sexta-feira, 11 de novembro de 2011

" Coronel Lupi" pede desculpas e diz que ama Dilma

Ministro disse que desde que assumiu o cargo tentam derrubá-lo

BRASÍLIA (Folhapress) - Um dia após dizer que não teve intenção de afrontar a presidente Dilma Rousseff (PT) ao falar que só deixava o cargo “à bala”, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT) foi além ontem: “Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi a minha intenção: eu te amo”, declarou em evento na Câmara. Lupi se retratou após ter sido “enquadrado” anteontem pelo Palácio do Planalto, que tinha avaliado a declaração dele sobre a permanência no cargo como uma ameaça.
“Como vou desafiar a presidente Dilma? Eu a conheço há mais de 30 anos. Posso ser tudo, menos uma pessoa deseducada e deselegante. Peço desculpas à opinião pública, que fica com a imagem de que sou louco, um tresloucado. Desde que entrei no Ministério tentam me derrubar. Há até bolsas de aposta. Hoje a mídia pergunta quem será o próximo”, afirmou.

“São 200 (jornalistas) dando tiro na gente. Eu falei nesse sentido, nunca desafiando”, justificou. Ele disse que se sente em um “tribunal de inquisição” e criticou a cobertura da Imprensa nas crises que levaram à queda de cinco ministros desde o começo do ano. Lupi considerou “injusta” a demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva. “Quando se começa a atirar em um soldado do Exército é para atingir o general”, afirmou. Ele disse ainda que tentam derrubá-lo desde que assumiu o cargo, em 2007, mas disse não temer ser o próximo ministro a cair. “Eu vou mostrar para vocês que é possível a mídia errar, vou mostrar que, com o erro, vocês terão de dar espaço para defender a honra das pessoas”.

CÂMARA
O ministro foi à Câmara após reportagem da “Veja” relatar que servidores e ex-servidores do Ministério cobrariam propinas para liberar recursos a ONGs. Lupi foi ouvido em uma sessão esvaziada e, ao final, foi criticado até pelo líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para quem o ministro deveria falar “um pouco menos”. Em seu depoimento, Lupi justificou os convênios feitos a partir de 2002 com ONGs. Do total de 491 convênios diretos com o Ministério do Trabalho, 97 estão em fase de execução; seis, com prestação de contas em complementação; 148, com prestação de contas aguardando análise; 103, aprovados e quatro, rejeitados. Em tomada de contas especiais, por falha, erro e irregularidades, 18; aguardando prestação de contas, 103. Carlos Lupi faz na Câmara um histórico de sua atuação frente ao Ministério do Trabalho.

Lupi afirmou ainda que, se alguém fez alguma coisa errada dentro do Ministério, que pague. “Pedi à Polícia Federal que fosse fundo. As duas fontes anônimas que denunciam o Ministério do Trabalho não receberam dinheiro. Se há falhas, há. São 500 convênios. Há falhas. Corrupção dentro do Ministério e no meu partido não há. Ninguém vai macular minha história modesta e pequena. Incomoda a muita gente um ex-jornaleiro chegar onde chegou“, disse.

Com informação da  folhape.com   Por   Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE

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