quinta-feira, 23 de maio de 2019

O peso das utopias revolucionárias



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As frustrações políticas trazem tensões. Busca-se inventar um messias ou se cai em populismos infantilizados.A sociedade vive momento de desequilíbrios dantescos. Não se estimula o diálogo, mas a intriga e a festa irresponsável nas redes sociais. Há perplexidades, pois não se discute o tamanho das mentiras. As palavras pesadas são utilizadas por governistas com administrações fragilizados. Espera-se por um milagre? O esvaziamento intelectual é grande ou fabricada para causar negatividade? Tudo isso desperta memórias. Muita gente se esquece das singularidades do nosso tempo. Acendem utopias, apagam autoritarismos do passado com se houvesse paraísos no juízo final..
Ninguém pode anular a importância das revoluções modernas. Movimentaram novas ideias, agitaram desejo de transformar valores, cortaram preconceitos. Não houve, porém, continuidades que afirmaram definições solidárias. Promessas de socialismo se burocratizaram. Amargamos totalitarismos violentos, enquanto se esperava a liberdade. Quem não se lembra das mortes nas guerras mundiais? Os imperialismo não se foram. Stalin ajudou, de forma clara, a derrotar o nazismo, porém a União Soviética conviveu com opressões epidêmicas. Portanto, sonhos se desfizeram e pessimismos se firmaram.
Hoje, o capitalismo se  amplia. arma-se de sofisticações, conta com anúncios de felicidades  promovidos pelos projetos de  parte da imprensa imprensa. Fala-se  numa reforma mágica, sem mostrar suas ligações  com a concentração da riqueza. A revolução ganhou o território da nostalgia. Na práticas as sociabilidades atuais terminam amassando qualquer mudança solidária. A sociedade das massas delirantes se inquieta nas promoções comerciais. Elegem o reino da mercadoria. O reforço ao individualismo está em todas as esquinas e desfaz articulações sociais. Passividades vestam comportamentos e escolhemos lideranças para nos proteger totalmente desconectadas.Tropeçamos, muitas vezes involuntariamente.
O limite está dado. Nunca a história passou por impasses tão drásticos, apesar da multiplicidade de invenções, das inúmeras descobertas científicas, das rebeldias que tentam furar as portas da desigualdade.Não é sem razão que o número de suicídios aumenta e as terapias alternativas se expandem e ampliam seus jogos de saberes. Mas há estragos que intimidam a coragem, soltam atmosferas nubladas, deprimem. Será que há destinos que nos  condenam a não fugir dos labirintos? A história precisa de navegar talvez, em turbulências, para alcançar outros tempos. o futuro não deixa de acenar com enigmas.Inquieta.

Paulo Rezende/ A astúcia de Ulisses

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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