Há quem incorpore o capitalismo de forma radical. Não acredita na socialização e considera a disputa o eixo da convivência. Tudo pela intriga, pelo cinismo, pela acumulação. A falsidade dispara e se intromete na história. A ciência existe para salvar ou confunde-se com escândalos? Para que serve a indústria farmacêutica? Quem esconde a contabilidade ou se joga na complexidade das drogas?
O lucro seduz e inventa situações de caos. Observe os noticiários. Dizem que está sendo preparada uma crise que desmantelará as relações sociais. Alguns estimulam os pânicos. Quanto vale o dólar diante das máscaras cirúrgicas? Um carnaval fora de época parece invadir cada avenida e as apostas se ampliam. Por que o medo? Por que as grandes corporações não investem para abrir as portas dos descontroles? Para que fantasmas delirantes nas capas dos jornais?
Vestir-se do mal para assombrar o bem vale o poder do descaso. O importante, para alguns, é segurar a desigualdades, desfazer o comportamento ético e multiplicar os dízimos dos pastores com rebanhos cercados de interesses. Portanto, decreta- se a morte das utopias e se expulsa o sonho para que a mercadoria pulse e gire o mundo pelo avesso. O capitalismo se diverte com o vírus da exploração e contrabando do sentimento..
Na sociedade dos milhões, dos espetáculos passageiros, dos milicianos ajudados por políticos, teme-se a sombra que mora no banco da praça. Tudo será permitido? Ninguém sabe. Os destinos são comparados com as histórias e as possibilidades se entregam a um fatalismo que constrói o abismo. O lugar dos privilégios é comprado pelas fantasias das minoria. A desconfiança não anda sozinha. Quem pune aprisiona, espalha o fingimento, se mistura com a carne podre dos predadores.
Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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