Apoio de governador pode significar maior pressão sobre Mandetta, já que Doria é um dos principais antagonistas de Bolsonaro
“Ele tem sido dedicado, correto, fluido nas informações com os estados. Transmito ao ministro a nossa solidariedade e a certeza que seu esforço é reconhecido por todos nós. […] Resista aos despreparados. A sua resistência está ajudando a salvar vidas de milhares de brasileiros”, disse o governador.
O apoio, por mais que elogie o trabalho do ministro, o coloca como uma figura mais correta e responsável do que Bolsonaro para lidar com a pandemia de coronavírus, cuja associação o presidente tem tentado negar. Na quinta-feira 2, o presidente da República disse à rádio Jovem Pan que não quer dispensar Mandetta, mas acusou o ministro de falta de humildade e frisou que “nenhum ministro é indemissível”.
Além de Doria, o ministro da Saúde recebe afagos de diferentes autoridades públicas para que permaneça no posto. Em evento promovido pelo jornal Valor Econômico, nesta sexta-feira 3, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que Bolsonaro “não tem coragem” de demitir Mandetta.
O caminho da contradição à ciência e às recomendações sanitárias que Bolsonaro insiste em seguir tem lhe custado sua popularidade e elevado, do outro lado, a confiança da população no Congresso e no Ministério da Sáude. Segundo a última pesquisa Datafolha, a aprovação de Mandetta chegou a ser mais que o dobro da aprovação do presidente da República no que diz respeito à crise do coronavírus.
Além disso, a conduta de Jair Bolsonaro em apoiar o isolamento vertical durante a pandemia do coronavírus não é aprovada pela maioria da população. Uma pesquisa feita pela XP Investimentos e divulgada nesta sexta-feira 03 revela que 80% dos entrevistados concordam que esta é a melhor forma de tentar evitar a contaminação pelo vírus.
Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE
0 >-->Escreva seu comentários >-->:
Postar um comentário
Amigos (as) poste seus comentarios no Blog