terça-feira, 25 de julho de 2017

Contratações para festa do padroeiro de São Lourenço foram suspensas pelo TCE


Conselheiro Dirceu Rodolfo, do Tribunal de Contas do Estado
Conselheiro Dirceu Rodolfo, do Tribunal de Contas do EstadoFoto: Vicente Luiz/TCE-PE/Divulgação
Medida Cautelar expedida monocraticamente pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) Dirceu Rodolfo determina à Prefeitura de São Lourenço da Mata, no Grande Recife, que suspenda o procedimento administrativo de credenciamento de empresas para a exploração do espaço público do pátio de eventos da cidade, durante a realização da Festa de Agosto, prevista para ocorrer entre os dias 1º e 10 de agosto, em comemoração ao padroeiro do município. A Medida Cautelar também determina ao prefeito Bruno Pereira (PTB) que se abstenha de proceder a contratação de shows musicais para o evento, inclusive execução de contratos já firmados.

A decisão do conselheiro se baseou em auditoria feita pela Inspetoria Metropolitana Sul, após denúncia registrada na Ouvidoria do Tribunal, dando conta dos gastos da gestão com a organização da festa e da contratação de bandas e artistas como Wesley Safadão, Luan Santana, Dorgival Dantas e Aviões do Forró.

O Tribunal de Contas ressalta que, em contraste com a perspectiva dos gastos, estimados pelo órgão em R$ 4 milhões, em razão dos altos cachês cobrados pelas atrações musicais, o Executivo municipal decretou estado de emergência, alegando dificuldades financeiras e suspendendo pagamentos de contratos e convênios firmados em exercícios anteriores. Além disso, afirma que a folha de pagamento dos servidores públicos, referentes ao mês de dezembro do ano passado, também está em atraso, e o seu valor aproximado é de R$ 4 milhões.

O relatório da auditoria afirma que “a realização do referido evento pelo município, a par da não realização/concretização de inúmeras demandas de adimplemento obrigatório, soa como afronta e desprezo ao cidadão destinatário de serviços públicos essenciais”. De acordo com o conselheiro Dirceu Rodolfo, que é relator das contas do município, ao realizar as festividades nas condições financeiras declaradas, a Prefeitura estaria pondo em risco os cofres públicos e o direito da população da cidade.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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