Músico permanece internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês.
Dominguinhos tem diabetes e luta contra um câncer de pulmão.
O cantor Sérgio Reis foi ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na noite deste sábado (16), para visitar o músico Dominguinhos, internado desde o início do ano por causa de uma infecção respiratória e arritmia cardíaca.
Segundo a mulher de Dominguinhos, Guadalupe Mendonça, Sérgio Reis cantou e conversou bastante com o músico. "Ele reagiu, sorriu e ficou muito feliz", disse.
A mulher disse que os danos neurológicos “foram os mínimos possíveis”. Guadalupe citou que, recentemente, a cantora Elba Ramalho esteve com ele no hospital, cantou ao pé do ouvido e rezou. Segundo a mulher, essas visitas são importantes para o estímulo neurológico de Dominguinhos.
"Estamos fazendo um trabalho junto com uma neuropsicóloga para resgatar a memória dele, para incentivá-lo a querer viver e não desistir", disse a mulher do músico.
Ela disse que coloca músicas, mostra fotos e revistas e conversa bastante com Dominguinhos para estimular seu cérebro. "Aos poucos, ele está tendo momentos de consciência. Ele se comunica através do olhar, se emociona, chora e olha nos meus olhos", afirmou.
Nesta sexta-feira (15), a mulher do músico disse que o marido está “se recuperando muito bem”. “Nenhum médico disse que o estado de saúde do Dominguinhos é irreversível. Pelo contrário, ele está se recuperando muito bem. Já há uma projeção de alta da UTI, mas os médicos não me disseram data.”
Dominguinhos tem diabetes e luta contra um câncer de pulmão. Ele foi internado em 17 de dezembro no Hospital Santa Joana, no Recife, e acabou transferido para a unidade de saúde paulistana no dia 13 de janeiro. “Ele tirou o marcapasso provisório, que veio do Recife para cá, o pulmão dele está ok, o rim dele também está normal. Ele teve oito paradas cardíacas, ficou 23 minutos fora do ar e o coração dele agora está ótimo, não tem nenhuma arritmia”, contou.
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Susto com eleição do Papa Francisco
Guadalupe contou ao músico sobre a renúncia do papa Bento XVI e a eleição de um novo pontífice, um argentino. Ela lembrou que, nas duas ocasiões, Dominguinhos teve a mesma reação: "ele arregalou os olhos e fez cara de susto."
Guadalupe contou ao músico sobre a renúncia do papa Bento XVI e a eleição de um novo pontífice, um argentino. Ela lembrou que, nas duas ocasiões, Dominguinhos teve a mesma reação: "ele arregalou os olhos e fez cara de susto."
Tratamento de câncer
Guadalupe disse ao G1 que Dominguinhos trata de câncer há cerca de sete anos. "Estamos nesta luta com ele todo o tempo. Ele fazia quimioterapia a cada 21 dias. Ele fazia hemodiálise, é hipertenso e diabético. Diante disso, ele está ótimo."
Guadalupe disse ao G1 que Dominguinhos trata de câncer há cerca de sete anos. "Estamos nesta luta com ele todo o tempo. Ele fazia quimioterapia a cada 21 dias. Ele fazia hemodiálise, é hipertenso e diabético. Diante disso, ele está ótimo."
Ela repudiou as declarações do filho do músico, Mauro Moraes, sobre a piora do estado de saúde do pai. "Um filho que gosta do pai não faz uma declaração como essa. Nenhum médico falou isso para ele. Estive com todos os médicos de Dominguinhos hoje [sexta-feira] e as informações que eles me deram são as melhores possíveis."
Segundo ela, Mauro é filho do primeiro casamento de Dominguinhos e não tinha muito relacionamento com o pai. "Mesmo assim, ele vem todo dia, de manhã, e visita o pai, mas não entendo de onde ele tirou a informação de que o estado de saúde ele era irreversível. Agora ele virou doutor Mauro? Nem os médicos sabem de onde ele tirou essa informação", disse Gauadalupe.
A reportagem do G1 ligou para Mauro Moraes, mas ele não retornou aos telefonemas até a publicação desta reportagem.
A assessoria de imprensa do Hospital Sírio Libanês informou que o estado de saúde do músico é o mesmo apresentado em boletim médico de 14 de janeiro deste ano. Segundo o documento, "José Domingos de Moraes (Dominguinhos), permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O paciente responde de forma satisfatória ao tratamento médico e apresenta melhora no padrão hemodinâmico e respiratório."
História
Dominguinhos é natural de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com oito anos de idade. Aos 13 anos, morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.
Instrumentista, cantor e compositor, em 2002 ganhou o Grammy Latino com o CD "Chegando de Mansinho". Ao longo da carreira, fez parcerias de sucesso com Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia, Djavan, entre outros. Atualmente, Dominguinhos é considerado o sanfoneiro mais importante do país.
Dominguinhos é natural de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com oito anos de idade. Aos 13 anos, morando no Rio de Janeiro, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.
Instrumentista, cantor e compositor, em 2002 ganhou o Grammy Latino com o CD "Chegando de Mansinho". Ao longo da carreira, fez parcerias de sucesso com Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia, Djavan, entre outros. Atualmente, Dominguinhos é considerado o sanfoneiro mais importante do país.
Crítico
Dominguinhos disse ao G1, em entrevista durante o São João de Campina Grande (PB) em 2008, que "forró é igual ao rock porque não deixa ninguém parado". Ele provocou polêmica ao comentar o recente sucesso do chamado forró eletrônico. “Não dá pra dizer que aquilo é forró. Eles deveriam tentar se entitular de outra forma, porque aquilo não tem nada de forró. Não tem identidade. É uma grande mentira”, disse o sanfoneiro à época.
Dominguinhos disse ao G1, em entrevista durante o São João de Campina Grande (PB) em 2008, que "forró é igual ao rock porque não deixa ninguém parado". Ele provocou polêmica ao comentar o recente sucesso do chamado forró eletrônico. “Não dá pra dizer que aquilo é forró. Eles deveriam tentar se entitular de outra forma, porque aquilo não tem nada de forró. Não tem identidade. É uma grande mentira”, disse o sanfoneiro à época.
Ele citou o exemplo das letras das músicas que se tornaram hit do São João pernambucano e paraibano, como ‘Chupa que é de uva’, do Aviões do Forró, e ‘Senta que é de menta’, do Cavaleiros do Forró. “É tudo muito apelativo e descartável. Eu critico a qualidade musical. As letras são péssimas e falam muita bobagem. É tudo anti-musical”, disse o músico ao G1.
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