A Noite de Natal da cidade de Bom Jardim - PE, neste ano de 2021, foi diferente de outros anos passados. A Praça 19 de Julho, local em que está sediado o edifício da prefeitura municipal estava mais iluminada, mais decorada, ornamentada com temas natalinos e mensagens de " feliz natal " e "feliz 2022 ". Este fim de ano os prefeitos de muitas cidades capricharam na decoração. Virou um fenômeno ou até mesmo uma competição entre cidades da região. O que será que está acontecendo?!
O prefeito João Neto (Janjão) observando o que acontecia no entorno regional fez contatos, contratou parque de diversão para animar a cidade, locou palco, tendas, contratou gerador de energia, som, palco, cadeiras, barracas, equipe de filmagem, seguranças, músicos, cantores locais, estimulou vendedores de bebidas e lanches, mobilizou carros, trouxe pessoas para participarem do evento. No geral, o evento denominado de Feirinha Natalina, trouxe apresentações como resultados de projetos de dança, canto e música, ofertados pelas secretarias municipais nos distritos e na sede do município. Para a história recente, a Feirinha Natalina é algo parecido com o projeto feira cultural (2014-2016), na gestão da secretaria de turismo, cultura e esportes, durante o governo do ex- prefeito Miguel Barbosa. Vale lembrar que a feira cultural foi um projeto que fez grande sucesso, idealizada pelo produtor cultural e professor Edgar Santos, enalteceu a cultura bonjardinense e colocou o município em posição de destaque no cenário cultural do Estado. É evidente que a atual gestão fez um investimento financeiro inicial bem maior do que o habitual da Feira Cultural iniciada em 2014.
Nos anos 1970, 1980, o Natal de Bom Jardim, era centrado no pátio da Matriz de Sant'Ana. Havia a celebração da Missa do Padre Antônio, em seguida os familiares se divertiam no parque de diversão com balanço, onda ou carrossel. Havia vendedores de bolo, cajuína, algodão doce, pirulito, barraca de pão grande comprido(baguete) e confeitos. Havia ainda vendedores de balões, mané gostoso, rói rói, tabica enfeitada, alfenim, castanha confeitada, maçã do amor, gelada, banca de bozó e roleta. Segundo o senhor Zé Amaro, "a sorte quem dava era o rato". A animação poderia acontecer por trio de forró tocando no carrossel ou serviço de alto-falante com oferecimento de músicas e mensagens de amor. Naquele tempo, os casais andavam abraçados, de mãos dadas.
Este ano Janjão e equipe tiveram a boa ideia em (re)criar em nosso tempo esta festividade natalina. Fez boa divulgação e investimento para o "Natal de Todos Nós". O público compareceu, se alegrou, curtiu. Estas ações farão seu capital político crescer diante da opinião pública local. Falta ao prefeito definir com clareza o apoio à feira cultural do Museu de Bom Jardim, que também influenciou e impulsionou positivamente nesta retomada do movimento cultural, turístico e de lazer em nossa cidade pelo poder público.
É sempre bom lembrar que é necessário ter cuidados com a higienização dos parques de diversões, ter cuidado com a revisão da parte elétrica e mecânica, ter horário para iniciar e terminar os eventos, conscientizar vendedores, prestadores de serviço, público em geral para o uso de máscara e álcool em gel e ampliar a oferta de vacinação.
O triste nesta história de Natal é olhar para o cenário da festa, olhar para o pátio de eventos e não ter mais o prédio da estação da rede ferroviária erguido, vivo, lindo, imponente, no seu devido lugar, cumprindo sua função histórica, cultural e patrimonial.
Foto e texto por Edgar S. Santos .
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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