Ataque contra unidade militar que ensaiava desfile na capital matou 90.
Dias antes, ofensiva militar Iêmen-EUA atacou região dominada pelo grupo.
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O braço da rede terrorista al-Qaeda na Península Arábica reivindicou a autoria do atentado cometido nesta segunda-feira (21) nos ensaios de um desfile militar na cidade de Sanaa, no Iêmen, no qual morreram ao menos 90 pessoas, segundo dados oficiais.
Em comunicado, o grupo terrorista disse que o objetivo da operação era assassinar o ministro de Defesa, Mohammed Nasser Ahmad, que estava no local da explosão e saiu ileso.
O ataque foi em resposta a uma ofensiva militar de parceria entre Iêmen e EUA contra uma região dominada pela al-Qaeda, no sul do país.
O número de mortos registrado após o atentado suicida na capital do Iêmen foi a 90, informou o Ministério da Defesa, afirmando ainda que os feridos somavam 222 pessoas.
O atentado foi cometido por um suicida, que detonou seus explosivos em meio às tropas que preparavam na praça Sabiin o desfile comemorativo pelo 22º aniversário da unificação do Iêmen. O homem estaria disfarçado em meio aos militares, usando um uniforme.
O ministro da Defesa, Mohamed Naser Ahmad, e o chefe do Estado Maior, Ali al-Ashual, que estavam no local quando ocorreu a explosão, saíram ilesos, segundo informou o Ministério da Defesa em um comunicado.
A polícia cercou os arredores, por onde permaneciam corpos de vítimas e uma grande mancha negra onde a bomba explodiu.
Al-QaedaUm oficial da polícia, o general Hamid Besher, já havia indicado que as primeiras investigações apontavam a autoria da al-Qaeda. O atentado tem indícios similares a outros ataques levados a cabo pelo grupo.
A explosão coincidiu com o desenrolar de uma grande ofensiva militar em parceria EUA-Iêmen no sul do país, iniciada no último dia 12 contra os redutos da Al-Qaeda na província de Abian.
Na última semana, dezenas de pessoas, entre militares e supostos combatentes, perderam a vida nos combates.
A atividade da Al-Qaeda aumentou no Iêmen desde que há mais de um ano explodiu a revolta popular contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh, cuja saída definitiva do poder aconteceu no final de fevereiro passado com a posse de Hadi, que até então tinha sido seu vice-presidente.
O Iêmen é a casa da Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) e é considerado pelos Estados Unidos uma grande ameaça, não apenas para a segurança da região mas também para a sua própria proteção. Um instrutor militar dos EUA ficou ferido em um ataque a uma equipe militar norte-americana no domingo (20).
Obama lamenta
O presidente americano, Barack Obama, apresentou suas "sinceras condolências" a seu colega iemenita Abd Rabo Mansur Hadi depois do atentado, informou a Casa Branca.
O presidente americano, Barack Obama, apresentou suas "sinceras condolências" a seu colega iemenita Abd Rabo Mansur Hadi depois do atentado, informou a Casa Branca.
O principal conselheiro sobre combate ao terrorismo de Obama, John Brennan, especialista em Iêmen, conversou com Hadi para transmitir a mensagem e propôs a ajuda dos Estados Unidos para investigar o ataque reivindicado pela Al-Qaeda, disse o porta-voz da Presidência americana, Jay Carney.
Atentado no Iêmen mata mais de 90 pessoas
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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