quarta-feira, 5 de junho de 2019

Os ídolos e as famas são de barro?


Não se vive sem escândalos. Celebram-se notícias que anunciam quebra de valores e colocam pessoas sob suspeitas. Não há como negar que agitações sociais contam com divulgações nada inocentes. Não vou defender estabilidades e sociedades homogêneas. Até as religiões inquietam com suas pregações proféticas. Mas a história nunca foi uma linha reta. Busca-se um paraíso e se encontra inferno. Tudo virou um arsenal de mercadorias, os preços definem fama e as vitrines se  enchem de artigos. A ética sofre, pois a grana não cessa de aprontar e puxar parceiros totalmente embriagados pelo sucesso.
O brilhante mundo dos  divertimentos garante sensacionalismo. As entrevistas revelam corrupções ou amores íntimos que derrubam reputações. Fazem parte do cotidiano, desfilam manchetes, se apossam das redes sociais. Quem aparece corre perigo. Observe como Newmar se derrete. Uma vaidade desmesurada tem consequências. Ele não se toca ou sua assessoria acha tudo normal. Há quem pense por ele. No mercado dos escândalos possui lugar especial. Prometia ser uma estrela com talento forte, porém se enfraquece com tantas fofocas ou ilusões. Desmanche-se no meio de produtos e artimanhas inesperadas. Não se escuta.
É jogo da contemporaneidade. Ninguém escapa. O escorregão sempre é uma ameaça, sacode serenidades, pune com o ostracismo. No entanto, esquemas protetores não deixam de existir. A família Bolsonaro consegue sobreviver aos ataques. Aécio desaparece dos processos, mostra-se ingênuo. Seu prestígio, porém, caiu de forma avassaladora. Ele não se vai, espera milagres. O vaivém da sociedade surpreende. É preciso não esquecer que a cultura não é a imaginação de sonho absoluto.Os seres humanos fantasiam, deixam de lado sofrimentos contínuos, acreditando em messianismos estranhos. Newmar não visita complexidades, não se descola dos espelhos e se arrisca nas condenações.É mais um…
Não adianta esperar que tudo ganhe espaços harmônicos. Desde os tempos de Adão e Eva que os abalos permanecem. A maçã não apodreceu. Os mitos retornam, as infantilizações se congelam e as perdas acontecem. A instabilidade acompanha a história. Muitos abandonam suas esperanças, outros se metem em depressões assustadoras. Tudo isso, não apagou a fabricação de ídolos. Mortais, inseguros, intransigentes. A sociedade gira, as mudanças trazem novidades, porém as certezas adoecem e causam epidemias de tolices. Não se dá conta das histórias sem se analisar os infortúnios. Os deuses também sucumbem e os enganos se multiplicam. Alguns choram, outros brincam  e as agonias se misturam com a novelas. O mundo gira apressado.
A astúcia de Ulisses. Por Paulo Rezende.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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