segunda-feira, 18 de março de 2019

Pisando nas armadilhas minadas:É preciso construir a autonomia, duvidar das promessas religiosas, observar as mentiras assassinas.


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Faz tempo que a violência se tornou manchete principal. Falo da violência física. Há também escravidão, preconceitos, cinismo. As críticas existem e ninguém gosta de se sentir ameaçados. Os ruídos se espalham, assumem redes sociais. No entanto, não exagere. Há quem argumente e coloque a violência como um mal necessário. Ninguém é ingênuo quando percorre a história. Houve muitas guerras, militarismo. As  utopias trouxeram alentos, revoluções, possibilidades. Mas e as bombas, as armas sofisticadas, os discursos das lideranças? Quem aposta num mundo sossegado? A desigualdade atemoriza e a grana atrai. Há tensão constante.
Portanto, temos medo. As assombrações nos visitam. Somos animais predatórios e assimilamos traços obscuros. Muitos desamparos. elogios aos milicianos, mortes anônimas. A violência é parteira de uma história repleta de incêndios e neuroses. É claro que se usam fabricações de vitrines brilhantes. Não faltam ilusões. O capitalismo sabe se assessorar, possui especialistas, compra saberes, monopoliza a comunicação. Não é à toa que aparecem os adeptos, vendo a felicidade em cada esquina. Perplexidades para alguns que promovem a racionalidade iluminista, esquecendo o ódio ensinado até nas escolas, as antipatias que geram intrigas.
A contaminação do descontrole se globaliza. Os donos do poder não poupam ideias, se fazem de vítimas, convocam doutrinas religiosas. A mistura dificulta a luta contra os desmanches da ética. O perigo é controle cotidiano feito de for,a sistemática. A imprensa fermentou a queda de Dilma, agora tira o tapete de  Jair. A quem ela serve? No meio da tantas perversidades, a lucidez consegue permanências. O desespero vai e volta, porém os gritos não deixam que a hipocrisia se consolide de vez.  Mata-se como num jogo de computador. Delírio.
Moramos cercados de armadilhas. Vacilamos quando a rua se enche de carros e apitos. Como se distrair? Como sentir a solidariedade? Com acolher quem se lança na loucura? A história ensina. É uma mestra, com muitas lacunas. É preciso construir a autonomia, duvidar das promessas religiosas, observar as  mentiras assassinas. Se o diálogo se resume ao teclado de celular, a doença aumenta, os psicotrópicos disparam, a lama invade qualquer espaço. O poder tem cultos articulados e se infiltram até nos espelhos dos banheiros. Cuide-se e cuidado com o individualismo. A inocência não se vende em mercados. Os sustos interrompem o sossego e intimidam.
Por Paulo Rezende - A astúcia de Ulisses.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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