As relações de poder não podem ficar ausentes da sociedade. O paraíso é uma fantasia, pois as disputas atiçam violências. Elas mudam suas formas. Marx destacava as lutas de classes, Mussolini queria corporações opressoras, a China busca espaços imperialistas. Quem define os limites dos poderes evitam certos descontroles. No mundo ,armado pelo autoritarismo, tensões são constantes. Prevalecem as minorias e as relações poder se envolvem com privilégios e negam solidariedades. Portanto, as perdas existem para as maiorias. O pior: elas se deixam levar por propagandas enganosas. As mentiras andam juntas com os senhores do mundo. Elas firmam confortos para alguns.
Na construção das relações não aparecem apenas as ações violentas. Muitos disfarces são usados. A complexidade da tecnologia ajuda a fabricar ilusões, desfaz críticas e arma labirintos. A quebra das fronteiras mais rígidas entre a religião e a políticas confundem o valor da cidadania. Volta a cultuar preconceitos e os salvadores ganham lugares especiais. Cada um no seu território. Observe os comportamentos de Jair, Macedo, Moro, Trump. Ocupam o imaginário político cm soberanias incríveis. Seus fãs ficam chateados com qualquer contestação. Tudo isso se amplia. O que não fez o famoso João de Deus? Tornou-se um ídolo, depois de tantas manobras nada santas,
Há mutos exemplos. A memória não deve nunca sera desprezado. Salazar seduzia os portugueses com seus ares de santo. A Reforma trouxe princípios que sacralizaram a expansão capitalista. Nos países islâmicos, os ditadores abusam de proclamações religiosas e produzem argumentos para expandir ações terroristas. As relações de poder movimentam-se com teorias filosóficas ou com pragmatismos articulados com informações sensacionalistas. Ingenuidades são exploradas. Franco desfrutou da ajuda dos católicos e cantou santidades nas suas repressões. Leias as notícias sobre a Polônia e Russia. Pinochet recebeu elogios de Eduardo Bolsonaro. Nada será como antes? Quem traça o amanhã?
Não se assuste com os tempos atuais. As idas e vindas da história não representam novidades. O poder não é neutro e admite manipulações. Há quem se diga democrata e possua práticas fascistas. Milhões de pessoas procuram moradias. Os órgãos de proteção encontram-se no jogo das minorias com intenções de manter as distância entre ricos e pobres. Num mundo das mercadorias, o consumo é exaltado, pois vale o lucro. Existem ruínas, as sensibilidades se tocam e se rebelam. Não vivemos um deserto de silêncios e apatias. No entanto, a insegurança explora as covardias. O medo não se vai. As relações de poder se consolidaram na sua perversidade. Fica o desengano?
Por Paulo Rezende. A astúcia de Ulisses.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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