Primeiro a falar será delegado da PF responsável pela Operação Vegas. Desafio dos parlamentares é não tornar a oitiva inútil. Depoimento deve ser sigiloso
Gabriel Castro/veja
Sessão da CPI do Cachoeira (André Borges/Folhapress)
A CPI aberta para investigar as ligações do contraventor Carlinhos Cahoeira com políticosdo país terá, nesta terça-feira, seu primeiro depoimento: trata-se do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Souza, responsável pela Operação Vegas, uma das quais apontou a extensão dos tentáculos da máfia do bicheiro.
Entre os parlamentares, há o temor de que o delegado se recuse a dar informações além das que estão nos autos, o que tornaria inútil a oitiva. "Isso vai depender da nossa capacidade de fazer perguntas que resultem em avanço em relação ao que já foi investigado", diz o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
A oitiva deve ocorrer a portas fechadas, conforme um pedido do próprio delegado à CPI. A decisão sobre o sigilo, no entanto, será tomada pelos próprios integrantes da comissão, no início da audiência. "É provável que o sigilo seja aprovado", diz o presidente da comissão, senador VItal do Rêgo Filho (PMDB).
Nesta segunda-feira, primeiro dia em que os inquéritos ficaram disponíveis para consulta dos integrantes da CPI, poucos deputados e senadores consultaram os documentos das investigações na sala-cofre equipada para permitir a leitura dos inquéritos. A maior parte dos parlamentares ainda não havia chegado a Brasília. Outros, como os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Alvaro Dias (PSDB-PR), se recusaram a consultar o material porque discordam do rígido controle de segurança imposto pelo comando da comissão.
Agenda - Na quinta-feira, a CPI ouvirá outros responsáveis por investigações a respeito da quadrilha de Cachoeira: o delegado da Polícia Federal Matheus Rodrigues e os procuradores Daniel de Rezende Salgado e Léa Batista de Oliveira, do Ministério Público Federal.
Na semana que vem, o clima da CPI deve esquentar: o depoimento de Carlinhos Cachoeira está marcado para terça-feira, dia 15. Dois dias depois da fala do protagonista dos escândalo, os parlamentares irão discutir a convocação de governadores citados nas investigações. Os três alvos principais são Agnelo Queiroz (PT-DF), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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