sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A história move ideias: as mulheres na inquietação


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Fala-se de tudo. Contam-se muitas histórias. Os homens aparecem promotores de grandes movimentos. Eles parecem ter o domínio da história. Aliás, deus é um substantivo masculino. Não é à toa. As mudanças, geralmente, querem trazer certas rupturas. A palavra revolução ganha espaço na modernidade. Um conceito que inquietou, trouxe salvacionismos, não deixou de sacudir utopias. Mas os tempos passam, a cultura se reinventa. Reforçam-se necessidades de pensar comportamentos, diluir machismos, respirar outros perfumes.
As lutas se multiplicam. Não bastam armas. É preciso afeto, discutir mesmices, duvidar de soberanias. Complexidades surgem de forma diferente do século XIX. A cidadania se amplia, a sexualidade coloca questões, Marcuse retoma Eros,Simone quebra verdades tradicionais. Isso sacode o mundo. As mulheres não desistem de agitar a política. Vivemos um período em que arriscar é fundamental. Descentralizar as ordens sociais, criar possibilidades de diálogos, amassar discursos opressores.
Bolsonaro quer desfazer conquistas. Merece ser combatido. Ele destila vinganças, brinca com ameaças. As mulheres marcam posição, denunciam. Mais um movimento que reúne pessoas para transcender o lugar comum das políticas. As contaminações são grandes, porém a clareza não deve fugir de tudo. O simbolismo do protesto fere os apáticos e conformados. Se há um sonho, não se deve punir quem sonha. A vida pede sensibilidade e não apenas gritos de partidos ou lideranças messiânicas.
Portanto, vamos adiante, sem desconsiderar a memória, atiçando desejos. A mudez pode punir quem se afasta do inconformismo e adota práticas fascistas sem compreender os danos que causam. As curvas da história são perigosas. Adotar a linearidade é não sentir os abalos. Não há rupturas velozes. Os ritmos dançam conformes os interesses e a sociedade capitalista é cruel. Olhe o passado. Imagine. Busque entender as diferenças. Não despreze quem critica e fortalece a socialização. Não apague sua imagem no espelho. Por Paulo Rezende

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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