Manifestantes mantêm protestos

NOVA YORK (EFE) - Os manifestantes acampados há duas semanas em Wall Street marcharam ontem em silêncio até o quartel-general da polícia de Nova York para denunciar a “brutalidade” de sua resposta contra o movimento de protesto, que não pensa em abandonar sua luta até ganhar esta queda-de-braço do poder financeiro. “Estamos aqui para ganhar esta batalha, e não vamos embora até consegui-lo”, assegurou o músico Sydney Steele, de 40 anos, que apoia as reivindicações do grupo “Occupy Wall Street”. O grupo denunciou esta semana que a polícia dispersou um grupo de manifestantes jogando neles spray de pimenta.

Steele destacou que a Constituição dos EUA estipula que “quando você ganha certa quantidade de dinheiro tem que pagar uma determinada quantidade de impostos”. “Mas eles não pagam, e não acontece nada porque são milionários”, disse. Centenas de membros do “Occupy Wall Street”, aos quais se uniram dezenas de integrantes de associações a favor dos direitos da mulher, sindicatos e ONGs, caminharam desde a praça Liberty, no coração do distrito financeiro, até o quartel-general da polícia, no Sul de Manhattan.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, desconversou quando perguntado ontem em seu programa de rádio semanal se permitirá que os manifestantes de Wall Street continuem acampados durante meses no Sul de Manhattan. “As pessoas têm o direito de protestar, mas também temos de nos assegurar de que as pessoas que não querem protestar possam passar pelas ruas sem serem incomodadas”, disse Bloomberg.

Os organizadores do “Occupy Wall Street”, que ocorre desde 17 de setembro no coração financeiro de Nova York, garantiram na última quinta-feira que planejam continuar com sua mobilização contra o sistema de impostos pelos próximos meses. Michael Bloomberg explicou que os ativistas estão protestando “contra as pessoas que ganham entre US$ 40 mil e US$ 50 mil por ano e estão tendo dificuldades para chegar ao fim do mês”. Disse ainda que “se os bancos não mantiverem suas funções fazendo seus empréstimos, não venceremos nossos problemas econômicos”.
Fonte:folhape Por Blog Professor Edgar Bom Jardim- PE