domingo, 21 de abril de 2019

O fogo é do mundo?

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A perplexidade assusta cotidianamente.  Circulam coisas doloridas e perversas. O sensacionalismo corta , muitas vezes, a crítica e a solidariedade. A miséria habita regiões imensas. Come-se barro, as epidemias  vão e voltam. A mídia, porém, seleciona as notícias com preciosismo que dê retorno aos investimentos. Os  jornais não estão numa situação agradável. Há falências e descontroles. Portanto, se aproveitam da internacionalização dos espetáculos. Numa sociedade repleta de desenganos, as armadilhas são constantes. Explorar  aquilo que mexe com os privilegiados é uma conquistas nas vendas. Criam-se amarguras e apagam os desastres que acontecem no Haiti, em Angola, em Moçambique.É preciso valorizar o charme industrializado.
São apostas na ingenuidade ou esperteza dos negócios? As perdas culturais não devem ser desprezadas. O que aconteceu em Notre-Dame representa  desgraças e desenganos. Não há como menosprezar. Ainda existem incêndios que desmontam feitos de tantos séculos! Cadê a tecnologia? No entanto, não se pode esconder os desequilíbrios. As desigualdades são jogadas no lixo. A educação se concentra em quem se enche de grana? Por que não imaginar saídas para quem vive empurrões da fome e das violências políticas? O capitalismo atrai. Não faltam defensores. E os excessos não  atingem as maiorias? Quem ganha?
Parece que a sociedade não cuida das rebeldias e não analisa a expansão dos desgovernos. O cinismo virou uma prática.  Há soberanias tortas que roubam qualquer possibilidade de diálogo. É um incêndio que queima as liberdades e aumenta as esquizofrenias sociais. Insistir que o mundo das mercadorias é duma crueldade sem limites revela que é preciso sair do sufoco. Como alimentam-se absurdos e cultivar apatias! As sociabilidades se desmancham quando os afetos tem preços. As relações de poder denunciam uma escassez na forma de olhar o outro e de procurar as portas abertas dos labirintos.
Sempre as incertezas retomam seus lugares.A história possui curvas e estradas acidentadas. Inventaram luzes, salvações, paraísos, porém as incompletudes permanecem. O disfarce dita presenta. O engano é constituinte das manipulações. Joga-se com habilidade. Existem técnicas e especializações sofisticados. A escravização não se transformou. Continua. A complexidade social nos coloca no limite. Muitas notícias, crescentes interesses narcísicos. O fogo nos aquece e nos consome.Faltam respostas, sobram desalentos. As  dores não desistem de firmar seus lugares.
A astúcia de Ulisses.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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