terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Bom Jardim:não é hora para engravidar. Microcefalia pode ter consequências por toda vida.

NOVINHAS, CUIDADO!
Muitos afirmam que a melhor fase da vida é a adolescência por ser um momento de descobertas e aventuras. Nesta fase da vida o risco de gravidez é muito grande, pois a sexualidade é uma das descobertas do adolescente, fazendo com que tudo seja uma verdadeira aventura sem limites e consciência. É muito complicado descrever o adolescente, mas é possível afirmar que é neste momento que a conscientização sobre tudo o que a vida nos oferece deve ser incentivada, a melhor forma de aprender é sentindo na pele, por isso palestras, depoimentos, responsáveis, pessoas que já passaram por alguma experiência mostrem para os jovens de hoje o que é certo e errado.

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Muitos fatores são considerados como causas da sexualidade precoce de muitas meninas, geralmente meninas mais novas se interessam por garotos mais velhos, acima dos dezoito anos, de fato elas amadurecem mais cedo que os homens, mas não o suficiente para ter conscientização sobre o que é a gravidez e como ela se reflete por toda a vida. A gravidez pode causar muitas reações e refletir de forma negativa na vida de uma jovem, mas não é um dos piores problemas, com a relação sexual precoce o risco de doenças sexualmente transmissíveis aumentam o que é mais preocupante do que gerar uma vida.
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As principais consequências que a jovem sofre por conta da gravidez precoce é a falta de oportunidades que deixará de ter, interrupção dos estudos, afastamento de convívio social, o que eu é muito importante nesta época da vida principalmente para o psicológico da jovem, insegurança psicológica e financeira, baixa auto-estima, estresse, ansiedade, aumento de peso, entre outros, mas por outro lado ensina que é uma das coisas mais maravilhosas para a maioria das mulheres é ser mãe, um ensinamento de vida que vão levar por muitos anos.
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Muito mais do que a falta de informação, a gravidez na adolescência está ligada às características próprias dessa fase da vida. A onipotência do “comigo não acontece”, a impetuosidade do “se der errado, depois agente vê”, a busca de identidade no “se eles acham que isso é certo, eu faço o contrário”, a energia de “vamos ver o sol nascer depois a gente vai direto para aula”…Junte a estas atitudes o pouco ou nenhum diálogo com a família, além da angústia do conflito entre o desejo e as conseqüências, para que a gravidez aconteça. Depois o argumento mais ouvido é: “não pensei que fosse engravidar”.

Países como o México e Suécia colocaram a pílula anticoncepcional à disposição das jovens em postos de saúde e incluíram explicações sobre métodos anticoncepcionais nos currículos escolares. Quase não obtiveram resultado algum. Quando pesquisadas as jovens mexicanas disseram que queriam ser mães para serem mais respeitadas. As suecas disseram que o filho dava significado a uma vida solitária e sem expectativas.
Métodos Anticoncepcionais
Cada método tem suas vantagens e desvantagens. A pílula é o mais eficaz dos contraceptivos, mas seu uso deve ser acompanhado por um ginecologista. O preservativo (camisinha) é mais barato, mas não é garantido: pode romper-se no momento da relação. A maior vantagem é que a camisinha protege contra doenças sexualmente transmissíveis, como Aids.
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O DIU (Dispositivo Intra-Uterino) é o dispositivo mais eficaz, depois da pílula, mas alguns médicos não o recomendam para mulheres que nunca tiveram filhos. O diafragma é seguro, se usado corretamente, e vem acompanhado de um gel espermicida que funciona como lubrificante. Por fim, existe a tabelinha, um método natural mas cheio de falhas, principalmente se a garota tiver um ciclo menstrual irregular. Neste caso, recomenda-se o uso conjugado com outro método como a camisinha.

Pais de crianças que têm microcefalia temem consequências

Fabiana Mascarenhas.
A analista de sistemas Karla Pereira 30, sempre sonhou em ser mãe, mas não ficou feliz ao receber a notícia de que estava grávida de dois meses. "Queria muito um filho, mas não agora. Não diante desse cenário assustador", diz. Como outras mulheres, ela teme entrar para uma estatística da qual ninguém deseja fazer parte: a de gestantes cujos bebês são suspeitos de ter microcefalia.
O Brasil já contabiliza 1.761 notificações em 422 municípios de 14 unidades da federação. Somente na Bahia, - que passou, em apenas uma semana, do sexto para o terceiro estado com o maior número de casos suspeitos  - já são 180, segundo dados do Ministério da Saúde; e 150, considerando as informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Diante da situação, o medo das gestantes é natural, sobretudo no caso daquelas que tiveram zika vírus no primeiro trimestre da gravidez, fase em que a estrutura básica cerebral da criança está sendo formada.
Mas é nesse mesmo cenário que vivem as mulheres que já não têm mais direito à dúvida. Já deram à luz bebês microcefálicos e estão igualmente assustadas por não saberem como cuidar das suas crianças.
Joenice Figueiredo Tavares, 22, é uma das mães que não teve tempo para se preparar ou aprender. Recebeu o diagnóstico da filha, Kesia Rayssa, quase ao mesmo tempo da chegada da menina ao mundo, que nasceu de parto normal no dia 26 de setembro.
Dúvidas
O desconhecimento e a ocorrência do surto da doença logo após o nascimento da filha, inicialmente, gerou medo e dúvidas. "Até então, não tinha informação nenhuma sobre a doença. Não sabia se ela (a filha) teria sequelas, se iria andar e falar normalmente ou se teria que ter acompanhamento médico constante", conta Joenice.
Os questionamentos carregados de temor revelam um sentimento comum às mães de crianças microcefálicas: a angústia de um futuro incerto, já que o tipo e o nível de gravidade das sequelas de uma criança que nasce com a doença variam caso a caso e dependem do grau de acometimento do tecido cerebral.
Além disso, o zika vírus associado à microcefalia é algo novo na história da medicina brasileira. Há, portanto, mistérios sobre o tema que a ciência ainda não desvendou e perguntas que nem mesmo os profissionais da área de saúde conseguem responder.
"É tudo muito novo até mesmo para nós, médicos. Estamos estudando ainda os casos. É difícil afirmar que tipo de sequelas a microcefalia pode gerar ", afirma o pesquisador e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Manoel Sarno.
Obstetra e ultrassonografista, Sarno é um dos coordenadores de um estudo que consiste em avaliar mulheres infectadas pelo zika vírus durante a gestação e acompanhar as crianças até os 2 anos. "Torcemos para termos alguma conclusão no final de 2016", diz.
Apesar das incertezas, já existem alguns dados nada animadores. De acordo com a pediatra, pesquisadora e professora da Ufba, Larissa Monteiro, aproximadamente, 90% dos bebês com microcefalia apresentam algum tipo de distúrbio do desenvolvimento.
"As sequelas estão diretamente relacionadas ao tipo e gravidade da malformação do sistema nervoso, mas, em geral, há retardo mental associado a atraso do desenvolvimento motor. Crises convulsivas, comprometimento da visão e da audição também podem ocorrer", explica a médica.
Além da anamnese e exame físico logo após o parto - incluindo a medição do perímetro da cabeça -, é possível investigar o grau de comprometimento do tecido cerebral por meio de exames como a ultrassonografia transfontanela.
"Esse exame é realizado através da moleira (fontanela) do bebê. Com ele, é possível analisar  as estruturas intracranianas e a extensão das lesões cerebrais", afirma o professor da Ufba e coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas, Aílton Melo.
Em alguns casos, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética também são indicadas para uma melhor identificação de anormalidades estruturais do cérebro.
Tratamento
Não há, contudo, tratamento específico para a microcefalia. Os médicos recomendam a reabilitação e o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, a depender das complicações neurológicas apresentadas.
"Como a maioria das crianças irá desenvolver algum tipo de complicação a depender da função neurológica comprometida, ações de suporte e reabilitação com acompanhamento por diferentes especialistas - médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos - serão necessárias", diz.
Giliarde Vieira e Joenice Figueiredo Tavares têm aprendido na prática quais são as necessidades da filha Kesia que, com apenas 2 meses, já vive uma rotina desgastante. Semanalmente, sai de Simões Filho e segue para a capital baiana para sessões de fisioterapia, além de ter consultas regulares com um neuropediatra.
O cansaço  dos pais é visível, mas pouco diante do carinho dedicado à criança, cercada de atenção e cuidado dos familiares. "Minha filha é especial", diz Joenice, olhando a menina com ternura. Um olhar  de mãe, mais atento do que qualquer outro, pois consegue enxergar além das imperfeições aparentes. Os olhos de Joenice veem a realidade à sua frente, com a lente do amor.
atarde.uo
dicasfemininas
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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