sábado, 2 de fevereiro de 2019

O encanto e o desencontro: a sociedade ambígua


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O crescimento da tecnologia animou o capitalismo. A multiplicidade de invenções modifica hábitos. O mundo se abria para um consumo. No entanto, as desigualdade não se foram. O uso de armas atômicas continua assustando e promovendo choque violentos. As guerras são cotidianas atiçando perplexidades. Compra-se e, ainda, existe euforia. Muitos perguntam se a felicidade é uma dádiva, uma articulação das estratégias do capitalismo. Há quem acredite e nem observa que a exploração permanece globalizada. Fabricaram-se vacinas, antibióticos, vitaminas. Celebram a beleza do corpo. E os vazios? Será que haverá o surgimento de paraísos e a morte das hierarquias?
Quando as tragédias  assassinam, a gritaria é geral. As denúncias frequentes criam tensões. Muita saudade, perdas irreparáveis, porém há quem quem defenda as grande empresas. É preciso assinalar que o capitalismo contribui para fragilizar os valores de solidariedade. Se a disputa toma conta do mercado, como segurar a desconfiança? A riqueza se concentra nas mãos de uma minoria. Ela mantém seu poder político. Alicia, forma quadros especializados e seduz antigos adversários. Não se pode fechar o olhos e admitir que houve falhas superficiais, desprezando as perdas dos outros, destilando arrogância, indiferente aos descontroles dos governos.Há milícias espalhadas com limites tênues.
A história não é uma sucessão de misérias absolutas. Há ações que trazem renascimentos, indicam gratidões, desejos de firmar utopias. O importante é decifrar as ambiguidades, sentir que as manipulações garantem supremacias perversas. As idas e vindas mostram a complexidade das relações sociais. As religiões geram expectativas de salvação, se enche de promessas, apelam para a humildade. No entanto, surpreendem quando se aliam a projetos políticos nada generosas. Há traições constantes e mergulhos em fantasias que empurram para frustração. O sagrado se mistura com o profano e as mídias religiosas entram no fascínio do sucesso. O peso dos interesses desconecta as balanças e emudece a justiça. Vale o que vale.
Não adianta tecnologias sofisticadas, sem uma crítica aos valores que ela estimula. A história não é abstração. Ela construída por pessoas. Há regras e compromissos. Se o tilintar das moedas atrai é porque há privilégios sendo preservados e corrupções consumadas. Na política, as argumentos podem trazer desenganos e mascarar intenções. A riqueza não é coletiva, repartida em benefício de todos. Portanto, insistir na denúncia não é pecado capital, é escolher saídas, no meio de multiplicidade de opiniões que consagram o movimento das bolsas e as valorizações das ações. Quem simpatiza com capitalismo está adotando concepções de mundo muito longe de um projeto coletivo. Há outras alternativas para a história ou a convivência social possui a marca do individualismo?
A astúcia de Ulisses. 
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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