segunda-feira, 11 de março de 2019

Quem se frustra na sociedade delirante?


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A velocidade da comunicação atinge quem fica imaginando que o mundo está lúcido. Há muitos jogos e buscas de sensacionalismos. É difícil verificar quem se abraça com a verdade. As palavras mudam de sentido e a balança da justiça desconhece o equilíbrio. As  redes sociais deliram com a possibilidade da esculhambação. talvez, seja deselegante usar certos termos. Porém, existem regras ou o exibicionismo é uma epidemia? O carnaval traz novidades, rebeldias, ironias que circulam com rapidez. Nunca foi uma festa de comportamentos controlados. No entanto, soltaram-se todas as medidas e os choques se ampliam. A noite sente falta das estrelas.
Poucos analisam a sociedade com paciência. Mesmo no cotidiano do trabalho, há agressividades ou deboches contínuos. A tensão está nos mínimos detalhes. O clima de suspeição veste as pessoas. A lógica da competição não dá folga. O negócio derruba valores, desmonta solidariedades, justifica desmandos. O governo brasileiro virou perplexidade ou loucura? Quem não vê os absurdos que desfilam nos jornais? Sempre há delírios, porém as desconfianças acendem as luzes que revelam um conservadorismo cruel. Brinca-se de ser mal, com a ajuda das milícias. Cai a credibilidade da política e da representação institucional. Atolam-se os pés no pântano da dúvida.
Notam-se disputas por milhões para simular caminhos salvadores. O buraco cresce. O canto da renovação é pura farsa.Não mudou o desejo de sacudir a poeira, de rever o passado, lutar por práticas longe do mesquinho. Falo das artimanhas do Congresso Nacional. Moro se desgasta, procura alianças. afirma ambiguidades. Era a grande figura dos que se colocavam contra corrupção e se abusavam com  o passado petista. É claro que houve escorregões, obscuridades. No entanto, a história não é apenas espelho de messias ensandecido. Um dia, a casa treme, a lama se infiltra,o discurso se esvai com tolices imensas.
Negar que as melancolias assustem e tomem espaço, fugir da crítica é um suicídio. Ouvi pessoas defendendo as torturas, totalmente adoecidas, dói. A sensibilidade adormeceu, para muitos, e fundou-se um moralismo com modelo nas gracinhas de Trump. Não se sabe o tamanho das perdas quando o fanatismo se mistura com crenças e mercados nebulosos. Há inquietações. O futuro merece escutar profecias. Chegam pessimismos, criam-se autoritarismos, vendem-se honras, antes, indiscutíveis. A democracia agitou, atiçou utopias, prometeu ofuscar a desigualdade. O capitalismo não se foi, dita normas excludentes. A exploração não se apaga e tranca a porta da sala iluminada.
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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