Ouve o ruído de quem tem ressentimento e se cansa da alegria,
carregando o corpo como uma pedra angustiada com a lei da gravidade.
Olha as elites soltas, pulando os lixos e abraçando os privilégios,
acusando os tropeços das corrupções, invadindo direitos e criando violências.
Desconfie de quem se declara sempre prejudicado e tem gosto de amargura,
pense que o mundo está além de cada um e se desfaz com tormentas inúteis.
Há quem reclame de tudo e se esconda por detrás de preconceitos,
há quem não suporte se imaginar no desenho do espelho sujo,
apressa-se para não curtir o riso e riscar a culpa anônima do desprezo coletivo.
Não aprisione o ritmo dos anjos, descondene-se como o vermelho dos pecados,
busque-se na ilha solitária dos inocentes, cercada pelo azul desconhecido.
Memorize a paixão fugidia do seu último beijo apressado
e o desgoverno do desejo que partiu como um pássaro perdido.
Por Astúcia de UlissesProfessor Edgar Bom Jardim - PE
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