quinta-feira, 14 de maio de 2015

Petroleiro fabricado em Pernambuco faz primeira viagem


Foto: Katherine Coutinho.
O quinto dos dez navios Suezmax encomendados pela Petrobras ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), batizado de André Rebouças, partiu para sua primeira viagem nesta quinta-feira (14). A expectativa da direção do EAS é que outros dois navios sejam entregues ainda este ano. A cerimônia, que aconteceu no estaleiro, no Porto de Suape, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, teve presença da presidente Dilma Rousseff e do governador Paulo Câmara, entre outras autoridades.
A presidente chegou por volta das 11h ao Recife, seguindo de helicóptero para Suape. Além da viagem inaugural, a presidente também participou do batismo do navio Marcílio Dias, que incluiu benção religiosa e quebra de champanhe. Dilma Rousseff veio acompanhada dos ministros Armando Monteiro Neto, de Indústria e Comércio, e Carlos Eduardo Braga, de Minas e Energia.
As recentes demissões e dificuldades que o Estaleiro vem passando foram lembradas pelo presidente do empreendimento, Harro Ricardo Schlorke Burmann. “Comemoramos a sobrevivência do EAS, que se mantém firme apesar do cenário econômico que enfrentamos. Projetamos já para o próximo ano os navios nove e dez. Serão 100% fabricados no Brasil por decisão conjunta da diretoria com a Transpetro, mantendo os empregos aqui em Pernambuco, não mais no exterior. Os cinco próximos navios serão 100% construídos no EAS ”, afirmou Burmann.
A meta, segundo o presidente do Estaleiro, é que o petroleiro Suezmax Marcílio Dias seja entregue ainda em agosto deste ano e o navio sete, que não tem nome ainda e está já no deque seco, chegue às mãos da estatal em dezembro. “Só neste ano temos previsão de crescimento de 70% de produção no pré-sal. É por isso que participar de projetos como esse é um bom negócio para todo o sistema Petrobras. Só com os oito primeiros navios [do Promef] deixamos de gastar U$ 35 milhões por ano com aluguel de embarcações”, apontou o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.
A presidente Dilma Rousseff, em seu discurso, fez a defesa da produção nacional, em iniciativas como a do Promef, que reativou a indústria naval brasileira. “O que nós queremos é produzir no Brasil aquilo que pode ser produzido no Brasil. Esse foi o lema inicial que levou à reconstrução da indústria naval. Nós estamos produzindo no Brasil o que o Brasil tem condições de construir. Por isso a política de conteúdo local é algo que não pode ser afastado, é o centro de uma política de recuperação”, afirmou a presidente.
O navio André Rebouças – que tem o tamanho para poder passar pelo canal de Suez, por isso chamado Suezmax – tem capacidade para transportar 1 milhão de barris de petróleo, quase metade da produção diária brasileira. Do Porto de Suape, o petroleiro segue para abastecer em Salvador e depois vai para a Bacia de Campos (RJ), onde faz a primeira operação de carregamento de óleo cru.
Além do navio que partiu em viagem nesta quinta, o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Petrobras já recebeu de Pernambuco os navios João Cândido, Zumbi dos Palmares, Dragão do Mar e Henrique Dias. Os seis navios – incluindo Marcílio Dias – têm as mesmas dimensões: 274,2 metros de comprimento, 48 metros de boca e 17 metros de calado.
Homenagens
O navio que partiu em viagem nesta quinta recebe o nome de uma das grandes figuras do movimento abolicionista brasileiro, André Pinto Rebouças, que é também responsável por implementar no país técnicas como o uso do concreto armado na engenharia. Já Marcílio Dias foi um marinheiro do Rio Grande do Sul, que morreu na Batalha de Riachuelo, durante a Guerra do Paraguai, onde se destacou por atos de bravura.
Com Informações de G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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