domingo, 18 de novembro de 2012

Metrópoles Ibéricas com pires na mão pedem ajuda para ex-colônias da América. Dilma diz que receita adotada para o enfrentamento da crise é fraca


O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que estreitar os laços entre o maior mercado do mundo, a União Europeia, e algumas das economias em rápida expansão da América Latina beneficiará as duas regiões.
"A história demonstra que são as economias abertas e o livre comércio, e não o protecionismo, que contribuem para o crescimento e prosperidade dos países e dos povos", disse Barroso.
Documento
A Declaração de Cádiz inclui um plano de ação para fortalecer a cooperação entre os dois lados do Atlântico.
Ela contempla também outros eixos, como promover o desenvolvimento econômico a serviço da cidadania e desenvolver infraestruturas nos âmbitos do transporte, telecomunicações, energia e uso e gestão sustentável da água.
Os líderes participantes também consideraram ações em favor da educação e de um espaço cultural ibero-americano como fatores de inclusão social e crescimento econômico.
O rei Juan Carlos, da Espanha, declarou no encerramento da cúpula que a cooperação e a confiança da comunidade ibero-americana foram "fortalecidas".
A próxima Cúpula Ibero-americana será realizada no Panamá, em outubro de 2013.
Dilma
A presidente Dilma Rousseff participou da cúpula com um discurso neste domingo, no qual voltou a criticar os planos de austeridade dos países europeus e defendeu o modelo brasileiro de combate à crise econômica.
Dilma reconheceu os sacrifícios e a "capacidade de superação' que Portugal e Espanha têm feito para sair da crise, mas declarou que 'as políticas exclusivas, que só enfatizam a austeridade, vêm mostrando seus limites".
A presidente permanecerá na Espanha para reunião, na próxima segunda-feira, com o premiê Mariano Rajoy.     Fonte:BBC


Presidente falou ao jornal espanhol 'El País' sobre a recessão europeia.
Jornal destaca passado de Dilma como 'guerrilheira' e 'torturada'.

Com informações do G1,
A presidente Dilma Rousseff em cerimônia de sanção da lei que criou o programa Brasil Carinhoso (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)A presidente Dilma Rousseff em cerimônia de sanção da lei que criou o programa Brasil Carinhoso (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)
A presidente Dilma Rousseff disse, em entrevista ao jornal 'El País', da Espanha, que a Europa tem aplicado soluções "inadequadas" para sair da crise econômica e que o resultado disso é o empobrecimento da classe média. Para Dilma, a consequência dessas medidas será uma "recessão generalizada", de acordo com o periódico.
Dilma citou o exemplo vivido pelo Brasil com o Fundo Monetário Internacional, que impôs um processo de reajuste ao país e que, agora, é tratado como "austeridade" na Europa.
A presidente destacou que o processo pelo qual a Europa passa agora se assemelha ao que foi vivenciado pela América Latina, como crise fiscal, bancária e de competitividade.
"Tínhamos que cortar todos os gastos. Asseguravam que assim chegaríamos a um alto grau de eficiência, os salários baixariam e iriam se adequar aos impostos. Esse modelo levou à quebra de quase toda a América Latina nos anos 1980. As políticas de ajuste, por si mesmas, não produziram a inversão [da queda do desenvolvimento]. Se todo mundo restringe gastos de uma só vez, a inversão não chegará", disse Dilma.
A presidente disse que o pagamento de dívidas e a consolidação das metas fiscais precisa ser feito sem que se pague um preço social alto por isso. "Não só por uma questão de ética, mas também por exigências econômicas", falou a presidente.
O jornal destaca que Dilma Rousseff é considerada uma das três mulheres mais influentes do mundo, ao lado da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e da secretária de estado norte-americana Hillary Clinton, além de destacar que ela fez parte do movimento contra a ditadura no país e que chegou a ser presa e torturada.
A entrevista foi feita em Brasília às vésperas da Cúpula Ibero-Americana de Cádiz, que começou na última sexta-feira. A versão on-line do texto está publicada no site do jornal 'El País'.



Professor Edgar Bom Jardim - PE

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