A oposição pode entrar com embargos infringentes, tipo de recurso quando não há unanimidade no pleno de um tribunal. O que não tira a vitória em uma das principais da batalhas na guerra do impeachment para o governo Dilma Rousseff (PT). Uma que não é filha do Planalto ou do PT. Segundo a “certidão de nascimento” dela, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que motivou o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), ela é filha do PCdoB, representado pela deputada federal Luciana Santos, presidente nacional do partido.
Estatísticas do Planalto já mostravam ao longo do ano a fidelidade comunista em votações. Sem contar o papel de agregador do PCdoB. Em 10 de setembro, uma quinta, a oposição lançou o movimento pró-impeachment. O PT e outros aliados de Dilma ficaram apáticos. Durante o fim de semana Luciana pegou o telefone e articulou uma reação a favor da presidente, em 15 de setembro, uma terça.
Veio então a grande contribuição do PCdoB, que no dia 3 passado, após a abertura do processo de impeachment pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), foi ao STF contra o rito e para dar relevo ao papel do Senado no processo. No dia 10, quando houve a votação secreta com a chapa alternativa, o PCdoB entrou com outra ação, uma cautelar, e suspendeu todo o rito no STF.
Ainda há muito pela frente. No curtíssimo prazo, porém, oposição e governo vão fazer as contas e estratégias até a próxima terça-feira, para ver o que Cunha terá tempo de aprontar às vésperas do recesso.
Dilma não escapou do risco de impeachment. O final da história, inclusive, só em 2016. Mas se a presidente terá um fim de ano muito mais tranquilo, deve isso ao PCdoB. Fonte:jc.ne10.uol.com.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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