de suas casas. O terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados foi invadido há oito anos e pertence à massa falida de uma empresa do investidor Naji Nahas. Várias denúncias de violência por parte da PM foram feitas após a desocupação. Suplicy chegou a relatar na tribuna do Senado suposto abuso sexual cometido por policiais militares.

O tucano propôs debater o assunto na Comissão de Direitos Humanos do Senado. O requerimento de audiência pública foi aprovado pela comissão e a reunião foi marcada para esta quinta (23). Foram convidados a prestar esclarecimentos o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, a secretária de Justiça de São Paulo, Eloisa Arruda, e o presidente do Tribunal de Justiça do estado, Ivan Sartori.

Também foram convidados a comparecer à audiência da Comissão de Direitos Humanos a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, o secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres, o juiz da 18ª Vara Cívil da Comarca de São Paulo, Luiz Beetoven Giffoni, o juiz Rodrigo Capez, que acompanhou a desocupação como representante do TJ-SP, a juíza da 6ª Vara Cívil de São José dos Campos, Márcia Loureiro, que determinou a desocupação, o promotor de Justiça João Marcos da Paiva, que conduziu os depoimentos sobre abusos de autoridade.

Foram chamados ainda o advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Marcelo Menezes, o líder comunitário Antonio Ferreira, o vereador de São José dos Campos Tonhão Dutra, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Alvaro Batista Camilo, além de vítimas que tenham prestado depoimento à promotoria sobre a ação da Polícia Militar.

Nenhuma autoridade envolvida na ação da PM compareceu nesta quinta (23) à Comissão de Direitos Humanos. Apenas o líder comunitário Antonio Ferreira veio a Brasília relatar a violência que diz ter sofrido durante a desocupação. A secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, também compareceu à audiência.