quarta-feira, 16 de março de 2016

A porta está fechada para sempre?

O tempo vai passando e as portas se abrem e se fecham. Não cansamos de observar repetições. Podem mudar as cores, as palavras, mas existem intenções. As sociedades não se livram do conservadorismo. É significativo não perder a crítica. Quem quer destruir o vazio e refundar os comportamentos? Brinca-se com o política , porque muitos não pensam e se negam a visitar o passado. Não desejam comparações, renunciam a inquietude. A multiplicidade de opiniões avisam que o mundo desconhece de caminho ou alternativas que podem aliviar as tensões. As dissonâncias são amplas, invadem a intimidade, aumenta a venda de drogas e psicotrópicos.
Os registros das tempestades de ideias não moram, apenas, no contemporâneo. Cheguem perto de outras culturas, leiam sobre as guerras no Egito antigo, as ambições seculares dos imperialismos. Dizer que está tudo desarrumado , que não há como se instalar a democracia não é exagero, porém provoca medos e ódios. A sociedade de consumo está globalizada, traz novidade, exige pressa e gerações práticas. Como evitar choques? O capitalismo se esticar e sabe manipular. Quer poder e o exerce. A questão se resume a grana. O ser humano é complexo. Não compreende que a relatividade nos acompanha.
As expectativas se aguçam, os historiadores se sentem perplexos. Quem tem razão? Foucault denunciou, Freud viu hipocrisias, Marcuse condenou a sociedade industrial. Há teorias que desafiam os mais acomodados. No entanto, não conseguem abrir a porta. As ruas se tornam cenários de agitações. A política não acontece em dias exclusivos. Ela cruza nossas vidas. Não adiante desfilar, sem refletir. O futuro está cheio de mapas, fronteiras, religiões tecnológicas. Apaixonar-se pela intrigas pode ser um voo num quarto escuro. Pergunto-me: quem fará delação premiada no juízo final?
Se tudo se transforma em objeto de consumo, as sociabilidades se fragmentam. Não há momentos para a paciência? E as tradições morreram e o que vale é o agora? A grande aventura é mergulha nos enigmas. A desigualdade é profunda e os profetas do bem estão atônitos. Trocam-se pecados por dízimos. Parece que os lugares dos sonhos desapareceram. As pessoas se jogam no cotidiano, sem analisar o passado. Ganham as loterias. A sociedade se veste de discursos, de debates sem adquirir harmonia ou pingos de sossego. O calor está medonho, envolve, entorpece, dá preguiça de procurar a chave da porta. Mas é preciso. Fonte:.astuciadeulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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