segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Tudo tem uma história



Não esqueça que a sociedade se movimenta.Ela constrói relações sociais, consegue aproximar valores ou mesmo anular memória. Não há um absoluto, um tempo interminável, perfeições permanentes. A história é um trapézio veloz e o futuro sempre cheio de incertezas. Existem os modismos, as aparências, as necessidade fabricadas, os interesses conflitantes. Os sonhos surgem e se vão, com contradições nunca longe de atingir projetos e desfazer parceria.
Fala-se, insistentemente, no fascismo. Não se trata de vitrine vazia. Busca-se o século passado. Ninguém nega que a violência que invadiu as primeiras décadas do século XX. O autoritarismo se espalhou. Nem mesmo as experiências socialistas fugiram das intrigas e das armadilhas.Muitas perseguições, intolerâncias, assassinatos, disputas marcadas pela crueldade, colonialismos ativos e traiçoeiros.
O fascismo anima certas pessoas. Gostam da ordem, da opressão, da egolatria. Os preconceitos culturais se atiçam com justificativas mesquinhas. Uma esquizofrenia geral que toca e assusta as sociabilidades. Jair curte agredir. Celebra o passado das ditaduras como uma grande festa da política. Possui seguidores fanáticos, conquista evangélicos, exagera os dotes salvacionistas.
Visite a memória, observe a degradação, as guerras mundiais, os crimes cinicamente elaborados por cientistas. Lembre-se dos campos de concentrações, dos delírios dos racismos. O retorno do fascismo é sinal que as vinganças se firmam. O poder se consolida atraindo, seduzindo, dispensando racionalidades. O diálogo com a história, traz lucidez, desperta desejo de olhar cada fragmento da vida e pensar nas possibilidades. A violência tem o desenho do apocalipse. É uma ameça que desencanta.
Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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