Erundina desiste de ser vice de Haddad; PSB não indicará substituto, diz presidente nacional da sigla
19/06/2012 - 17h51 | do UOL Eleições 2012
Aiuri Rebello, Camila Campanerut, Débora Melo Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo e Brasília
Do UOL, em São Paulo e Brasília
Atualizado em: 19/06/2012 - 18h44
O presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, confirmou oficialmente ao UOL no final da tarde desta terça-feira (19) que a deputada federal Luiza Erundina (PSB), 77, desistiu de ser a vice do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, 49, nas eleições municipais de 2012.
“O PSB continua na composição da chapa junto com o PT, mas infelizmente a deputada Luiza Erundina desistiu da candidatura”, afirmou. “O PSB abre mão de indicar o vice na chapa. Quem vai decidir agora é Fernando Haddad e o PT”, disse Campos.
Imagens da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo
Foto 165 de 165 - 18.jun.2012 - O ex-prefeito Paulo Maluf cumprimenta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, durante encontro na casa do líder do PP no qual sua legenda anunciou o apoio à candidatura petista MaisAdriana Spaca/Brazil Photo Press
“Erundina desistiu de compor a chapa com Haddad, mas não da campanha. Ela participará de todo o processo”, afirmou Campos. "A aliança não corre nenhum risco. Apostamos na candidatura de Fernando Haddad. Entramos na candidatura de corpo e alma", disse.
Questionado sobre os apelos para que a deputada ficasse como vice na chapa, Campos afirmou que respeitou a decisão de Erundina.
Ele elogiou a deputada e disse que "diante da situação" o partido agiu rápido. Segundo Campos, Erundina não retirou nenhuma afirmação que fez contra Maluf. "Na vida dela, sempre afirmou isso e sempre vai afirmar", disse Campos.
Segundo o governador, Erundina disse a ele que tem "apreço" por Haddad e participará da campanha nas tarefas que o PT indicar a ela.
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O governador de Pernambuco afirmou ainda que não tem outro nome com o mesmo peso do de Erundina para indicar ao PT e, por isso, deixará a decisão sobre a escolha para a cabeça da chapa.
Antes da confirmação oficial da saída da Erundina da chapa, Haddad havia dito que o PSB é quem precisaria encontrar uma solução para o caso.
“Vou respeitar qualquer que seja a decisão, mas o meu diálogo é com os partidos políticos. Quem ofereceu o nome da Erundina foi o Partido Socialista Brasileiro. Quem tem de encontrar uma solução é o Partido Socialista Brasileiro”, declarou em evento em São Paulo.
Haddad disse ainda que Erundina nunca colocou condição para ser sua vice na chapa. Mais tarde, após o anúncio, o petista afirmou que não gostou da saída de Erundina.
Questionado sobre se iria chamar alguém do PT para compor a chapa, o pré-candidato não quis dar nomes. “Já tenho alguns nomes na cabeça”, se limitou a dizer.
Aliança de quatro dias
A chapa Haddad-Erundina durou quatro dias. A composição havia sido anunciada na última sexta (15) em um ato público em São Paulo no qual Erundina foi apresentada a militantes dos dois partidos como a alternativa “ética”. Na ocasião, após uma série de elogios à parlamentar, Haddad chegou a chamá-la de "rainha"; entre a militância dos dois partidos, não faltaram gritos de "maravilhosa".
O convencimento da deputada teria ocorrido na véspera, durante um jantar na capital paulista entre ela e o vice-presidente nacional da sigla, Roberto Amaral.
O convencimento da deputada teria ocorrido na véspera, durante um jantar na capital paulista entre ela e o vice-presidente nacional da sigla, Roberto Amaral.
No mesmo dia do anúncio, porém, houve a informação de que Maluf poderia apoiar o PT, uma vez que o acordo dele com a campanha de José Serra (PSDB) não vingara.
A possibilidade de apoio do ex-prefeito pegou a deputada de surpresa logo após o ato que a confirmou. Na entrevista coletiva concedida ao final do ato, disse que a decisão de ter Maluf na campanha não passava por ela e evitou responder se faria campanha juntamente com o desafeto.
A possibilidade de apoio do ex-prefeito pegou a deputada de surpresa logo após o ato que a confirmou. Na entrevista coletiva concedida ao final do ato, disse que a decisão de ter Maluf na campanha não passava por ela e evitou responder se faria campanha juntamente com o desafeto.
A reportagem tentou ouvir Maluf e Lula sobre a decisão de Erundina. No caso do ex-presidente, a assessoria do Instituto Lula informou que ele não se manifestará porque "tem orientações médicas para não usar a voz". Já a assessoria do deputado disse que não o havia localizado --Maluf estaria em São Paulo, mas não foi encontrado.
Erundina dignifica e qualifica a política do Brasil
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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