sábado, 12 de novembro de 2011
Escândalo no Ministério do trabalho. Já é hora do adeus de Lupi ?
O ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, terá mais uma oportunidade de mostrar que é um "osso duro de roer". Reportagem de VEJA desta semana mostra que, em dezembro de 2009, o ministro cumpriu agenda oficial usando um avião privado, alugado pelo dono de uma rede de ONGs. Pior: o dono de ONGs integrou a comitiva e, meses depois, ganhou um contrato (entre outros que já detinha, alguns deles investigados por irregularidades) para atender a projetos da pasta de Lupi na mesma região visitada com a aeronave. Como diz a reportagem, "mais uma daquelas clássicas confraternizações entre interesses públicos e privados, cuja despesa acaba sempre pendurada na conta do contribuinte".
Em dezembro de 2009, Lupi percorreu sete municípios do Maranhão para o lançamento de um programa de qualificação profissional no estado. Viajou a bordo de um King-Air branco com detalhes em azul, prefixo PT-ONJ, na companhia de três pedetistas e um convidado especial.
Os pedetistas eram o ex-governador do estado Jackson Lago, já morto; o então secretário de Políticas Públicas de Emprego, Ezequiel de Sousa Nascimento; e o então assessor de Lupi e hoje deputado federal Weverton Rocha. O convidado especial era Adair Meira, que chefia uma rede de ONGs conveniadas com o ministério. Foi ele, interessado direto no périplo de Lupi, quem 'providenciou' o avião.
Como é o nome? - Na semana passada, VEJA revelou que caciques do PDT comandados por Lupi transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. As denúncias levaram o ministro a prestar esclarecimentos ao Congresso, onde afirmou desconhecer Adair: "Eu não tenho relação nenhuma com o - como é o nome? - seu Adair."
Lupi afirmou também nunca viajar em aviões particulares. Mas esqueceu de combinar a versão com seus antigos assessores. A VEJA, Ezequiel Nascimento confirmou a presença de Adair nos voos e foi taxativo ao apontar quem bancou o giro pelo Maranhão: "O Adair."
Procurado por VEJA, Weverton Rocha confirma que o avião foi alugado para servir à agenda oficial do ministro, mas diz que quem pagou por isso foi o PDT. Sua versão não faz sentido, dado que era uma viagem oficial do ministro. Ainda que fizesse, é um absurdo do ponto de vista ético. De resto, não explica o que Adair fazia no voo. No esquema de extorsão revelado por VEJA, Weverton é apontado o responsável por fixar os valores da propina cobrada das ONGs.
Competência - Indagado sobre o caso, Adair diz que nunca viajou no mesmo avião que Lupi, que não tem qualquer relação com o ministro e que suas ONGs são escolhidas pelo ministério por critérios de competência.
Entre as ONGs de Adair estão a Fundação Pró-Cerrado e a Renapsi. Desde 2008, elas já receberam 10,4 milhões de reais do ministério. Tanta competência ainda não convenceu a Controladoria-Geral da União. Ao passar um pente-fino nos contratos, a CGU encontrou irregularidades de todo o tipo e apontou: "não foi demonstrada nenhuma providência para superação das falhas". A Procuradoria da República já pediu a devolução dos recursos embolsados pelas entidades de Adair. Com Informações de abril.veja.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
ITÁLIA :Bye, bye Berlusconi !
O primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi abandonou o cargo neste sábado (12) às 18h47 pelo horário de Brasília, após entregar a carta de renúncia ao presidente Giorgio Napolitano. A confirmação foi anunciada pela equipe do palácio presidencial do Quirinal.
O Parlamento italiano havia aprovado o pacote econômico de medidas de austeridade que abriu caminho para a saída do político italiano do governo e para a formação de um governo de emergência.
Berlusconi disse no início da semana que deixaria o cargo de premiê após ficar claro que não possuía mais o apoio da maioria. Em reunião hoje no Gabinete, reunido com os outros ministros do país, o premiê confirmou a decisão.
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O político afirmou que ficou "sentido" por conta das vaias recebidas após a votação no Parlamento neste sábado. "Foi algo que me doeu profundamente", disse ele junto a dirigentes do partido de centro-direita Povo da Liberdade.
Mario Monti, ex-comissário europeu, é indicado como favorito para substituir o polêmico primeiro-ministro, que vinha enfrentando oposição de parte da população nos últimos meses.
A renúncia promete encerrar uma das eras mais escandalosas da história italiana pós-Segunda Guerra (conheça aqui a trajetória de Silvio Berlusconi).
Com Informações do G1. Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
Orobó: duelo pela prefeitura coloca em evidencia novos candidatos que representam a modernização conservadora da tradicional política de Pernambuco
Vereador, pré-candidato Chaparral comemora aniversário neste sábado, 12 de novembro 2011, com bandas de forró,discursos e um palanque composto pela oposição ao prefeito Manoel João dos Santos.
A festa começa a partir das 20:00 horas, no centro da Cidade.O evento é também uma demonstração de força. O povo e a cidade vai medir quem tem mais partidários, mais força. Será o grupo de Manoel João, Gorete Borba e Zé Francisco ? ou será o grupo de Chaparral, Dui do Bujão, Severino Cavalcanti e Manuel Mariano? Essa polêmica vai alimentar o debate atá as eleições.
Semana passada foi a festa de comemoração do aniversário de Manoel João e Zé Francisco, no evento Juntos Somos Mais (Gorete). Hoje, o dia da festa de aniversário de Chaparral.
A política em Orobó definiu seus candidatos majoritários para 2012. Gorete X Chaparral. Embora, sejam candidatos majoritários pela primeira vez, ambos representam projetos políticos da modernização conservadora em nosso Estado.
Vereador Chaparral.
Foto Blog Manuel Mariano. Escrito Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
A festa começa a partir das 20:00 horas, no centro da Cidade.O evento é também uma demonstração de força. O povo e a cidade vai medir quem tem mais partidários, mais força. Será o grupo de Manoel João, Gorete Borba e Zé Francisco ? ou será o grupo de Chaparral, Dui do Bujão, Severino Cavalcanti e Manuel Mariano? Essa polêmica vai alimentar o debate atá as eleições.
Semana passada foi a festa de comemoração do aniversário de Manoel João e Zé Francisco, no evento Juntos Somos Mais (Gorete). Hoje, o dia da festa de aniversário de Chaparral.
A política em Orobó definiu seus candidatos majoritários para 2012. Gorete X Chaparral. Embora, sejam candidatos majoritários pela primeira vez, ambos representam projetos políticos da modernização conservadora em nosso Estado.
Vereador Chaparral.
Foto Blog Manuel Mariano. Escrito Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
Prefeitura do Bom Jardim-PE paga décimo aos servidores municipais
Neste sábado,12 de novembro, mais de mil e duzentos servidores efetivos e comissionados do município do Bom jardim recebem o décimo terceiro salário. Uma notícia boa para o comércio local que terá garantia de bons negócios neste final de ano. O administrador do Município faz barulho propagando a medida em carro de som. Um feito diferenciado diante da comunidade, do comércio, dos servidores municipais que avaliam no momento a administração de forma regular. A situação do prefeito João Lira já esteve melhor diante da opinião pública nos últimos sete anos. Essa medida é um dos pontos forte e marca de sua administração. Bom Jardim paga em dia aos funcionários e fornecedores.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
" Coronel Lupi" pede desculpas e diz que ama Dilma
Ministro disse que desde que assumiu o cargo tentam derrubá-lo
BRASÍLIA (Folhapress) - Um dia após dizer que não teve intenção de afrontar a presidente Dilma Rousseff (PT) ao falar que só deixava o cargo “à bala”, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT) foi além ontem: “Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi a minha intenção: eu te amo”, declarou em evento na Câmara. Lupi se retratou após ter sido “enquadrado” anteontem pelo Palácio do Planalto, que tinha avaliado a declaração dele sobre a permanência no cargo como uma ameaça.
“Como vou desafiar a presidente Dilma? Eu a conheço há mais de 30 anos. Posso ser tudo, menos uma pessoa deseducada e deselegante. Peço desculpas à opinião pública, que fica com a imagem de que sou louco, um tresloucado. Desde que entrei no Ministério tentam me derrubar. Há até bolsas de aposta. Hoje a mídia pergunta quem será o próximo”, afirmou.
“São 200 (jornalistas) dando tiro na gente. Eu falei nesse sentido, nunca desafiando”, justificou. Ele disse que se sente em um “tribunal de inquisição” e criticou a cobertura da Imprensa nas crises que levaram à queda de cinco ministros desde o começo do ano. Lupi considerou “injusta” a demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva. “Quando se começa a atirar em um soldado do Exército é para atingir o general”, afirmou. Ele disse ainda que tentam derrubá-lo desde que assumiu o cargo, em 2007, mas disse não temer ser o próximo ministro a cair. “Eu vou mostrar para vocês que é possível a mídia errar, vou mostrar que, com o erro, vocês terão de dar espaço para defender a honra das pessoas”.
CÂMARA
O ministro foi à Câmara após reportagem da “Veja” relatar que servidores e ex-servidores do Ministério cobrariam propinas para liberar recursos a ONGs. Lupi foi ouvido em uma sessão esvaziada e, ao final, foi criticado até pelo líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para quem o ministro deveria falar “um pouco menos”. Em seu depoimento, Lupi justificou os convênios feitos a partir de 2002 com ONGs. Do total de 491 convênios diretos com o Ministério do Trabalho, 97 estão em fase de execução; seis, com prestação de contas em complementação; 148, com prestação de contas aguardando análise; 103, aprovados e quatro, rejeitados. Em tomada de contas especiais, por falha, erro e irregularidades, 18; aguardando prestação de contas, 103. Carlos Lupi faz na Câmara um histórico de sua atuação frente ao Ministério do Trabalho.
Lupi afirmou ainda que, se alguém fez alguma coisa errada dentro do Ministério, que pague. “Pedi à Polícia Federal que fosse fundo. As duas fontes anônimas que denunciam o Ministério do Trabalho não receberam dinheiro. Se há falhas, há. São 500 convênios. Há falhas. Corrupção dentro do Ministério e no meu partido não há. Ninguém vai macular minha história modesta e pequena. Incomoda a muita gente um ex-jornaleiro chegar onde chegou“, disse.
Com informação da folhape.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE
BRASÍLIA (Folhapress) - Um dia após dizer que não teve intenção de afrontar a presidente Dilma Rousseff (PT) ao falar que só deixava o cargo “à bala”, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT) foi além ontem: “Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi a minha intenção: eu te amo”, declarou em evento na Câmara. Lupi se retratou após ter sido “enquadrado” anteontem pelo Palácio do Planalto, que tinha avaliado a declaração dele sobre a permanência no cargo como uma ameaça.
“Como vou desafiar a presidente Dilma? Eu a conheço há mais de 30 anos. Posso ser tudo, menos uma pessoa deseducada e deselegante. Peço desculpas à opinião pública, que fica com a imagem de que sou louco, um tresloucado. Desde que entrei no Ministério tentam me derrubar. Há até bolsas de aposta. Hoje a mídia pergunta quem será o próximo”, afirmou.
“São 200 (jornalistas) dando tiro na gente. Eu falei nesse sentido, nunca desafiando”, justificou. Ele disse que se sente em um “tribunal de inquisição” e criticou a cobertura da Imprensa nas crises que levaram à queda de cinco ministros desde o começo do ano. Lupi considerou “injusta” a demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva. “Quando se começa a atirar em um soldado do Exército é para atingir o general”, afirmou. Ele disse ainda que tentam derrubá-lo desde que assumiu o cargo, em 2007, mas disse não temer ser o próximo ministro a cair. “Eu vou mostrar para vocês que é possível a mídia errar, vou mostrar que, com o erro, vocês terão de dar espaço para defender a honra das pessoas”.
CÂMARA
O ministro foi à Câmara após reportagem da “Veja” relatar que servidores e ex-servidores do Ministério cobrariam propinas para liberar recursos a ONGs. Lupi foi ouvido em uma sessão esvaziada e, ao final, foi criticado até pelo líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para quem o ministro deveria falar “um pouco menos”. Em seu depoimento, Lupi justificou os convênios feitos a partir de 2002 com ONGs. Do total de 491 convênios diretos com o Ministério do Trabalho, 97 estão em fase de execução; seis, com prestação de contas em complementação; 148, com prestação de contas aguardando análise; 103, aprovados e quatro, rejeitados. Em tomada de contas especiais, por falha, erro e irregularidades, 18; aguardando prestação de contas, 103. Carlos Lupi faz na Câmara um histórico de sua atuação frente ao Ministério do Trabalho.
Lupi afirmou ainda que, se alguém fez alguma coisa errada dentro do Ministério, que pague. “Pedi à Polícia Federal que fosse fundo. As duas fontes anônimas que denunciam o Ministério do Trabalho não receberam dinheiro. Se há falhas, há. São 500 convênios. Há falhas. Corrupção dentro do Ministério e no meu partido não há. Ninguém vai macular minha história modesta e pequena. Incomoda a muita gente um ex-jornaleiro chegar onde chegou“, disse.
Com informação da folhape.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE
Itália deve aprovar reformas e abrir caminho para saída de Berlusconi
Manifestante com tampa de vaso com o rosto
de Berlusconi e a expressão 'vencido' em ato
neste sábado (5) em Roma (Foto: AP)
Senado vota leis orçamentárias com emendas pedidas pela Europa.
Mario Monti, provável próximo premiê, participa dos debates.
O Senado da Itália deve aprovar nesta sexta-feira (11) as leis orçamentárias de 2012, com emendas de austeridade pedidas pelos parceiros da União Europeia. A aprovação deve abrir caminho para a anunciada renúncia do premiê Silvio Berlusconi.
O economista Mario Monti, que deve ser escolhido o próximo premiê italiano, chegou ao Parlamento para participar da votação.
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, nomeou Monti senador vitalício na quarta-feira, pavimentando o caminha para sua indicação.
Na quinta, Berlusconi e seu partido, o PDL, manifestaram apoio à indicação de Monti e à convocação de eleições antecipadas.
O Senado deve passar o dia debatendo o pacote e votar ainda nesta sexta. O plano também deve passar com facilidade na Câmara de Deputados no sábado.
Berlusconi, pressionado por conta do agravamento da crise econômica no país e de escândalos, prometeu na terça-feira que vai renunciar assim que as medidas forem aprovadas.
EUA pressionam
O presidente dos EUA, Barack Obama, conversou com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, no fim da quinta-feira, e também telefonou para o presidente italiano, Giorgio Napolitano, para pressionar pela aprovação das medidas e pelo aceleramento da transição italiana..
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, pediu uma ação mais rápida na Europa.
"A crise na Europa continua sendo o desafio central para o crescimento global. É crucial que a Europa se mova mais rapidamente para colocar em vigência um plano para restaurar a estabilidade financeira", disse Geithner em comunicado.
Após meses de confusão e atrasos, Roma parece ter entendido a mensagem após a disparada dos juros pagos em seus títulos de dívida.
O senador Mario Monti, provável futuro premiê da Itália, conversa com homem não identificado em restaurante em Roma nesta quinta-feira (10) (Foto: AP)
Fonte: g1.globo.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim -PE
Estudantes da USP decidem manter greve e cobram a destinação de 10% do PIB para educação.
Alunos se reuniram em assembleia geral na noite desta quinta-feira (10).
Eles também decidiram cobrar a destinação de 10% do PIB para educação.
Cerca de 1500 alunos, segundo o Diretório Central de Estudantes (DCE), estiveram presentes na assembleia geral da Universidade Federal de São Paulo (USP) nesta quinta-feira (10) (Foto: Raphael Prado/G1)
Os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), reunidos em assembleia na noite desta quinta-feira (10) no salão nobre da Faculdade de Direito, decidiram manter a greve geral dos alunos. Eles voltam a discutir o tema na próxima quinta-feira (17), em outra assembleia, que será realizada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), na Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital.
Os cerca de 1500 alunos - segundo o Diretório Central de Estudantes (DCE) - também aprovaram a cobrança da destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Eles também fizeram uma moção de apoio aos manifestantes da Universidade Federal de Rondônia, cuja reitoria está ocupada por alunos, em greve há mais de dois meses.
Nesta quinta, o DCE e a Associação de Docentes da USP (Adusp) realizaram um ato contra a Polícia Militar e o reitor da universidade. "Fora PM" e "Segurança sim, PM não" eram as palavras de ordem.
Segundo os organizadores - entre eles o Diretório Central de Estudantes da USP e a Associação de Docentes da USP (Adusp) -, o ato reuniu 5 mil manifestantes. A Polícia Militar estimou a participação em mil pessoas.
Não houve nenhum registro de incidente na passeata. O trânsito foi afetado em algumas áreas, sobretudo quando começou o horário de pico na cidade - a passeata durou até cerca de 19h, quando os estudantes voltaram à Faculdade de Direito, no Largo do São Francisco, para realizar uma assembleia geral que definiria se a greve dos estudantes seria mantida.
O protesto ocorre dois dias depois de a Tropa de Choque da Polícia Militar cumprir a determinação judicial de reintegração de posse da reitoria da USP, ocupada por estudantes desde 2 de novembro. Na ação da PM, 72 manifestantes - a maioria deles estudantes - foram presos e indiciados por dano ao patrimônio público e desobediência civil.
Fonte: g1.globo.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE
Eles também decidiram cobrar a destinação de 10% do PIB para educação.
Cerca de 1500 alunos, segundo o Diretório Central de Estudantes (DCE), estiveram presentes na assembleia geral da Universidade Federal de São Paulo (USP) nesta quinta-feira (10) (Foto: Raphael Prado/G1)
Os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), reunidos em assembleia na noite desta quinta-feira (10) no salão nobre da Faculdade de Direito, decidiram manter a greve geral dos alunos. Eles voltam a discutir o tema na próxima quinta-feira (17), em outra assembleia, que será realizada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), na Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital.
Os cerca de 1500 alunos - segundo o Diretório Central de Estudantes (DCE) - também aprovaram a cobrança da destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação. Eles também fizeram uma moção de apoio aos manifestantes da Universidade Federal de Rondônia, cuja reitoria está ocupada por alunos, em greve há mais de dois meses.
Nesta quinta, o DCE e a Associação de Docentes da USP (Adusp) realizaram um ato contra a Polícia Militar e o reitor da universidade. "Fora PM" e "Segurança sim, PM não" eram as palavras de ordem.
Segundo os organizadores - entre eles o Diretório Central de Estudantes da USP e a Associação de Docentes da USP (Adusp) -, o ato reuniu 5 mil manifestantes. A Polícia Militar estimou a participação em mil pessoas.
Não houve nenhum registro de incidente na passeata. O trânsito foi afetado em algumas áreas, sobretudo quando começou o horário de pico na cidade - a passeata durou até cerca de 19h, quando os estudantes voltaram à Faculdade de Direito, no Largo do São Francisco, para realizar uma assembleia geral que definiria se a greve dos estudantes seria mantida.
O protesto ocorre dois dias depois de a Tropa de Choque da Polícia Militar cumprir a determinação judicial de reintegração de posse da reitoria da USP, ocupada por estudantes desde 2 de novembro. Na ação da PM, 72 manifestantes - a maioria deles estudantes - foram presos e indiciados por dano ao patrimônio público e desobediência civil.
Fonte: g1.globo.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE
Plebiscito no Pará chega à TV; saiba os argumentos de cada lado
Começa nesta sexta-feira (11) a campanha no rádio e na TV das frentes contra e a favor a criação dos estados de Carajás e Tapajós. O plebiscito que vai definir se os paraenses querem ou não o desmembramento do estado será realizado no dia 11 de dezembro.
Os eleitores do Pará irão à urnas para responder a duas perguntas: “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Carajás?” e “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós?”.
Em um possível cenário de divisão do Pará, o futuro estado de Carajás será composto por 39 municípios, tendo Marabá como capital; o estado de Tapajós, 27 municípios, e Santarém como capital; e o novo Pará, 77 municípios, e Belém continuaria sendo a capital.
O G1 percorreu o Pará por dez dias para ouvir o que o povo pensa sobre a separação. Nos próximos dias, será publicada uma série de reportagens sobre o assunto.
Os paraenses ouvidos pelo G1 que defendem o “não” afirmam que todo o Pará sairá perdendo com a separação. Já os moradores de regiões distantes de Belém, como Marabá e Santarém, defendem que só um governo mais próximo poderá gerar mais emprego e melhorar a infraestrutura básica, diminuindo a pobreza e a violência.
O pescador Clementino da Silva Lisboa, em Belém
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
Caso haja a separação, o novo Pará fica com 64% da população em apenas 17% da área do atual estado. Já Tapajós será o maior em extensão, com 59% da área territorial, e abrigará a futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte, mas com uma população e um PIB menores. Carajás, com 24% do território, abriga cidades com alto fluxo migratório devido às riquezas minerais e aos movimentos rurais. Segundo dados do Ministério da Justiça, o avanço do crack e do oxi fazem com que o estado já nasça contendo as cidades mais violentas do país.
Na região metropolitana de Belém, o “não” à separação está estampado em faixas e cartazes. “Acho que o estado deve continuar unido para crescer. Se dividir, todo mundo vai perder, porque vão separar todas as riquezas do estado e só vai gerar mais cargos para os políticos”, acredita a professora Maria Teodora, de 59 anos. No mercado público Ver-o-Peso, próximo ao porto, moradores da região discutem o tema. “É claro que quem mora em Belém sai perdendo. As riquezas ficariam todas com Carajás. Eu vou votar no não”, diz o vendedor Roberto Gomes Menezes.
Já o pescador Clementino da Silva Lisboa diz que deve estar pescando dourado no Amazonas no dia do plebiscito. "Sempre fico semanas longe da terra. Acho que não devo votar. Mas meus filhos vão", afirma.
População conversa no mercado público Ver-o-Peso, em
Belém (Foto: Tahiane Stochero/G1)
No interior do estado, o “sim” parece prevalescer. As campanhas pró-Carajás e pró-Tapajós trabalham juntas e defendem que só a separação fará com que haja desenvolvimento nas regiões onde a população reclama principalmente de problemas nas áreas de saúde, segurança e transportes.
Para vencer nas urnas, apesar do menor número de eleitores nessas regiões, os defensores da criação dos dois novos estados apostam no feriado de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro. Acreditam que a população do novo Pará, principalmente de Belém, deve viajar no feriado e ficar longe do domicílio eleitoral.
Mercearia de Raimundo Nonato, em Marabá
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
Em Carajás, a dúvida é se a alta porcentagem de moradores procedentes de outros estados vota no Pará. Segundo o IBGE, quase um terço da população de Marabá não nasceu no estado. Na região, até mesmo os “estrangeiros”, a maioria procedente de Maranhão, Piauí, Goiás e Tocantins, defendem a separação. “É um absurdo o atraso em que vivemos, sem asfalto, sem esgoto, nessa violência. O dinheiro vai todo para a capital”, diz o cearense Jai de Sá Crato. “Não tem como piorar separando. Se os impostos que arrecadarmos ficarem aqui na região, terá mais investimento. Só pode melhorar. Marabá não tem nada”, desabafa o comerciante Raimundo Nonato, que expunha em frente a sua mercearia a carne de um porco recém-abatido.
Em Santarém, a discussão gerou análises sobre os pontos positivos e negativos nas comunidades e a campanha pela criação de Tapajós está estampada em casas e é tema de conversas em barcos na orla. “Eu vou votar no sim. A maioria do povo viaja de barco, mas para o dia do plebiscito nos programamos para ficar na comunidade”, diz ao G1 a dona de casa Mariluce Branco, enquanto embarca para uma viagem de sete horas pelo Rio Tocantins até a comunidade ribeirinha de Lago Grande.
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Políticos
O economista Celio Costa, contratado pelas campanhas pró-separação para analisar a viabilidade de Tapajós e Carajás, diz que, caso haja a divisão, “os três estados terão sobrevivência financeira e os dois novos receberão recursos da União que hoje não têm acesso”. Pelos cálculos de Costa, do total do orçamento do Pará em 2010 (aproximadamente R$ 10,54 bilhões), cerca de 88% foram gastos na área do novo Pará; 8%, em Carajás; e 4%, em Tapajós, que é o maior em área. Quando se analisam os investimentos (cerca de R$ 1,03 bi em 2010), 83,5% foram feitos no novo Pará, na região metropolitana de Belém; 11,5% (cerca de R$ 150 milhões), em Carajás; e 5% (R$ 69 milhões), em Tapajós, diz o economista com base no balanço do governo do Pará divulgado no Diário Oficial do estado.
Area de palafitas sem esgooto na beira do rio, em Belém
(Foto: Tahiane Stochero/G1)
Líder da frente pró-Carajás, o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) afirma que o desmembramento trará desenvolvimento. “Se separar, o progresso chegará nestas regiões. É um absurdo a situação de pobreza e falta de esgoto e asfalto nestas áreas. 40% da população do Pará vive abaixo da linha da pobreza e 20%, na miséria, com menos de R$ 70 por mês”, afirma.
Defensor da criação de Tapajós, o deputado estadual João Salame (PPS) diz que só com a separação “o governo ficará mais próximo do povo, entendendo os problemas e podendo aplicar melhor os recursos”. “Nossa arrecadação fica toda com o que é o novo Pará”, diz.
Para o deputado estadual Celso Sabino, que chegou a ingressar no STF contra a realização do plebiscito e está à frente da campanha do “não”, a hipótese de maior desenvolvimento caso haja a divisão não procede. “O erro começou com o desenho dos dois novos estados, que foi decidido em um grupo de políticos e não feito a partir de estudos antropológicos sobre o anseio da população. Os três estados acabarão mais pobres do que estamos hoje. Não é dividir, mas sim, endividar”, acredita.
Em Belém, as sedes dos comitês contra a separação funcionam dentro da Associação Comercial do Pará. “Achamos que o plebiscito só vai acirrar os ânimos, jogar a população contra si mesma e não trará progresso. Não existe nada que comprove que o novo Pará irá perder com a separação, mas o que estudamos é que todo o estado deixa de ganhar”, diz Sérgio Bitar, presidente da entidade.
Plebiscito
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a votação no dia 11 de dezembro será feita nas seções eleitorais das 8h às 17h e a apuração do resultado será iniciada após a conclusão do pleito, de acordo com os moldes das eleições tradicionais.
Fonte: g1.globo.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE
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