Subiu para 9 o número de mortos nos últimos dois dias do Egito em decorrência de choques entre manifestantes e militares junto à sede do Conselho de Ministros, no centro do Cairo. A informação foi divulgada por Adel Adaui, vice-ministro da Saúde, à agência de notícias estatal Mena.
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Segundo Adaui, o número de feridos subiu de 299 para 361. Os confrontos foram retomados neste sábado (17) no Cairo, um dia após episódios sangrentos descritos pelo primeiro-ministro Kamal el-Ganzuri como uma "contrarrevolução".
Centenas de soldados egípcios chegaram neste sábado à praça Tahir, no Cairo, perseguindo manifestantes com cacetetes e derrubando câmeras de emissoras de televisão das varandas de prédios na região.
As cenas violentas sugerem que o exército está determinado a eliminar protestos de ativistas que exigem a transferência imediata do poder egípcio aos civis.
Trata-se do mais grave episódio de violência desde os choques semelhantes que deixaram 42 mortos, fundamentalmente no Cairo, poucas horas antes da primeira fase das eleições legislativas.
As imagens mostram um novo nível de força usado pelos militares, que bateram abertamente em manifestantes mulheres e deram tapas nos rostos de idosos. Testemunhas afirmaram que os policiais ainda deram choques elétricos em homens e mulheres detidos.
Uma fonte dos serviços de segurança disse às agências internacionais de notícias que os soldados detiveram também vários participantes dos distúrbios - sem mencionar o número de detidos, e na manhã deste sábado puseram fim à manifestação junto à sede governamental.
A televisão egípcia afirmou que o Exército instalou cercas nas proximidades do edifício do Conselho de Ministros para impedir o retorno dos manifestantes.
Segundo uma testemunha, que se identificou como Walid, porém, as forças armadas não conseguiram dispersar os manifestantes, que só desistiram dos protestos após serem convencidos por civis mais velhos a evitarem mais vítimas.
O grupo opositor Irmandade Muçulmana condenou os distúrbios e reconheceu estar "impressionado" após ver que o Exército "matou cidadãos e feriu muitos deles em Maspero, na rua Muhamad Mahmoud e recentemente nas ruas do Parlamento e de Qasr al Aini".
A Irmandade Muçulmana se queixou em comunicado que "nenhum dos militares responsáveis por estes crimes foi castigado".
Os distúrbios ocorreram enquanto acontece a apuração de votos do primeiro turno da segunda etapa das eleições parlamentares egípcias, as primeiras após o triunfo da revolução. Com Informações do G1.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
sábado, 17 de dezembro de 2011
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