sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Os estragos violentos da história nos pertencem

Os debates são antigos. Não cessarão. Há quem considere a história o lugar privilegiado da mudança e das invenções. Ficam perplexos quando se  afirmam as permanências. Os dias passam e a violência não se vai. Agora, os racismos voltam com muita força e tornam-se sinais de arrogâncias que pareciam superadas. Assisto a cenas diárias que me constrangem e me complicam. Penso que há voltas que atordoam, intimidam, falsificam generosidades.Espalham-se pelo mundo epidemias perigosas. Ansiedades crônicas. depressões cotidianas, etnocentrismos sofisticados, desemparos esquisitos. Não é à toa que Trump se agita e muitos sentem saudades da ditadura. E os que celebram a morte do outro? Que animal é esse que se diz divino ou filho de um deus? Fomos feitos com uma argila de uma liquidação?
A terra não é mesmo o centro do universo. As almas só assustam procurando céus e infernos. Pedro está desempregado, pois as portarias são de ferro e os anjos desistiram de salvar os pecadores. Os gestos de afeto produzem espanto. As palavras se cortam, querem objetividades, reclamam das meiguices, adoram planejamentos e consultorias. Sempre desconfiei das utopias. Não custa, porém, sonhar. O avesso deve ser visto, as mortes mostram nossa pequenez. É importante não afundar na negatividade e olhar as migalhas com cuidado. Lula foi atencioso com Henrique. Houve retribuição. Muitos mergulham na crítica. Tomaram o elixir do quanto pior melhor. Mordem e não mastigam. Curtem o abismo, gozam sentindo dores.
Condenar as perversidades. Isso é obrigação. Elas não se acomodam, apenas, entre os psicopatas. Elas moram em espaços estranhos ou em espaços de brilho acadêmico. Há médicos que ferem a ética. Alguma novidade? Destruir sentimentos é cultura, diriam outros. Tudo isso desanima. A corrida para aumentar as maldades é frequente. Não desfrute de salvações frias e cínicas. Já viram os cultos religiosos que vendem mercadorias? Mas há gente que acredita, que chora, que se emociona e não observa a farsa. Os milionários defendendo os pobres é uma comédia que mete medo. A travessia está tensa. Há mendigos por toda parte, Paris teme o terrorismo.os estudantes desejam mudar a universidade, os centros de saúde não possuem enfermeiros. O desgosto é geral, nega fronteiras, invade o corpo.
No entanto, o espetáculo se abre com ruídos. Milhares de torcedores aplaudem Messi, Quem se recusa a tomar uma coca-cola gelada? Quem não se contenta em passear no cine do shopping? Quem se lembra que a política está suja e os negócios agridem a solidariedade? Difícil compreender o mundo. As religiões tentam, os cientistas deliram, a China explora mão-de-obra, Cunha continua na prisão, Angélica não sai da Globo. Podemos recomeçar a história? Mudar a forma de Adão e Eva? Se a maçã fosse azul e a serpente amarela? Deus não usou instrumentos genéricos para criar o mundo? Quem era seu conselheiro ou ele tropeçou na solidão? Os problemas são muitos. Fui conversar com os amigos, lamentar-se e vi uma cena amarga de preconceito. Somos superficiais e nem notamos. Quem responde?
Por: Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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