domingo, 19 de agosto de 2018

O amor é líquido ou está desamparado?


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São muitas as discussões sobre o sentido da vida. Difícil é fixá-lo e sentir as transparências, Será que temos um destino? Prefiro afirmar que temos história, não goste de fatalidades e cultivar tempos que aprisionam. Sei que a felicidade não é plena, talvez esteja num paraíso imaginado, porém é saudável não mergulharmos em ansiedades perenes. Tudo está sem rumo. isso não é escândalo. Buscam-se Messias, salvações, as farmácias estão cheias. Há dissonâncias criadoras de intrigas e de invejas. Se o mundo vele pela competição, estamos numa caça a uma solidariedade inexistente.
Não é sem razão que a sociedade adoece de forma avassaladora. A tarja preta tem um lugar especial. O amor é visto como algo que se perdeu ou que é parceiro de efêmero. Portanto, sobram vazios, faltam afetos. Se é o efêmero que domina, como aprofundar os sentimentos? A conversa é rápida, as redes sociais ditam as normas, as pessoas nutrem dores escondidas. Há uma falta de assunto, desde que não se façam negócios. A grana impera, os interesses interferem até em papos amistosos ou aparentemente amistosos.
Muita gente reclama. O olhar não é mais significativo? O que permanece é o medo e a solidão? Como se define a sexualidade? As dúvidas contaminam, porque a sensação de desemparo persiste. É visível a dificuldade de se tocar, a ampla violência que corrompe as relações. O mundo desconhece  o mundo e teorias se localizam nos debates acadêmicos, nem sempre decifram os desencontros da vida. Fala-se em educação à distância, em virtualidades, em palavras mesquinhas, em poemas oportunistas.
A sociedade , que não cura suas feridas, pode lamentar as crises contantes são ameaças. Se nada se consolida e as reflexões fogem , o amor fica confuso e se desfaz. Na sociedade da moda, tudo provoca equívocos. É preciso está atento, não temer as fragilidades, afinal as lacunas exigem ânimo para preenchê-las. Ter  tempos para contemplar, ampliar o encanto, não estimular o pragmatismo. O amor não é o fim da história, nem a porta aberta para salvação. Ela apenas avisa que outro divide, se aconchega, visita nosso corpo.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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