terça-feira, 3 de julho de 2018

Discute-se o impossível? O futuro se desfaz?


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O mundo está repleto de perguntas. Com sua complexidade monumental, buscam-se respostas para se evitar conflitos e produzir certezas. No entanto, as coisas se enchem de polêmicas. As notícias se modificam rapidamente. Até as teorias científicas sofrem abalos e o futuro se torna uma esfinge esquisita. Não há como cercar tantas variações diante de interesses que fogem às tradições mais antigas. O estimulo é competir e a verdade cria seu túmulo com epidemias sucessivas.
É difícil escolher um caminho. Quem aposta na linha, se recolhe, ganha os olhares da mediocridade. A sociedade fere, com as suas violências, mas não há como abandoná-la. O sujeito histórico não deve deixar de agir. Mesmo que os eventos tragam ilusões, fica sempre a dúvida se dá para viver sem ela. O importante é não ficar mudo. Trazer ruídos para desfazer silêncios apáticos é uma alternativa. A fronteira entre o possível e o impossível, talvez, inexista.
Os traços dos labirintos são frequentes. Entre num shopping center e observe como as pessoas se divertem com as mercadorias. Parece um hospício, com coloridos imensos e uma arquitetura de embriaguez. O tempo passa e as luzes não se apagam. Não há idade limite, todos amam as vitrines e matam solidões corporais. Assim. se formam lugares estranhos, porém cheios de novidades especiais para o fim de semana. Estão na moda.
Se a esquizofrenia invade o cotidiano, não tenho certeza. A diferença entre a normalidade e a loucura é um desafio. Os que se angustiam, se fecham na tarja preta. Outros eliminam seus monstros com drogas visíveis nas passagens urbanas. Estamos vivendo obstáculos que oprimem. A fuga acompanha a ousadia. No final, os demônios e os anjos fazem pactos confusos. Quem ganha, quem perde, quem levita? Tudo cai no enigma. A vida vai porque é precioso ir.
Não sinta medo. Não há tristeza que não volte. A incompletude participa, ativamente, das nossas escolhas. Falta, sempre, algum sopro, a respiração vacila. Um dia, contaremos as história das fadas e nem ligaremos para os reis e os ditadores. Sobram especulações. O futuro pode ser uma ameaça. As cinzas existem sem anular o azul. O desenho de cada um transforma-se num instante sem definição. Quem sabe se o universo não é uma brincadeira?

Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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