domingo, 11 de dezembro de 2011

Eleitores do Pará vão às urnas decidir se aceitam ou não dividir o Estado em três, com a criação de Tapajós e Carajás

Cerca de 4,8 milhões de eleitores vão neste domingo (11) às urnas no Pará para opinar se desejam ou não a criação dos Estados de Carajás e Tapajós, a serem desmembrados do território paraense. O plebiscito foi aprovado pelo Congresso Nacional em maio deste ano, propondo o desmembramento do segundo maior Estado do País em área territorial, e desde o dia 11 de setembro – quando teve início a campanha oficial – as frentes favorável e contra a separação se mobilizaram em eventos de rua, seminários e debates com diversos segmentos da sociedade.
Caso seja aprovada a divisão, o Pará – segundo maior Estado do País, com 144 municípios espalhados em 1,25 milhão de km², área maior que a Colômbia – ficará reduzido a 80 cidades e um território equivalente ao do Estado de São Paulo. Mas manterá sob seu controle o território economicamente mais viável, responsável por 55% do Produto Interno Bruto (PIB) e onde estão concentrados 80% das indústrias.
O Estado de Carajás, se aprovado, terá 39 cidades e 1,38 milhão de habitantes, ocupando 25% da área sul e sudeste do Pará, com capital em Marabá. Tapajós, localizado a oeste, terá capital em Santarém e assumirá cerca de 58% da área do atual Estado, com 25 municípios e cerca de 1,57 milhão de habitantes.
De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Estado, o território que se tornaria o novo Estado do Pará recebeu, em 2010, R$ 223 milhões de investimentos per capita, contra R$ 96 mi da região de Carajás e R$ 60 mi de Tapajós. O estudo indica que, caso se concretize o desmembramento, os três novos Estados já surgiriam no mapa financeiramente deficitários, com uma capacidade de investimento muito baixa e gastos maiores que sua arrecadação.
Mesmo assim, os partidários do separatismo não desistem, e prometem lutar até o último instante, em manifestações de boca-de-urna. Comandada pelo publicitário baiano Duda Mendonça – criador de gado nas áreas de Carajás e Tapajós – a propaganda do “sim” foi mais agressiva que a da frente contrária ao desmembramento. Mas de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Datafolha entre os dias 6 e 8 de dezembro os separatistas não conseguiram convencer a maioria dos paraenses. Pelo contrário, o percentual de eleitores que desaprovam a divisão do Estado atinge o patamar de 60%.
Do lado separatista, o principal argumento para tentar convencer o eleitor a votar pela criação de Carajás e Tapajós durante a campanha focou o empobrecimento dessas áreas. Na propaganda dos unionistas, predominou a tese da identidade cultural do paraense, insistindo que a separação não resolveria os problemas do Estado. Fonte: jconline    Por Blog professor Edgar Bom Jardim-PE

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