''Quando você não tem uma atitude de respeito com o sentimento de mudança, quem paga é o povo'', diz Marina Silva
Foto: Michele Souza/JC Imagem
Em visita a Pernambuco, a ex-senadora e candidata a presidência Marina Silva (PSB) deu entrevista à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (26), afirmando que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria terceirizado o governo federal devido à perda de credibilidade com a população. Segundo Marina, a presidente não admitiu, durante a campanha de 2014, que o País enfrentava uma crise, taxando os adversários de pessimistas. "Como não há credibilidade por parte desse governo, que disse uma coisa e está fazendo outra, o remédio tem que ser muito mais amargo", declarou.
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A ex-senadora fez uma crítica frontal à postura da presidente Dilma desde a campanha de 2014 ao atual momento, considerando que o País hoje é governado por um "triunvirato". "Quem tem poder político no PT é o presidente Lula e ela (Dilma) terceirizou o governo. O governo fica com o PMDB, com articulação política do vice-presidente (Michel Temer), o Eduardo Cunha (presidente da Câmara) e o Renan Calheiros (presidente do Senado), a economia com o Joaquim Levy (ministro da Fazenda)", apontou.
Analisando a atual conjuntura, Marina citou os governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula, para dizer que ambos souberam superar a crise reconhecendo os problemas, enquanto a presidente Dilma "sustentou que não havia nenhum problema, que as coisas estavam maravilhosas".
Para Marina, um passo importante era reconhecer a crise, atitude que, de acordo com ela, a presidente Dilma não fez. A ex-senadora acredita que quando não se reconhece o problema, não é possível ter um diagnóstico. "Não tem como aplicar o remédio na dose adequada. Infelizmente hoje, mesmo com tudo que está acontecendo, aumento da inflação, o País em recessão, nós temos uma situação de juros elevadíssimos, perda de postos de emprego, mais de 95 mil postos de emprego foram fechados, mesmo assim continuam dizendo que está tudo bem, tudo divino, tudo maravilhoso", afirmou a ex-senadora. Fonte:jornaldocommercio.
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